Browsing by Author "Mucida, Danielle Piuzana"
Now showing 1 - 20 of 29
- Results Per Page
- Sort Options
Item Análise comparativa de metodologias de mapeamento de uso conflitante da terra: estudo de caso em sub-bacias do rio Araçuaí(UFVJM, 2022) Martins, Ilziane Carmem; Mucida, Danielle Piuzana; Gorgens, Eric Bastos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; França, Luciano Cavalcante de Jesus; Matosinhos, Cristiano ChristofaroEstudos de avaliação de terras contribuem para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, possibilitam usos mais sustentáveis e mitigam problemas ambientais. No âmbito das metodologias de avaliação fundiária, o método Unidades de Paisagem (UPs) compõe o manual oficial de Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP) de Minas Gerais. Além dele, existe o Potencial de Uso para Conservação (PUC), proposto como alternativa na etapa de avaliação de terras do ZAP. Este trabalho teve como objetivo avaliar os produtos das metodologias UPs e PUC aplicadas em um estudo de caso nas bacias do Ribeirão Santana e do Rio Preto, no alto rio Araçuaí, principal afluente do Rio Jequitinhonha. Foram gerados mapas de unidades de paisagem e potencial de uso de conservação, cruzados com o mapa de uso e ocupação do solo. Como produtos, geramos mapas de conflitos da UPs e da PUC que mostram a compatibilidade, necessidade de controle e manejo ou incompatibilidade do uso atual da bacia. Com base nas UPs, o mapa de uso conflitante homogeneizou áreas muito extensas, enquanto a PUC gerou conflitos mais detalhados. Nas regiões antropizadas, o conflito pela PUC estabeleceu áreas mais necessárias de Controle e Manejo, enquanto pela UPs, muitos desses pontos foram classificados como Compatível ou Incompatível. A acurácia global obtida pelos métodos para os conflitos nas duas bacias foi de forte concordância. Os valores do índice Kappa (28%) indicam concordância razoável para Ribeirão Santana e concordância substancial (63%) para Rio Preto, revelada na precisão do usuário e produtor. As classes Controle e Manejo e Incompatível indicaram pontos mais sensíveis e discordantes na análise qualitativa. As bacias são caracterizadas principalmente por propriedades dedicadas à agricultura familiar e, nesse sentido, mapas mais detalhados são mais eficientes nas políticas públicas, considerando a escala dos imóveis rurais. Informações de campo indicaram que algumas áreas antropizadas, principalmente pastagens, apresentam alto grau de degradação, exigindo práticas de manejo conservacionistas. Nesse ponto, o mapa de conflitos pelo PUC foi mais condizente com a realidade. Apesar das vantagens da PUC para o cenário avaliado, o método UPs proporciona maior intimidade com a área de estudo. Além disso, fatores climáticos e tecnologias agrícolas, em escala regional, devem ser incluídos nas análises para avaliar a capacidade de uso da terra.Item Aplicação da ecologia de paisagem para a implantação de corredores ecológicos no municipio de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais(UFVJM, 2016) Salomão, Natália Viveiros; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Mucida, Danielle Piuzana; Morais, Marcelino Santos de; Gonzaga, Anne Priscila DiasAs alterações na estrutura da paisagem provocadas pelo homem ou por agentes naturais determinam o objetivo fundamental da ecologia da paisagem. Os impactos no solo são consideradas as principais causas da perda da biodiversidade, pois são responsáveis pela perda e fragmentação de habitats. A implantação de corredores ecológicos é uma estratégia para minimizar os processos de degradação de fragmentos florestais e garantir a conservação de espécies e ecossistemas. O objetivo desse trabalho é analisar e determinar áreas susceptíveis à implantação de corredores ecológicos, ligando essas áreas ao Parque Estadual Serra do Intendente, a fim de garantir a conservação dos domínios brasileiros Cerrado e Mata Atlântica, no município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. Para tanto, primeiramente, foi realizada a dinâmica da vegetação da área de estudo entre os anos de 1979 e 2015, a partir da matriz de transição. Para a confecção da matriz, foi realizada a classificação visual do mosaico de fotografias aéreas de 1979 e a classificação supervisionada de uso e ocupação do solo da imagem de satélite LANDSAT 8 de 2015. Ambas as classificações resultaram em três classes de vegetação, sendo elas herbácea, arbustiva e arbórea. Após a análise da dinâmica da vegetação, foi realizada a análise da estrutura da área, calculando-se as métricas de paisagem: métricas da área (área da paisagem e porcentagem da paisagem), métricas de fragmentos (número dos fragmentos), métricas de borda (razão entre área e total de bordas), métricas de forma (tamanho e forma dos fragmentos) e métricas do vizinho mais próximo (conectividade entre os fragmentos). A análise da dinâmica da vegetação resultou em uma redução da vegetação arbórea e um crescimento da vegetação herbácea e arbustiva. Já a análise da estrutura resultou em uma maior fragmentação, maior número de fragmentos irregulares, maior total de bordas e redução da conectividade entre os fragmentos. Para definir as áreas de implantação dos corredores ecológicos, foi analisado o potencial ecológico e estrutural da paisagem. Para a confecção do mapa de potencial ecológico determinaram-se as variáveis e seus pesos, sendo os maiores pesos para as variáveis vegetação e hidrografia, somando ambos 80% do total e os menores pesos para as variáveis altitude e declividade, somando ambos 20% do total. A confecção do mapa de potencial estrutural foi de acordo com o cálculo das métricas da classe, sendo elas: média da área do fragmento, média do formato dos fragmentos, média do total de bordas e média da conectividade. Assim, os resultados concluíram que áreas próximas aos corpos d’água, com menor total de bordas e maior conectividade entre os fragmentos eram áreas mais favoráveis aos corredores, já que garantiam o equilíbrio e conservação das espécies nativas, favorecendo o fluxo gênico e a desfragmentação dessas áreas. O presente trabalho demonstrou que a área de estudo, embora fragmentada, apresentou cobertura vegetal acima de 60% e, portanto, o habitat encontra-se conservado, ressaltando-se a importância de se conhecer a área tanto estrutural quanto ecologicamente, a fim de garantir um bom resultado nas práticas conservacionistas.Item Caracterização de áreas degradadas pela extração de cascalho: substrato, estrutura horizontal e florística da regeneração natural(UFVJM, 2016) Lage, Mayara Ribeiro; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Silva, Michele Aparecida Pereira da; Pereira, Israel MarinhoUm trecho da BR- 367, que liga a cidade de Diamantina ao distrito de Guinda, em Minas Gerais, perpassa por áreas de campo rupestre na Serra do Espinhaço Meridional e apresenta diversas áreas de empréstimo, constituídas por jazidas de material granular consumidas em obra rodoviária da própria via entre as décadas de 1960 e 1980. Atualmente tais áreas ainda apresentam-se fortemente degradadas, caracterizando-se pela fraca cobertura vegetal, exposição do solo e inexistência de um sistema de drenagem superficial eficiente. Neste contexto, surge a necessidade de alternativas que tenham eficácia na integração dos conhecimentos silviculturais e princípios ecológicos visando o retorno destas áreas às condições próximas das originais. Este trabalho teve como objetivo entender a relação entre variáveis ambientais e a estrutura horizontal e florística das espécies colonizadoras destes ambientes degradados. Foram selecionadas quatro áreas degradadas, analisadas por fotografias aéreas referentes aos anos de 1960 e 1979 nas quais foi possível detectar das áreas degradadas pontuais. Para o estudo do substrato estratificou-se as quatro áreas selecionadas para a coleta de amostras deformadas e indeformadas de forma preferencial. Obteve-se as proporções de areia, silte, argila, dados de resistência à penetração, densidade de partículas e aparente, porosidade total, micro e macro porosidade. Para a análises químicas foram coletadas entre 5 subamostras de cada estrato com o intuito de se obter uma amostra composta do substrato superficial (0-20 cm), de forma a representar a heterogeneidade ambiental de cada área. Foram analisados: pH em água; teores de P, K+, Mg2+, Ca2+ e Al3+; complexo sortivo (acidez potencial (H+Al), saturação e soma por bases (V% e SB), CTC (T), CTC efetiva (t) e saturação por alumínio (m%) e matéria orgânica (MO). Os dados obtidos foram aferidos e submetidos a análises estatísticas. Realizou-se análise de componentes principais (PCA) pelo software PCORD versão 6, de modo a sintetizar as variáveis de maior relevância na correlação das variáveis analisadas. Para levantamento da comunidade vegetal foi empregado o método da interseção na linha no qual em cada área foram alocadas doze linhas com 10,0 m de comprimento, distribuídas em zigzag, seguindo as coletas de solo, para correlacionar características do solo e vegetação. Cada linha foi subdividida em dez unidades amostrais (UA) contínuas, totalizando 470 UAs e anotado a ocorrência de espécies de hábito herbáceo, arbustivo e arbóreo. Foram calculadoss parâmetros fitossociológicos: frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR), cobertura absoluta (CA), cobertura relativa (CR) e o valor de importância (VI). Para comparar os diferentes setores das áreas estudadas quanto ao perfil de estratégias ecológicas de espécies herbáceas, estas foram classificadas em sistemas de guildas de acordo com as estratégias de regeneração, estratificação e dispersão. Nas quatro áreas analisadas foram amostrados 1.517 indivíduos, pertencentes a 22 famílias e 109 espécies. A análise dos atributos físicos e químicos do substrato evidenciou alta limitação ao desenvolvimento de plantas colonizadoras, apresentando como restrições a alta resistência a penetração e substratos de textura arenosa com baixa fertilidade natural. Verificou-se que houve relação entre os gradientes ambientais e a abundância e composição florística da vegetação colonizadora, ficando a maioria das espécies mais fortemente correlacionada com as variáveis MO, H+Al e V além de proporção de Areia, PT, DMG e RP.Item Caracterização de áreas em Diamantina (MG) sob diferentes tipos de degradação: substrato, dinâmica da vegetação e paisagem(UFVJM, 2012) Amaral, Wander Gladson; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Pereira, José Aldo Alves; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Mucida, Danielle Piuzana; Dutra, Gleyce CamposAtividades antrópicas vêm de encontro com o paradoxo do desenvolvimento e da conservação. Assim a demanda por matéria-prima para sustentar os meios de produção, tem íntima relação com a exploração dos recursos naturais, que realizada de modo inadequado e insustentável, gera a degradação do meio ambiente. Neste contexto, diante dos desafios que se apresentam para a sustentabilidade, alternativas estas, que tenham eficácia no seu propósito (integração dos conhecimentos silviculturais e principios ecológicos) e retorno destas áreas às condições próximas das originais. O presente trabalho teve como objetivos estudar a dinâmica da paisagem e da vegetação arbustivo-arbóreo em áreas sob diferentes tipos de degradadação em Diamantina, MG. As comunidades das áreas degradadas pelo garimpo de diamante (ADGD) e ouro (ADGO), assim como, pelo processo de voçorocamento (ADV) contou com 50 (10 x 10 m), 30 (10 x 10 m) e 36 (5 x 3m) parcelas respectivamente, que no primeiro inventário, foram amostrados todos os indivíduos arbóreo-arbustivo vivos com DAS30 ≥ 3 cm. No segundo inventário, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal e numero de indivíduos para cada área. Os valores de H’ obtidos para as áreas foram comparados aos pares pelo teste de t de Hutcheson. Em cada parcela, foi coletada uma amostra composta do substrato superficial (0-20 cm), sendo analisados os parâmetros químicos: pH em água; teores de P, K+, Ca2+, Mg2+ e Al3+; complexo sortivo (acidez potencial (H +Al), saturação por bases (V%), soma de bases (SB), CTC a pH 7 (T), CTC efetiva (t) e saturação por alumínio (m%)) e matéria orgânica (M.O); físicos: teores de areia, silte e argila, resistência mecânica à penetração ao longo da camada de 0-30 cm, umidade, cobertura de rocha e cascalho exposto. As variáveis ambientais foram comparadas pelo teste t para amostras independentes (P<0,05). Para analisar as correlações entre os gradientes ambientais e vegetacionais foi empregada a Análise de Correspondência Canônica (CCA). A área estudada na dinâmica da paisagem contou com 2.509,92 ha definidos entre os paralelos 7989545,95 e 7984296,35 sul e meridianos 646367,51 e 651117,89 oeste. O mapeamento e classificação da cobertura vegetal foi realizado por meio da interpretação visual de fotografias aéreas para os anos de 1950 e 2006. A quantificação estrutural da paisagem foi descrita por meio de índices de composição e configuração espacial resultantes do software Fragstats. No geral foram amostrados 1.152 indivíduos, pertencentes a 16 famílias e 38 espécies, sendo, 153 indivíduos, 5 famílias e 9 espécies pertencentes a ADGD; 921 indivíduos, 16 famílias e 36 espécies pertencentes a ADGO e 78 indivíduos, 9 famílias e 11 espécies pertencentes a ADV. A análise dos atributos físicos e químicos do substrato evidenciou alta limitação ao desenvolvimento de plantas colonizadoras, apresentando como restrições, substratos de textura arenosa com baixa fertilidade natural, acidez elevada além de classe de resistência a penetração média para as áreas degradadas pelo garimpo de ouro e diamante. Verificou-se que houve relação entre os gradientes ambientais e a abundância e composição florística da vegetação colonizadora, ficando a maioria das espécies mais fortemente correlacionada com as variáveis topográficas (desnível), químicas (M.O e m) e físicas (umidade). Todos os indicadores estruturais analisados mostraram que as áreas estão em processo de construção inicial, porém a área degradada pelo garimpo de ouro encontra-se em estágio sucessional mais avançado quando comparado com área degradada pelo processo de voçorocamento e a área degradada pelo garimpo de diamante. Os mapas temporais de cobertura do solo evidenciam que a área de estudo apresenta grande influência de atividades antrópicas. Contudo a quantidade de habitat natural na área de estudo foi bem superior ao limiar de percolação, passando de 99,26% (2491,59 ha) em 1950 para 89,62% (2249,35 ha) em 2006. Nesse contexto, é possível constatar que a paisagem se manteve estruturalmente conectada por meio de grandes fragmentos de vegetação nativa, proporcionando condições de sustentabilidade.Item Caracterização do uso e ocupação do solo no Parque Estadual do Rio Preto e sua zona de amortecimento(UFVJM, 2020) Ferreira, Marcelo Angelo; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Gorgens, Eric Bastos; Gontijo, Bernardo MachadoA presente pesquisa objetivou identificar, por meio do uso do SIG, áreas de conflitos em Áreas de Proteção Permanente (APP’s) e Áreas de Uso Restrito (AUR’s) no Parque Estadual do Rio Preto (PERP) e sua Zona de Amortecimento (ZA). O trabalho visa entender o estado de conservação no Parque Estadual do Rio Preto e sua Zona de Amortecimento, aplicando os conceitos de APP’s e AUR’s apresentados no Código Florestal vigente. Empregando recursos disponíveis nos SIG’s delimitou-se e mapeou-se seis classes de uso da terra (Afloramento Rochoso; Formação Florestal; Formação Campestre; Solo Exposto; Agropecuária e Água) e as APP’s de nascentes e cursos d’água; bordas de tabuleiros ou chapadas; áreas com declividade superior a 45º; áreas com altitude superior a 1800 m; e AUR’s - áreas com declividade entre 25 e 45º com base nos parâmetros, definições e limites estabelecidos pela Lei nº 12.651. A partir da sobreposição destes mapas analisamos a ocorrência de conflito de uso no PERP e sua ZA. Com base nos resultados observamos a eficiência do uso das ferramentas nos SIG’s, confirmando a potencialidade deste como subsídio nas políticas públicas e gestão eficiente do uso da terra. No PERP e ZA, as classes de uso da terra afloramento rochoso (49,70%) e formação campestre (28,34%) predominaram, consideradas de uso devido. As classes de uso indevido, agropecuária (2,70%) e solo exposto (4,62%), apresentaram-se em menores proporções, indicando considerável estado de conservação do parque e sua ZA. Dentre as categorias de APP’s observamos maior ocorrência das APP nascentes (8,41%) e cursos d’água (54,24%), confirmando a importância do PERP e ZA como produtor de água para a região. Também de extrema importância no ciclo hidrológico da região, as APP’s declividade > 45° (0,58%) e altitude superior a 1800 m (0,03%) apresentaram menor ocorrência. Os usos da terra em APP do tipo nascente e cursos d’água e AUR’s foram mais expressivos nas classes de afloramento rochoso, formação florestal e formação campestre. As classes de agropecuária e solo exposto apresentaram baixa incidência no conflito de uso em todas as APP’s e AUR’s analisadas. Porém, ao analisar sua ocorrência entre as categorias de APP’s verificou-se maior ocorrência de uso indevido nas APP’s nascentes e cursos d’água. Assim, observou-se a necessidade de maior participação das comunidades nos processos de gestão do PERP e ZA, possibilitando identificar as principais causas de degradação em áreas protegidas, e auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas socioambientais coerentes e eficientes na gestão do uso da terra. E por fim, esta pesquisa possibilitou a geração de informações que poderão auxiliar na reformulação do Plano de Manejo do PERP, em ações efetivas na gestão do uso da terra, como a implementação de pagamento por serviços ambientais a proprietários que promovam a conservação ambiental em suas terras.Item Comparação florística e estrutural entre os diferentes estratos de uma floresta estacional decidual no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu(UFVJM, 2016) Gonçalves, Thamyres Sabrina; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Mucida, Danielle Piuzana; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Catuzzo, HumbertoAs florestas estacionais deciduais exercem grande importância para biodiversidade brasileira pela imensa diversidade biológica apesar das inúmeras adversidades a que são impostas. No entanto, por terem solos ricos e demandados para agricultura têm sido submetidas à intensa fragmentação e ameaças. A diversidade beta dessa vegetação é imensa por ocorrer geralmente em áreas ecotonais e por isso a singularidade florística é o destaque na fitogeografia dessas formações. O objetivo desse estudo foi avaliar as variações florístico-estruturais entre os estratos de uma floresta estacional decidual no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, na região norte de Minas Gerais. Os dados desse trabalho são provenientes da amostragem de 25 parcelas totalizando um hectare. No estrato arbóreo, foram mensurados os indivíduos com Diâmetro a Altura do Peito ≥ 5 cm (1,3m do solo) excluindo-se indivíduos mortos, lianas e trepadeiras, mensurando-se a circunferência à altura do peito. Para amostragem dos dois estratos da regeneração, foi alocada de forma padronizada dentro de cada parcela do arbóreo uma parcela de 5x5 m para a amostragem das arvoretas, os indivíduos com a altura superior a 1m, e dentro desta uma de 2x2m para a amostragem dos juvenis, tendo-se como critério de inclusão indivíduos com altura até 1m. Em todos os estratos os indivíduos amostrados foram mensurados quanto à altura total. Foram encontrados 2.383 indivíduos, 28 famílias, 64 gêneros e 92 espécies entre os três estratos, sendo no arbóreo, 24 famílias, 54 gêneros e 71 espécies, nas arvoretas 21 famílias, 42 gêneros e 58 espécies, e nos juvenis 15 famílias, 24 gêneros e 38 espécies. O índice de diversidade de Shannon variou de 2,62 a 3,53 e a Equabilidade de Pielou foi de 0,72 a 0,84 indicando uma maior aproximação entre o estrato arbóreo e as arvoretas bem como uma menor diversidade e maior dominância de espécies nos juvenis. As famílias mais bem representadas na comunidade entre os três estratos, foram Fabaceae, Myrtaceae, Anacardiaceae, Bignoniaceae e Combretaceae respectivamente. As espécies de maior destaque em Valor de Importância Ampliado foram Myracroduon urundeuva, Campomanesia sessiliflora, Combretum duarteanum, Anadenanthera colubrina, Bauhinia caatingae, Caesalpinia pluviosa, Inga cylindrica, Bauhini cheilantha, Machaerium floridum e Myrciaria floribunda. As espécies do estrato arbóreo que não possuíam indivíduos representados nos demais tiveram importância menor na comunidade com relação ao VIA, por outro lado, as espécies dos demais estratos que também foram encontradas no arbóreo aumentaram sua importância na comunidade a partir da análise do VIA.Item Delimitação de corredor ecológico entre unidades de conservação no cerrado brasileiro(UFVJM, 2018) Morandi, Daniela Torres; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Umbelino, Glauco José de MatosO Cerrado é um hotspot ecológico intensamente fragmentado e globalmente importante. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver uma metodologia por meio do uso da Analitic Hierarch Process (AHP) como tomada de decisão multicriterial, assim como analisar a ecologia da paisagem na identificação de áreas mais adequadas à criação de Corredor Ecológico (CE) entre duas Unidades de Conservação localizadas na Serra do Espinhaço Meridional, Cerrado brasileiro. Corredores sugeridos em Sistema de Informação geográfica foram baseados em algoritmo de busca do caminho de menor custo (Least Cost Path), considerando o uso da terra, declividade do terreno e áreas de preservação permanente (APP’s). Três CEs foram propostos, com comprimento médio de 16,82 km, largura média de 1,68 km e área média de 28,3km2 A análise da ecologia de paisagem mostrou paisagem heterogênea, porém de boa qualidade ambiental para criação de CEs. Os corredores propostos foram eficientes em usar os habitats naturais presentes nas unidades de conservação, com menor efeito de borda e fornecendo suporte necessário para a maioria dos animais selvagens. Deve-se atentar para o avanço das atividades antrópicas e urbanização, que são ameaças à fragmentação ecossistêmica natural. Estudos adicionais podem ser importantes para implantação dos CE’s considerando outros fatores que possam influenciar a delimitação. A metodologia proposta pode ser aplicada a outras ecorregiões brasileiras e globais.Item Distribuição granulométrica, mineralogia e geoquímica dos sedimentos de fundo do Rio Paraúna/MG(UFVJM, 2021) Mendes, Amanda Freitas; Matosinhos, Cristiano Christofaro; Baggio Filho, Hernando; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Matosinhos, Cristiano Christofaro; Horák Terra, Ingrid; Mucida, Danielle PiuzanaO estudo de sedimentos de fundo de rio é um tema de grande interesse na área ambiental. As análises granulométrica, mineralógica e geoquímica funcionam como ferramentas de suporte para avaliação da qualidade de sedimentos. O objetivo deste trabalho é avaliar a distribuição espacial e o comportamento sazonal das características e a influência de fatores naturais e antrópicos na geoquímica dos sedimentos de fundo da bacia hidrográfica do Rio Paraúna. A área de estudo localiza-se no médio-baixo Rio das Velhas, na região Central de Minas Gerais, onde é observado o comprometimento de recursos naturais, como solo, água e vegetação. A distribuição granulométrica indicou um ambiente de deposição fluvial arenoso. A cor dos sedimentos, na estação seca, sofre maior influência do grau de desenvolvimento pedogenético do solo e do grau de retrabalhamento dos sedimentos (proximidade/distância da nascente), enquanto, na estação chuvosa, a cor dos sedimentos apresenta maior influência do tipo de solo. Os sedimentos apresentaram na sua composição quartzo, zircão, microclina, magnetita, hematita, ilmenita, pirofanita, brookita, anatásio e cobre, com variações ao longo do perfil de amostragem. Dentre os elementos encontrados, Si, Al, Fe, K e Ti apresentam as maiores concentrações. Fe e Ca apresentam relação com a classe areia muito grossa, enquanto Al e Rb relacionam-se à classe silte. Os elementos Al, K, Y e Rb estão relacionados a solos e rochas que ocorrem principalmente nas regiões central e foz da bacia do Rio Paraúna e, os elementos Si, Fe, Ti e Ca demonstram relação com solos e rochas no trecho alto da bacia. Apenas os elementos Zr e Mn apresentam diferença significativa (p < 0,05) entre as estações do ano, com maiores concentrações no período chuvoso, indicando a relação com fenômenos intempéricos. As análises indicaram que os sedimentos provêm das unidades geológicas que afloram ao longo do rio e, portanto, possuem assinatura geoquímica natural. Os resultados podem contribuir para a compreensão da atual situação ambiental da bacia hidrográfica, embasando o diagnóstico de suas condições naturais e de impactos de ações antrópicas, auxiliando no monitoramento do meio ambiente.Item Do ouro ao diamante - a paisagem da mineração no Alto Vale do Jequitinhonha: estudo do Complexo Arqueológico Borbas, século XIX, Diamantina/MG(UFVJM, 2020) Demétrio, Gilson Junio de Andrade; Fagundes, Marcelo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fagundes, Marcelo; Fonseca, Vitória Azevedo da; Morais, Marcelino Santos de; Mucida, Danielle PiuzanaO Complexo Arqueológico Borbas, localizado no município de Diamantina/MG, em um trecho de Estrada Real e fixado na Serra do Espinhaço Meridional, próximo ao distrito de Vau é grande achado da arqueologia histórica da região, que compreende um conjunto de 28 estruturas de pedra em junta seca ligadas a mineração do diamante, entre muros de contenção, desvios de rio e barragens, reconhecidas, vividas e descritas pelos viajantes/naturalistas estudados ao longo da pesquisa. A relevância da área de estudo se justifica por consistir em um excepcional remanescente das tecnologias de exploração mineral colonial do ouro e diamante, ainda pouco conhecidos e estudados na região. O objetivo norteador da pesquisa é evidenciar e analisar as estruturas de mineração na área, buscando um entendimento dos processos de exploração aplicados. Foram realizadas prospecções arqueológicas, limpezas de superfícies, fotografias, levantamentos fotogramétricos, croquis e plantas na unidade de mineração. Como resultado, na tentativa de compreender as estruturas arqueológicas ligadas à mineração, notou-se a importância de se discutir a forma como se dava as relações ambientais e econômicas da região no período do século XIX. Partindo do princípio de relato dos viajantes/naturalistas, geoprocessamento e acervos, associados as técnicas de garimpo e a cultura material presente, assim, como a geodiversidade local, foi possível registrar o sítio arqueológico no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e por meio das análises das estruturas entender como funcionava a Unidade Mineradora. Desta forma, a espacialização dos vestígios e compreensão do(s) serviço(s) de mineração formaram os alicerces que sustentaram a pesquisa, além de alavancar os estudos voltados a arqueologia histórica, sobretudo arqueologia da mineração, ainda escasso de referências à região de Diamantina e do Alto Vale do Jequitinhonha.Item Elaboração de um instrumento para o ensino de Geografia a partir dos recursos do Google Earth®(UFVJM, 2020) Costa, Saymon Lana; Braga, Elayne de Moura; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Braga, Elayne de Moura; Carvalho, Leonardo Lana de; Mucida, Danielle PiuzanaO interesse pelo tema desta pesquisa surge da busca em compreender as práticas do ensino da Geografia e das observações de que muitas vezes o aluno não encontra proximidade entre a sua vida cotidiana e os temas geográficos. Além do interesse em estudar o ensino da Geografia, há também o interesse em compreender o contexto escolar, principalmente, compreender o aluno, que na sua maioria, lida com as tecnologias digitais diariamente. Nesta perspectiva, a presente pesquisa visa vincular o uso de tecnologias digitais para o ensino da Geografia, de forma a facilitar o processo de enino-aprendizagem. Os objetivos traçados foram: elencar alguns recursos que o software Google Earth® oferece para o professor mediar os conteúdos de Geografia e estimular o uso de tecnologias digitais como instrumentos importantes na produção do conhecimento geográfico. O procedimento metodológico foi realizado através da análise de uma revisão de literatura, com a finalidade de construir um referencial teórico/conceitual e um estudo aprofundado dos recursos disponibilizados pelo software que podem contribuir para o ensino de Geografia. Foram selecionados dez recursos para o estudo mas apenas cinco deles foram elencados como instrumentos relevantes para se trabalhar os conteúdos de Geografia (Regulador de Zoom, Adicionar Caminho, Imagens Históricas, Street View e Perfil Topográfico). O Google Earth® pode ser usado para facilitar o trabalho do professor com os conteúdos de Geografia e levar o aluno a desenvolver uma visão de mundo mais dinâmica e integrada, o que pode ser visto como uma possibilidade de adicionar novas metodologias para o ensino de Geografia, tendo em vista a falta de recursos para trabalhar os conceitos e temas Geográficos. Todo este processo contribui para diminuir a dificuldade do desenvolvimento do aluno enquanto sujeito atuante. Como resultado, a partir do estudo dos recursos do Google Eath®, foi elaborado um manual, que poderá ser disponibilizado a professores de Geografia no Ensino Básico. Este instrumento representa uma possibilidade de aliar métodos tradicionais de aprendizagem com tecnologias digitais para que haja um aprimoramento efetivo do processo de ensino e aprendizagem.Item Estimativa de nutrientes foliares em mudas de eucalipto pelo uso de mini espectrômetro(UFVJM, 2017) Sarmento, Mateus Felipe Quintino; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Mucida, Danielle Piuzana; Silva, Enilson de Barros; Santos, Ronaldo Medeiros dosA dissertação foi dividida em dois capítulos, o primeiro referente ao embasamento teórico da resposta vegetal a radiação eletromagnética na região do visível e infravermelho próximo e a relação da reflectância com a estimativa de características de maneira não destrutiva por meio do uso de índices de vegetação. O segundo sobre o uso de novos índices de vegetação NI, PI, KI, CaI, MgI, SI, MnI, FeI, ZnI, CuI e BI na estimava do teor de macro e micronutrientes em eucalipto nas condições de viveiro, por meio do uso da reflectância espectral. No trabalho foram coletados dados de reflectância espectral, em folhas isoladas, nos materiais genéticos AEC 2034 ((Eucalyptus camaldulensis Dehnh x Eucalyptus grandis Hill (ex Maiden)) x Eucalyptus urophylla S.T. Blake) e AEC 2475 (Eucalyptus urophylla S.T. Blake x Eucalyptus pellita F. Muell) em minijardim clonal e produção de mudas aos 65 dias de idade. Os dados espectrais foram coletados com o mini espectrômetro foliar portátil CI-710 (CID, Inc., Camas, Washington, USA). As curvas espectrais no minijardim clonal foram estatisticamente iguais na faixa de 400 a 900, e estatisticamente diferentes na região do violeta e azul e infravermelho próximo. Na produção de mudas às curvas espectrais foram estatisticamente diferentes na faixa de 400 a 900 nm e em todas as regiões avaliadas. Os índices de vegetação apresentaram boas estimativas nas condições de minijardim clonal e produção de mudas, sendo possíveis as estimativas por meio de índices de vegetação no minijardim clonal e produção de mudas. Os índices de vegetação que apresentaram as melhores estimativas do teor de nutrientes nas condições de minijardim clonal e produção de mudas foram os que atuam na região do red edge.Item Estratégias de restauração ecológica em pilha de rejeito de quartzito em ambiente rupestre(UFVJM, 2019) Amaral, Cristiany Silva; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Nunes, Yule Roberta Ferreira; Guimarães, João Carlos Costa; Mucida, Danielle Piuzana; Titon, Miranda; Silva, Enilson de BarrosA extração de rochas ornamentais a céu aberto é uma atividade de uso do solo em curto prazo, com potencial de causar degradação de elevada magnitude. Os objetivos deste estudo foram conhecer o potencial do banco de sementes autóctone e alóctone presente no topsoil; avaliar o potencial da técnica de resgate e reintrodução de propágulos vegetativos de gramíneas nativas na restauração ecológica de taludes; e avaliar o potencial da técnica de semeadura direta com a utilização de mix de sementes de espécies arbustivo-arbóreas consorciadas com adubos verdes. O sistema de amostragem adotado a partir da transposição de topsoil foi o censo dos indivíduos lenhosos regenerantes. As espécies amostradas nos ambientes foram classificadas em grupo ecológico e síndrome de dispersão. Foi utilizada uma matriz binária de presença e ausência das espécies registradas nos levantamentos florísticos, e para a avaliação das relações da composição florística com as variáveis ambientais foram coletadas, aleatoriamente, dez amostras simples do substrato (0 - 0,2 m) no interior de cada ambiente. O experimento com propágulos vegetativos de gramíneas nativas foi conduzido em campo, em esquema fatorial duplo (3 x 5), onde foram avaliadas três espécies e cinco intensidades de redução foliar. Para a análise dos diferentes dias de avaliação (variável tempo), o delineamento permaneceu em DBC, porém em esquema de parcelas sub-subdivididas (6 x 3 x 5), em que os dias de avaliação compuseram a parcela principal, as espécies a subparcela e a redução foliar a sub-subparcela. O segundo experimento com gramíneas nativas foi conduzido em esquema fatorial (3 x 3 x 2), sendo três espécies, três tamanhos de touceira e duas intensidades de cobertura vegetal (com e sem cobertura vegetal), com três blocos e três repetições/bloco. Para as análises estatísticas de ambos os experimentos, foram consideradas as médias das repetições dentro de cada bloco. Para a análise dos diferentes dias de avaliação para cada espécie (variável tempo), o delineamento permaneceu em DBC, porém em esquema de parcelas sub-subdivididas (6 x 3 x 2), em que os dias de avaliação compuseram a parcela principal, os tamanhos de touceiras a subparcela e a adição de cobertura morta a sub-subparcela, sendo três blocos e três repetições/bloco. Para o experimento com semeadura direta foi realizada, a lanço, a semeadura de sete espécies arbóreas autóctones e quatro herbáceas de adubação verde, distribuídas em 12 tratamentos e seis repetições em DIC. Os indicadores de sucesso do uso da técnica de semeadura direta na restauração ecológica da pilha de rejeito foram densidade absoluta (ind.ha-1), área basal (cm²/m²), riqueza de espécies (S) e cobertura total do substrato (%). As avaliações de sobrevivência foram feitas aos 60, 90, 120 e 150 dias, e as de estabelecimento aos 180, 300, 480 e 660 dias. A translocação do solo superficial favoreceu a propagação de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, principalmente devido ao banco ativo de propágulos. As avaliações de sobrevivência foram feitas aos 60, 90, 120 e 150 dias transferidos junto ao topsoil. O transplantio pós-resgate de gramíneas nativas pode ser uma alternativa eficaz e economicamente viável para a restauração ecológica de taludes em ambientes rupestres. A técnica de semeadura direta contribuiu para a aceleração do processo de restauração ecológica da área, e o consórcio com adubos verdes influenciou a sobrevivência e o estabelecimento, devendo ser ressaltado que o tratamento composto pela semeadura de todas as espécies (adubos verdes e arbóreas) foi considerado o mais indicado. As metodologias de restauração ecológica testadas na área apresentaram alternativas para melhorar a eficiência dos processos por meio de propostas inovadoras, o que garante a restauração ecológica, usando procedimentos mais próximos possíveis da dinâmica vegetacional.Item Formação de cristais como prática lúdica da mineralogia: relatos de experiência(UFVJM, 2021) Mucida, Danielle Piuzana; Santos, Jussiara Dias dos; Sperandio, Huezer Viganô; UFVJMAs Geociências e suas interfaces são vistas, normalmente, como complexas e apresentam alto nível de abstração, muitas vezes não passíveis de comunicação direta aos estudantes. Por outro lado, o entendimento desses processos por um estudante auxilia na compreensão do planeta e seus fenômenos naturais e assim se reconheça como parte deste contexto. Profissionais que se formam na universidade em cursos de licenciatura atuarão diretamente estudantes do Ensino Básico. A formação em cursos ligados às Ciências Naturais, os professores muitas vezes não conseguem despertar o interesse pelas Geociências em seus alunos, seja por falta de laboratórios nas escolas seja por deficiência em sua formação como professor. Ao ministrar o conteúdo programático de noções de Mineralogia, da unidade curricular de Fundamentos de Geologia do curso de Geografia da UFVJM (turma de 2018) notei a dificuldade dos discentes em compreender o conceito de mineral e seus processos de formação. Neste sentido, lançamos um desafio aos discentes: . tentar formar cristais a partir de soluções químicas que fossem semelhantes aos processos na Natureza. Contextualizei que a prática lúdica de formação dos cristais difere-se da formação de um mineral, uma vez que a formação dos cristais é forjada; e portanto, não encaixa no contexto de um mineral. Entretanto, muitos dos processos demoraram semanas ou meses para serem concretizados e isso acabou por aguçar a curiosidade dos discentes, que realizaram seus experimentos com materiais acessíveis, promovendo a discussão sobre o tema entre si e com os outros grupos. Ao longo do semestre, outros conteúdos programáticos foram minsitrados e no último dia letivo, montamos uma pequena exposição no Espaço GAIA com os relatos e trocas de experiências entre os discentes. Foi uma grata surpresa notar o empenho e as inúmeras tentativas entre os grupos. Apresentamos os relatos de experiência neste livreto elencados por capítulos e esperamos que seja um material de apoio em práticas lúdicas e ou não formais no ensino das Geociências, em especial, da Mineralogia.Item Fragilidade ambiental potencial da bacia hidrográfica do Rio Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil(UFVJM, 2018) França, Luciano Cavalcante de Jesus; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Saadi, AllaouaA degradação ambiental em seu contexto geral é uma realidade presente em todo o Brasil, que vem desencadeando problemas de ordem ambiental, econômica e social, muitas vezes permanentes, outras contornáveis dado o avanço da pesquisa em restauração e conservação de ecossistemas degradados. Estudos de fragilidade ambiental potencial direcionam a compreensão da susceptibilidade à degradação em bacias hidrográficas, e podem auxiliar na priorização de áreas no planejamento ambiental, ordenamento territorial, restauração, conservação e preservação florestal e de solos. O objetivo desta investigação científica foi de realizar uma análise da fragilidade ambiental potencial da bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha, na porção do estado de Minas Gerais. A metodologia utilizada foi baseada no estabelecimento de graus de fragilidade, de baixo à extremamente alto, a partir de avaliação muticriterial de um conjunto de planos de informações ambientais: declividade do terreno, classes de solos, domínios geológicos, hierarquia de drenagens e pluviosidade. Aplicou-se o método de hierarquização para tomada de decisões e determinação da importância dos critérios por meio do Analytic Hierarchy Process (AHP), bem como a obtenção do índice e razão de consistência da matriz AHP. Para os procedimentos de análises em planilhas de dados, utilizou-se o software Excel, e para as análises em plataforma SIG, o software ArcGis 10.3.1. A classe de fragilidade ambiental potencial com maior representatividade é a denominada média fragilidade, e ocorre em uma extensão de 19.244,1 km², equivalente a 30% da área total da bacia hidrográfica, que é de 66.319 km². Uma área de 12.430,57 km² (19,4%) da bacia apresenta fragilidade baixa, 18.540,93 km² (28,9%) sob levemente baixa, e as classe alta e extremamente alta, representam 10.519,63 km² (16,4%) e 3.416,15 km² (5,3%), respectivamente. A Razão de Consistência (RC) calculada para a matriz de ponderação de hierarquização dos critérios para a álgebra de mapas, foi de 0,0781, dentro dos limites de coerência e confiabilidade aceitáveis pela metodologia AHP. A condição de maior ou menor fragilidade ambiental potencial, revela-se principalmente ao grau de proteção quanto a cobertura vegetal nativa, no contexto das formas de ocupação do território e impactos ambientais sob o qual a bacia hidrográfica está sujeita, condições que direcionam ou não à degradação dos solos. Destaca-se que, além dos resultados obtidos neste estudo, são necessárias outras investigações que complementem e testem a combinação de novos critérios, que englobem também distintos focos de aplicabilidade e tomadas de decisão nas ciências florestal, ambiental e agrária.Item Implicações do controle químico de gramíneas na cultura do eucalipto(UFVJM, 2021) Barroso, Gabriela Madureira; Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Brunharo, Caio Augusto de Castro Grossi; Silva, Daniel Valadão; Mucida, Danielle PiuzanaO eucalipto apesar de ser uma árvore exótica, é a espécie mais cultivada no Brasil. A sua adaptação às condições climáticas e topográficas do país contribuíram para o sucesso das plantações, que mantém altas produtividades ao longo dos anos. No período inicial do plantio uma das maiores preocupações é com o controle da matocompetição, que pode diminuir drasticamente o crescimento do eucalipto, e, consequentemente, a produção final. O controle de plantas daninhas nos cultivos é feito por meio de herbicidas aplicados em pré e pós plantio. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as implicações do controle químico de gramíneas na cultura do eucalipto. Por meio de três capítulos, foram abordados os principais temas relacionados ao uso de agrotóxicos nesta cultura: a mistura de agrotóxicos em tanque, a sensibilidade do eucalipto a herbicidas pré-emergentes e avalição do risco de resistência de Digitaria insularis, por meio de modelagem climática. Observamos que os relatos de misturas de agrotóxicos são predominantes para efeitos aditivos, com 45% dos casos, 40% para efeitos sinergísticos e apenas 15% para misturas antagônicas. No segundo capítulo, observamos que mudas de eucalipto foram mais sensíveis aos herbicidas indaziflam e glyphosate + S-metolachlor. A aplicação sequencial de herbicida e fertilizante foliar diminuiu a intoxicação causada pelo indaziflam ao Clone AEC 056. O fertilizante foliar intensificou os sintomas nos tratamentos com clomazine e diuron + sulfentrazone no Clone AEC 144 e com sulfentrazone e diuron + sulfentrazone no Clone AEC 2034. Em relação aos resultados do terceiro capítulo, confima-se que o Brasil apresenta alta adequabilidade climática para a ocorrência de Digitaria insularis durante todo o ano, com menores índices no inverno, principalmente no sul do país. Existe o risco da seleção de biótipos de D. insularis resistentes ao glyphosate em áreas de cultivo de eucalipto devido à adequabilidade climática e o uso expressivo do mesmo ingrediente ativo.Item Influência da evolução do uso e ocupação do solo na evapotranspiração em bacias hidrográficas(UFVJM, 2022) Silva, Bruno Hericlles Lopes; Gorgens, Eric Bastos; Matosinhos, Cristiano Christofaro; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gorgens, Eric Bastos; Mucida, Danielle Piuzana; Morais, Marcelino Santos deAs mudanças do uso da terra, principalmente a substituição de áreas de vegetação nativas por monoculturas, consiste em um tema que gera controvérsias e continuam a despertar debates quanto a seus impactos no meio ambiente. De modo geral, criticam-se os efeitos sobre o solo (empobrecimento e erosão), a água (impacto sobre a umidade do solo, os aquíferos e lençóis freáticos) e a baixa biodiversidade resultante da antropização. Este trabalho tem por objetivo analisar o impacto da mudança do uso e ocupação da terra (1985-2020) no padrão de evapotranspiração de bacias hidrográficas. Foram escolhidas três bacias pertencentes à bacia do Jequitinhonha (Minas Gerais): Rio Soledade, Rio Preto e Ribeirão Santana. Os mapas anuais de cobertura e uso da terra foram obtidos pela plataforma MapBiomas para os anos de 1985 e 2020. Foram feitos mapas de evapotranspiração por meio da reclassificação dos valores do raster do MapBiomas, com os valores de evapotranspiração da vegetação encontrados na literatura e derivados de sensoriamento remoto pela metodologia Penman-Monteith-Leuning. Esses produtos foram usados para avaliar o impacto da mudança do uso e ocupação da terra (1985-2020) na evapotranspiração das bacias em estudo. Foi percebido que na bacia do Rio Preto e na do Ribeirão Santana onde o grau de mudança de uso e ocupação da terra foi mínimo, a mudança nas taxas de evapotranspiração em todos os cenários e também no modelo Penman-Monteith-Leuning apresentaram as menores variações, enquanto na bacia do Rio Soledade onde o grau de mudança de uso e ocupação da terra foi significativo, a mudança nas taxas de evapotranspiração apresentou aumento, indicativo de uma maior pressão sobre a disponibilidade hídrica da bacia.Item Métodos de capina na restauração de uma área degradada no município de Diamantina, MG.(UFVJM, 2016) Silveira, Leonardo Palhares da; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Santos, José Barbosa dos; Morais, Marcelino Santos de; Pereira, Israel MarinhoO uso inadequado do ambiente provoca uma quebra na dinâmica natural do ecossistema, prejudicando-o de forma geral todos os elementos que o compõe. Os espaços naturais vêm sendo alvo de diversas atividades antrópicas, o que ocasiona uma série de impactos ambientais. Dentre eles pode-se citar os depósitos de resíduos sólidos a céu aberto, passivos ambientais que necessitam de planos de recuperação. A presença de banco de semente, plântulas, brotações e vegetação potencializam os processos de recuperação, entretanto, a presença de espécies exóticas com caráter invasor minimizam o processo devido a sua alta competitividade quando comparadas a espécies nativas, sobrevivendo e reproduzindo nas mais diversas condições de estresses ambientais. Neste sentido, foi escolhida como área de estudo, o depósito de resíduos sólidos de Diamantina, desativado em 2002, situado no Campus Juscelino Kubitscheck, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, região do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais. O presente estudo teve como objetivo avaliar o melhor controle de gramíneas invasoras dos gêneros Melinis e Urochloa por meio de diferentes métodos: manual, mecânica, química e química + mecânica, assim como a aplicação de um método não destrutivo, por meio de uso de imagens digitais analisadas pelo software ImageJ para análise do comportamento de tais espécies na área degradada. Metodologicamente, conduziu-se o experimento por delineamento em blocos casualizados em 4 blocos, subdivididos em 16 parcelas com 4 tratamentos em cada e 4 repetições por bloco. A coleta da biomassa de gramíneas regenerantes frescas ocorreu após 100 dias dos métodos com auxílio de uma moldura de ferro, com dimensões de 1,0 x 1,0 m, em três locais predefinidos em cada parcela, totalizando três amostras coletadas por parcela e quarenta e oito amostras por bloco. As imagens utilizadas para análise e processamento no software ImageJ foram obtidas com a mesma moldura localizada nos locais predefinidos em cada parcela para os 4 blocos experimentais após 100 dias dos diferentes tipos de métodos. Os dados processados resultaram em uma variação entre os diferentes tipos de métodos empregados. Obteve-se um menor controle na produção de biomassa fresca quando se utilizou controle mecânico, seguido pela combinação do método mecânico + químico. Os métodos químico e manual apresentaram menores valores de produção de biomassa fresca enquanto a produção de matéria seca não apresentou diferença significativa estatisticamente. Os dados processados pelo software resultaram em nítida variação entre os métodos utilizados, com menor porcentagem de cobertura do substrato pelas espécies invasoras quando se utilizou controle químico, seguido pelo método manual. O método mecânico e tratamento químico + mecânico apresentaram os maiores percentuais de cobertura das espécies invasoras estatisticamente.Item Métodos de potencial de uso conservacionista, fragilidade ambiental e perda de solo: estudo para a porção cimeira da bacia do rio Jequitinhonha, Minas Gerais(UFVJM, 2022) Neves, Lomanto Zogaib; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Gorgens, Eric Bastos; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Lafetá, Bruno Oliveira; Matosinhos, Cristiano ChristofaroA conversão de paisagens naturais para antropizadas podem acarretar mudanças de processos vinculados à terra com consequências ambientais para a região de sua abrangência e, consequentemente, no equilíbrio entre a conservação do ecossistema e a produção de bens e serviços necessários à sociedade. O objetivo deste trabalho compreendeu desenvolver diagnósticos e analisar metodologias Potencial de Uso Conservacionista (PUC), PUCconflito, Fragilidade Ambiental Potencial (FAP) e Emergente (FAE), Potencial Natural de Erosão (PNE) e a Equação Universal de Perda de Solos (EUPS) no entendimento sobre as suas semelhanças e diferenças quanto a aptidão agrossilvipastoril, fragilidade ambiental e perda de solos para a porção cimeira da bacia do Alto Jequitinhonha (JQ1), Minas Gerais. Neste sentido, no primeiro capítulo é apresentada uma revisão sobre as metodologias PUC, FAP e PNE contemplando a revisão com a inserção do uso da terra, denominadas PUCconflito, FAE e a EUPS. No segundo capítulo são apresentadas metodologias aplicadas à área de estudo, a porção cimeira da Bacia do rio Jequitinhonha. O PUC foi obtido a partir de álgebra de mapas de declividade, litologias e classes de solos com atribuições de pesos referentes a aptidão agrícola. Para obtenção de FAP foram utilizadas as variáveis ambientais Declividade, Litologia, Classe de solo, pluviosidade e hierarquia fluvial com pesos referentes à vulnerabilidade ambiental. Já para PNE foram utilizados processos de Erosividade, Erodibilidade e do fator topográfico, denominado LS. A partir da adição do uso e ocupação da terra em cada metodologia obteve-se dados de uso conflitante da terra (pelo PUC); a FAE (a partir do FAP) e EUPS (pelo PNE). Foi realizada uma análise da probabilidade entre as metodologias analisadas com intuito de observar semelhanças ou discrepâncias entre classes dos métodos. Uma matriz de probabilidade foi confeccionada com as seguintes associações: PUC vs FAP, PUC vs PNE, PNE vs FAP, PUCconflito vs FAE, PUCconflito vs EUPS e EUPS vs FAE. Para a confecção desta matriz foram criados 2000 pontos de controle aleatórios na área de estudo. A área de estudo apresentou dados PUC indicativos de aptidão agrossilvipastoril predominantemente de média a baixa (~70%). Estas informações são de certa forma, complementares aos dados da FAP, que indicam a predominância de índices de alta e média fragilidades (~75%) com percentual significativo de fragilidade muito alta (~20%). Essa diferença se dá pela FAP utilizar duas variáveis adicionais, a hierarquia fluvial e pluviosidade. O PNE predominante apresentou valor muito baixo devido a pesos computados internamente na equação, em especial para os afloramentos rochosos, que apresentam baixo peso para perda de solo, mas computa altas ponderações para fragilidade ambiental. O acréscimo do mapa de uso e ocupação da terra para obtenção do PUCconflito indicou alto percentual de compatibilidade e baixa necessidade de controle e manejo ou de áreas incompatíveis. FAE demonstrou uma diminuição de áreas de alta e muito alta fragilidade, indicando que a cobertura do terreno conferiu uma estabilidade quanto ao uso. Dados semelhantes foram encontrados pelo uso da EUPS, que somaram significativamente as classes baixas e baixas moderadas quanto à perda de solo. As matrizes de compatibilidade evidenciaram que tanto o PUC quanto o PUCconflito apresentam resultados mais permissivos no que diz respeito ao uso de regiões quanto comparadas ao FAP e FAE, respectivamente. Tal fato evidencia que, na área de estudo, ocorrem divergências entre estas metodologias sem ou com a incorporação do fator uso e ocupação do terreno, mas estas são em menor expressão. As matrizes que se relacionavam ao PNE e EUPS não evidenciaram conflitos com PUC e PUCconflito, em virtude da predominância da região em classes com baixa perda de solo.Item Modelagem de nicho ecológico de macrófitas e risco de invasão em hidrelétricas brasileiras(UFVJM, 2023) Duque, Tayna Sousa; Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Mucida, Danielle PiuzanaMacrófitas invasoras causam redução na biodiversidade e prejuízos socioeconômicos. O Brasil é o maior gerador de hidroeletricidade da América Latina e a presença dessas espécies pode comprometer a produção de energia. A invasão biológica de espécies é influenciada por características biológicas, mudanças climáticas, alterações antropogênicas e histórico de introdução. Modelos de distribuição de espécies (SDMs) são utilizados para identificar áreas susceptíveis à ocorrência de invasoras considerando mudanças climáticas. Urochloa subquadripara é uma macrófita invasora que tem colonizado diferentes ambientes no Brasil. Estudos que alertam sobre os riscos de invasão pela espécie são essenciais, porque estratégias de prevenção são menos onerosas que de controle. O objetivo desse estudo foi desenvolver um modelo de distribuição potencial para U. subquadripara baseado na coocorrência com Eichhornia crassipes e Salvinia minima, e, estabelecer uma análise de risco de invasão de hidrelétricas brasileiras. Os SDMs foram gerados, com o auxílio do software CLIMEX, considerando a distribuição atual e informações de U. subquadripara, E. crassipes, e S. minima e, a coocorrência foi feita a partir da tomada de decisão multicritério. A análise de risco de invasão em hidrelétricas considerou a ocorrência da espécie, área do reservatório e meses com adequação climática. Observou-se que a ocorrência das três espécies se dá majoritariamente em regiões tropicais e subtropicais, e que com mudanças climáticas, macrófitas podem se deslocar para o hemisfério norte, com risco de invasão em lagos. No hemisfério sul, os riscos são principalmente no Brasil, país com maior diversidade de macrófitas, e África subsaariana, local com maior número de espécies endêmicas. A análise alerta o risco alto ou moderado de invasão por U. subquadripara em 79% das maiores hidrelétricas do país, incluindo três das cinco maiores do mundo. Identificar locais com risco de invasão por U. subquadripara permite a prevenção e detecção precoce da espécie, minimizando prejuízos à biodiversidade, geração de hidroeletricidade.Item Panc da comunidade de Ribeirão de Areia, Jenipapo de Minas, MG: caderno de receitas(UFVJM, 2021) Rodrigues, Alessandra Guimarães; Mucida, Danielle Piuzana; UFVJMAs plantas alimentícias não convencionais (PANC) possuem partes comestíveis usadas na alimentação como verduras, saladas, corantes, temperos, e que não são produzidas ou comercializadas em grande escala. As PANC vêm ganhando espaço atualmente devido suas potencialidades alimentícias e a maneira espontânea que podem ser encontradas na natureza. Apresentamos aqui PANC utilizadas na comunidade de Ribeirão de Areia, município de Jenipapo de Minas. Selecionamos 11 PANC com algumas receitas e forma de preparo pela comunidade, consumidas na forma de refogados, saladas, sumos (sucos) ou in natura, e apresentamos alguns dos seus nutrientes encontrados em pesquisa bibliográfica. Adicionamos receitas que podem ser úteis para a comunidade, usando como as plantas e ingredientes de fácil acesso na comunidade, com o intuito de incentivar a criatividade na preparação novos pratos e valorizando o que é oferecido pela região.