Browsing by Author "Monteiro, Aline Moreira Cunha"
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Item A percepção de profissionais e usuárias sobre uma Casa da Gestante, Bebê e Puérpera e sua instituição de referência: uma abordagem com foco no cuidado e estrutura(UFVJM, 2022) Monteiro, Aline Moreira Cunha; Oliveira, Leida Calegário de; Silva, Evanildo José da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Leida Calegário de; Silva, Evanildo José da; Reis, Angélica Pataro; Niquini, Cláudia Mara; Cruz, Cleya da Silva SantanaO presente estudo buscou investigar a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) em um município do interior de Minas Gerais (avaliação das práticas desenvolvidas no cuidado com as gestantes, puérperas e recém-nascidos, considerando a estrutura física da CGBP e do serviço hospitalar de referência, na prestação da assistência materno-infantil), instituição esta considerada referência para a Macrorregião de Saúde, por oferecer suporte às mulheres que têm indicações clínicas de permanecerem próximas ao hospital devido às necessidades de monitoramento de sua saúde e/ou da criança. Para compreender melhor o cenário, avaliou-se ainda o impacto da Rede Cegonha sobre a mortalidade materna e os números de partos cesárea realizados nessa Macrorregião de Saúde, comparativamente aos índices nacionais. Essa abordagem foi feita sob a ótica da pesquisadora, bem como de três grupos de participantes (Profissionais de Saúde, Gestores e Gestantes/Puérperas). Tratou-se de uma pesquisa diagnóstica, de caráter exploratório e abordagem quanti-qualitativa, com uma análise bibliográfica e de campo, contando ainda com um questionário semiestruturado e dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade e Nascidos Vivos. Em relação à discussão proposta pela pesquisa e baseando-se na literatura, considera-se que o ambiente de trabalho e a prática profissional podem influenciar positivamente na redução da morbimortalidade materno-infantil, bem como possibilitar um atendimento mais humanizado. A análise dos dados mostrou que a quantidade de camas, acolhimento, atendimento humanizado, horário de visita e carga horária do enfermeiro e técnico de enfermagem estavam de acordo com aquilo que traz a legislação, com exceção do aspecto manutenção da estrutura física/equipamentos. Quanto ao perfil das gestantes e puérperas, observou-se consonância com o descrito na literatura. Identificou-se similaridade de respostas de profissionais e gestores em relação à existência de ações padronizadas na instituição dentro das práticas da Rede Cegonha. Percebeu-se que, embora seja possível e desejável, a instituição não possui rotina de analgesia para o parto normal. Os resultados indicam a inexistência de diferença significativa entre o número médio de mortes maternas antes e após a implantação da Rede Cegonha no País (X̅ =1654,08±80,99 e X̅ =1671,00±63,79, respectivamente; p=0,609) e também na macrorregião de saúde abordada: (X̅ =3,67±2,57 e X̅ =2,50±1,20, respectivamente; p=0,190), mas houve uma reversão muito significativa da Razão de Mortalidade Materna e do número de partos cesárea, quando se avaliou a linha de tendência em ambos os casos. A implantação da Rede Cegonha causou uma mudança na linha de tendência relativa à realização de partos cesárea, tanto no Brasil quanto na Macrorregião de referência. Uma questão importante observada é a não compreensão sobre rotinas de funcionamento e critérios para uso da Casa pelos três grupos de participantes, tendo sido encontrada bastante variabilidade nas respostas dos mesmos, além de um absenteísmo preocupante dos três grupos participantes quando o assunto foi a provisão de sugestões para instituição de referência e a Casa. Conclui-se pela necessidade de desenvolver ações de educação permanente para as três categorias que participaram deste estudo, implementar rotina de analgesia no parto normal, além de continuar desenvolvendo ações para a melhoria dos indicadores relativos à mortalidade materna e partos cesárea na região.