Browsing by Author "Barroso, Heloísa Helena"
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Item Ações de hemovigilância para rastreabilidade e prevenção de reações transfusionais: revisão da literatura(UFVJM, 2023) Assis, Isis Carvalho; Araújo, Alisson; Barroso, Heloísa Helena; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Introdução: A hemotransfusão é ato de transferir o sangue e seus componentes via endovenosa, podendo ser a única maneira de salvar uma vida ou melhorar rapidamente uma grave condição. Apesar disso, o receptor não está isento dos riscos relacionados à transfusão e estratégias podem ser adotadas para reduzir complicações. Nesse sentido, a hemovigilância contempla procedimentos de acompanhamento de todo o ciclo do sangue e de seus componentes desde doação até a transfusão para os pacientes, incluindo monitoramento e análise de eventos adversos. Objetivo: Descrever, por meio de uma revisão da literatura, as ações de hemovigilância que possibilitem rastrear e prevenir as reações transfusionais. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na qual os dados foram obtidos por meio de busca de estudos originais completos publicados em periódicos indexados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados LILACS, PUBMED/MEDLINE e SciELO. As buscas foram feitas entre junho de 2022 e abril de 2023 nos idiomas português, inglês e espanhol. Em relação à abordagem, os estudos foram classificados em ações preventivas tomadas e/ou indicadas para evitar novas ocorrências de reação transfusional e as ações propostas para rastrear a fonte do incidente. Resultados: Foram identificados 63 trabalhos dos quais 34 atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos. A capacitação de profissionais para identificação de reações transfusionais e o registro das ações envolvendo a transfusão para rastreio foram apontados como principais estratégias para prevenção de reações transfusionais. A utilização de sistemas eletrônicos, check-lists e instrumentos organizacionais podem ser úteis na prevenção de falhas no processo de hemotransfusão e na diminuição de subnotificações. A educação permanente em saúde articulada entre teoria e prática é necessária para que os profissionais sejam capazes de identificar falhas e promover transformações nos processos de trabalho. Além disso, é importante o encorajamento dos profissionais de saúde a reportar os eventos adversos com o intuito de fortalecer processos de trabalho focando na melhoria de fluxos identificados como pontos frágeis. Aliado a isso, padronização das notificações através de treinamento prévio em profissionais envolvidos no processo de transfusão pode ser uma ferramenta importante para evitar falhas e omissão de notificações. Conclusão: É necessário a implementação de educação permanente no serviço para efetivação da identificação e notificação de eventos adversos, bem como o estabelecimento de protocolos de hemovigilância nas instituições de saúde para prevenção e rastreabilidade de incidentes transfusionais.Item Análise dos comitês municipais de prevenção da mortalidade materna, infantil e fetal nas regiões de saúde de Sete Lagoas e Curvelo-MG(UFVJM, 2018) Lodi, Gabriela Souza França; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Guedes, Helisamara Mota; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Guedes, Helisamara Mota; Barroso, Heloísa Helena; Rodrigues, Letícia Alves; Medeiros, Ana Paula Antunes deA implantação dos comitês de prevenção da mortalidade materna, infantil e fetal é uma política pública do Ministério da Saúde, que vem sendo adotada no Brasil desde meados da década de 90. Consiste em uma estratégia para alcançar avanços na assistência materno-infantil, redução de mortes evitáveis e, consequentemente, diminuição da mortalidade materna, fetal e infantil. Dessa forma, a atuação dos comitês é também um instrumento de gestão, capaz de dar visibilidade e de gerar pensamento crítico a respeito da mortalidade fetal, infantil e materna. Entretanto, para que esse papel tão importante dos comitês seja alcançado, eles devem estar implantados e efetivamente funcionantes em todos os municípios. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os comitês municipais de prevenção da mortalidade materna, infantil e fetal das regiões de saúde de Sete Lagoas e Curvelo-MG quanto ao perfil dos seus membros, processo de implantação e funcionamento. Trata-se de um estudo de corte transversal, abordagem quantitativa e caráter descritivo, que pesquisou os comitês dos 35 municípios jurisdicionados à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas. Foram aplicados questionários para as referências técnicas dos comitês e secretários municipais de saúde. A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva e do teste Qui-Quadrado, com nível de significância de 95% (p<0,05). Sobre o perfil dos participantes, constatou-se que a formação predominante é em enfermagem e que eles possuem, em média, idade acima de 30 anos e tempo no cargo superior a quatro anos. A respeito da implantação, observou-se que a maioria dos municípios possui comitê implantado, oficializado e atuante, mas muitos não realizam cronograma nem registro das reuniões. Quanto ao funcionamento, muitas foram as fragilidades encontradas, tais como inexistência de discussão conjunta entre os membros, não realização da correção da causa básica do óbito, falta de divulgação dos dados e dos relatórios finais das análises e ausência de atividades de mobilização social. Dentre os entraves enfrentados pelos comitês, os mais citados foram: dificuldade de acesso aos documentos necessários para a investigação, falta de suporte da SRS e necessidade de capacitação. Os achados do estudo permitiram identificar diversas deficiências e dificuldades nos processos de trabalho dos comitês, o que indica a existência de inadequações em seu funcionamento. Esse fato alerta sobre a necessidade de qualificação das ações dos comitês, objetivando o aumento da sua efetividade na redução da mortalidade materna, infantil e fetal.