PPGER - Mestrado em Estudo Rurais (Dissertações)

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    O Sistema alimentar e a constituição de relações de trabalho híbridas e laços de solidariedade e parentesco no uso de produção do espaço rural
    (UFVJM, 2018) Dittz, Vítor Sousa; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Mattos, André Luis Lopes Borges de
    A presente pesquisa analisa as relações de trabalho híbridas e os laços de solidariedade e de vizinhança presentes nos meios e modos de subsistência de comunidades tradicionais do Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. O objetivo mais geral da investigação é compreender o sistema alimentar local. Considerando que o processo de obtenção de alimentos é bem definido em espaços distintos e delimitados pelo cotidiano do camponês lavrador tais como a lavoura, a horta, o quintal, a mata e o campo, os mesmos foram analisados enquanto espaços familiares de produção, de trabalho e de consumo. Utilizando recursos como a observação participante e a entrevista semiestruturada recorrente individual com os moradores, coletei informações que me permitiram elaborar um estudo etnográfico de cada bairro rural estudado. Por meio do método de análise comparativa entre dois bairros rurais pertencentes ao município do Serro/Minas Gerais, Milho Verde e Jacutinga, ambos com características semelhantes e distintas,discute-se o processo de constituição e evolução das relações sociais e de trabalho híbridas, assim como as suas recentes alterações e transformações no sistema alimentar dessas localidades no decorrer dos últimos cinquenta anos. Tendo em vista o fato de a pesquisa estar intimamente ligada à produção de alimentos e aos sujeitos sociais produtores, a análise privilegia o papel desses sujeitos e suas formas de sociabilidades vivenciadas no cotidiano da vida rural. Em função desse enfoque o estudo aproxima-se da concepção de camponês caipira, camponês lavrador presente nas obras de Maria Isaura Pereira de Queiroz, Antônio Candido, Darcy Ribeiro e Carlos Rodrigues Brandão. Fatores externos e internos ao espaço de cada bairro influenciaram acarretando mudanças, permanências e metamorfoses no espaço social alimentar. Essasocorreram independente do desenvolvimento do ecoturismo, visto que, somente um deles vivenciou esse processo nas últimas décadas. Contudo, foi constatado que transformações significativas surgiram antes dessa atividade, como consequências de fatores comuns que influenciaram diretamente na melhoria das condições de vida e no acesso a renda de seus moradores, uma vez que as mudanças, e mesmo permanências, possuem mais semelhanças do que distinções em ambos os bairros, tanto no que se refere ao espaço do comestível quanto ao sistema alimentar de seus moradores.
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    Inovações tecnológicas do campesinato no alto Vale do Jequitinhonha, MG
    (UFVJM, 2019) Andrade, Hulie Gonçalves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A partir da década de 1960 a agricultura moderna, norteada pela lógica capitalista, foi adotada como modelo hegemônico para a agricultura brasileira e, a difusão das suas inovações tecnológicas modernas contou com ações do Estado, da extensão rural e legitimação da ciência que alijaram o camponês com o discurso do “atraso”. Com isso, o projeto moderno invisibilizou as inovações tecnológicas desenvolvidas e incorporadas pelos camponeses. Essa pesquisa tem como objetivo investigar as inovações tecnológicas incorporadas em três agroecossistemas do Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Busca-se refutar a concepção engendrada do camponês atrasado, propor o diálogo entre o saber tradicional e o conhecimento científico, na construção do conhecimento agroecológico e elucidar o camponês e seu modo de vida como importante agente inovador. A metodologia utilizada foi à revisão bibliográfica, a sistematização de informações obtidas pelos projetos de pesquisa realizados entre 2014 e 2018 e a entrevista semiestruturada com as famílias camponesas dos agroecossistemas analisados. Conclui-se que os camponeses desenvolvem, aprimoram e incorporam inovações tecnológicas presentes em várias etapas produtivas, orientadas por uma lógica consonante com seus modos de vida. Essas inovações tecnológicas são dinâmicas e afetadas por fatores culturais, sociais, ambientais, históricos e políticos.