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Detecção de proteínas em Plectranthus barbatus e avaliação da atividade biológica sobre linhagens de células RAW 264.7 e A549
(UFVJM, 2017) Freitas, Alcides Alves de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
O boldo da terra (Plectranthus barbatus) é popularmente utilizado para o tratamento de distúrbios gastrintestinais e para doenças hepáticas. Devido à existência de um grande número de espécies disponíveis para pesquisa e estudos farmacológicos, o estudo dessa planta torna-se importante para o conhecimento técnico-científico, especialmente com a finalidade do desenvolvimento de novos fármacos. Com isto, o objetivo desse trabalho foi detectar proteínas ativas de Plectranthus barbatus (boldo da terra) e avaliar a atividade biológica em células A549 e RAW264.7. As amostras dos procedimentos de extração das folhas e caule do P. barbatus foram submetidas à quantificação de proteína. Foi detectado em gel de poliacrilamida SDS-PAGE 12% proteínas com peso molecular em torno de 30kDa e 94kDa o que é descrito na literatura como lectinas e lipoxigenases. Os extratos foram caracterizados por cromatografia líquida de alta eficiência com picos aparentes em 16 e 27 minutos. Não foi detectada atividade de inibição da tripsina. Os resultados dos testes biológicos em cultura de células demonstraram que o extrato purificado de inibidores de protease não alterou a viabilidade celular de ambas as linhagens, no entanto, foi capaz de inibir a produção de óxido nítrico na concentração de 10 μg/ml para folha e caule e 100 μg/ml para folha. Este trabalho demonstra pela primeira vez a extração de proteínas em folhas e caule de Plectranthus barbatus e a atividade dessa molécula em cultura celular. Esse extrato não alterou a viabilidade celular de ambas as linhagens celulares, podendo ser caracterizados como não citotóxico nas concentrações testadas. Conclui-se, portanto, que embora as folhas, caules e flores do Plectranthus barbatus seja utilizado amplamente pela população esse trabalho demonstrou a detecção de lectina e lipoxigenase até agora desconhecidos nessa espécie em estudo.