Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Associação entre sintomas respiratórios e o tempo de exposição à fumaça do fogão à lenha em pacientes com função pulmonar normal
    (UFVJM, 2022) Andrade, Janaína Martins; Lima, Vanessa Pereira de; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lima, Vanessa Pereira de; Galvão, Endi Lanza; Costa, Henrique Silveira
    Introdução: O fogão a lenha ainda é muito utilizado em diversos países para fins de aquecimento do ambiente e cocção de alimentos, geralmente sendo encontrado dentro do domicílio. O material particulado respirável decorrente da queima de biomassa apresenta toxidade, atingindo o interstício pulmonar e desencadeando processos inflamatórios. A inalação aguda pode causar irritação brônquica, inflamação e reatividade brônquica agudas, enquanto a exposição prolongada causa inflamação crônica das vias aéreas, estando associada ao desenvolvimento de doenças respiratórias. Objetivo: Investigar sintomas respiratórios em pacientes que nunca fumaram, mas relataram tempo de exposição prolongado a fumaça de fogão a lenha. Método: Tratou-se de um estudo observacional transversal de base populacional que utilizou os dados coletados em prontuários médicos em consultório particular, no período de janeiro de 2019 à novembro de 2021, por pesquisador único. Resultados: Dos 101 pacientes avaliados 80 eram do sexo feminino e 53,47%, tinham 60 anos ou mais; 17,82% eram trabalhadores rurais e 60,40% se dedicavam a outra atividade laboral, cabendo destacar que 21,78% se dedicavam ao trabalho dos seus lares. Destes, 34 pacientes relataram tempo de exposição à fumaça do fogão a lenha por mais de 40 anos e 76 relataram no momento da avaliação médica presença de dois ou mais sintomas respiratórios. Destes 51,49% relatavam tosse, 59,41% dispneia, 21,78% sibilância e 20,79% dor torácica. Nas espirometrias alteradas houve um predomínio do padrão obstrutivo, correspondendo a 23,76% da amostra. A associação entre alterações espirométricas e tempo prolongado de exposição a fumaça do fogão a lenha não foi encontrada neste estudo nem mesmo entre tempo de exposição a fumaça de fogão a lenha e a presença de sinais e sintomas respiratórios. Conclusão: O presente estudo sugere que os pacientes que nunca fumaram, mas que foram expostos a fumaça do fogão a lenha por tempo prolongado, estão mais propensos a desenvolver sintomas respiratórios, apesar de função pulmonar dentro dos padrões de normalidade. Por este motivo, faz-se necessário um maior número de estudos que contemplem a avaliação de mais parâmetros de função pulmonar; a avaliação de dados sobre outras exposições ambientais (tabagismo passivo e tipo de cigarro, trabalho agrícola, localização e características do fogão), permitindo avaliar melhor o papel da fumaça da lenha, como fator etiológico do desenvolvimento de doenças do trato respiratório.