PPGMQ-MG - Doutorado em Química (Teses)

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    Isolamento e caracterização de bactérias resistentes a arsênio com potencial de aplicação em processos de biorremediação
    (UFVJM, 2018) Aguilar, Naidilene Chaves; Rodrigues, Jairo Lisboa; Bomfeli, Cleide Aparecida; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Franco, Elton Santos; Rodrigues, Jairo Lisboa; Carli, Alessandra de Paula; Landa, Giovanni Guimarães
    As alterações do equilíbrio ecológico e o impacto da atividade humana sobre o ecossistema terrestre começaram a se transformar em assunto de preocupação durante a década de 60, ganhando dimensões políticas a partir da década de 70 e sendo hoje um dos assuntos mais polêmicos do mundo. Na história do Brasil, um dos fatores primordiais para essa alteração ambiental tem importantes capítulos contados pelos esforços de exploração da terra ligados à atividade mineradora. Diatene do exposto, o presente trabalho teve como objetivo o isolamento a identificação e a caracterização de bactérias resistentes ao arsênio (As) presentes em amostras de solo, coletadas ao longo do Córrego Rico, no município de Paracatu/MG. Visando uma potencial aplicação na biorremediação de ambientes contaminados. O estudo utilizou a técnica da Espectrometria de Massas com Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-MS). O estudo teve início com análise química do solo do qual foram isoladas bactérias, posteriormente testadas quanto sua tolerância ao As. As mais resistentes, foram identificadas e seu crescimento avaliado em meio contendo concentrações variadas de As. O meio onde as bactérias foram cultivadas e o interior das mesmas, forneceram dados para identificar a quantidade e a forma químicas de As presente no meio, na tentativa de observar se a bactéria seria capaz de causar alteração do metal e qual seria o mecanismo que o metabolismo das mesma utilizaria parra biorremediar o mesmo do meio ambiente. Foi possível isolar e identificar bacterias classificadas como Lysinibacillus boronitolerans e Bacillus cereus e identificar sua resistência após incubação na presença de espécies de As (III) e As (V). A quantificação das espécies foi feitas através do acoplamento da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (LC) acoplado à Espectrometria de Massas com Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-MS). Diante dos resultados obtidos, ficou claro que as estirpes não utilizavam da ação de Exopolissacarídeos para complexação do metal, nem da enzima arsenito-oxidase como processo de remediação, porém, devido a evidencias de Inter conversão das formas de As (III) e As(V). Foi confirmada utilização de outras formas dessa transformação. É possível que estejam presentes genes do complexo ars, capazes de expressar proteínas de membrana como canais de passagem desse metal, assim como de proteínas capazes de reduzir o arsenato como parte do processo de metilação e assim volatilizar parte do metal em um processo de desintoxicação.