Browsing by Author "Pires, Juliana Rocha de Meira"
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Item Estudo comparativo entre a qualidade da água e as assembleias zoobentônicas do Córrego Água Limpa, no Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina-MG.(2010) Pires, Juliana Rocha de Meira; Garraffoni, André Rinaldo Senna; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Claudionor Camilo; Fernandes, José Sebastião CunhaEste estudo objetiva avaliar a qualidade das águas com base nas condições físico-químicas e nas assembleias zoobentônicas em um córrego chamado Água Limpa, localizado no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina-MG, no período de março a setembro de 2009. Em um trecho de aproximadamente 4 km, foram escolhidos quatro pontos de coleta, em que as variáveis físico-químicas e microbiológicas avaliadas foram: temperatura, turbidez, ferro, fósforo, amônia, nitrito, nitrato e coliformes fecais. As amostras de água foram coletadas em frascos de vidro, previamente esterilizados, devidamente fechados. Os frascos com as amostras foram mantidos em caixa de isopor com gelo, até o momento de análise. A caracterização, nos diferentes pontos de amostragem, foi realizada de acordo com os limites definidos pela Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Para a coleta dos organismos aquáticos, cada um dos quatro pontos foi amostrado em três subáreas replicadas em três pontos distintos, totalizando 144 amostras em duas coletas realizadas em período chuvoso – março 2009 - e duas em período seco – agosto 2009. O amostrador utilizado foi um corer de PVC com 3,0 cm de diâmetro, por 5 cm de profundidade. As amostras foram colocadas em sacos plásticos adicionando-se 500ml de formol a 4% e 125 g de sacarose, etiquetados de acordo com cada ponto de coleta, subárea e repetição. Os organismos zoobentônicos foram triados e identificados, com o auxílio de microscópio estereoscópio e óptico, ao menor nível taxonômico possível. As diferenças nos valores das médias dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos e dos organismos zoobentônicos obtidas entre pontos e datas de coleta foram testadas estatisticamente através de análise de variância (ANOVA). Quando a ANOVA mostrou diferenças significativas ao nível de 5%, foi aplicado o Teste Tukey. Foi observado que os pontos 1, 2 e 3 se apresentaram semelhantes quanto às condições físico-químicas, porém, quanto aos coliformes fecais, somente o ponto 1 se enquadrou dentro dos limites permitidos. Os taxons mais expressivos nesses pontos foram Ephemeroptera, Trichoptera e Plecoptera, que são mais exigentes quanto à qualidade ambiental. Já o ponto 4 se destacou com médias elevadas de coliformes fecais, fósforo e turbidez e baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água. Os grupos resistentes à elevada contaminação orgânica foram dominantes nesse local: Oligochaeta, Chironomidae e Hirudinea. O ponto 4 tem contribuído para a queda da qualidade da água do córrego e para agravar processos de eutrofização, extinção de espécies aquáticas e veiculação de doenças. As assembleias zoobentônicas mostraram-se eficientes para indicar os níveis de poluição existentes no trecho estudado e subsidiar futuros estudos de biomonitoramento.Item Fungos como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha curcas L.)(UFVJM, 2019) Souza, Mírian de Jesus; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Siqueira, Félix Gonçalves de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Pires, Juliana Rocha de Meira; Souza, Poliana Mendes deNa busca de fontes renováveis de energia destaca-se a produção de biodiesel, bicombustível obtido pelo processo de transesterificação realizada mediante a mistura de óleo vegetal ou gordura animal em metanolou etanol, na presença de um catalisador. Um dos principais resíduos gerados pela produção de óleos para obtenção de biodiesel é torta, e que apresenta alto potencial para complementação da alimentação animal. Entretanto algumas tortas apresentam compostos tóxicos naturais em sua composição o que limita seu uso. Entre estas tortas temos a de caroço de algodão, que possui em sua formulação gossipol livre e a torta de semente de pinhão-manso que apresenta ésteres de forbol em sua composição que é tóxico para animais e humanos. Diante da limitação para o uso destas tortas devido á presença de compostos tóxicos, o presente estudo tem como objetivo promover a destoxificação de torta de semente de pinhão-manso(TSPM)e de caroço de algodão(TCA)pelo processo de fermentação em estado sólido usando os fungos filamentosos do filo dos ascomicetos (MB 2.1, MB 2.7 e MB 2.13B) e basidiomicetos (EF 41, EF 71 e EF 79). Os fungos filamentosos que apresentaram maior potencial de redução do gossipol livre foram EF 79, com redução do gossipol livre em 86,67%, e MB 2.7 com redução do gossipol livre em 72,80%. O teor de gossipol livre presente na torta in naturaera de 8,43 mgg-1, após o processo de fermentação o teor foi reduzido para 1,12mgg-1 com EF 79 e 2,29 mgg-1 com MB 2.7. Dos fungos utilizados no processo de fermentação para a torta de semente de pinhão-manso, após 15 dias de fermentação EF 71 e MB 2.13B reduziram em meia 90% dos ésteres de forbol. O EF 71 promoveu à redução dos 92,02% dos ésteres de forbol e MB 2.13B a redução de 90,46%. O teor dos ésteres na torta in natura era de 1,15 mgg-1, após a fermentação com o fungo EF 71 o teor observado foi de 0,09 mgg-1 e, com o fungo MB2.13B foi de 0,11mgg-1. Após o processocultivo microbiano foi possível a redução dos compostos tóxicos na torta, como também melhorar sua qualidade nutricional, observado por meio dos resultados de análises bromatológicas. Dessa forma o processo de cultivo estado sólido usando os fungos apresentou-se como uma alternativa viável para agregar valor aos resíduos agroindustriais destinados á alimentação animal, que poderão ser confirmados quando dos ensaios in vivo com adição de tortas pré-tratadas biologicamente pelos fungos insumos para composição de ração de animais (monogástricos ou poligástricos).Item Otimização da produção de biogás a partir da biodigestão de vinhaça da fabricação de cachaça artesanal(UFVJM, 2019) Oliveira, Daniela Cristina Souza; Nelson, David Lee; Canuto, Marcus Henrique; Barbosa, Arlete dos Reis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nelson, David Lee; Canuto, Marcus Henrique; Barbosa, Arlete dos Reis; Benassi, Vívian Machado; Pires, Juliana Rocha de MeiraA fabricação artesanal da cachaça é uma importante fonte de renda para pequenos e médios produtores agrícolas do estado de Minas Gerais. Na produção da bebida, um dos principais subprodutos gerados é a vinhaça, rica em matéria orgânica e com significativo teor de enxofre. Consequentemente, apresenta alto potencial poluidor. Para cada litro de cachaça produzido são gerados, em média, 10 a 14 litros de vinhaça. A biodigestão anaeróbia apresenta grande potencial de aplicação no tratamento da vinhaça, pois ocorre a redução de sua carga orgânica poluente concomitantemente à recuperação de bioenergia a partir do biogás. O presente estudo teve como objetivo avaliar as potencialidades da aplicação da biodigestão anaeróbia para o tratamento da vinhaça provinda da fabricação de cachaça artesanal, bem como o desenvolvimento de um biodigestor para implantação em propriedades rurais produtoras da bebida. Para testar o desempenho do processo, realizou-se oito ensaios de biodigestão da vinhaça em escala de bancada utilizando reatores de 250 mL, variando a quantidade de inóculo, temperatura e diluição da vinhaça. Em seguida, o processo foi otimizado em um biorreator de bancada anaeróbio com capacidade de 7,5 litros, e com um sistema de monitoramento e controle do pH, dióxido de carbono, temperatura e pressão. A vinhaça in natura foi caracterizada quanto a umidade, matéria seca, cinzas sólidos suspensos voláteis e totais, pH, DQO, proteínas, lipídeos e nitrogênio total. O efluente da biodigestão foi caracterizado quanto a DQO e pH. A composição do biogás gerado foi determinada através da quantificação de dióxido de carbônico, metano, amônia e ácido sulfídrico. O processo de biodigestão da vinhaça para a produção de biogás se mostrou eficiente no tratamento desse resíduo. O volume de biogás gerado e acumulado, nos ensaios de bancada, durante o período de 25 dias variaram entre 2,08 mL e 347,90 mL. Quanto à remoção de carga orgânica, os ensaios mostraram-se uma boa alternativa para o tratamento da vinhaça, visto que a eficiente redução de DQO na vinhaça biodigerida foi em torno de 74%, fato que evidencia a transformação de matéria orgânica em biogás. A principal contribuição desse experimento consistiu na disponibilização de novos métodos de obtenção de energia a partir de uma matriz já disponível aos pequenos e médios produtores de cachaça artesanal.Item Padronização do cultivo do fungo filamentoso isolado A4 para produção de lipases(UFVJM, 2020) Costa, Tatiana Paula; Benassi, Vivian Machado; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nelson, David Lee; Benassi, Vivian Machado; Reis, Arlete Barbosa dos; Pires, Juliana Rocha de MeiraEnzimas produzidas por fungos filamentosos têm demonstrado amplas aplicações biotecnológicas nos mais diversos segmentos industriais. Para suprimento dessa demanda, há uma crescente busca por novas linhagens de fungos produtores dessas enzimas, levando ao isolamento e seleção a partir dos mais diferentes biomas. Esse trabalho objetivou analisar a temperatura dos fungos filamentosos, selecionar um fungo filamentoso potencialmente capaz de produzir lipase e otimizar a produção da enzima pelo micro-organismo selecionado. Inicialmente foi analisado a temperatura de crescimento de vinte e um fungos filamentosos do laboratório em meio Aveia e meio BDA, a fim de verificar a melhor temperatura de crescimento de cada micro-organismo. Os fungos em meio aveia com maiores taxas de crescimento a diferentes temperaturas foram o 3.8TA, P3, MB2.9, MB2.12, 4.2 e B8, e em meio BDA foram o 3.8TA, P3, M2.3, C421, B8, 4.2 e A4. Os vinte e um fungos foram testados quanto a sua capacidade de produção de lipases em meio contendo Tween® 80, sendo que destes micro-organismos dois (M1.1 e A4) apresentaram halo de atividade lipolítica quando utilizado a solução reveladora, optando-se pelo fungo A4 para prosseguir com o trabalho. Em seguida, o fungo filamentoso A4 foi incubado em quatro meios submersos distintos (Vogel, Adams, Khanna, e SR), à 30 ºC, em estufa bacteriológica, de forma estacionária, durante oito dias e retirados a cada vinte e quatro horas, sendo o meio que apresentou uma melhor atividade lipolítica o Khanna (2,32 U.mL-1) após 120 horas de cultivo. Após definir o meio de cultivo submerso, variou-se sua composição, analisando fonte de nitrogênio (extrato de levedura, peptona, ureia, nitrato de potássio e suas combinações). Para a fonte de nitrogênio o melhor valor de atividade lipolítica obtido foi 2,15 U.mL-1 (ureia + peptona + KNO3) pelo fungo filamentoso A4. Em seguida, foram analisadas diferentes fontes de sais (sais Vogel, sais CP, sais SR e suas combinações), estabelecendo a suplementação do meio com sais Vogel. Analisou-se, também, o efeito da variação do pH inicial do meio de cultura (pH iniciais 4,0; 4,5; 5,0; 5,5 e 6,0), determinando o 4,5 como ideal para crescimento do isolado A4 e produção de lipases. Por fim, analisou-se a influência de diferentes óleos (soja, milho, girassol, dendê e algodão) como fonte de carbono, e o fungo A4 apresentou uma melhor atividade enzimática em meio de cultura suplementado com óleo de algodão (171,36 U.mL-1). Esses resultados demonstram a importância da seleção de fungos filamentosos como recurso biotecnológico, em especial para a produção de enzimas lipolíticas. A otimização resultou em um aumento na produção da enzima, abrindo perspectivas para a otimização do processo de fermentação submersa utilizando processos de baixo custo.