Browsing by Author "Campos, José Ricardo da Rocha"
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Item Caracterização, mapeamento, volume de água e estoque de carbono da turfeira da área de proteção ambiental Pau-de-Fruta em Diamantina – MG.(2009) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Grazziotti, Paulo Henrique; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Guilherme, Luiz Roberto GuimarãesA turfeira é formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Em Diamantina, esse pedoambiente é encontrado na Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, situada a 6 km da sede do município, a uma altitude média de 1366 m. A APA está inserida na Serra do Espinhaço Meridional, sua litologia é predominantemente quartzítica e a vegetação é típica de campo rupestre, com pequenas ilhas de cerrado denominadas capões, que se adaptaram ao ambiente hidromórfico. O ambiente é oligotrófico e apresenta elevados teores de Al3+ e valores de saturação por alumínio. As turfeiras formadas nessa área apresentam verticalmente uma estrutura bem definida, sendo que as camadas mais superficiais foram classificadas, de acordo com seu estágio de decomposição, como fíbricas, as intermediárias como hêmicas e as camadas mais profundas, como sápricas. A turfeira, por ser um ambiente de acúmulo de matéria orgânica em condições de baixa atividade de O2, favorece a formação e a manutenção de substâncias húmicas, sobretudo as frações menos solúveis, de forma que o teor de humina é maior que os teores de ácidos húmicos que, por sua vez, são maiores que o teor de ácidos fúlvicos. A turfeira, devido ao seu comportamento tipo esponja, apresenta grande importância na dinâmica da água nessa região, de forma que, nos períodos chuvosos, ela armazena água em seus poros e a libera de forma gradativa com o passar do tempo. A turfeira da APA Pau-de-Fruta ocupa 81,75 ha, armazena cerca de 629.782 m3 de água e estoca em torno de 33.129 toneladas de carbono. Dessa forma, a turfeira da APA Pau-de-Fruta representa um considerável reservatório natural de água, bem como o importante ambiente de sequestro de carbono e é fundamental para o abastecimento de água da cidade de Diamantina.Item Efeito de fontes e doses de ácidos húmicos na produção do feijão (Phaseolus vulgaris L.)(UFVJM, 2015) Barral, Uidemar Morais; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Enilson de Barros; Barbosa, Mauricio SoaresA matéria orgânica (MOS) do solo consiste de uma mistura de compostos em vários estágios de decomposição, resultante da degradação biológica de resíduos de plantas e animais, e da atividade de microrganismos, denominados substâncias húmicas (SHs). Essas substâncias fracionadas em ácidos fúlvicos (AF), ácidos húmicos (AH) e humina (H), de acordo com sua solubilidade em meio ácido ou básico. Os AH têm sido usados como fertilizantes aplicados diretamente no solo ou via foliar, principalmente por influenciarem o metabolismo das plantas. Objetivou-se com este trabalho avaliar em feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), a influência de fontes e doses diferentes de AH, na produção, crescimento radicular e absorção de nutrientes e biodisponibilidade de nutrientes no solo. O experimento foi conduzido utilizando o delineamento em blocos casualizados com 15 tratamentos, sendo estes as fontes de AH (turfa - 1, composto - 2 e produto comercial - 3) e as doses de AH (0, 2, 8, 16 e 32 kg ha-1), com quatro repetições. Foram avaliadas: altura das plantas (cm), diâmetro do caule (cm), teor de clorofila (µg cm-2) e teor de macro e micronutrientes nas folhas no florescimento do feijoeiro e ao fim do experimento, peso de sementes (g), massa seca da parte aérea e de raízes (g), número de vagem por planta e de sementes por vagem e no solo: pH em água e teores de matéria orgânica, P, K, Ca, Mg, Al e H+Al. A aplicação de AH reduziu o crescimento e produção de grão, com aumento das doses em cada fonte, seguindo a ordem fonte 3 > fonte 1 > fonte 2. Os teores de P, K, Cu, Fe, Mn e Zn nas folhas foram influenciados pelas doses de todas as fontes de AH. Houve redução para maioria dos nutrientes quantificados nas folhas com aumento das doses de AH. Os teores de P e K se elevaram no solo, com a aplicação de AH. Para condições testadas, não se recomenda utilização de AH para cultura do feijoeiro.Item Hidrologia e fluxo de carbono em turfeiras tropicais de montanha(UFVJM, 2018) Barral, Uidemar Morais; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Rocha, Wellington Willian; Campos, José Ricardo da Rocha; Matosinhos, Cristiano ChristófaroTurfeiras são ecossistemas formados pela acumulação de tecidos vegetais em ambientes com condições anaeróbicas. Suas principais características definidoras são o solo orgânico e a retenção de água. São as propriedades hidrológicas das turfeiras que permitem a sua existência continuada. Entender a hidrologia das turfeiras é fundamental para estes ecossistemas, já que é provavelmente a condição mais importante relacionada à ecologia, ao desenvolvimento, às funções e aos seus processos de formação. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento hidrológico e o fluxo de carbono em turfeiras tropicais de montanha e a influência da antropização nestes ecossistemas. Foram instalados sete medidores de nível em duas turfeiras situadas no Chapadão do Couto (MG), com intervalo de registro de trinta minutos, sendo quatro em turfeira protegida pelo Parque Estadual do Rio Preto e três em uma turfeira antropizada do alto curso do rio Araçuaí, utilizada para pastejo animal e que sofre queimadas frequentes. Também foram coletadas, a cada dois meses, amostras de água em três pontos em cada turfeira, nas quais foram analisados: Sólidos solúveis totais; Potencial de oxidorredução; temperatura; pH; oxigênio dissolvido; condutividade elétrica; demanda química de oxigênio; turbidez; cloro total; fósforo; potássio; ferro total; Alumínio; nitrato; amônia e carbono orgânico total. No exutório da área de recarga hídrica de cada turfeira foi medida a vazão, também a cada dois meses. Parâmetros climáticos da área dos estudos foram obtidos com instalação de uma estação meteorológica com registros tomados a cada hora. Com os dados obtidos pelos medidores de nível foram calculados a amplitude de variação e variação do lençol freático. Também foi calculado o rendimento específico para as turfeiras estudas, relacionando a precipitação e a variação na elevação do lençol freático. Os dados foram analisados por fatorial/componente principal para se obter os principais processos influenciadores da qualidade da água em cada turfeira. Os valores de rendimento especifico foram correlacionados com a vazão em cada turfeira. Também foi usada regressão múltipla para obter uma equação que melhor representasse a vazão em cada área. A estatística multivariada permitiu a identificação de processos que influenciam a qualidade da água, sendo que em áreas protegidas, o principal processo influenciador da qualidade das águas de suas turfeiras é a decomposição da matéria orgânica e as turfeiras em áreas sem proteção a qualidade da água é influenciada pela erosão da área de recarga. A proteção das turfeiras ainda reduz a variação do lençol freático, além de torna-las mais produtivas, em relação a quantidade de água por unidade de área e protege sua capacidade de retenção de água dos efeitos antrópicos, principalmente incêndios. Turfeiras tropicais de montanha são bastante sensíveis a antropização, que provoca redução do estoque de carbono, diminuição do volume de água armazenado e degradação da qualidade de suas águas. Desta forma, a preservação é de fundamental importância para estes ecossistemas.Item Mapping, organic matter mass and water volume of a peatland in Serra do Espinhaço Meridional(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2012-06-01) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Vidal-Torrado, Pablo; Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Turfeiras formam-se em áreas onde a produção de matéria orgânica excede as perdas por decomposição, lixiviação ou alteração do meio. Devido às suas características físicas e químicas, as turfeiras podem atuar na dinâmica da água, tendo em vista que elas estocam grandes volumes durante períodos chuvosos, sendo esta liberada gradativamente durante os outros meses do ano. Em Diamantina, Minas Gerais - Brasil, 40.000 habitantes recebem água da turfeira da Área de Proteção Ambiental Pau-de-Fruta. A hipótese deste estudo é de que a turfeira de Pau-de-Fruta atua como ambiente de estoque de carbono e como agente regulador do fluxo de água na bacia do Córrego das Pedras. Os objetivos deste estudo foram estimar o volume de água e a massa de matéria orgânica na referida turfeira e estudar a influência desse ambiente no fluxo de água na bacia do Córrego das Pedras. A turfeira foi mapeada por meio de 57 transectos, demarcados a cada 100 m. Em todos os transectos, a cada 20 m, foram determinadas a profundidade da turfeira, as coordenadas UTM e a altitude. A partir desses dados, foram calculados sua área e seu volume. Em 106 perfis, foram coletadas amostras para estimar o volume de água, por meio de método desenvolvido neste trabalho, e a massa de matéria orgânica. A turfeira estudada ocupa 81,7 ha e armazena 497.767 m³ de água, que representam 83,7 % do volume total da turfeira. Seu estoque total de matéria orgânica (MO) é de 45.148 t, o que corresponde a 552 t ha-1 de MO. A turfeira ocupa 11,9 % da área da bacia do Córrego das Pedras e armazena 77,6 % do excedente hídrico anual, controlando o fluxo de água na bacia e regulando a vazão do curso d'água.Item Pedochronology and development of peat bog in the environmental protection area pau-de-fruta - Diamantina, Brazil(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2010-12-01) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Vasconcellos, Leandro Lara [UFVJM]; Silva, Daniel Valladão [UFVJM]; Romão, Rafael Vitor [UFVJM]; Silva, Enilson de Barros [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Na região da Serra do Espinhaço Meridional, a formação de ambientes hidromórficos em áreas deprimidas de superfícies de aplainamento, aliada à ocorrência de uma vegetação adaptada à condição de hidromorfismo, favorece o acúmulo e a preservação de matéria orgânica, formando turfeiras. Esse pedoambiente desenvolve-se sobre rochas quartzíticas, predominantes na região. A turfeira da Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, localizada na microbacia do Córrego das Pedras, município de Diamantina - MG, foi mapeada e três perfis representativos foram caracterizados morfologicamente e amostrados para caracterização física, química e microbiológica. A matéria orgânica foi fracionada em ácidos fúlvicos (AF), ácidos húmicos (AH) e humina (H). Dois perfis tiveram amostras coletadas para determinação da idade radiocarbônica e do δ13C. Os três perfis apresentam organização estrutural homogênea, sendo as duas primeiras camadas fíbricas, as duas subsequentes hêmicas e as quatro mais profundas sápricas, evidenciando que o estádio de decomposição da matéria orgânica avança com a profundidade e as camadas mais profundas apresentam maior influência do material mineral. Os atributos físicos foram homogêneos entre os perfis, mas variaram entre as camadas amostradas. Os atributos químicos foram semelhantes entre as camadas, porém o teor de Ca, a soma de bases e a saturação por bases diferiram entre os perfis. Os teores de H predominaram sobre as frações mais solúveis da matéria orgânica e se acumularam em maior proporção nas camadas mais superficiais e nas mais profundas, enquanto os AH foram mais elevados nas camadas intermediárias e os AF nas camadas mais profundas. A atividade microbiológica não variou entre os perfis e foi mais elevada nas camadas superficiais, diminuindo com a profundidade. A partir dos resultados das datações radiocarbônicas e da composição isotópica, inferiu-se que a turfeira começou a ser formada há cerca de 20 mil anos e que, desde então, a cobertura vegetal da área não sofreu variações significativas.Item Water retention in a peatland with organic matter in different decomposition stages(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-08-01) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Fernandes, José Sebastião Cunha [UFVJM]; Ferreira, Mozart Martins; Silva, Daniel Valladão; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Lavras (UFLA)Turfeiras são ecossistemas formados por sucessivos processos pedogenéticos, resultando em acúmulo em sucessão de restos vegetais em locais que apresentam condições que inibem a atividade da maioria dos microrganismos decompositores. Em Diamantina - MG, uma turfeira de 81,7 ha é encontrada em uma área de 1.366 m de altitude, com litologia predominantemente quartzítica e vegetação típica de campo úmido. Para a realização deste estudo, a área da turfeira foi dividida em 12 transectos e, dentro destes, a cada 20 m, foi feita uma coleta de solo (90 amostras). Em todas as amostras, foram analisados os teores de fibras esfregadas (FE), densidade do solo (Ds), material mineral (MM), matéria orgânica (MO), umidade (Um) e capacidade máxima de retenção de água (CMRA). Em três perfis, foram coletadas amostras de solo a cada 27 cm, até a profundidade de 216 cm. Nessas amostras, foi determinada, adicionalmente, a umidade após drenagem sob tensão de 10 kPa (U10) e 1.500 kPa (U1500), em extrator de Richards, e foi feito o fracionamento da matéria orgânica. O grau de decomposição da matéria orgânica da turfeira aumenta com o aumento da profundidade. A Um e a CMRA são mais elevadas em camadas com estádio menos avançado de decomposição da MO. Os maiores teores de humina estão relacionados com as camadas que apresentam estádio menos avançado de decomposição da matéria orgânica e com a maior retenção de água na CMRA e U10. Os maiores teores de ácidos húmicos estão relacionados com as camadas que apresentam estádio intermediário de decomposição da matéria orgânica e com as menores retenções de água na CMRA, U10 e U1500.