Browsing by Author "Laia, Marcelo Luiz de"
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Item Análise genetica de matrizes de caryocar brasiliense utilizando marcadores moleculares microssatélite(UFVJM, 2013) Godinho, Thalyta Fernandes; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Ferro, Maria Inês Tiraboshi; Titon, Miranda; Fernandes, José Sebastião CunhaConsiderado como um “hotspot” mundial de biodiversidade, o Cerrado apresenta alta abundância de espécies endêmicas e possui mais de 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Dentre elas, o pequizeiro (Caryocar brasiliense), espécie que possui grande importância ambiental e social neste bioma. A expansão da fronteira agrícola e a intensiva exploração do Cerrado, porém, têm colocado em risco a preservação e a variabilidade genética da espécie. Além disso, o extrativismo intensivo do pequizeiro pode gerar perdas de material genético, já que quase todos os frutos de qualidade, oriundos de genótipos superiores, são coletados. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar o banco de matrizes de pequi, utilizando marcadores moleculares microssatélites, com fins de melhoramento e conservação da espécie. Para a extração do DNA genômico, foram utilizadas amostras foliares de 20 matrizes de Caryocar brasiliense, das quais 16 oriundas do Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto – MG) e as demais oriundas da Fazenda Experimental da UFVJM – Campus Moura (Curvelo – MG). Para a amplificação do DNA, foram testados dez oligonucleotídeos específicos para o pequi. Após a amplificação, os fragmentos de DNA foram separados em gel desnaturante de poliacrilamida 10% e ureia 6 M em TBE 1x.A partir da leitura dos géis gerou-se uma matriz binária em que os indivíduos foram genotipados quanto à presença (1) e ausência (0) de bandas. Com essa matriz, através do programa estatístico R, calcularam-se as distâncias genéticas de Jaccard e obteve-se o dendrograma. As distâncias genéticas variaram de 0,15 a 0,70. A análise de agrupamento, representada pelo dendrograma, permitiu inferir que as matrizes foram divididas em quatro grupos distintos. Dessa forma, o programa de melhoramento do pequizeiro poderá utilizar esses dados para o estabelecimento e avaliação de testes de progênies, com fins de produção ou conservação.Item Avaliação de clones de Eucalyptus spp e Corymbia spp em diferentes espaçamentos visando à produção de bioenergia(UFVJM, 2017) Lopes, Emerson Delano; Laia, Marcelo Luiz de; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Laia, Marcelo Luiz de; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Abrahão, Christóvão Pereira; Oliveira, Paulo Marinho de; Rosado, Antônio MarcosO presente trabalho objetivou avaliar o crescimento, as características químicas e físicas, e as estimativas de massa de dois clones de Eucalyptus spp e dois clones de Corymbia spp implantados em diferentes espaçamentos de plantio, até os 24 meses de idade. Para tanto, foi instalado um experimento em área da empresa Aperam BioEnergia S/A, no município de Itamarandiba – MG. Na avaliação das características dendrométricas do experimento, observou-se nos espaçamentos mais amplos, os maiores valores de DAP em relação aos espaçamentos mais adensados, e os valores de volume por hectare foram inversamente proporcionais ao aumento dos espaçamentos de plantio. A variável altura total foi a que apresentou as menores diferenças no estudo, não sendo observadas reduções em função do adensamento de plantio. Na avaliação das características físicas e químicas dos diferentes materiais genéticos, verificou-se efeito de clone na densidade básica da madeira e casca, sendo a densidade básica dos clones de Corymbia superiores aos dos clones de Eucalyptus. Já os teores de lignina na madeira seguiu tendência inversa. Quanto aos teores de carbono na madeira e casca não foi observado efeito significativo de clone ou de espaçamento. Quanto às estimativas de massa, ficou constatada relação direta entre a produção de massa seca com o adensamento dos espaçamentos. A mesma tendência foi verificada para as massas de carbono, cabendo ao clone C3 (híbrido de Corymbia citriodora x C. torelliana) os melhores resultados para as estimativas de massa seca e massa de carbono por hectare. Os materiais híbridos de Corymbia spp, especialmente o clone híbrido de Corymbia citriodora x C. torelliana, podem ser utilizados como alternativa para o uso bioenergético, preferencialmente em espaçamentos mais adensados. De maneira geral, os resultados do presente estudo evidenciaram variações na produção e na qualidade da biomassa florestal entre os materiais genéticos e espaçamentos testados. Assim, não se deve utilizar apenas única propriedade para classificação da madeira/casca, pois vários fatores afetam o desempenho energético da biomassa florestal.Item Avaliação de diferentes técnicas na recuperação de uma cascalheira em Diamantina, MG(UFVJM, 2012) Silva, Nathália Ferreira; Pereira, Israel Marinho; Santana, Reynaldo Campo; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Neves, Júlio César Lima; Laia, Marcelo Luiz de; Titon, MirandaO objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes técnicas para recuperação de uma cascalheira, visando gerar conhecimentos para subsidiar a recuperação de ecossistemas degradados. A dissertação foi estruturada em quatro capítulos (artigos). Os dois primeiros artigos se referem à técnica de resgate de plântulas visando à produção de mudas para a restauração de ecossistemas degradados. Os experimentos de peroba (Aspidosperma cylindrocarpon) e arnica (Lychnophora pohlii) foram instalados no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF do Departamento de Engenharia Florestal da UFVJM, em Diamantina, Minas Gerais. Foram resgatadas 240 plântulas de cada espécie, as quais foram divididas em duas classes de altura (peroba: Classe I – 5 a 15 cm e Classe II – 20 a 35 e arnica: Classe I – 2,5 a 20 cm e Classe II – 25 a 55 cm) e submetidas a três intensidades de redução foliar (0%, 50% e 100%). Foi verificado que para mudas de peroba é aconselhável resgatar ambas as classes de altura, enquanto para a arnica o tamanho entre 2,5 e 20 cm é o mais adequado. Os resultados evidenciaram que não é necessária a redução foliar. No artigo 3 foi avaliado o potencial da candeia (Eremanthus erythropappus) na recuperação de uma cascalheira, onde foi instalado um experimento de plantio de mudas com seis densidades (T1=1.667, T2=2.000, T3=2.500, T4=3.333, T5=5.000 e T6=10.000 plantas por hectare). Trimestralmente foram avaliados a altura total das plantas, o diâmetro do colo, a cobertura de copa e a sobrevivência, até 12 meses após a primeira avaliação, que foi realizada em julho de 2010. Verificou-se que os tratamentos mais adensados, T5 e T6 foram os que apresentaram maior sobrevivência, apesar da não diferença estatística entre os tratamentos avaliados para os atributos altura, diâmetro e cobertura de copa. Assim, pode-se concluir que a candeia é uma espécie com alto potencial ecológico para o uso em programas de recuperação de área degradadas em ecossistemas congêneres ao estudado. No artigo 4 foi testado o potencial de uso do topsoil na recuperação de uma cascalheira. Foram selecionados quatro ambientes onde o topsoil foi depositado em pilhas e espalhado em camadas de cerca de 20 cm. Seis meses após a transposição do solo, foram realizados os levantamentos florístico e fitossociológicos na área, nos meses de setembro de 2010, fevereiro de 2011 e setembro de 2011, além da avaliação da porcentagem de cobertura de plantas pelo método de Braun-Blanquet, nos meses de julho de 2010 e 2011. Foram registradas no total 55 espécies, pertencentes a 15 famílias. As famílias com maior representatividade foram Asteraceae (12), Poaceae (11) e Malvaceae (8). O grau de cobertura do solo foi de 66% e 82% na primeira e segunda avaliação respectivamente, no qual verificou-se o rápido recobrimento dos solos da cascalheira, evidenciando o grande potencial do uso do topsoil na recomposição da cobertura do solo, porém, esse recurso só deve ser usado quando a área doadora não apresentar espécies invasoras.Item Caracterização fenotípica de Eucalyptus cloeziana para a produção de madeira tratada(UFVJM, 2019) Moreira, Paulo Henrique; Laia, Marcelo Luiz de; Abrahão, Christóvão Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Abrahão, Christóvão Pereira; Dutra, Gleyce Campos; Lopes, Emerson DelanoA indústria de madeira tratada na região do Alto Jequitinhonha vem crescendo continuamente desde que os preços do carvão vegetal tornaram este produto menos atrativo para os produtores de madeira desde o início da crise do setor siderúrgico em 2008. Entretanto, estas empresas de tratamento utilizam materiais genéticos que não foram estudados cientificamente para a comprovação de sua adequação a este uso, nem tampouco foram desenvolvidos programas de melhoramento genético enfocando esta aplicação. O presente trabalho caracteriza algumas propriedades da madeira de árvores de Eucalyptus cloeziana advindas de plantios seminais de empresas da região com o objetivo de determinar e identificar materiais genéticos com maior potencial em qualidade da forma e propriedades físicas, dando subsídio a um possível programa de melhoramento. Foram visitados plantios de 05 empresas com idade em torno de 07 anos, onde foram colhidas 09 árvores em cada empresa. Estas árvores foram traçadas em 04 toras de 2,5 m de comprimento, a partir da base. Todas estas toras foram avaliadas no campo quanto ao seu diâmetro, à sua conicidade, tortuosidade e nodosidade. Posteriormente, algumas toras foram transportadas para o laboratório onde foram produzidas amostras para a determinação da circularidade, teor de alburno, densidade básica, teor de umidade, resistência à flexão, compressão e cisalhamento. Análises estatísticas envolvendo testes de médias e avaliação da correlação foram realizadas. A partir dos resultados, foram calculados índices de qualidade que expressam a posição de indivíduos e empresas em relação à média geral. A empresa 3 obteve destaque no índice de qualidade geral.Item Caracterização morfológica de frutos, sementes e plântulas, germinação e micropropagação de Terminalia fagifolia e Terminalia argentea (Combretaceae)(UFVJM, 2014) Santos, Marcone Moreira; Titon, Miranda; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Borges, Eduardo Euclydes de Lima; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Laia, Marcelo Luiz deO trabalho teve por objetivos caracterizar morfologicamente frutos, sementes e plântulas de Terminalia fagifolia e Terminalia argentea, avaliar o percentual de germinação das sementes em resposta ao armazenamento e tratamentos de superação de dormência, e desenvolver uma metodologia de micropropagação a partir de plântulas germinadas in vitro para ambas espécies. Para a caracterização morfológica, foram amostrados 100 frutos e 100 sementes, dos quais foram avaliadas características como coloração, textura, comprimento, largura e estruturas morfológicas. A umidade foi determinada pelo método de estufa a 103±2ºC. A germinação foi realizada em câmara de germinação tipo BOD, utilizando caixas tipo Gerbox (15x15 cm) contendo areia esterilizada e água destilada, sob temperatura de 30°C e fotoperíodo de 16 horas. Foram testados os seguintes tratamentos para superação da dormência: Controle; escarificação em esmeril, escarificação com ácido sulfúrico P.A por 5 minutos; imersão em água fervente por 5 minutos; e embebição em água em temperatura ambiente por 24 horas. A umidade e germinação foram realizados em sementes recém colhidas e com 2, 4 e 6 meses de armazenamento em câmera fria. Para a desinfestação foram instalados quatro experimentos in vitro. No primeiro, as sementes de T. fagifolia foram lavadas, escarificadas em ácido sulfúrico por 5 minutos e posteriormente imersas em solução de álcool 70% por 30 segundos e, logo após, em solução de hipoclorito de sódio a 5%, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100 ml de solução. Foram utilizados os tempos de imersão de 5, 10, 15, 20 e 25 minutos em hipoclorito de sódio a 5%, os quais constituíram cinco tratamentos. No experimento II, os procedimentos foram semelhantes aos descritos no experimento I, diferindo com relação aos tratamentos utilizados. Foram testados os tempos de imersão de 5, 10, 15, 20 e 25 minutos em solução de Digluconato de Clorexidina a 5 mgL-1. Nos experimentos III e IV, para T. argentea, os procedimentos foram semelhantes as experimento I, no entanto, no experimento IV, as sementes tiveram seu tegumento retirado. Após a desisnfestação, as sementes foram inoculadas e tubos de ensaio com 10 ml de meio de cultura MS. Na fase de multiplicação, para cultivo inicial, plântulas de T. argentea obtidas no experimento IV da etapa anterior foram segmentadas e seus segmentos nodais foram inoculadas em Meio de cultivo MS acrescidos de 0,03 mgL-1 de ANA e BAP nas concentrações de 0,1; 0,15; 0,2; 0,4; e 0,6 mgL-1. Para os subcultivos 1 e 2, gemas axilares oriundas das brotações do cultivo inicial e subcultivo 1, respectivamente, foram inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura básico adicionado de 0,15 mg L-¹ de BAP e 0,03 mg L-¹ de ANA. Na fase de enraizamento, os explantes do subcultivo 2 com comprimento superior a 2 cm, foram inoculados em tudos contendo 10 ml do meio MS acrescido de 0; 1,0; 2,0 e 4,0 mgL-¹ de AIB. De modo geral, o tempo de armazenamento e os tratamentos pré-germinativos não influenciaram a germinação de T. fagifolia. Para T. argentea o armazenamento por 60 dias e a imersão em água por 24 horas proporcionou maiores percentuais de germinação. Para a desinfestação in vitro o hipoclorito de sódio e o digluconato de clorexidina não foram eficientes para promover a descontaminação das sementes de T. fagifolia, no entanto, a retirada do tegumento e a imersão das sementes por 25 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 2,5% se mostrou eficiente para promover a desinfestação e germinação in vitro de T. argentea. Na fase de multiplicação, a adição de 0,15 mgL-¹ de BAP favoreceu o surgimento de brotações em segmentos nodais de T. argentea, enquanto a adição de 4,0 mgL-¹ de AIB ao meio de cultivo favoreceu o enraizamento para a espécie.Item Composição química dos óleos essenciais de genótipos de eucalipto resistentes e suscetíveis a Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae)(UFVJM, 2023) Spínola Filho, Paulo Roberto de Carvalho; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Pantoja, Lílian de Araújo; Lopes, Emerson Delano; Soliman, Everton PiresEucalipto é uma biomassa florestal que tem se destacado no Brasil para a produção de papel, celulose e como combustível para alto-fornos na siderurgia. A Suzano S.A, empresa do segmento florestal no Brasil e no mundo, destaca o uso de produtos e subprodutos em suas unidades, como o uso da lignina, celulose fluff e pirolisado lenhoso. No entanto, o cultivo de eucalipto vem sofrendo danos recorrentes com a presença de pragas exóticas, como Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae), que reduzem a produção de biomassa. Este trabalho objetiva extrair e caracterizar o óleo essencial de genótipos de Eucalyptus sp. resistentes e suscetíveis à vespa da galha L. invasa. Para isso, o óleo essencial foi extraído em um sistema tipo Clevenger, de seis genótipos resistentes, C010, C011, C012, C013, C014 e C015, e cinco genótipos suscetíveis, C016, C017, C018, C019, C020, em triplicata, em áreas de cultivo da Suzano SA no estado do Maranhão. Para a caracterização química, os óleos foram submetidos às análises em cromatógrafo em fase gasosa com detector por espectrometria de massas. Os compostos foram identificados por comparação do seu Índice de Retenção (IRR) com IRR reportados na literatura e por análise de seu espectro de massas. O índice de similaridade (SI) entre os espectros obtidos experimentalmente e aqueles das espectrotecas foi utilizado para auxiliar na identificação do composto. Foram identificados 25 compostos no óleo essencial, todos monoterpenos. A área de ocupação dos compostos no óleo variou em relação ao genótipo da planta, o que indica uma pressão do meio, variação intraespecífica e interação genótipo-ambiente na produção dos compostos. Entretanto, os compostos 2,4-dimetil-3-Pentanone, canfeno, β-pineno, isoterpinoleno, endo-borneol, α-terpineol, acetato bornil e α-terpinyl-acetato são os principais componentes com ação inseticida e pesticida, podendo estes ser potencializados ou inibidos na presença de outro composto. Os resultados indicam que existe uma relação entre a resistência dos genótipos avaliados com sua capacidade de sintetizar algumas moléculas com provável repelência ou toxicidade para a L. invasa. Tal achado possibilita desdobrar estudos com o uso do óleo essencial de genótipos de eucalipto resistentes ou de alguns de seus componentes no manejo integrado da vespa da galha.Item Controle biológico de Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae) com fungos entomopatogênicos de Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e Isaria sp(UFVJM, 2016) Evangelista, Thatiane Aparecida; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Silva, Aderlan Gomes da; Bianche, Juliana Jerásio; Assis Junior, Sebastião Lourenço deThaumastocoris peregrinus foi detectado no Brasil em 2008 e se disseminou pelos plantios florestais brasileiros de tal forma que, rapidamente, atingiu o nível de dano econômico e causou muitos prejuízos aos produtores. Por não haver nenhum método de controle definido, utilizaram-se de pulverizações com inseticidas químicos para o controle desse inseto. No entanto, devido ao processo de certificação florestal, esse método de controle foi rapidamente proibido. Assim, o controle biológico tem sido apontado como o mais adequado ao controle até que se consiga genótipos resistentes. O uso de fungos entomopatogênicos é apontado como uma das melhores maneiras de controle do percevejo bronzeado devido o seu baixo impacto ambiental, dentre outras vantagens. Logo, objetivou-se selecionar isolados de Metarhizium anisopliae, Isaria fumosorosea, Isaria farinosa e Beauveria bassiana com potencial para o controle dessa praga. Em condições controladas testaram-se diferentes concentrações (controle, 104, 106 e 108 esporos por ml) em indivíduos adultos de T. peregrinus, em cinco repetições. Os indivíduos foram mantidos em placas de Petri sobre partes de folhas (4 cm de diâmetro) previamente inoculadas com a suspensão de esporos. Os tratamentos foram avaliados diariamente quanto a mortalidade e os dados submetidos à análise estatística. Considerou-se patogênico o isolado cujo percentual de mortalidade sobre T. peregrinus foi igual ou superior a 80%. Na maior concentração todos os isolados de B. bassiana registraram mortalidade superior a 85%. No entanto, pelos testes de média, alguns isolados se destacaram, tais como IBCB63 de Beauveria bassiana, IBCB159 de Metarhizium anisopliae, IBCB130 de Isaria fumosorosea e CG195 de Isaria farinosa. Assim constatou-se que, em laboratório, é possível o controle eficaz dessa praga por meio do uso de fungos entomopatogênicos e que existem diferentes isolados, dentre as espécies testadas, com potencial de uso. Essa diversidade de isolados aptos ao controle é importante devido ao processo de seleção natural que leva ao aparecimento de insetos resistentes. Em um futuro uso, esses isolados poderão ser intercalados e inibir ou retardar a ocorrência desses indivíduos.Item Detecção de endobactéria e morfologia do sistema digestório de Thaumastocoris peregrinus(UFVJM, 2016) Sousa, Tarcisio Tomás Cabral de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Santos, Conceição Aparecida dos; Assis Júnior, Sebastião Lourenço deA produção de eucalipto vem sofrendo grandes prejuízos com o ataque de uma nova praga, o Thaumastocoris peregrinus, seu nome popular é percevejo bronzeado devido seu hábito alimentar, succivoro. Essa alimentação causa danos diretos às árvores, deixando as folhas com aspecto bronzeado, diminuindo a fotossíntese, chegando a secar e cair, o que pode culminar com a morte da planta. Poucos são os estudos relacionados a essa praga, não existindo um controle eficaz. Com o intuito de conhecer sobre a morfologia do sistema digestório, bem como a interação deste com micro-organismos e visando fornecer informações ao controle dessa praga, foram realizadas a histologia do sistema digestório e sequenciamento de fragmentos de DNA obtidos de micro-organismos internos ao inseto. A histologia permitiu observar que o percevejo não tem os cecos gástricos, parte do intestino médio que armazena micro-organismos que auxiliam na digestão dos alimentos e que é possuidor de um par de glândulas salivares que são compostas de dois lóbulos cada. As análises moleculares possibilitaram verificar que, possivelmente, existem micro-organismos presentes no sistema digestório vivendo em associação com o mesmo.Item Detecção de inibidores de proteases em cinco espécies vegetais nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2016) Colares, Lara Franca; Alves, Caio Cesar de Souza; Carli, Alessandra de Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carli, Alessandra de Paula; Laia, Marcelo Luiz de; Araújo e Silva, Ana Cândido; Castro, Sandra Bertelli Ribeiro dePlantas medicinais são comumente usadas por comunidades tradicionais, principalmente em regiões com menor desenvolvimento humano. Algumas espécies vegetais possuem entre seus componentes substâncias denominadas inibidores de proteases. Os inibidores de proteases se destacam na proteção de fluidos e tecidos contra sua degradação por proteólise e possíveis falhas na degradação de proteínas de meia-vida que podem interferir de forma drástica nas funções celulares. Diante do exposto, esse estudo objetivou identificar e caracterizar inibidores de proteases em cinco espécies vegetais nativas do Cerrado e da Mata Atlântica. As espécies de Punica granatum L. (Romã), Plantago major L. (Tansagem), Ocimum gratissimum L. (Alfavaca), Anadenanthera colubrina Vellozo (Angico) e Stryphnodendron adstringens Mart. Coville (Barbatimão) foram selecionados nas cidades de Poté, Ladainha, Ataléia, Teófilo Otoni e Araçuaí, devido ao seu uso tradicional como anti-inflamatório. A sequencia genômica de inibidores de proteases foi pesquisada para essas espécies vegetais no GenBank, mas nenhuma sequencia foi descrita para as espécies selecionadas. As amostras provenientes dos procedimentos de extração foram submetidas às quantificação de proteínas e a presença de inibidores de proteases foi detectada por eletroforese em gel de poliacrilamida 12% SDS-PAGE. Somente os extratos das sementes de Punica granatum e das folhas do Anadenanthera colubrina tiveram detecção satisfatória de inibidores de proteases e foram submetidos à análise por cromatografia líquida de alta eficiência em sistema de HPLC. Este trabalho demonstra pela primeira vez a detecção e extração de inibidores de proteases em folhas de Anadenanthera colubrina e sementes de Punica granatum.Item Determinação das propriedades celulolíticas de micro-organismos selvagens isolados sob plantações de eucalipto no cerrado mineiro visando a produção de bioetanol(UFVJM, 2019) Menezes, Farley Souza Ribeiro; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Santos, José Barbosa dos; Lopes, Emerson Delano; Melo, Rogério Alexandre Alves deO aumento da demanda por biocombustíveis tem impulsionado o desenvolvimento de novas tecnologias de produção de etanol e provocado a busca por fontes renováveis de produção deste biocombustível visando mitigar os efeitos causados pelos combustíveis fósseis ao meio ambiente e evitar uma futura carência. O uso de biomassa celulósica para produção de etanol de segunda geração tem se mostrado alternativa vantajosa sendo necessária a utilização de enzimas do complexo celulase produzidas pelos microrganismos decompositores. Esses micro-organismos são capazes de converter a celulose em unidades de açúcares fermentescíveis, podendo gerar etanol. Para este trabalho, foram selecionados cinco micro-organismos potenciais produtores para avaliação da expressão de endoglucanase e β-glicosidase em meio líquido, com índices de atividade enzimática: 22, 10.33, 7.33, 5.33 e 5.44, cedidos pelo Laboratório de Genética e Biotecnologia Florestal da UFVJM. A produção em meio líquido alcançou aproximadamente 0,2 U.mL-1 de endoglucanase e 0,035 U.mL-1 de β-glicosidase. Em seguida, procedeu-se à identificação molecular destas cinco espécies selecionadas, onde foram identificadas as bactérias IM32-90 como Xanthobacter flavus, IM32-91 como pertencente à família Methylobacteriaceae, IM1-74 da família Xanthobacteraceae, IM25-9 da família Streptomycetaceae e IM1-5 da família Paenibacilaceae. IM32-91 foi utilizado para comparar a produção de endoglucanase e β-glicosidase utilizando carboximetilcelulose, celulose microcristalina e casca de eucalipto prétratada por moagem, e posterior otimização do processo de produção das enzimas analisando as variáveis temperatura e pH. A carboximetilcelulose se mostrou mais eficiente quanto à produção das celulases, mostrando diferença significativa sobre celulose microcristalina e casca de eucalipto em pó. A melhor condição de produção de endoglucanase foi observada em temperatura 28°C e pH 6,0 (0,250 U.mL-1) e β-glicosidase em pH 5,0 temperatura 28°C.Item Diversidade genética em progênies de macaúba(UFVJM, 2017) Vieira, Flavia Campos; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Vanzela, Ana Paula de Figueiredo Conte; Evaristo, Anderson Barbosa; Guimarães, Amanda Gonçalves; Titon, MirandaA macaúba ainda vem sendo explorada de forma extrativista e devido ser uma espécie de ampla utilidade tem despertado grande interesse socioeconômico por conta da produção de óleos vegetais e por sua importância ambiental. Entretanto, há uma grande dificuldade ao se estudar a espécie já que existe enorme variabilidade genética dentro do que se convencionou chamar de Acrocomia aculeata. Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar os padrões filogeográficos e a diversidade genética em progênies de macaúba. Foram coletadas 42 amostras foliares no Banco Ativo de Germoplasma de Macaúba da Universidade Federal de Viçosa, localizado no município de Araponga/MG, oriundas de cinco estados do Brasil. O DNA genômico total das amostras foi extraído e, posteriormente, amplificado através da PCR. Para estudos filogeográficos e filogenéticos foram utilizados marcadores nucleares plastidiais para as regiões ribossomais ITS e marcadores universais para as regiões não codificadoras do cpDNA. Já para a diversidade genética utilizou-se marcadores SSR específicos para a macaúba. Para a análise dos dados gerados a partir do cpDNA, ITS e SSR, uma matriz binária (presença ou ausência de bandas), o método de UPGMA para a construção do dendrograma foram usados com o auxílio do programa estatístico R e o método de Tocher. Na análise filogegráfica, observou-se dissimilaridades moleculares que podem ter contribuído para as diferenças morfológicas entre indivíduos. Embora tenham formado agrupamentos com progênies de regiões geográficas distantes, pode indicar que tenham similaridade genética. Para os marcadores microssatélites, os métodos utilizados agruparam as 42 progênies em vinte e sete e dezesseis grupos, pelos métodos UPGMA e agrupamento de Tocher, respectivamente, o que se pode inferir que houve diversidade genética entre as 42 amostras de macaúba.Item Diversidade microbiana em substratos descartados durante as fases do processo de produção de mudas clonais de eucalipto(UFVJM, 2016) Santos, Luana Martins dos; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Titon, Miranda; Santana, Reynaldo CamposA produção de muda é uma etapa primordial e decisiva para a implantação de uma floresta. No entanto, devido a diversos fatores de ordem técnica, as perdas no setor de produção são bastante relevantes. Dentre estes fatores está o descarte do substrato, que quando feito de forma errônea favorece a proliferação de micro-organismos fitopatogênicos em viveiro. Isso pode desencadear em perdas significativas e ainda se tornar um passivo ambiental. Raramente o substrato é reutilizado nos viveiros comerciais, uma vez que presume-se que as características física, química e biológicas formam perdidas durante a produção das mudas. Contudo, há poucos estudos sobre micro-organismos em substratos. A importância deste estudo fundamenta-se na escassez de pesquisa sobre essa problemática que afeta o setor de produção de mudas, bem como buscar alternativas sustentáveis que pressupõe a demanda de uso desse insumo. A aplicação de técnicas moleculares vem sendo empregadas para detectar e identificar os micro-organismos em diversos ambientes. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi detectar a diversidade microbiológica em amostras de substratos descartados pela técnica de PCR-RFLP. Foram coletados dez amostras de substratos em diferentes viveiros no estado de Minas Gerais em diferentes fases de produção e estado de tecnificação. O DNA genômico total foi extraído e amplificado pela técnica de PCR com oligonucleotídeos específicos para fungos, bactéria e archaea. Os produtos amplificados foram submetidos à clivagem com enzimas de restrição HaeIII, BamHI, TaqI e HindIII, para detecção de possíveis polimorfismos entre as amostras por meio da técnica de PCR-RFLP. Foi possível verificar diferenças entre as amostras de substratos, tanto em relação ao tamanho da região do DNA amplificada, bem como em relação à presença de sítios de restrição. Com base no índice de similaridade, detectou-se uma maior variação da diversidade dentro da amostra em diferentes fases do que nas amostras entre os diferentes viveiros. Portanto, estes resultados podem ser relevantes para o conhecimento da diversidade microbiológica em substrato. Porém mais estudos se fazem necessários para maior compreensão destes micro-organismos e sua função no substrato.Item Estoque de carbono em plantas jovens de Eucalyptus e Corymbia em diferentes densidades de plantio(UFVJM, 2016) Soares, Guilherme Mendes; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Bianche, Juliana Jerasio; Abrahão, Christóvão PereiraO aumento significativo das concentrações de CO2 atmosférico após a Revolução Industrial tem agravado o efeito estufa natural do planeta, levando a elevação das temperaturas médias e às mudanças climáticas globais. O tema tem preocupado cientistas, governo e sociedade, resultando em medidas para redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e mitigação de seus efeitos nocivos. Em 1997, o Protocolo de Quioto estabeleceu metas de redução de emissões de GEEs, sobretudo o CO2. Como espécies de rápido crescimento são consideradas eficientes na fixação de carbono, nesta pesquisa foram utilizados três clones de espécies de Eucalyptus e Corymbia, haja vista seu rápido crescimento e sua alta produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar pelo método destrutivo, aos 12 meses de idade, a produção da massa de carbono da parte aérea de três clones: um híbrido espontâneo de Eucalyptus urophylla S. T. Blake, um híbrido tri-cross de E. urophylla x (Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh), e um híbrido de Corymbia citriodora (Hook.) K.D.Hill & L.A.S.Johnson x Corymbia torelliana (F. Muell.) K. D. Hill & L. A. S implantados em diferentes espaçamentos de plantio: 3x3 m; 3x1,5 m; e 3x1 m. O estudo foi conduzido em uma área experimental da empresa Aperam Bioenergia S/A, localizada no município de Itamarandiba, MG. Foram abatidas 36 árvores amostras, que foram cubadas, desgalhadas e desfolhadas, foram coletadas amostras de folhas, galhos, casca e madeira para determinação de massa seca e teor de carbono dos componentes da parte aérea. De acordo com os resultados encontrados, conclui-se que o espaçamento que registrou a maior fixação de carbono por unidade de área foi o 3x1 m, e os clones mais produtivos foram os híbridos de E. urophylla e o tri-cross de E. urophylla x (E. grandis x E. camaldulensis). Além disso, o espaçamento 3x3 m apresentou os valores mais elevados de massa seca e de carbono por árvore. Os clones utilizados neste experimento se apresentaram como alternativa potencial para projetos de sequestro de carbono e mitigação dos gases de efeito estufa.Item Etanol de segunda geração utilizando sorgo biomassa (Sorghum bicolor)(UFVJM, 2019) Almeida, Luciana Gomes Fonseca de; Costa, Alexandre Sylvio Vieira da; Santos, Alexandre Soares dos; Parrella, Rafael Augusto da Costa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Parrella, Rafael Augusto da Costa; Laia, Marcelo Luiz de; Vieira, Flavia Campos; Lopes, Emerson Delano; Simeone, Maria Lúcia Ferreira; Costa, Márcia Regina daEm um contexto de mudanças climáticas, alinhado com a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, os biocombustíveis integram a diversificação da matriz de transporte, contribuindo para o suprimento de energia de forma segura, acessível e ambientalmente responsável. Apesar de o Brasil ser o segundo maior produtor global de etanol, ainda requer a diversificação de culturas bioenergéticas. Além disso, a composição lignocelulósica da biomassa e a capacidade de desconstrução da parede celular vegetal, também são extremamente importantes para indicar uma cultura potencial para o mercado de bioenergia. Esta composição físico-química pode ser diferenciada entre espécies, manejo cultural e até mesmo em diferentes partes da mesma planta. Nesse cenário, o sorgo biomassa (Sorghum bicolor (L.) Moench) apresenta-se como potencial matéria prima para a produção do etanol de segunda geração. O sorgo é uma planta C4, de dias curtos e com altas taxas fotossintéticas, além de ter a vantagem de adaptação a diversos ambientes, permitindo o desenvolvimento e expansão da cultura em regiões de cultivo com distribuição irregular de chuvas. Dessa forma, objetivou-se com este estudo identificar genótipos de sorgo biomassa com potencial agronômico e composição lignocelulósica favorável ao desenvolvimento do etanol de segunda geração. Foram cultivados cinco híbridos de sorgo biomassa, nos municípios de Sete Lagoas e Couto de Magalhães de Minas, nas safras 2015/2016 e 2016/2017. A composição lignocelulósica da biomassa in natura de cada material, e após os pré-tratamentos, foram determinadas para verificação futuras de melhores rendimentos de etanol. O pré-tratamento ácido foi realizado com ácido sulfúrico (H2SO4), enquanto para o pré-tratamento alcalino foi utilizado solução de hidróxido de sódio (NaOH). Dentre os materiais avaliados, dois híbridos mutantes de sorgo biomassa de nervura marrom “bmr” foram testados comparativamente a três híbridos de sorgo biomassa convencionais. Entre os caracteres agronômicos, constatou-se diferença na produtividade, sendo o híbrido BRS716 o mais produtivo, com produção de massa verde (PMV) de 98,41 t ha-1 e produção de massa seca (PMS) de 33 t ha-1. O híbrido de sorgo biomassa de nervura marrom bmr 2015B002 também apresentou valores considerados altos, com um PMV de 81,03 t ha-1. Em relação à composição lignocelulósica da biomassa in natura, os híbridos de nervura marrom bmr 2015B002 e 2015B003 se destacaram, apresentando teores de lignina significativamente menores (4,63%) em relação aos híbridos convencionais (7,15%). Verificou-se que os pré-tratamentos foram eficientes na remoção de lignina, constatando teores próximo de zero para os genótipos 2015B002 e 2015B003. A lignina é um composto polifenólico que interfere de maneira negativa no processo de sacarificação, uma vez que dificulta a ação das enzimas ao complexo celulósico. Os resultados demonstraram que o tratamento ácido seguido por base apresentou o melhor rendimento após a hidrólise enzimática, corroborado pelas análises de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Análise de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Análise de índice de cristalinidade (DRX) e Análise Térmica (TG), que demonstraram a modificação estrutural desejável. Os melhores rendimentos de hidrólise foram obtidos a partir dos materiais pré-tratados, sendo o tratamento ácido seguido de base o que obteve os melhores resultados. Os genótipos avaliados nos dois ambientes apresentaram desempenho semelhante, podendo ser recomendado para as duas regiões. Não houve interação entre híbridos e ambiente, para todos os caracteres avaliados. A produção de bioetanol de segunda geração para os híbridos avaliados variou entre 6.612 a 11.838 litros por hectare, por ciclo de 180 dias. O sorgo biomassa bmr 201556B002 apresentou melhor rendimento de hidrólise, para os dois tipos de sacarificação utilizados, quando comparados aos genótipos convencionais.Item Genetic dissimilarity among sweet potato genotypes using morphological and molecular descriptors(Editora da Universidade Estadual de Maringá - EDUEM, 2017-Oct/Dec) Andrade, Elisângela Knoblauch Viega de; Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Laia, Marcelo Luiz de; Fernandes, José Sebastião Cunha; Oliveira, Altino Junior Mendes; Azevedo, Alcinei Mistico; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)Objetivou-se avaliar a dissimilaridade genética entre genótipos de batata-doce por meio de descritores morfológicas e moleculares. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) avaliando-se 60 genótipos de batata-doce. Na caracterização morfológica, utilizaram-se 24 descritores. Na caracterização molecular, utilizaram-se onze primers microssatélites específicos para batata-doce, obtendo-se 210 bandas polimórficas. A diversidade morfológica e molecular foi obtida por matrizes de dissimilaridade baseando-se no coeficiente de coincidência simples e índice de Jaccard, para dados morfológicos e moleculares, respectivamente. A partir destas matrizes foram construídos dendrogramas. Houve grande variabilidade genética entre os genótipos de batata doce do banco de germoplasma da UFVJM, tanto pela caracterização molecular como morfológica. Não houve suspeita de duplicata nem associação entre a análise molécular e morfológica. Foram identificados acessos divergentes pelas análises moleculares e morfológicas, os quais são indicados como genitores para compor programas de melhoramento a fim de obter progênies com alta variabilidade genética.Item Germinação, estaquia e micropropagação de Xylopia aromatica (Lam.) Mart.(UFVJM, 2016) Porfírio, Kennedy de Paiva; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Titon, Miranda; Pereira, Israel Marinho; Silva, Michele Aparecida Pereira da; Laia, Marcelo Luiz deEste trabalho teve como objetivo desenvolver procedimentos de germinação, estaquia e micropropagação de Xylopia aromatica. Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em diamantina – MG, cujos trabalhos foram divididos em dois capítulos. No primeiro capítulo foram realizados oito experimentos. A germinação foi avaliada em quatro experimentos, onde sementes de Xylopia aromatica, separadas em lotes distintos quanto à densidade, foram submetidas à quebra de dormência utilizando GA3 em diferentes concentrações (0; 25; 50; 100; 250; 500; e 1000 mg L-1), nos tempos de imersão 24 e 48 horas. Não ocorreu germinação durante os 210 dias de avaliação. Foram realizados quatro experimentos de estaquia, onde segmentos caulinares (com e sem folhas) e radiculares com classes de diâmetros distintas, foram imersos por 30 segundos em solução de AIB (0; 2000; 4000; 6000; 8000 e 10.000 mg L-1) a fim de induzir o enraizamento adventício. Foi avaliado o percentual de enraizamento durante 140 dias. Não houve enraizamento em nenhum dos experimentos, porem ocorreu brotações nas estacas caulinares que foram imersas nas concentrações de 2000, 4000 e 6000 mg L-1 de AIB. No segundo capítulo, foram realizados seis experimentos, que envolveram etapas de multiplicação, alongamento e enraizamento in vitro. Explantes foram submetidos a diferentes meios de cultura (MS e WPM), e concentrações de BAP (0,5 e 0,8 mg L-1), objetivando determinar o melhor meio de cultura e concentração de BAP para a multiplicação da espécie. Avaliou-se também, o alongamento em explantes com o uso de combinações de ANA e BAP e GA3, e enraizamento com o uso de AIB e ANA. O meio MS acrescido de 0,8 mg L-1 de BAP foi o que apresentou melhores resultados para a multiplicação de Xylopia aromatica. Na fase de alongamento, o GA3 na concentração de 5,0 mg L-1 foi o regulador de crescimento que apresentou melhor resultado em altura e número de folhas. No enraizamento, o AIB e o ANA não foram eficazes na indução de raízes, necessitando mais estudos relacionados à etapa de enraizamento para a espécie.Item Identificação e atividade enzimática de fungos celulolíticos oriundos de solos sob plantio de Eucalyptus spp.(UFVJM, 2020) Docha, Maria Cecília Mota; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Abrahão, Christóvão Pereira; Baraúna, Edy Eime PereiraNa natureza, micro-organismos, como fungos e bactérias, naturalmente degradam os constituintes da madeira, tais como hemicelulose, celulose e lignina. Esta atividade é importante para o meio ambiente, pois realizam a degradação da matéria orgânica depositada sobre o solo em plantios florestais ou em florestas naturais. Para produção de açúcares fermentáveis ou bioenergia, é utilizado biomassa celulósica, sendo considerada uma alternativa benéfica, ao qual necessita da produção enzimática de micro-organismos. O presente trabalho tem como objetivo, identificar e analisar a atividade enzimática de fungos de um banco de micro-organismos celulolíticos oriundos de solo e serapilheira sob plantio de eucalipto. A identificação foi realizada para cinco fungos, por meio de técnicas biomoleculares, como: extração de DNA, quantificação visual em gel de agarose, PCR e sequenciamento de DNA. Foram selecionados dois fungos celulolíticos, que atenderam os critérios para a análise de atividade enzimática de beta-glicosidase e endoglucanase, submetidos a meio líquido de cultivo, in vitro, de CMC (carboximetilcelulose) e de pó de madeira de eucalipto. Os cinco fungos identificados são ascomicetos, onde 4 apresentaram homologia acima de 99%, sendo pertencentes aos gêneros: Penicillium para IM1-12, Simplicillium para IM32-12, Exophiala para IM7-21, Rhinocladiella para IM1-58, e gênero não definido para IM1-34B, evidenciando a diversidade do banco genético estudado. A produção de beta-glicosidase e endoglucanase alcançaram, respectivamente, valores de 0,109 U.mL-1 e 0,587 U.mL-1 para o isolado IM32-12, e 0,090 U.mL-1 e 0,505 U.mL-1 para o isolado IM1-12. O meio de cultivo com CMC foi mais eficiente para a produção enzimática. O isolado IM32-12 apresentou maior valor para produção enzimática tanto de atividade de beta-glicosidase quanto de endoglucanase, nos diferentes meios de cultivo, demonstrando maior potencial enzimático em relação ao isolado IM1-12. Contudo, recomenda-se novos estudos voltados para a otimização da produção enzimática desses micro-organismos, com intuito de promover o máximo potencial enzimático.Item Isolamento de micro-organismos celulolíticos em áreas de floresta de eucaliptos da região de Itamarandiba – MG(UFVJM, 2018) Cruz, Gizelly Gomes da; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Guimarães, Amanda Gonçalves; Santos, José Barbosa dosA introdução de biomassa na cadeia produtiva de biocombustíveis como fonte renovável, vem aumentando gradativamente, para reduzir os impactos ambientais e a dependência do carvão mineral e do petróleo. No entanto, para garantir a viabilidade econômica do processo de conversão de biomassa em combustível, é fundamental reduzir o custo da etapa de hidrólise da biomassa. O uso de micro-organismos para a hidrólise e para a conversão de celulose em etanol tem chamado a atenção de empresas que atuam no desenvolvimento de enzimas, em especial o complexo celulase. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo selecionar micro-organismos potenciais produtores de celulases. Para isso, amostras de solos e serapilheira sob floresta de eucalipto em diferentes idades de plantio foram coletadas e submetidas ao isolamento de micro-organismos em meio de cultura seletivo. Escolheu-se solos em áreas de cultivo de eucalipto devido o objetivo ser selecionar micro-organismos que atuem, especificamente, em madeira de eucalipto. Foram isolados 870 micro-organismos para análises com o método de descoloração de vermelho congo. 336 fungos filamentosos, 8 bactérias e 3 leveduras foram selecionados com capacidade de sintetizar enzimas celulolíticas. Destes, 163 foram avaliados como bons produtores de celulases, devido apresentarem índices enzimáticos superior a 2,5. Destaca-se que os isolados 25–50, 1–74 e 1–75 apresentaram elevados índices enzimáticos: 24,0; 22,0 e 20,0, respectivamente. A partir desses dados, esses isolados podem ser estudados molecularmente e o gene envolvido na produção dessa enzima ser caracterizado e clonado. Os resultados obtidos no presente trabalho mostram a importância da prospecção de novas linhagens de micro-organismos produtores de celulases. De maneira geral, pode-se concluir que é possível a utilização de técnicas de screening para selecionar linhagens de um extenso banco de isolados. A metodologia de isolamento e cultivo proporcionou a obtenção de 348 isolados celulolíticos, sendo possível selecionar vários deles pelas altas produções enzimáticas observadas durante as análises.Item Modelagem hipsométrica e seleção quanto a produtividade, adaptabilidade e estabilidade genotípica de clones de Eucalyptus spp. e Corymbia spp. em diferentes espaçamentos de plantio(UFVJM, 2019) Oliveira, Lucas Guilherme Moura; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Oliveira, Leandro Silva deO espaçamento de plantio exerce influência direta no desenvolvimento e nas relações hipsométricas de clones de eucalipto. Neste tocante, a análise de seu efeito na relação hipsométrica e na produtividade, adaptabilidade e estabilidade genotípica se torna fundamental. A instabilidade genotípica pode suprimir a produtividade esperada de um genótipo, além de poder provocar alterações na relação hipsométrica e dificultar a escolha de modelos. Neste contexto, objetivou o ajuste e seleção de seis modelos hipsométricos para a estimativa do caráter altura total (HT), bem como a análise da interação genótipo x espaçamento (GxE) em vista à seleção de clones adaptados e estáveis genotípicamente em diferentes espaçamentos. O experimento foi implantado em delineamento em blocos casualizados com seis repetições em esquema de parcelas subdivididas com cinco clones de eucalipto (parcelas) em seis diferentes espaçamentos (subparcelas). Aos 48 meses de idade foram mensurados os caracteres circunferência a altura do peito (CAP) e HT. Os modelos foram avaliados quanto aos coeficientes obtidos via regressão. A seleção dos clones foi realizada por meio dos dados de diâmetro a altura do peito (DAP), HT e volume individual (VOL). Os componentes de variancia foram estimados pelo método da máxima verossimilhança restrita (REML) e preditos pelo melhor preditor linear não viesado (BLUP). A análise da estabilidade e adaptabilidade foi realizada pela média harmônica do desempenho relativo dos valores genéticos (MHPRVG). Baseado nas medidas de precisão os modelos 5 e 6 apresentaram os melhores ajustes, para diferentes clones e espaçamentos. A interação GxE é do tipo simples. Os clones C3, C4 e C5 apresentaram significativos ganhos com seleção, e melhor desempenho quanto a adaptabilidade e estabilidade genotípica.Item Óleo essencial para o controle de pragas e patógenos na cultura do eucalipto(UFVJM, 2020) Avila, Renata Couto; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Santos, Antonio Sousa; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Gonçalves, Janaína Fernandes; Marques, AriadneDevido à introdução de pragas exóticas e as doenças causadas por bactérias, as plantações de eucalipto, no Brasil, sofrem consideráveis perdas na produção. Uma destas pragas foi detectada em 2008 e é conhecida como percevejo bronzeado Thaumastocoris peregrinus (Carpintero; Dellapé, 2006) (Hemiptera: Thaumastocoridae). Foram descobertos possíveis microrganismos simbiontes colonizando o interior deste percevejo que provavelmente se tratam de organismos essenciais para essa praga. Por sua vez, uma das doenças mais importantes que afetam os plantios é a mancha foliar do eucalipto. O gênero Xanthomonas possui maior ocorrência para esta doença do eucalipto no país. Para se conseguir a certificação florestal, não é recomendado o uso de produtos sintéticos. Uma das alternativas para o controle dessa praga e dessa doença é a utilização de óleos essenciais. Assim, o presente estudo visou realizar a caracterização de 18 isolados bacterianos obtidos no interior desse inseto, com vistas a auxiliar no desenvolvimento de estratégias de controle dessa praga. Além disso, promovera análise da atividade antimicrobiana do óleo essencial de diferentes genótipos de eucalipto em três isolados de Xhanthomonas e em três isolados extraídos do interior do T. peregrinus. As amostras de óleo essencial testadas foram capazes de inibir o crescimento de todos os isolados bacterianos testados. Dessa forma, o óleo essencial de eucalipto pode auxiliar no manejo da praga e da doença.