Browsing by Author "Camargos, Ana Cristina Resende"
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Item Adaptação transcultural e análise das medidas psicométricas da versão brasileira da escala de Charcot-Marie-Tooth (CMTPedS)(UFVJM, 2019) Cruz, Karoliny Lisandra Teixeira; Leite, Hércules Ribeiro; Camargos, Ana Cristina Resende; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Mendonça, Ayrles Silva Gonçalves BarbosaIntrodução: A doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) tem início nas primeiras décadas de vida e é caracterizada pelo acometimento sensorial, motor periférico, ocasionando deficiências na estrutura e função do corpo e limitações nas atividades e restrições na participação social. No Brasil, até o presente momento não há nenhum instrumento confiável para acompanhar a evolução da doença na prática clínica ou em pesquisas. Objetivo: adaptar para o português- Brasil a versão em inglês da escala Charcot-Marie-Tooth pediátrica (CMTPedS) e avaliar as propriedades de medidas psicométricas da versão brasileira da CMTPedS. Metodologia: Para a adaptação cultural da versão em inglês da CMTPedS, foram envolvidos quatro tradutores que realizaram duas traduções (do inglês para o português) e respectivas retrotraduções, que foram revisadas por um comitê multidisciplinar e uma avaliação subsequente da equivalência de significado entre as retrotraduções e o original (que envolveu 30 profissionais da área de saúde e 3 pesquisadores). A confiabilidade interavaliadores foi testada comparando- se as avaliações de dois avaliadores diferentes que realizaram o teste no mesmo dia. A confiabilidade foi avaliada por meio do coeficiente de correlação Intraclasse (CCI), correlação de Pearson, concordância por meio do teste Bland-Altman, consistência interna e a mínima mudança detectável. Foram avaliados 20 voluntários (13,9±3,4 anos) com diagnóstico de CMT (CMT1A, CMT2A e CMT). Resultados: A versão final da CMTPeds apresentou mais do 80% de compreensão pelos profissionais da área, sendo a tradução e adaptação consideradas adequadas, obtendo-se a versão final. As medidas psicométricas da versão brasileira da CMTPedS apresentaram excelente confiabilidade interavaliadores (ICC2,1=0,93, 95% CI=0,83-0,97), boa consistência interna (alfa de Cronbach’s = 0,85), alta correlação (r=0,98) e concordância (bias=0,15); e uma diferença mínima detectável de 16,6. Conclusão: A versão brasileira da escala CMTPedS mostrou ser consistente e confiável para a população pediátrica brasileira de CMT.Item Biomarcadores neuroendócrino-inflamatórios, estado redox e desenvolvimento infantil de crianças com sobrepeso e obesidade entre seis e 24 meses de idade(UFVJM, 2016) Camargos, Ana Cristina Resende; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Scalzo, Paula Luciana; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; Sampaio, Kinulpe Honorato; Esteves, Elizabeth AdrianaA obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Estudos demonstram alteração do padrão de secreção de adipocinas, cortisol e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), bem como inflamação clínica crônica sublimiar e desequilíbrio redox em crianças com sobrepeso e obesidade na idade escolar. Além disso, o excesso de peso também está associado a reduzido desenvolvimento cognitivo e motor. Apesar da literatura indicar que os primeiros 24 meses de vida representam um período importante para o desenvolvimento da obesidade infantil, não existem evidências se crianças com sobrepeso e obesidade nesta faixa etária já apresentam alterações em parâmetros neuroendócrino-inflamatórios, com possível impacto no desenvolvimento infantil. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) analisar as concentrações plasmáticas de adipocinas e BDNF, as concentrações séricas de cortisol e o estado redox de crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade; 2) avaliar o desenvolvimento cognitivo e motor de crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade e; 3) verificar associações entre os biomarcadores avaliados com o desenvolvimento cognitivo e motor nessa faixa etária. Foi realizado um estudo transversal com crianças com sobrepeso/obesidade e eutróficas entre seis e 24 meses de idade, cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família. As concentrações plasmáticas de leptina, adiponectina, resistina, receptores solúveis do fator de necrose tumoral 1 e 2 (sTNFR1 e sTNFR1), BDNF e as concentrações séricas de cortisol foram mensuradas pelo método ELISA. As quimiocinas foram mensuradas pela técnica cytometric bead arrays e o estado redox foi determinado por meio da detecção das concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), da atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) e da habilidade de redução do ferro (FRAP). O desenvolvimento infantil foi avaliado por meio do instrumento Bayley Scales of Infant and Toddler Development, 3ª edição (Bayley-III). Foi utilizado teste t para amostras independentes para comparar os grupos e correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis. Além disso, foi utilizado um modelo de regressão linear múltipla stepwise para verificar a associação entre os biomarcardores selecionados com o desenvolvimento cognitivo e motor. As concentrações plasmáticas de leptina (p=0,0001), adiponectina (p=0,0007), BDNF (p=0,003) e as concentrações séricas de cortisol (p=0,048) foram significativamente superiores no grupo de crianças com sobrepeso/obesidade. Em contrapartida, as crianças deste grupo apresentaram menores concentrações de TBARS (p=0,004) e menor atividade das enzimas antioxidantes CAT (p=0,045) e SOD (p=0,02). Não foram encontradas diferenças significativas nas concentrações de quimiocinas, sTNFR1, sTNFR2, resistina e FRAP entre os grupos (p>0,05). Além disso, as crianças do grupo sobrepeso/obesidade apresentaram menores escores de desenvolvimento cognitivo (p=0,03) e motor (p=0,04). Foi ainda encontrada associação significativa entre as concentrações plasmáticas de leptina e sTNFR1 com o escore composto cognitivo (p=0,001) e das concentrações plasmáticas de sTNFR1 com o escore composto motor (p=0,003). Todos esses resultados apontaram a presença de alterações neuroendócrino-inflamatórias em crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade. Além disso, embora a maior parte das crianças com sobrepeso/obesidade apresentem desenvolvimento infantil dentro dos limites de normalidade, evidencia-se pior desempenho cognitivo e motor. Por fim, foi demonstrado que maiores concentrações de sTNFR1 e menores concentrações de leptina foram associadas com melhores desfechos de desenvolvimento infantil nessa faixa etária.Item Capacidade de mobilidade e participação de crianças com transtorno do espectro autista(UFVJM, 2020) Oliveira, Katherine Simone Caires; Camargos, Ana Cristina Resende; Leite, Hércules Ribeiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Camargos, Ana Cristina Resende; Santos, Juliana Nunes; Hull, Egmar LongoIntrodução: A restrição de participação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) está relacionada principalmente às suas limitações persistentes na comunicação e interação social. Além destas, limitações na mobilidade também podem reduzir as oportunidades de adquirir habilidades apropriadas ao desenvolvimento, impactando negativamente na participação. Sabe-se que crianças com TEA apresentam atraso no desenvolvimento de habilidades motoras grossas e finas quando comparadas às crianças típicas, no entanto, nenhum estudo até o momento investigou se as limitações na capacidade de mobilidade estão associadas com a restrição da participação de crianças com TEA em casa, na escola e na comunidade. Objetivo: Verificar se a capacidade de mobilidade pode explicar a frequência, o número de atividades, o envolvimento e o desejo de mudança da participação de crianças com TEA em casa, na escola e na comunidade. Além disso, verificar se os fatores ambientais e os fatores pessoais podem modificar esta associação. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com crianças entre 5 e 10 anos de idade, diagnosticadas com TEA. A participação da criança em casa, na escola e na comunidade foi avaliada por meio do questionário Medida de Participação e do Ambiente – Crianças e Jovens e a capacidade de mobilidade por meio do Teste de Desenvolvimento Motor Grosso – 2ª edição, dos testes Timed up and Go (TUG) e Timed Up and Down Stairs e da Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP). Modelos de regressão linear múltiplo do tipo stepwise foram realizados. Resultados: Os escores do TGMD-2 foram capazes de explicar 28% da variabilidade do desejo de mudança na participação em casa, 11% da variabilidade do número de atividades realizadas na escola e 13% da variabilidade do desejo de mudança de participação na comunidade. Os escores do TUG explicaram 30% da variabilidade do envolvimento de participação na escola e 13% da variabilidade do desejo de mudança na participação na escola. Os escores da EEP explicaram 14% da variância do número de atividades realizadas na comunidade. Já o fator pessoal sexo modificou a associação entre os escores do TGMD-2 e o número de atividades realizadas na escola. Conclusão: A capacidade de mobilidade de crianças com TEA pôde predizer desfechos da participação em casa, na escola e na comunidade. Além disso, o sexo modificou a associação entre a capacidade de mobilidade e a participação na escola, sendo que meninas realizavam um menor número de atividades nesse ambiente.Item Comportamento lúdico como indicador de desempenho infantil: influência da família, ambiente escolar e condições de trabalho das professoras de creches públicas de Diamantina (MG)(UFVJM, 2017) Lemos, Angélica Carvalho; Alcantara, Marcus Alessandro de; Leite, Hércules Ribeiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Dutra, Fabiana Caetano Martins Silva e; Camargos, Ana Cristina ResendeIntrodução: Na medida em que se reconhece a importância das creches no desenvolvimento integral de crianças até cinco anos de idade, é evidente a preocupação com o impacto do trabalho precário dos professores na garantia da oferta de oportunidades de estimulação das crianças frequentes em creche. Objetivo: Examinar associações entre o comportamento lúdico de crianças de creches públicas e fatores individuais da criança, estímulos do ambiente familiar, ambiente creche e condições de trabalho das professoras que atuavam nas turmas das respectivas crianças. Método: A amostra aleatória e representativa incluiu 131 crianças com faixa etária 18 a 36 meses e 14 professoras, frequentes em seis creches públicas. O brincar foi avaliado pela Escala Lúdica Pré-escolar de Knox- revisada, adaptada culturalmente para o Brasil e nas quatro dimensões: domínio espacial, domínio material, faz-de-conta/jogo simbólico e participação; para as oportunidades de estimulação do ambiente familiar adotou o questionário Affordances in the Home Enviroment for Motor Development (AHEMD); o ambiente creche foi avaliado pela Infant/Toddler Environment Rating Scale – Revised Edition (ITERS-R); ainda de questionário estruturado elaborado exclusivamente para pesquisa para professoras de creche contendo questões sociodemográficas, condições de trabalho e fatores psicossociais do trabalho. A análise multivariada adotou o modelo Generalized Estimating Equations (GEE) com entrada hierárquica das variáveis. Resultados e Discussão: A prevalência de defasagem no comportamento lúdico foi de 18 % (n = 24 crianças) com desvantagens em crianças com idade inferior a 24 meses. O comportamento lúdico apresentou média de 70,3 (desvio padrão [DP]=19,9), a dimensão participação apresentou menor média de 60,4 (desvio padrão [DP=27]. As variáveis faixa etária da criança, escolaridade paterna, escolaridade materna, número de cursos realizados pelas professoras e estresse ocupacional permaneceram associadas ao comportamento lúdico. A associação entre estresse ocupacional e o comportamento lúdico é preocupante, uma vez que a precarização do trabalho docente pode comprometer o brincar de crianças de 18 a 36 meses que frequentam creche. Adequações na organização de trabalho e atuações interdisciplinares entre profissionais da saúde e educação faz-se necessárias.Item Equação de referência para predizer o pico do consumo de oxigênio pelo Shuttle Test Modificado em adolescentes brasileiros saudáveis(UFVJM, 2021) Costa, Thaís Eugênio Duarte; Oliveira, Murilo Xavier; Leite, Hércules Ribeiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Leite, Hércules Ribeiro; Camargos, Ana Cristina Resende; Costa, Henrique SilveiraO Shuttle Test modificado (STM) vem sendo aplicado com o objetivo de analisar a aptidão cardiorrespiratória da população adolescente, proporcionando informações relevantes para diagnóstico e prognóstico de fatores de risco, servindo como parâmetro para a seleção de atletas de diferentes modalidades esportivas e para a análise de aptidão física de indivíduos não atletas. Estudos que analisaram se o STM poderia ser considerado um teste de esforço máximo em adolescentes, não avaliaram o consumo máximo de oxigênio através de medida direta e não realizaram comparação com o teste padrão ouro. Além disso, o estabelecimento de uma equação para predizer o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) seria um importante parâmetro de referência para essa população. Sendo assim, o objetivo do estudo foi propor uma equação para predizer o VO2pico em adolescentes saudáveis por meio do STM. Participaram do estudo 84 adolescentes saudáveis, com idade entre 12 e 18 anos, dos sexos feminino e masculino. O STM foi realizado duas vezes com intervalo de 30 minutos entre eles. Foi considerado para análise o teste com a maior distância percorrida. O VO2 foi monitorado continuamente por análise direta com espirometria de circuito aberto. A média de idade foi de 14,67 ± 1,82 anos e a distância percorrida foi em média 864,86 ± 263,48 m. As variáveis incluídas na equação de predição, distância percorrida e sexo, foram responsáveis por 53% da variabilidade do VO2 pico durante a execução do STM. A equação de referência para o VO2 pico previsto com o STM foi VO2 pico previsto = 18,81 + (0,018 x Distância Caminhada) + (7,733 x Sexo) e R2 = 0,53 (Sexo: 0 para meninas, 1 para meninos). A equação para predição do VO2 pico em adolescentes de ambos os sexos utilizando o STM foi proposta, podendo ser usada tanto como referência para avaliar a capacidade de exercício em adolescentes saudáveis quanto para investigar a função cardiopulmonar em adolescentes com capacidade funcional reduzida.Item Tradução e confiabilidade inter-examinadores da versão brasileira do Hammersmith Infant Neurological Examination (HINE) em lactentes(UFVJM, 2021) Furtado, Michelle Alexandrina dos Santos; Leite, Hércules Ribeiro; Camargos, Ana Cristina Resende; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Camargos, Ana Cristina Resende; Santos, Juliana Nunes; Morais, Rosane Luzia de SouzaIntrodução: A paralisia cerebral (PC) é caracterizada por uma desordem na postura e movimento, gerado por um distúrbio não progressivo no cérebro imaturo. O diagnóstico geralmente é tardio, sendo adiado devido à falta de critérios padronizados. O Hammersmith Infant Neurological Examination (HINE) é um instrumento de fácil aplicação, baixo custo e com alto valor preditivo para detectar PC, entretanto, é pouco usado no Brasil, principalmente porque não ter sido traduzido, validado e sua confiabilidade testada para os lactentes brasileiros. Objetivo: Traduzir o HINE para o idioma português do Brasil, e analisar sua confiabilidade inter-examinadores em lactentes brasileiros. Método: Estudo metodológico, realizado entre junho de 2020 a maio de 2021. A tradução seguiu as recomendações das diretrizes internacionais. O estudo ocorreu em duas etapas: (1) tradução do HINE e (2) análise da confiabilidade inter-examinadores da versão traduzida, o qual utilizou dois examinadores, que avaliaram os participantes de forma independente. A tradução ocorreu em quatro etapas (tradução, síntese, retrotradução e avaliação pelo comitê de especialistas). A concordância entre os escores foi verificada pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI), com seus respectivos intervalos de confiança de 95% e valor de p igual a 0,05. Resultados: Em relação a tradução as diferenças encontradas foram resolvidas pela comparação entre as versões anteriores e posteriores realizadas pelo comitê de especialistas, com anuência do autor do instrumento, obtendo a versão final do HINE traduzido. A confiabilidade inter-examinadores foi verificada com 25 crianças (12 pré-termo e 13 a termo). Excelente confiabilidade inter-examinadores foram encontradas em todas as subescalas do HINE investigadas, como função dos nervos cranianos (CCI2,1 = 0,844), postura (CCI2,1 = 0,852), movimentos (CCI2,1 = 0,830), tônus (CCI2,1 = 0,894), reflexos e reações (CCI2,1 = 0,910) e escore global (CCI2,1 = 0,930). Conclusão: A versão do HINE traduzida para o português do Brasil mostrou ser adequada e confiável aos profissionais de saúde brasileiros, na detecção precoce de lactentes com alto risco de PC, além de ser uma ferramenta com excelente confiabilidade inter-examinadores em lactentes brasileiros.