Browsing by Author "Silva, Keity Lamary Souza"
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Item A acurácia da força muscular respiratória na identificação da disfunção sistólica em pacientes com cardiomiopatia chagásica(UFVJM, 2023) Silva, Keity Lamary Souza; Costa, Henrique Silveira; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Santos, Ana Paula; Oliveira, Luciano Fonseca Lemos deIntrodução: A doença de Chagas é uma doença tropical prevalente em regiões com alta vulnerabilidade social. Dos pacientes acometidos, 30% dos podem evoluir para a forma cardíaca da doença, denominada de cardiomiopatia chagásica (CCh). A CCh apresenta-se clinicamente de forma heterogênea, sendo a disfunção sistólica, caracterizada ela redução expressiva da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), um marcador importante de gravidade. Concomitantemente com a deterioração da função cardíaca, o paciente com CCh pode evoluir com redução da capacidade funcional, alteração na proporção das fibras musculares e fraqueza musculoesquelética generalizada, inclusive fraqueza dos músculos respiratórios. Dessa forma, tanto a disfunção sistólica como a fraqueza muscular respiratória acompanham a progressão da doença. Nesse cenário, a avaliação das pressões respiratórias máximas surge como alternativa para a triagem dos pacientes onde a ecocardiografia não estiver disponível. Objetivo: Verificar a acurácia da força muscular respiratória na identificação de disfunção sistólica em pacientes com CCh. Métodos: Cinquenta e sete pacientes com CCh (53,2±9,0 anos, 61,4% mulheres, NYHA I-III) foram recrutados e submetidos a ecocardiografia e avaliação da força muscular respiratória por manovacuometria. A força muscular inspiratória e expiratória foi definida pela pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx), respectivamente. A disfunção sistólica foi definida por valores de FEVE abaixo de 52% (para homens) ou 54% (para mulheres). Resultados: Trinta e sete pacientes (64,9%) apresentavam disfunção sistólica e 20 (35,1%) pacientes apresentavam função cardíaca preservada. O grupo com disfunção sistólica apresentou PImáx reduzida quando comparado ao grupo com função cardíaca preservada (66,5±34,5 cmH₂O versus 85,3±29,2 cmH₂O, p=0,044). Não houve diferença na PEmáx (89,9±43,9 cmH₂O versus 87,3±22,3 cmH₂O, p=0,812). Na curva ROC, a PImáx apresentou acurácia adequada para identificar pacientes com disfunção sistólica (AUC=0,71). A PEmáx não apresentou acurácia satisfatória na identificação desses pacientes. O ponto de corte ótimo da PImáx para identificar disfunção sistólica em pacientes com CCh foi ≤62 cmH2O, com valor preditivo positivo de 85%. Conclusão: A PImáx tem valor potencial na identificação de disfunção sistólica em pacientes com CCh. Esse achado pode auxiliar na triagem e na estratificação de risco quando a ecocardiografia não está disponível.Item O impacto do treinamento físico na funcionalidade e qualidade de vida em pacientes com insuficiência venosa crônica: uma revisão sistemática(UFVJM, 2021) Silva, Keity Lamary Souza; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro; Marçal, Márcio AlvesIntrodução: A disfunção dos músculos da panturrilha é considerada um dos principais fatores etiológicos em pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC). O treinamento físico (TF) surge como um importante tratamento conservador, porém, devido ao amplo espectro de manifestações clínicas da IVC, é necessário verificar o efeito do TF na função da bomba da panturrilha, parâmetros funcionais e qualidade de vida relacionada à saúde em diferentes níveis de gravidade da doença. Objetivo: Verificar o efeito do TF na IVC para auxiliar a prescrição de exercícios na Saúde Coletiva. Métodos: Uma revisão sistemática (registro PROSPERO CRD42020159204) foi realizada após pesquisa nas bases de dados MEDLINE, Web of Science, Scopus, CINAHL, PEDro e LILACS de maio a junho de 2020, sem restrições de data e idioma. Estudos que verificaram o efeito do TF na função da bomba da panturrilha, força muscular, amplitude de movimento do tornozelo e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com IVC foram incluídos. Os resultados foram estratificados de acordo com a gravidade da IVC em leve (CEAP 1 a 3) e avançados com anormalidades na pele (CEAP 4 a 6). Resultados: Onze estudos foram incluídos. Na IVC leve, o TF foi eficaz na melhora do refluxo venoso, força muscular, amplitude de movimento do tornozelo e qualidade de vida relacionada à saúde. Em pacientes com IVC avançada, o TF aumentou a ejeção de sangue, a força muscular e a amplitude de movimento do tornozelo. Não foram relatadas alterações nos índices de refluxo venoso e na qualidade de vida relacionada à saúde. Conclusão: O TF é eficaz na melhoria da função da bomba da panturrilha, força muscular e amplitude de movimento do tornozelo na IVC. Em pacientes leves, foram encontrados benefícios adicionais na qualidade de vida relacionada à saúde, enquanto na IVC avançada não há dados para apoiar a melhora do refluxo venoso.Item A qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com pós-Covid-19(UFVJM, 2021) Figueiredo, Eduardo Augusto Barbosa; Costa, Henrique Silveira; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de; Silva, Keity Lamary SouzaOs sintomas e sequelas em pacientes pós-Covid-19 que necessitaram de hospitalização podem permanecer por meses, o que impacta significativamente na qualidade de vida (QVRS) desta população, essa, que continua seu fluxo de cuidado para a Atenção Primária à Saúde (APS). Assim, o presente estudo teve como objetivo discutir os principais achados sobre QVRS em pacientes pós-Covid-19 que necessitaram de internação. Foi realizada busca eletrônica nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, CINAHL, Web of Science, LILACS e Scopus, sem restrição de data e idioma, até junho de 2021. Foram incluídos 24 artigos. Parece que a QVRS melhorou logo após a alta hospitalar, apesar do comprometimento da QVRS permanecer por meses. Os aspectos físicos e mentais são afetados, pois os pacientes relatam dor, desconforto, ansiedade e depressão. A QVRS dos pacientes infectados é pior quando comparada aos não infectados. Além disso, a QVRS parece ser pior nos pacientes internados na unidade de terapia intensiva quando comparada aos que permaneceram na enfermaria. A melhora na QVRS dos pacientes após a alta hospitalar é independente da melhora clínica, e parece que não há associação entre a QVRS após a alta hospitalar e a gravidade da doença na admissão hospitalar. Muitos fatores foram identificados como determinantes da QVRS, sendo o sexo feminino e a idade avançada os mais relatados, seguidos do tempo de ventilação mecânica invasiva e da necessidade de cuidados intensivos. Outros fatores incluem a presença e o número de comorbidades, capacidade vital forçada, alto índice de massa corporal, histórico de tabagismo, diploma universitário e estar desempregado. Em conclusão, esses achados podem ajudar no manejo clínico e devem ser considerados no acompanhamento dos pacientes.