PPGER - Mestrado em Estudo Rurais (Dissertações)
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Item Escravidão e Cotidiano: as experiências de escravizados na prática de atos criminalizados, Diamantina - Minas Gerais (1850-1888)(UFVJM, 2022) Pinto, Larissa Chaves; Chaves, Edneila Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Chaves, Edneila Rodrigues; Pires, Maria de Fátima Novaes; Martins, Marcos Lobato; Nascimento, Alan Faber doO presente trabalho objetivou investigar o cotidiano de escravizados em suas vivências, modos de vida e relações sociais a partir de atos criminalizados que ocorreram na sociedade escravista de Diamantina, Minas Gerais, para o período de 1850 a 1888. Trata-se de um cotidiano de onde emergem os conflitos, ações, manifestações, comportamentos e expressões que operacionalizam as habilidades e capacidades intelectuais dos escravizados, bem como ações e reações perante situações e experiências cotidianas “imprevisíveis”. Ademais, o trabalho buscou investigar a origem, composição por faixa etária e por sexo, idade, grau de instrução, dentre outros aspectos relacionados ao perfil do segmento cativo, com vistas a compreender os vínculos de escravizados em relação a outros segmentos sociais, com os quais mantinham relações de trabalho, amizade, afetividade e animosidade. A pesquisa também ensejou discutir os dados acerca de duas categorias de atos criminalizados, sendo eles; os crimes contra a pessoa e contra a propriedade, a fim de compreender a ocorrência e significado desses atos para o cotidiano cativo e, consequentemente, para a sociedade escravista do espaço social estudado. Nesse sentido, para cumprir tais objetivos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, em literatura pertinente ao tema, e pesquisa documental através de processos-crime e inquéritos policiais em que cativos se configuram como réus. Trata-se de fontes cartorárias manuscritas, que pertencem ao acervo da Biblioteca Antônio Torres, sediada em Diamantina-MG. Em vista disso, foi possível perscrutar na análise acerca das especificidades (relações de ciúmes, intrigas, vinganças, relações de amizade, parceria e solidariedade) do cotidiano do segmento escravizado. Ressalta-se que os atores sociais investigados marcaram o cotidiano da escravidão com suas experiências e deixaram legados para recordar suas trajetórias fugazes, ainda que suas vivências fossem “destinadas a não deixar rastros”.Item Liames das escolas rurais com a resistência da cultura caipira em comunidades camponesas no município de Diamantina-MG(UFVJM, 2022) Dias, Ana Paula Ferreira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Fávero, Claudenir; Alentejano, Paulo Roberto Raposo; Acçolini, GrazieleO presente trabalho de mestrado procurou conhecer e compreender como o processo ensino e aprendizagem, na relação campo/rural, se encontram atualmente nos modelos de ensino e projetos pedagógicos das escolas localizadas no campo do município de Diamantina (Minas Gerais). Assim, buscamos considerar, por meio de um estudo bibliográfico sistematizado, os conceitos de Caipira e Camponês e sua relação com os processos educativos no campo. Acrescido de entender como a cultura e religiosidade, assim como a relação cultura e natureza, se fazem presentes entre os camponês-caipiras, e como são e/ou poderiam ser afirmativas de pertencimento do sujeito do campo no processo educativo do campo e sua interface com a Agroecologia. Elucidou as relações entre Cultura e os Projetos Políticos Pedagógicos no contexto da educação rural no município de Diamantina (Minas Gerais), para auxiliar, por meio das análises feitas, a Secretaria Municipal de Educação, em ações e parcerias para a consolidação de um projeto de educação do campo e para o campo. A pesquisa é de cunho qualitativo, com estudo de revisão da literatura narrativa e sistemática, somadas às pesquisas bibliográficas e documentais, além do levantamento de dados, para assim elaborar uma teorização consistente. Foram pesquisados materiais didáticos voltados à educação do campo e os conjuntos de leis federais, estaduais e municipais sobre a educação diferenciada do campo. Realizamos o aprofundamento teórico sobre a cultura caipira, educação e a relação natureza e cultura. Concluímos que o conceito de caipira e de camponês não se opõem, ao contrário, se complementam; o princípio educativo não escolar, em relação às crianças do campo, se dá, primeiramente, pela religiosidade e cultura caipira, assim, a produção de alimento e a alimentação são parte fundantes do processo educativo; que há ausência de uma discussão teórica aprofundada do conceito de cultura caipira nos processos educativos das escolas do campo e no campo no município de Diamantina (Minas Gerais). Nas análises em que aprofundamos a questão dos aspectos curriculares e a Cultura, enquanto conjunto de saberes que podem ser dialogados em sala de aula, percebemos que os currículos examinados das três escolas do campo de Diamantina (Minas Gerais), apesar de demonstrar interesse na valorização da cultura do alunado, não tem consolidado que cultura é essa, só havendo menção às culturas indígena e quilombola, previstas nos temas transversais, não fazendo referência ao modo de vida principiador da cultura caipira.Item Trabalhadores, terra, sindicato: sindicalismo rural em Diamantina – MG (1970-1985)(UFVJM, 2020) Pinheiro, Túlio Henrique; Chaves, Edneila Rodrigues; Nascimento, Alan Faber do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Chaves, Edneila Rodrigues; Nascimento, Alan Faber do; Stocco, Aline Faé; Borges, Kátia Franciele Corrêa; Barbosa, Rômulo Soares; Martins, Marcos LobatoAborda-se nessa dissertação sobre a sindicalização de trabalhadores rurais em Diamantina no período entre 1970 até 1985. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Diamantina assumiu significativa importância no meio rural do município. Trabalhou-se com a hipótese de que o movimento de sindicalização para o segmento de trabalhadores rurais, ocorrido em Diamantina, tenha trazido mudanças nos modos de vida e de trabalho dos trabalhadores rurais, gerando uma relação proximal dos trabalhadores para com o Sindicato. Diante disso, desenvolveu-se a temática desse estudo buscando investigar os determinantes da relação trabalhadores rurais e Sindicato em Diamantina, tomando como ponto de partida o processo de sindicalização. O recorte temporal desse estudo compreende aos anos de 1970 a 1985. Foi no ano de 1970 em que a fundação de um sindicato para trabalhadores rurais em Diamantina foi colocado em debate. O fim do recorte temporal em 1985 justifica-se pela conjuntura da redemocratização do País, o que implicou em mudanças na esfera sindical. Tendo em vista a questão central de investigação sobre a sindicalização de trabalhadores rurais em Diamantina, os objetivos específicos, são: identificar os trabalhadores rurais e suas dinâmicas de trabalho; investigar sobre o processo de criação do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Diamantina, com a identificação dos segmentos envolvidos; investigar sobre a sindicalização de trabalhadores rurais, com verificação da atuação da instituição na prestação de assistência ao trabalhador rural e com verificação dos significados que os trabalhadores formularam sobre essa atuação do Sindicato. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma combinação de fontes. Trabalhou-se com documentação administrativa do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Diamantina, com fontes jornalísticas do Jornal Voz de Diamantina e foi realizado trabalho de campo, com produção de fonte oral, por meio da orientação teórico-metodológica da história oral. Confirmou-se a hipótese de que a sindicalização para o segmento de trabalhadores rurais em Diamantina promoveu mudanças nos modos de vida e de trabalho desse segmento. Os trabalhadores formularam significados de relevância para o Sindicato na sua atuação frente à intermediação na prestação de assistência ao trabalhador rural, que consistiu em benefícios relativos à assistência médica, odontológica e ao benefício da aposentadoria.