Browsing by Author "Silva, Alexandre Christofaro"
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Item Atributos químicos de um neossolo quartzarênico, estado nutricional e produtividade do feijoeiro em função de sistemas de cultivo.(2010) Freitas, Juan Paulo Xavier de; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Alleoni, Luis Reynaldo Ferracciau; Silva, Enilson de BarrosEste trabalho teve como objetivo comparar em três cultivos a produtividade, componentes de rendimento, atributos químicos do solo e a nutrição do feijoeiro em quatro sistemas de preparo do solo de um Neossolo Quartzarênico. O primeiro cultivo do feijoeiro foi realizado de abril a junho de 2006, o segundo, de novembro de 2006 a janeiro de 2007, e o terceiro de dezembro de 2008 a fevereiro de 2009. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados no esquema de experimento em faixas, com cinco repetições. Os tratamentos foram os seguintes preparos do solo: arado de disco, arado de aiveca, grade pesada e plantio direto com o uso de dessecante na vegetação. Os sistemas de preparo influenciaram nos atributos químicos do solo, na produtividade e nutrição do feijoeiro nas condições de Campo Limpo na Serra do Espinhaço Meridional. O plantio direto e grade pesada são os sistemas de preparo do solo mais adequados para a produção do feijoeiro, quando cultivado sob um Neossolo Quartzarênico.Item Distribuição espacial do potencial de erosão hídrica na bacia do rio Araçuaí-MG(UFVJM, 2017) Santos Neto, José Ramalho dos; Matosinhos, Cristiano Christofaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Rocha, Wellington Willian; Matosinhos, Cristiano ChristofaroA erosão hídrica é um dos grandes problemas da atualidade e vem causando muitos impactos socioambientais, principalmente em países de climas tropicais onde o poder erosivo das águas pluviais é mais altas. Tal fenômeno reduz a fertilidade natural dos solos o que por sua vez, impacta na produtividade agrícola, bem como a qualidade e quantidade dos recursos hídricos disponíveis. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva caracterizar a distribuição espacial do potencial de perda de solos por erosão hídrica na bacia hidrográfica do rio Araçuaí. Para isso, utilizou-se a Equação Universal das perdas se solo a qual determina o potencial médio de perda de solos por erosão hídrica por meio da interação entre a energia cinética das gotas de chuva, as características dos solos, as formas do relevo e os usos e manejos adotados. Os resultados obtidos apontam um potencial médio de perda de solos de 7,58 Ton ha-1Ano-1, indicando um baixo potencial de perda de solos por erosão hídrica distribuído de forma irregular no território da bacia.Item Reconstituição paleoambiental por abordagem multi-proxy em um registro de uma vereda do noroeste de Minas Gerais(UFVJM, 2021) Soares, Victor Hugo Alves; Silva, Alexandre Christofaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Fraga, Lúcio Mauro Soares; Tassinari, DiegoRealizar a reconstituição paleombiental de paisagens é de grande importâncica para a compreensão do passado, do presente e poder projetar cenários futuros. O objetivo desse trabalho foi compreender o processo de formação de uma vereda localizada no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, localizado Noroeste de Minas Gerais, fronteira com o Estado da Bahia. Com o uso de marcadores multiproxys pode-se compreender a dinâmica paleoclimática da região. Com uso de datação do Carbono-14, pode-se determinar o inicio da deposição de matéria orgânica do testemunho do solo da vereda, tendo isso iniciado em em 33.347 anos cal AP, o que indica que a deposição de matéria organica para a formação da turfa ocorreu no Pleistoceno tardio. Com a análise multiproxy, estabeleceu-se cinco grandes mudanças ambientais e ecológicas que ocorream no local. A Fase 01, mais antiga, ocorreu num perído de 3.500 anos, encerrando por volta de 27.400 anos cal AP, apresentou sinais de clima seco com um ambiente com forte instabilidade regional, com presença de plantas C3 e C4. A Fase 02 apresentou-se como mais longa entre as fases, iniciando logo após a Fase 01 e ocorrendo num período de 16.300 anos, os dados extraídos dela corroboram com dados relativos ao Último Máximo Glacial, com presença de um clima mais seco que o atual e ao anterior (Fase 01). A Fase 03 tem seu início por volta de 11.182 anos cal AP e duração de 5.000 anos, apresentando sinais de uma reversão climática, com aumento de umidade e com o retorno de plantas C3 para o ambiente. A Fase 04 durou por volta de 4.700 anos, tendo iniciado por volta de 6.043 anos cal AP. Essa fase ficou caracterizada por um clima mais úmido identificado no testemunho, com uma predominância maior de plantas C3. Nessa fase já são encontrados fitólitos de plantas Arecaceae, que podem indicar maior presença de buritis (Mauritia flexuosa). A Fase 05 incia em 1.291 anos cal AP e persiste até o presente, sendo caracterizada por um retorno a um clima mais seco que a fase anterior, redução da abundância de planas C3 e com sinais de maior instabilidade local.Item Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional: mapeamento e estoque de matéria orgânica(UFVJM, 2012) Silva, Márcio Luiz da; Silva, Alexandre Christofaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Torrado, Pablo Vidal; Dutra, Gleyce Campos; Mucida, Danielle PiuzanaA Serra do Espinhaço Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio São Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartzíticas e é caracterizada por apresentar áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento, onde, nas depressões, ocorrem as turfeiras, grandes reservatórios de matéria orgânica e de água. A turfeira pode ser definida como um substrato constituído por restos de vegetais mortos, em diferentes estágios de decomposição, que se acumulam em sucessão em lugares úmidos ou encharcados onde haja uma considerável redução na atividade biológica devido às inóspitas condições do meio. É formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Outro papel importante reservado para as turfeiras é sua utilização como arquivo ambiental e cronológico da evolução das paisagens, das mudanças climáticas e da deposição atmosférica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. O objetivo deste trabalho foi mapear as turfeiras da porção norte da SdEM, determinar seu estoque de matéria orgânica armazenada e utilizar isótopos de carbono para identificar mudanças ambientais regionais que ocorreram no Quaternário. Turfeiras pré-selecionadas foram mapeadas através de trabalhos de campo e de técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando os softwares Arcgis 9.3, Envi 4.5 e GPS Trackmaker Pro. A caracterização dos organossolos foi realizada de acordo com metodologia preconizada no Sistema Brasileiro de classificação de Solos. Amostras foram enviadas para determinação da composição isotópica (δ13C) e datações radiocarbônicas (14C) por espectrometria de cintilação líquida de baixa radiação de fundo. Numa primeira aproximação foi possível mapear 14.287,55 hectares de turfeiras distribuídas ao longo de 1.180.109 hectares da SdEM, o que representa 1,2% da área total. Essas turfeiras ocupam um volume médio de 170.021.845,00 metros cúbicos, armazenam 4.488.576,71 toneladas de matéria orgânica e acumulam em média 314,16 t ha-1. A maioria das turfeiras mapeadas segue o seguinte padrão ambiental: ocorrem em áreas aplainadas da superfície S2, tendo em sua base rochas quartzíticas, entre 1100 e 1350 metros de altitude, onde as temperaturas e precipitações anuais médias são respectivamente menores que 19°C e maiores que 1200 mm e estão colonizadas por vegetação campestre, com esparsos capões de mata. Nas turfeiras da SdEM predominam os estágios de decomposição da matéria orgânica avançado (sáprico), seguido do intermediário (hêmico). A taxa de crescimento vertical variou entre 0,058 e 0,43 mm ano-1, enquanto a taxa de acúmulo de carbono oscilou entre 0,95 e 53,91 g m-2 ano-1. As turfeiras que se situam em posições altimétricas de 1.000 a 1.200m e acima de 1.700 m são mais recentes (Holocênicas), ao passo que aquelas que ocupam posições entre 1.200 e 1.700 metros de altitude são mais antigas (Pleistocênicas). As turfeiras da SdEM, começaram a ser formadas no Pleistoceno Superior (42.175± 3390 anos A.P.), quando estavam colonizadas predominantemente por plantas de ciclo fotossintético CAM. A vegetação foi mudando gradativamente para plantas do ciclo fotossintético C3 ao longo da transição Pleistoceno-Holoceno, processo associado a mudanças paleoclimáticas. Através de mapeamentos via técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto foi possível entender melhor a natureza geológica, geomorfológica e hidroclimatológica das turfeiras e sua inserção na paisagem regional. Os ambientes turfosos da SdEM guardam significativa importância no armazenamento de carbono orgânico e água e enquanto testemunho de mudanças paleoambientais, o que fundamenta uma necessidade urgente e emergente no sentido de proporcionar maior proteção e preservação a esses pedoambientes.