Browsing by Author "Ursine, Renata Luiz"
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Item Leishmaniose visceral em municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, com ênfase no município de Araçuaí, Minas Gerais(UFVJM, 2014) Ursine, Renata Luiz; Pires, Herton Helder Rocha; Morais, Harriman Aley; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Souza, Carina Margonari; Martins, Helen Rodrigues; Oliveira, Leida Calegário deCom o propósito de conhecer os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral (LV) entre os municípios sob a jurisdição da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina (SRSD), realizou-se um estudo da distribuição da LV humana e canina nestes por meio de dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e de dados registrados em livros da SRSD. No município com maior ocorrência da LV humana, realizou-se o georreferenciamento dos casos humanos e caninos associados a fatores ambientais e sociais; analisou-se a percepção das pessoas acometidas pela doença por meio de entrevistas; aspectos da estrutura e funcionamento do serviço de controle da doença foram analisados por meio de questionários. No período de 2007 a 2012 houve a notificação de 79 casos de LV humana e 451 cães positivos para a infecção canina nos municípios que compõem a SRSD. Nestes, a LV humana foi mais prevalente em crianças, pessoas do gênero masculino e residentes em áreas rurais. Em Araçuaí, município com maior transmissão da LV humana, houve a notificação de 41 casos de LV entre os anos de 2007 a 2013. Neste, a infecção acometeu principalmente crianças, pessoas do gênero masculino e residentes da área urbana. A distribuição espacial dos casos de LV humana e da infecção canina na área urbana do município de Araçuaí exibiu um padrão aglomerado, com agrupamentos de casos humanos estatisticamente significativos a distâncias superiores a 350 metros e agrupamentos estatisticamente significativos de cães infectados a distâncias superiores a 75 metros. A análise exploratória por meio do estimador de Kernel apontou para maior ocorrência de casos humanos e caninos na área central da cidade. Não foi observada relação entre o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada e as áreas de maior ocorrência da doença. A análise socioambiental dos ambientes domiciliares das pessoas acometidas pela LV no município de Araçuaí revelou um predomínio de deficiências em estruturas de saneamento ambiental; presença de arbustos, árvores frutíferas e diferentes animais ao redor dos domicílios; proximidade com ambientes naturais e casas aglomeradas. Por meio das entrevistas com as pessoas que foram acometidas pela LV, foi possível perceber um desconhecimento em relação à doença, principalmente no que diz respeito às formas de transmissão. Pôde-se perceber também que os médicos tiveram dificuldade em diagnosticar a LV e que o tratamento que estes prescreveram para os pacientes foi, no geral, demorado. De forma geral, o município de Araçuaí desenvolve a maioria das ações propostas pelo Ministério da Saúde para o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV), contudo, há necessidade de melhor estruturação do serviço de controle da LV neste. A realização de planejamentos para os levantamentos das demandas de materiais para a execução dos diagnósticos da LV para que não os falte durante a realização dos inquéritos e o estabelecimento de condições para a execução de levantamentos entomológicos é uma necessidade premente. O investimento em trabalhos de educação em saúde para a população, educação continuada para os médicos, Agentes de Combate a Endemias e demais profissionais envolvidos no PCLV também é fundamental.Item Qualidade da água de soluções alternativas coletivas na zona urbana de Montes Claros/MG(UFVJM, 2023) Santos, Fernanda Kelle de Souza; Morais, Harriman Aley; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Harriman Aley; Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Nery, Janiele França; Ursine, Renata LuizA garantia da qualidade da água para consumo humano é um elemento essencial para a efetivação de políticas de saúde pública de saneamento. A água, indispensável para a vida humana, pode atuar como um reservatório de diversos tipos de patógenos, como parasitas, fungos, vírus e bactérias, e está diretamente relacionada a doenças de origem hídrica. Para serem destinadas ao consumo, as águas superficiais e subterrâneas, necessitam de tratamento que melhore suas características organoléticas, físicas, químicas e bacteriológicas. A utilização de águas subterrâneas tem aumentado muito nos últimos anos, e em algumas cidades, é crescente o número de comunidades que têm optado pelo uso exclusivo desse recurso em substituição à captação de água superficial, cujo aproveitamento requer formas progressivamente mais onerosas de tratamento. O objetivo deste estudo foi verificar se a água distribuída pelas soluções alternativas coletivas (SAC) na zona urbana de Montes Claros atendia aos parâmetros de qualidade preconizados na legislação vigente. Para tanto, foram analidos os dados das SAC no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), no ano de 2022. Constatou-se que foram cadastradas 125 SAC na zona urbana do município, ue abasteciam 17.520 habitantes, sendo que somente 59% dessas soluções utilizam desinfecção como tratamento da água. Verificou-se que 59% delas também não tinha outorga para funcionamento e que 62% não contavam com um responsável técnico, ou seja, não havia controle de qualidade da água. De 179 amostras de água analisadas, coletas de 35 SAC, somente sete apresentaram parâmetros de potabilidade em conformidade com a Portaria n.º 888/2021. Comparando-se as amostras, antes e após o tratamento, observou-se que este se mostrou ineficiente em 81,8% dessas soluções. Os resultados do estudo demonstram a necessidade de ações intersetoriais para melhorar a qualidade da água fornecida pelas SAC na zona urbana de Montes Claros. Essas ações devem envolver a conscientização da população sobre a importância da qualidade da água, a fiscalização das SAC pelos órgãos competentes e o apoio técnico aos responsáveis pelas soluções alternativas.