PPGTAS - Mestrado Profissional em Tecnologia, Ambiente e Sociedade (Dissertações)
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Item Avaliação da disponibilidade de utilização de água subterrânea no abastecimento urbano da cidade de Montes Claros (MG)(UFVJM, 2022) Durães, Raul César Ferreira; Gomes, Antônio Jorge de Lima; Gomes, Jorge Luiz dos Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O aumento populacional da cidade de Montes ClarosMG, somado ao baixo índice pluviométrico, a má distribuição do volume de chuva durante o ano, amplificada pelo uso exacerbado d’água na irrigação e as características geológicas da região, resultam em frequentes situações de escassez de água, consequentemente, um expressivo impacto no abastecimento urbano. Nesse sentido, a Dissertação teve como objetivo principal avaliar a disponibilidade da utilização de água subterrânea através dos poços situados no município de Montes Claros, visando o volume e a qualidade para complementação do abastecimento urbano. Ao longo do desenvolvimento do trabalho, foi elencado o expressivo crescimento populacional na área de estudo, entre os anos de 1975 a 2020, ampliouse de 125.216 para 413.487 habitantes. E no mesmo período, a vazão de consumo alterou de 1.007,33 m³/h para 3.326,40 m³/h. A identificação dos poços subterrâneos existentes, na localidade do estudo, foi a partir do banco de dados do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas – SIAGAS. Sendo que dos 2.031 poços cadastrados, 1.033 estão equipados, 303 bombeando, 204 não instalados, 117 abandonados, 74 parados, 28 não utilizáveis, 25 secos, 9 fechados e 238 sem dados. Entre estes, 154 poços tubulares foram selecionados (76 na área urbana e 78 na rural), vista a disponibilidade de dados de perfil litológico. A partir da análise da qualidade de água do lençol freático, certificouse que há limitações para ser explorada para consumo humano. Conforme os dados estudados, a existência de rochas calcárias, nos aquíferos estudados (cárstico, fissurado e cársticofissurado), caracterizouse a água de dureza elevada, assim, a qualidade dominante da água foi classificada como “dura” e “muito dura”, visto que conjuntamente 73,81% dos poços estudados estão acima de 150 mg/L. O outro ponto relevante, na característica química, foi a confirmação da presença de ferro e manganês, que está relacionada à natureza geológica exibida de formação calcária, e que recomenda não utilizar tratamento simplificado da água. No contexto geral e considerando o atual cenário, os poços subterrâneos poderão contribuir parcialmente como fonte de produção no abastecimento humano da área estudada. Desta forma, a vazão média da contribuição é da ordem de 10% da necessidade para o abastecimento da área urbana, equivalente a 332,64 m³/h. Porém, é necessário que seja submetido ao tratamento em ETA’s convencionais, ou, em unidades com filtro pressurizado (oxidação).