PPGTAS - Mestrado Profissional em Tecnologia, Ambiente e Sociedade (Dissertações)

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    Avaliação toxicológica de composto vegetal fitossanitário utilizado no controle de plantas daninhas
    (UFVJM, 2022) Silva Júnior, Francisco de Assis da; Faria, Márcia Cristina da Silva; Rodrigues, Jairo Lisboa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Como parte do conhecimento das populações tradicionais, a utilização de produtos fitossanitários alternativos (PFA), elaborados a partir de calda obtida de diferentes espécies vegetais para o controle de plantas “daninhas”, é uma prática histórica, embora pouco compreendida em termos de possíveis efeitos de toxicidade e genotoxicidade. Recentes estudos realizados através de ensaios biológicos têm evidenciado que alguns herbicidas podem apresentar tais efeitos, mas esses PFA não possuem ainda tal avaliação disponível na literatura. Entre os testes utilizados para avaliar toxicidade e genotoxicidade, o Allium cepa tem sido apontado como um eficaz organismo­teste para estudos das bases dos mecanismos de ação e da caracterização dos efeitos decorrentes de alguns compostos. Diante do exposto, torna­se fundamental que o conhecimento sobre a toxicidade e a genotoxicidade dos produtos PFA no Brasil seja ampliado, analisando­se as reações dos organismos vivos a esses compostos. Nesse sentido, objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação do composto fitossanitário utilizado como herbicida caseiro, no controle da Brachiaria decubenses. Das concentrações estudadas, com exceção da aplicação da maior diluição do composto (1,25%), todos os tratamentos foram efetivos. Os resultados demonstraram que as variações nas dosagens do composto fitossanitário promoveram tanto estímulo quanto inibição de crescimento; 9,73% mais Massa Seca na maior diluição e 40% a menos na maior concentração; demonstrando haver variabilidade de resposta das plantas às concentrações. Para o controle efetivo do capim­braquiária, a dose do composto deve ser superior a 1,25%. A concentração de 5% foi capaz promover o controle das plantas de B. decumbens em dose única aos 15 dias. O conhecimento dos efeitos das concentrações permitiu uma economia de 33% na dose usualmente utilizada. Quanto aos ensaios toxicológicos, os índices mitóticos das células de A. cepa submetidas aos tratamentos não foram estatisticamente diferentes do controle negativo IM: 7,3%, sugerindo que os compostos fitossanitários em estudo não afetam a divisão celular. Porém, em relação às aberrações cromossômicas, houve aumento significativo da frequência global de micronúcleos e de necroses nas pontas, o que sugere a presença de efeitos mutagênicos. No teste Salmonella/microssoma, não foi constatada atividade mutagênica para os compostos de menores concentrações (1,25 ­ 2,5%) em nenhuma das linhagens testadas (TA98 e TA100). Contudo, a concentração mais elevada (5% do composto herbicida) foi considerada mutagênica utilizando S. typhimurium TA98 (com e sem S9) e TA100 (sem S9).
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    Biomonitoramento e efeitos genotóxicos da exposição ocupacional a metais em mineradores de gema do Vale do Jequitinhonha
    (UFVJM, 2018) Santos, Ana Paula Rufino; Rodrigues, Jairo Lisboa; Faria, Márcia Cristina da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Jairo Lisboa; Faria, Márcia Cristina da Silva; Bomfeti, Cleide Aparecida; Franco, Mauro Lúcio; Mendonça, Leonardo Meneghin
    Os seres humanos, em geral, estão em constante exposição a diversos agentes químicos, físicos e biológicos, por vias respiratórias, dérmicas ou de ingestão. Os processos de mineração liberam metais no meio ambiente, que podem se acumular em rochas, solos, água e sedimentos. A biodisponibilidade de metais tóxicos tem relação com o potencial de promover efeitos deletérios e exposição ocupacional. Este estudo foi realizado no Distrito de Taquaral de Minas, localizado no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. O Vale é uma das áreas mais ricas e produtoras de pedras preciosas do Brasil. Cinco minas foram analisadas: Bode (M1), Pirineu (M2), Pinheira (M3), Lajedo (M4) e Marmita (M5). Vários metais tóxicos (Be, Zn, Mn, Ba Cd, Hg, U) foram encontrados em solos, poeira e poeira sobre as rochas e os solos. Amostras de 22 indivíduos expostos ocupacionalmente e 17 pessoas não expostas, que formaram o grupo de referência, foram analisadas quanto aos elementos químicos. A genotoxicidade foi avaliada pelo Teste de Micronúcleo em células da mucosa bucal esfoliada. As seguintes alterações foram classificadas: células binucleadas (BN), cariolíticas (KL) e micronúcleos (MN). Os resultados do teste MN mostraram um aumento em todas as alterações do grupo exposto em relação aos controles (p <0,05; teste t de Student). A comparação de MN e concentrações de sangue e urina mostrou diferença significativa P <0,05. A análise de urina mostrou concentrações de Cr, Ni e Ba,e Pb e As no sangue superiores ao recomendado pelo ATSDR. O aumento dos anos de trabalho elevou as concentrações de elementos no sangue, provavelmente devido à exposição crônica. Então, há riscos potenciais na saúde dos trabalhadores devido à mineração de pedras preciosas.