Browsing by Author "Ramires, Roberta de Vasconcelos"
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Item Microrganismos endofíticos em Eucalyptus(UFVJM, 2021) Ramires, Roberta de Vasconcelos; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Costa, Márcia Regina da; Gandini, Andrezza Mara Martins; Marriel, Ivanildo Evodio; Assis Júnior, Sebastião Lourenço deAtualmente, a tendência no setor agrícola é utilizar técnicas e estratégias biotecnológicas que possam atuar no aumento da produtividade e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente. Os microrganismos endofíticos desempenham um papel ecológico fundamental para suas plantas hospedeiras, conferindo diversos benefícios como produção compostos antimicrobianos que protegem a planta contra o ataque de fitopatógenos, fixação biológica de nitrogênio, produção de ácido indol acético e sideróforos. Estes endofíticos produzem uma variedade de substâncias, sendo uma fonte importante de compostos biologicamente ativos que têm aplicações medicinais, industriais ou agrícolas promissoras. Os objetivos deste trabalho foram realizar uma revisão enfatizando a importância dos microrganismos endofíticos nos processos de penetração e colonização na planta, seu potencial biotecnológico e sua aplicação na agricultura, destacando-se os microrganismos endofíticos de eucalipto e quantificar microrganismos, isolar e caracterizar bactérias endofíticas em plantas jovens de Eucalyptus ocorrendo em ambientes com e sem adubação. Os tratamentos foram estabelecidos pelo fatorial 6 x 3, sendo 6 espécies de plantas de Eucalyptus, três grupos funcionais de microrganismos (actinobactérias, bactérias e fungos), com quatro repetições. Quatro espécies de diferentes lugares, Eucalyptus urophylla, E. camaldulensis, E. grandis 1, E. grandis 2, com 100 cm de altura, de ocorrência espontânea e sem adubação, foram coletadas a beira de estrada, na cidade de Diamantina-MG. E duas plantas, sendo uma hibrido de E. grandis x E. urophylla e E. cloeziana com 120 dias, 20 – 30 cm de altura e adubadas foram coletadas no viveiro em Itamarandiba. As células das bactérias isoladas foram caracterizadas por meio dos descritores morfológicos e bioquímicos e a caracterização foi estimada pela distância de dissimilaridade. As unidades formadoras de colônias (UFC) por grama de tecidos das plantas foram influenciadas pelo ambiente (espécie e adubação) e grupo funcional, tanto nas folhas quanto nas raízes analisadas. O índice de similaridade para o número de actinobactérias e fungos endofíticos nas folhas de Eucalyptus permitiu o agrupamento das plantas em dois grupos principais: aquelas que cresciam espontaneamente sem adubação e as plantas que foram coletadas em viveiro comercial de mudas clonais. O número de bactérias foi maior que o número de actinobactérias e fungos, exceto nas folhas de E. grandis x E. urophylla adubado, em que não diferiu do de fungos. Em relação as características promotoras de crescimento, foram testadas 71 estirpes endofíticas. A maior frequência de estirpes com capacidade de produzir ácido indol acético (AIA) foi obsevada a partir de amostras de folhas (100 %) e das raízes (87,9 %) com destaque para a estirpe endofítica radicular 45URP4-1, com maior produção 129 µg mL-¹ de AIA. Alguns isolados de bactérias endofíticas de eucalipto foram produtores de enzimas, metabólitos voláteis, ácido cianídrico (HCN) e ácido indol acético (AIA), além de serem capazes de solubilizar fosfato e fixar nitrogênio, sendo possível relacionar a produção de alguns metabólitos avaliados com os índices de biocontrole e promoção de crescimento.