Browsing by Author "Viana, Ana Maiza"
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Item Bioindicadores na avaliação da capacidade de autodepuração do Rio Grande, Diamantina - MG(UFVJM, 2018) Viana, Ana Maiza; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Ramos, Cíntia Lacerda; Schorer, MarianneO lançamento de efluentes urbanos sem nenhum tratamento em corpos d’água se destaca como um dos maiores contaminantes desses ecossistemas. No município de Diamantina mais de 60% dos domicílios apresentam rede de esgoto sanitário, que são carreados diretamente para o principal córrego do distrito, o Rio Grande. De acordo com o nível de poluição e características geográficas e físicas, os rios são capazes de neutralizar cargas poluidoras que recebem. Esse fenômeno é chamado de autodepuração. O objetivo deste trabalho foi avaliar através de bioindicadores a capacidade de autodepuração do Rio Grande - Diamantina. Foi aplicado Protocolo de Avaliação Rápida (PAR) em seis pontos de coleta (P1 á P6), desde a cabeceira, próxima a nascente do rio, passando pela parte urbana e periurbana, em sua foz no Ribeirão do inferno e 100 m após a foz (aproximadamente 11 km). Foram coletados: água e sedimento nos seis pontos e peixes (brânquias) em quatro pontos. Foram realizadas análises de coliformes pela técnica de “Número Mais Provável” (NMP), os macroinvertebrados foram analisados de acordo os índices internacionais Biological Biomonitoring Work Party System - BWMP e Average Score Per Taxon - ASPT. Os peixes encontrados (Astyanax fasciatus e Poecilia reticulata) tiveram suas brânquias dissecadas, e submetidas à microscopia de luz para avaliação morfológica e imunohistoquimica para avaliação da expressão da proteína Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) relacionado com a hipóxia tecidual. O protocolo de avaliação rápida revelou que os pontos P1 (cabeceira) e P6 (Ribeirão do Inferno) estão em condições naturais, o P2 (Urbano) encontra se impactado e os P4 (Periurbano) e P5 (Foz) estão alterados. Os resultados microbiológicos classificaram o rio como P1 Muito bom, pontos P2, P3, P4 e P5 impróprio e o P6 como satisfatório. Os macroinvertebratos apresentaram-se em baixa diversidade, a família mais predominante foi a Chironomidae, presente em todos os pontos revelando a contaminação. As alterações morfológicas foram encontradas nas duas espécies estudadas, em todos os pontos (P4, P5 e P6) tendo P6 apresentado maiores alterações. A expressão da proteína VEGF foi verificada nos pontos P5 e P6, sendo o P5 com a maior expressão, relacionando-se a baixo índice de oxigênio dissolvido da água. Através dos resultados obtidos foi possível constatar que o Rio Grande não restabelece seu equilíbrio normal, ou seja, não volta ao seu estágio inicial encontrado antes do lançamento de efluentes, apresentando características físicas que o auxiliam, mas não são capazes de eliminar toda a contaminação.