Browsing by Author "Mascarenhas, Rodrigo Oliveira"
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Item Association of therapies with reduced pain and improved quality of life in patients with fibromyalgia: a systematic review and meta-analysis(American Medical Association, 2020-10-26) Mascarenhas, Rodrigo Oliveira; Souza, Mateus Bastos; Oliveira, Murilo Xavier; Lacerda, Ana Cristina; Mendonça, Vanessa Amaral; Henschke, Nicholas; Oliveira, Vinícius Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; The University of Sydney School of Public HealthA revisão sistemática demonstrou que não existe suporte científico quanto a eficácia da maioria das terapias atualmente disponíveis para o tratamento da fibromialgia. Fortes evidências apóiam apenas a terapia cognitivo-comportamental para dor, bem como antidepressivos e depressores do sistema nervoso central para dor e qualidade de vida, mas essas associações foram pequenas.Item Eficácia de tratamentos para fibromialgia(UFVJM, 2021) Souza, Mateus Bastos de; Oliveira, Vinicius Cunha; Mascarenhas, Rodrigo Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinicius Cunha; Costa, Leonardo Oliveira Pena; Bastone, Alessandra de CarvalhoContexto: A Fibromialgia (FM) é uma condição de saúde caracterizada por dor crônica generalizada, fadiga, distúrbios do sono e disfunções cognitivas, afetando de várias formas a vida dos pacientes. Muitas intervenções têm sido testadas para tratar essa condição clínica, mas não sabemos até o momento se alguma é melhor para diminuir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Investigar a eficácia dos tratamentos para FM. Métodos: Foram conduzidas uma revisão sistemática com meta-análise para investigar a eficácia dos tratamentos para FM e uma network meta-análise (NMA) para investigar, através de comparações diretas e/ou indiretas, a superioridade de algum desses tratamentos. As bases de dados MEDLINE, Cochrane Library, EMBASE, AMED, PsycINFO e PEDro foram pesquisadas desde o seu início até maio de 2020 e sem restrição de idioma. Na primeira revisão sistemática, incluímos ensaios clínicos randomizados (ECRs) ou quasi-randomizados que investigaram qualquer terapia para indivíduos com FM. Já na segunda revisão, (NMA), incluímos ECRs comparando duas ou mais intervenções não farmacológicas para o tratamento de FM. Nas duas revisões, a população foi composta por adultos com FM, diagnosticados pelos critérios do Colégio Americano de Reumatologia de 1990, 2010 ou 2016. Os desfechos clínicos de interesse nas duas revisões foram a intensidade da dor e a qualidade de vida. Na NMA, a aceitabilidade também foi investigada. Na primeira revisão, foi conduzida uma meta-análise usando um modelo de efeitos aleatórios (método DerSimonian e Laird), enquanto na segunda revisão, diferenças das médias (MDs) e intervalos de confiança (IC) de 95% foram estimados usando NMA frequentista com modelo de efeitos aleatórios. Resultados: Na primeira revisão, para intensidade da dor, evidências de alta qualidade foram encontradas a favor da terapia cognitivo comportamental no curto prazo (intervenções com até três meses de duração após processo de randomização) e a favor de depressores do sistema nervoso central e antidepressivos no médio prazo (intervenções com duração acima de três meses e menores do que 12 meses). Para qualidade de vida, foram encontradas evidências de alta qualidade a favor de antidepressivos no curto prazo e em favor de depressores do sistema nervoso central e antidepressivos no médio prazo. Os efeitos estimados foram pequenos e não alcançaram relevância clínica. Há ausência de investigação no longo prazo (intervenções com duração de pelo menos 12 meses depois da randomização). Na segunda revisão (NMA), para a intensidade da dor e qualidade de vida no prazo imediato (intervenções de até duas semanas de duração após o processo de randomização), a maioria das intervenções eficazes em comparação com o nó de controle (Con; lista de espera, sem intervenção, placebo e sham) eram evidências de baixa qualidade. Para intensidade da dor no curto prazo (intervenções durando mais de duas semanas e menos de três meses), evidências de qualidade moderada mostraram que acupuntura (Acu), exercícios aeróbicos (AeET), exercícios aquáticos (AqET), balneoterapia (Bal), agulhamento seco (DryN), eletroterapia (Elec), terapia de campo magnético (MfT), terapia manual (MnT), terapia de fotobiomodulação (PbT), exercícios de resistência (ReET), vibração de corpo inteiro (WBV) e estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) foram eficazes quando comparado ao Con. Para qualidade de vida no curto prazo, evidências de qualidade moderada mostraram que Acu, AeET, AqET, Bal, DryN, terapia multicomponente (McT), MfT, ReET e WBV foram eficazes quando comparados com Con. Para a intensidade da dor no longo prazo (intervenções com duração de pelo menos três meses após a randomização), evidências de qualidade moderada sugerem que AeET, AqET e ReET foram eficazes quando comparados com Con. Para qualidade de vida no longo prazo, evidências de qualidade moderada sugerem que AeET, AqET, McT e exercícios mistos (MiET) foram eficazes quando comparados com Con. Para aceitabilidade nos prazos imediato, curto e longo, foram encontradas evidências de que nenhuma intervenção ativa teve maior aceitabilidade quando comparada a Con ou outra intervenção ativa. Conclusões: A maioria das terapias atualmente disponíveis para o tratamento da FM não são apoiadas por evidências de alta qualidade, principalmente nos prazos imediato e longo. Algumas terapias podem reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida no curto e no médio prazo, tais como DryN e diferentes modalidades de exercícios, embora o tamanho do efeito possa não ser clinicamente importante. Assim, para tomada de decisão, alternativas de terapias oferecidas aos pacientes com essa condição clínica devem ser discutidas levando em consideração a melhor evidência, as preferências dos pacientes e a expertise do clínico. Futuras investigações na FM devem esclarecer efeito de terapias combinadas, realizar avaliação econômica e testar ensaios clínicos de implementação.