Browsing by Author "Santos, Ingredy Carolline de Jesus"
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Item Desenvolvimento infantil e parentalidade: conhecimento de gestantes cadastradas em Unidades Básicas de Saúde(UFVJM, 2020) Santos, Ingredy Carolline de Jesus; Morais, Rosane Luzia de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Rosane Luzia de Souza; Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Dias, Orlene Veloso; Moreira, Rafaela Silva; Vitorino, Débora Fernandes de MeloIntrodução: O ambiente familiar exerce papel fundamental no estímulo ao desenvolvimento infantil. Para tanto, o conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento infantil é apontado como um fator relevante capaz de influenciar a maneira como estes entendem o comportamento de seus filhos e a construção de vínculo parental. Objetivos: Investigar o conhecimento das gestantes cadastradas em Unidades Básicas de Saúde sobre o desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida, bem como investigar os fatores que estão associados e aqueles que explicam o conhecimento materno. Material e métodos: Participaram gestantes cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família do munícipio de Janaúba, Minas Gerais. Foram coletadas informações sobre o perfil das participantes. Para verificar as crenças e práticas de cuidado foi aplicado a Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado na Primeira Infância – ECPPC e avaliou-se o conhecimento das gestantes sobre o desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida através do Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI). Os dados coletados foram organizados em um banco de dados, no Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão Windows 20.0® e posteriormente submetidos à análise descritiva. Na análise inferencial, foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman para variáveis contínuas ou ordinais e o teste Quiquadrado para variáveis categóricas e, aquelas com valor de p<0,20, seguiram para uma regressão multivariada hierárquica. Resultados: Participaram 105 gestantes, com mediana de 24 anos, mediana de 1 filho, pardas, com 2º grau completo ou mais, em sua maioria católicas, com companheiro, donas de casa ou estudantes, de classe mais média-baixa ou baixa. Relataram gravidez planejada, a maioria estavam no 3º trimestre, negaram tabagismo. Quanto à rede de apoio, os pais da criança foram citados mais vezes. Quanto às crenças e práticas maternas, a maioria das gestantes consideraram relevante aquelas relacionados à segurança, manutenção da temperatura, sono e repouso, alimentação e vínculo em detrimento a utilização de brinquedos e brincadeiras, jogos e leitura. O conhecimento sobre o desenvolvimento infantil mostrou-se baixo. A associação entre o conhecimento e variáveis independentes apontou a ECPPC (Correlação de Spearman=-0,19; p=0,048). Também seguiram para o modelo de regressão: número de filhos (Correlação de Spearman=-0,18; p=0,072); nível econômico (Correlação de Spearman=0,136; p=0,166), religião (X2=4,913; p= 0,086), rede de apoio pai (X2=3,595; p=0,058) e rede outros (X2= 3,878; p= 0,049). O modelo de regressão hierárquico explica 13% do conhecimento de gestantes sobre o desenvolvimento infantil (R2 0,127). Considerações Finais: Religião, importância à prática de cuidados e estimulação e menor número de filhos explicam uma pequena quantidade do conhecimento das gestantes sobre o desenvolvimento infantil. O conhecimento sobre o desenvolvimento infantil das mães foi baixo e estas valorizam muito mais as práticas de cuidados do que as que proporcionam o desenvolvimento infantil. Sugere-se intervenções futuras que ofereçam a estas mães oportunidades de conhecer mais sobre o desenvolvimento infantil e sua importância para o futuro de sua criança.