Browsing by Author "Lima, Walber Antônio"
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Item Vigilância em saúde em tempos de HIV/AIDS: sistemas de informação no serviço de atenção especializada(UFVJM, 2013) Lima, Walber Antônio; Cambraia, Rosana Passos; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Magalhães, Sandra Célia Muniz; Lessa, Angelina do CarmoO cruzamento das informações advindas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com as do Serviço de Atenção Especializada (SAE) onde funciona o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Acquired Immunodeficiency Syndrome (Aids), juntamente com a construção de mapas temáticos com auxilio do Sistema de Informação Geográfica (SIG), são ainda um desafio para as gestões loco-regionais e demandam estudos mais detalhados. Objetivo - Compreender o funcionamento do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Diamantina, com ênfase na distribuição espacial dos pacientes acompanhados pelo serviço no período de 1996 a 2012. Metodologia - Trata-se de um estudo transversal, de caráter avaliativo, com análise descritiva. As microrregiões de saúde de Diamantina e de Minas Novas/Turmalina/Capelinha tem como sede Diamantina, no Alto Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais), referencia para HIV/Aids. Foram utilizados os registros de HIV/Aids desde 1996 até 2012. As informações do SINAN e dos prontuários clínicos do SAE/CTA foram tabuladas e analisadas utilizando os programas Microsoft Office®, Excel, além do ArcGIS® (Versão 9.2) para confecção dos mapas. Resultados - A população da micro de Diamantina compõe-se de 166.961 habitantes e da micro Minas Novas/Turmalina/Capelinha compõe-se de 119.551 habitantes, totalizando juntas 286.512 habitantes. A prevalência do HIV/Aids em relação à população total: no CTA 112 casos com a taxa em 39,09% por 100.000 habitantes e no SINAN 148 casos com 51,65% / 100.000 habitantes. Os dados para a prevalência da doença são discordantes para as duas micros. Na variável raça/cor (branca/preto/pardo/ignorado), o mais freqüente foi o ignorado. Discussão - O SAE/CTA de forma regionalizada tem que trazer funcionalidade para os moradores da macrorregião. Esse tipo de atendimento além de desafogar os grandes centros urbanos permite ao serviço local o acolhimento e o acompanhamento humanizado, o que pode ser revertido em indicadores confiáveis e a adesão ao tratamento. Quanto à avaliação do funcionamento do SAE/CTA, esses centros constituem um conjunto de serviços heterogêneos e as diretrizes que norteiam a implantação dos serviços não está plenamente em funcionamento, o que pode refletir nos baixos indicadores de resolubilidade e produtividade. Conclusão - A investigação da distribuição espacial dos pacientes HIV/Aids revelou que as variáveis faixa etária, sexo e município e microrregião de origem são consistentes e permitem esta visualização, enquanto as demais, em especial raça/cor, escolaridade e categoria de exposição ainda necessitam de melhorias no preenchimento das fichas clínicas e na completude dos campos do SINAN. Quanto à concordância entre os dados do SINAN e SAE/CTA, o estudo verificou que esta ocorre parcialmente, uma vez que se está trabalhando com bases distintas, cada uma com característica peculiar, no decorrer da trajetória de longos anos da doença e do serviço. A qualidade das informações precisa ser aprimorada, caso contrário corre-se o risco de implementação de ações de controle, sem que o seu impacto sobre a resolução do problema possa ser avaliado com base em evidências. A produção dos mapas temáticos contribuiu na visualização dos indicadores estudados, o que nos leva a recomendar o uso do SIG na saúde em qualquer região de abrangência e cobertura. Para um serviço de boa qualidade no SAE/CTA, são imprescindíveis ainda investimentos na educação permanente para gestores e técnicos, como por exemplo, para uso de ferramentas modernas.