Browsing by Author "Mendes, Jackeline Canuto"
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Item Organização de grupos agroecológicos de mulheres através da extensão e comunicação sob uma perspectiva feminista(UFVJM, 2019) Mendes, Jackeline Canuto; Lovo, Ivana Cristina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lovo, Ivana Cristina; Sulzbacher, Aline Weber; Weitzman, RodicaFoi rumo à construção da agroecologia a partir de uma perspectiva paradigmática e feminista que esta pesquisa buscou analisar se a construção dos grupos comunitários de mulheres “Mulheres do Maria Orminda” e “Raízes do Tabuleiro”, que foram idealizados e mobilizados principalmente por mim, contribuíram de fato para a construção da agroecologia e para o empoderamento de gênero das mulheres participantes dos coletivos que foram focalizadas neste estudo. A pesquisa se embasou nas reflexões geradas pelas experiências de construção dos grupos, tanto a partir do levantamento do histórico dos coletivos como da perspectiva e visão de mundo de suas integrantes e ex-integrantes. Os resultados foram obtidos através do levantamento documental dos coletivos, da observação participante e de entrevistas semiestruturadas e recorrentes com mulheres focalizadas. No que se refere à construção da agroecologia, observou-se alguns avanços na melhoria da renda e da saúde, principalmente com a tentativa de organização do grupo agroecológico Mulheres do Maria Orminda, e trocas de conhecimentos tradicionais empíricos e de material genético de diversas plantas, principalmente no grupo Raízes do Tabuleiro. De modo geral, com o pouco tempo de trabalho com os grupos, não houve contribuição para mudanças significativas na estrutura patriarcal e os grupos agroecológicos não conseguiram se consolidar sem a presença de agentes de mobilização. A partir dos estudos teóricos, a pesquisa reforça o caráter político e social da agroecologia e da importância desse paradigma andar de mãos dadas com o feminismo para construção de novas relações igualitárias no campo. A partir dos resultados, a pesquisa também faz uma crítica ao papel de mobilizadores extensionistas de conhecimento e das políticas públicas utilizadas para tal e também traz a importância: dos processos de formação educativa para desconstrução das relações patriarcais, do fortalecimento das atividades já realizadas pelas mulheres rurais e camponesas para formação de grupos agroecológicos e da contradição que esse fortalecimento pode trazer por reafirmar o papel das mulheres milenarmente construído pelo patriarcado.