Browsing by Author "Tibães, Luiz Eduardo"
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Item A influência da música, enquanto expressão da religiosidade de matrizes africanas, em terreiros de Candomblé de Diamantina – Minas Gerais, na perspectiva do processo saúde/doença(UFVJM, 2017) Tibães, Luiz Eduardo; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Santos, Antonio Sousa; Alves, Thamar Kalil de Campos; Paes, Silvia ReginaComunidades religiosas de diversas ramificações usam o som ou a música para auxiliar no restabelecimento da saúde. A fim de conseguirem esse intento, promovem um encontro com as divindades em outra dimensão, que os ajudam a curar. Utilizam de instrumentos musicais, especialmente os percussivos, que são o elo entre o Terreno e o Divino. Inspirado, nesse universo curioso e instigante, que o presente estudo enfoca uma relação entre a visão social da doença, a visão social da natureza e as práticas de cura que a envolve. Práticas exercidas por comunidades tradicionais que utilizam da música e da espiritualidade como formas de ativar a saúde. A pesquisa tem, como objetivo principal, buscar a percepção de membros de comunidades religiosas, em especial o Candomblé, sobre a influência e ou sentimento causado pelo som ou música, durante o ritual (culto) religioso, e sua influência no processo saúde/doença. É um estudo direcionado, para um contexto social, que se utilizou do recurso de entrevistas semiestruturadas, observação participante e emprego da história oral temática. O trabalho de campo foi desenvolvido nos Terreiros de Candomblé Ilê Axé Abaluaê e Mamãe Oxum localizados em Diamantina – Minas Gerais. Constatou-se que a música é essencial na vida das pessoas das comunidades tradicionais do Candomblé. Música que demonstra ser suporte imprescindível, para a religiosidade exercida nos rituais, principalmente os de cura. Tudo isso envolto, por uma profunda emoção, originada pela trilogia inseparável: música percussiva, canto e dança, onde a fé nutre a esperança de um bem estar alicerçado pela natureza, que é o ‘berço’ espiritual dos cultos afro. Percebeu-se também que os terreiros de Candomblé de Diamantina – Minas Gerais sabem conviver, com a intolerância religiosa, mas subtende-se que os candomblecistas nutrem ‘mágoa’ para lidar com isso.