Browsing by Author "Fernandes, Ighor Andrade"
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Item Comparação entre métodos para fixação intermaxilar em fraturas mandibulares minimamente deslocadas(UFVJM, 2022) Fernandes, Ighor Andrade; Falci, Saulo Gabriel Moreira; Galvão, Endi Lanza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Falci, Saulo Gabriel Moreira; Santos, Cássio Roberto Rocha dos; Bargodakis, Elizabete; Marchiori, Érica Cristina; Souza, Leandro Napier deO objetivo principal do tratamento das fraturas mandibulares é o restabelecimento da oclusão dentária. Para isso, utiliza-se métodos de fixação intermaxilar (FIM). Barras de Erich são consideradas o método de melhor performance para tal procedimento. Estudos mostram vantagens de parafusos de FIM sobre as barras. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar a qualidade da FIM obtida com o uso das barras de Erich com a obtida pelos parafusos de FIM. Primeiro, uma revisão sistemática foi realizada nas bases de dados eletrônicos Pubmed, Web of Science, Virtual Health Library e Cochrane Library. Estudos incluídos deveriam comparar os dois métodos de FIM e avaliar pelo menos um dos desfechos: estabilidade oclusal, higiene oral, qualidade de vida, tempo para aplicação e remoção do método, e complicações. Quinze artigos foram incluídos, 12 desses na metanálise. Parafusos de FIM mostraram resultados melhores para tempo de aplicação [diferença média (DM 46,83; 95% intervalo de confiança (IC): 30,63-63,02] e remoção (DM 22,89; 95%IC 14,61-31,17), acidentes perfurocortantes [risco relativo (RR) 0,21; 95%IC 2,41-6,04), e menor risco de lesões iatrogênicas aos dentes (RR 0,21; 95%IC -0,17-2,31), quando comparadas às barras de Erich. A qualidade metodológica dos estudos comprometeu os resultados. Em seguida, com base nos resultados dessa revisão sistemática, um ensaio clínico foi elaborado e conduzido. Foram incluídos 28 pacientes com diagnóstico de fratura mandibular minimamente deslocada, que necessitassem de FIM. Os pacientes não poderiam ter fraturas complexas de face ou fratura dentoalveolar, ter história prévia de fratura mandibular, serem edêntulos ou terem ausência de mais de cinco dentes posteriores. Randomização foi feita através de sorteio, utilizando envelopes opacos, alocando os pacientes para cada um dos grupos: barras de Erich ou parafusos de FIM. Os pacientes foram examinados durante a cirurgia e nos dias pós-operatórios 1, 7, 15 e 30. As variáveis foram: estabilidade da FIM intraoperatória, estabilidade e qualidade da oclusão intra e pós-operatória, tempo de aplicação e remoção da FIM, quantidade de anestésico utilizado para a remoção da fixação, complicações inerentes ao método, higiene oral (índice de placa visível e índice de sangramento gengival) e qualidade de vida (OHIP-14). Análises estatísticas foram realizadas através do programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0. Tempos para aplicação e remoção do material de FIM, e quantidade de acidentes perfurocortantes, foram estatisticamente significativos maiores para barras de Erich. Índice de placa visível nos dias 15 e 30, foram maiores no grupo de barras de Erich. No dia 15, o subdomínio “deficiência” do OHIP- 14, demonstrou piores resultados para o grupo barras de Erich. Questões 10 (dia 7), 13 (dia 15) e 3 (dia 30) do OHIP-14, também favoreceram o grupo de pacientes tratados com parafusos de FIM. Assim, pacientes tratados com barras de Erich, quando comparados aos tratados com parafusos de FIM, apresentaram maiores tempos de aplicação e remoção do método, maior quantidade de acidentes perfurocortantes, piores padrões de higiene oral e qualidade de vida, em tempos de acompanhamento específicos. Estabilidade da FIM e qualidade da oclusão dentária intra e pós-operatória não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos.Item Influência de terceiros molares mandibulares semi-erupcionados no periodonto local: estudo restropectivo por análise radiográfica(UFVJM, 2018) Fernandes, Ighor Andrade; Falci, Saulo Gabriel Moreira; Mesquita, Ana Terezinha Marques; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Falci, Saulo Gabriel Moreira; Gonçalves, Patrícia Furtado; Cota, Luís Otávio de MirandaO objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a presença de terceiros molares inferiores semi-erupcionados e as características periodontais da região, através da análise de radiografias periapicais. De acordo com o cálculo amostral, 288 radiografias foram necessárias para o estudo. Para coleta da amostra, 1326 prontuários de pacientes que passaram por exodontia de terceiro molar na Clínica de Cirurgia Oral da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, de 1999 a 2018, foram avaliados por um pesquisador. As variáveis dependentes foram: nível ósseo e espessura do ligamento periodontal na distal do segundo molar, e radiolucidez na distal do terceiro molar. As variáveis independentes foram: número do dente, gênero, idade, classificação de Pell & Gregory em relação a ramo mandibular e nível oclusal, classificação de Winter, angulação e distância entre segundo e terceiro molar. Os dados foram coletados por um avaliador previamente calibrado. Foram feitas análises descritivas das frequências das variáveis independentes. Modelos de regressão logística univariada e multivariada foram utilizados para verificar associação entre variáveis dependentes e independentes. A maioria das radiografias eram de terceiros molares do lado direito (52,1%), de pacientes do sexo feminino (64,6%), com idade média de 23,10 anos. Houve associação significativa entre o nível ósseo na distal dos segundos molares e distância entre segundo e terceiro molar (OR=4,09;IC95%:1,89-8,84;p<0,001), terceiros molares mesioangulados (OR=2,62; IC95%:1,19-5,78; p=0,016) e horizontais (OR=19,56;IC95%:2,37-160,94;p=0,005). A radiolucidez na distal da coroa do terceiro molar foi influenciada pela angulação (29 a 99 graus) encontrada entre o segundo e o terceiro molar (OR=0,30;IC95%:0,09-0,98;p=0,047). Indivíduos com idade superior a 23 anos apresentaram ligamento periodontal menos espesso quando comparado a indivíduos com idade inferior (OR=0,60;IC95%:0,36-0,99;p=0,046). Os resultados indicam que terceiros molares inferiores com distâncias maiores que 2,46mm dos segundos molares, mesioangulados e horizontais tem mais chance de estar associado à perda óssea na distal dos segundos molares. Por outro lado, angulação maior que 29 graus é um fator de proteção para radiolucidez na distal do terceiro molar.