PPGCN - Mestrado em Ciências da Nutrição (Dissertações)

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    Avaliação química e efeitos da farinha de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata) em ratos submetidos a dieta hiperlipídica
    (UFVJM, 2023) Pereira, Jeovana Thayse; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Nobre, Luciana Neri; Araújo, Clinascia Rodrigues Rocha
    A Pereskia aculeata é uma cactácea encontrada e consumida como alimento na região de Diamantina. Além de sua importância como alimento regional, a literatura relata que esta possui elevados teores de proteínas, fibras dietéticas e minerais. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos da farinha de Pereskia aculeata em ratos Wistar tratados com dieta hiperlipídica sobre os parâmetros nutricionais e metabólicos. Foram utilizados 48 ratos machos da linhagem Wistar com 21 dias de idade (recém desmamados). Os animais foram aleatoriamente distribuídos em 2 fases e em 4 grupos: grupo C (Controle): ração comercial durante 126 dias (n = 12); grupo CO (Controle + Pereskia aculeata): ração comercial durante 63 dias e ração acrescida de farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12); grupo O (Obeso/dieta hiperlipídica): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 126 dias (n = 12); grupo OO (Obeso/dieta hiperlipídica + Pereskia aculeata): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 63 dias e ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) mais farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12). Foram realizadas avaliações nutricionais, químicas e (sangue, fígado e fezes), e os dados submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Newman-Keuls quando necessário (p<0,05). Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata (CO e OO) no 126°dia, apresentaram menor peso corporal, ingestão de ração, calorias, circunferência naso-anal (CNA), índice de massa corporal (IMC), razão abdômen /tórax (RAT), gordura abdominal e menor peso do fígado. Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata apresentaram maior coeficiente de eficiência energética (CEE), uma redução da glicose sérica, colesterol total e aumento dos triglicerídeos e lipoproteínas de alta densidade (HDL). Conclui-se que, a farinha de Pereskia aculeata apresentou efeito positivo nos parâmetros avaliados, demonstrando ser um alimento com potencial no controle e tratamento da obesidade.
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    Ansiedade e prontidão para mudança de comportamento em indivíduos com obesidade, usuários da Atenção Primária no interior de Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Soares, Waldirene Rodrigues de Souza; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Guimarães, Fábio Tadeu Lourenço; Macedo, Mariana de Souza; Alves, Paula Aryane Brito
    Introdução: A obesidade como parte do grupo de doenças crônicas e determinante para outros agravos é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. No Brasil, esse agravo apresenta alta taxa de morbimortalidade e elevado custo para o Sistema Único de Saúde. Considerando que mudança de comportamento é um fator prioritário para adesão ao controle da obesidade, tendo o transtorno da ansiedade um papel fundamental nessa meta, avaliar os fatores associados a essas duas condições é essencial na intervenção. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre ansiedade e os estágios de prontidão para mudança de comportamento em pessoas com obesidade, bem como fatores socioeconômicos, culturais e de saúde associados a essas duas características. Metodologia: Foram estudados indivíduos com obesidade de ambos os sexos, com idade compreendida entre 20 e 59 anos, com IMC maior ou igual a 30 kg/m2, atendidos na Atenção Primária de Curvelo-MG. Para isso foram utilizados o Inventário de Sintomas da Escala Beck para identificar sintomas de ansiedade e a SOC Scale do Modelo Transteórico para identificar o estágio de prontidão para mudança de comportamento. Para análise estatística utilizou-se a Regressão de Poisson Resultados: Observou-se que indivíduos com obesidade nos estágios iniciais de mudança de comportamento, possuem o hábito de realizar as refeições em frente às telas e não praticam exercícios físicos, quando comparados àqueles nos estágios finais da prontidão para mudança de comportamento. Além disso, foi observado que esses indivíduos apresentaram pouco interesse em fazer as coisas, quase todos os dias ou em mais da metade dos dias. Houve maior prevalência de sintomas de ansiedade grave em indivíduos com obesidade grau III e com outras comorbidades, e entre aqueles com problemas conjugais e com parentes. Já os indivíduos com sintomas de ansiedade grave tinham mais problemas com álcool que aqueles com sintomas de ansiedade leve ou sem sintomas. Verificou-se associação entre ansiedade grave e estar nos estágios iniciais da mudança de comportamento. Conclusão: Diante dos resultados, conclui-se que os indivíduos com obesidade, podem se encontrar em estágios diferentes de mudança comportamento e, que na presença de sintomas de ansiedade apresentam menor prontidão para mudança. Dessa forma torna-se premente adequar os protocolos que considerem tais fatores no processo de abordagem da obesidade.