Browsing by Author "Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de"
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Item Alterações de mucosa bucal em crianças pré-escolares: prevalência e fatores determinantes.(UFVJM, 2011) Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos-Jorge, Maria Letícia; Mesquita, Ana Terezinha Marques; Ferreira, Fernanda de OliveiraPouco conhecimento está disponível em torno da prevalência e dos fatores associados às alterações de mucosa bucal em crianças pré-escolares procedentes da zona urbana ou rural. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados com variações da normalidade e lesões de mucosa bucal em 541 pré-escolares saudáveis da zona urbana e rural do município de Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Através de questionário aplicado aos pais/responsáveis investigaram-se informações sociodemográficas como procedência da criança (zona urbana ou rural), escolaridade da mãe e renda mensal do grupo familiar, além da presença de hábitos nocivos como bruxismo, sucção e mordiscagem de objetos. Em seguida, exames bucais foram realizados para verificar alterações de mucosa e higiene bucal, além da presença de cárie dentária. Análise descritiva, testes Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, qui-quadrado, Exato de Fisher e regressão logística multivariada foram utilizados para análise dos dados (p<0,05). A prevalência de alterações de mucosa bucal foi de 49,5%. As variações da normalidade mais frequentes foram: língua saburrosa (23,4%), manchas melânicas (14,4%) e grânulos de Fordyce (8,1%). Por outro lado, as lesões mais prevalentes foram: lesões ulceradas (11,8%), queilite angular (3,0%) e fístula (1,3%). Independentemente do gênero, idade, escolaridade da mãe, renda familiar e procedência da criança, pré-escolares de 3 a 5 anos possuíram maior chance de apresentar língua saburrosa [OR:2,55; (IC95%: 1,6-4,1)], manchas melânicas [OR:4,07; (IC95%: 2,3-7,2)] e grânulos de Fordyce [OR:12,70; (IC95%: 7,2-28,6)]. Língua saburrosa foi mais prevalente em crianças de baixa renda [OR:2,35; (IC95%: 1,3-4,3)] e higiene bucal insatisfatória [OR:4,65; (IC 95%: 2,9-7,4)]. Crianças da zona rural [OR:3,86; (IC 95%: 2,1-7,1)] e do gênero feminino [OR:2,23; (IC 95%: 1,3-3,8)] apresentaram maior ocorrência de manchas melânicas. Pré-escolares com cárie possuíram maior chance de apresentar linha alba [OR: 6,19; (IC95%: 1,1-26,1)], ulcerações bucais [OR:2,15; (IC95%: 1,2-3,9)] e fístula [OR:12,0; (IC95%: (1,4-11,3)]. Pré-escolares com bruxismo apresentaram maior ocorrência de queilite angular [OR:5,55; (IC95%: 1,9-16,3)]. Concluiu-se que a prevalência de alterações de mucosa bucal em crianças pré-escolares foi alta. Os fatores mais frequentemente associados às variações da normalidade foram o gênero feminino, idade entre 3 e 5 anos, higiene bucal insatisfatória, baixa renda familiar, procedência rural e cárie dentária. Por outro lado, os únicos fatores associados às lesões de mucosa bucal foram cárie dentária e bruxismo.Item Capital social e percepção de saúde bucal em escolares: um estudo de base populacional(UFVJM, 2018) Souza, Taiane Oliveira; Paiva, Paula Cristina Pelli; Ramos Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paiva, Paula Cristina Pelli; Araújo, Cintia Tereza Pimenta de; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira deOs pais geralmente são os principais tomadores de decisão em questões que afetam a saúde e os cuidados de saúde de seus filhos. Considerando a importância da sua visão sobre a saúde bucal das crianças e o crescente número de pesquisas que mostram o efeito benéfico do alto capital social nas condições de saúde, este estudo objetivou determinar a associação entre a percepção de saúde bucal dos responsáveis sobre a saúde bucal dos seus filhos e os níveis do capital social infantil. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com uma amostra representativa de 672 escolares de 8 a 11 anos de idade da cidade de Diamantina. Os dados foram coletados através de questionários e exame clínico adotando os Índices CPO-D e ceo-d para cárie, O'Brien para traumatismo dentário e Loe e Silness para sangramento gengival. A avaliação da dor de dente foi realizado de acordo com Góes. Também foram investigados o Capital Social e a percepção dos pais/responsáveis sobre a Saúde Bucal de seus filhos. Os dados foram analisados de forma descritiva, a associações foram determinadas pelo teste Qui-quadrado, Exato de Fisher p<0,005 e a análise multivariada através da Regressão Hierárquica de Poisson. O baixo capital social [PR: 1,26 (95%CI: 1,05-1,50) p= 0,011], a renda inferior a dois salários [PR: 1,43 (95%CI: 1,80-1,73) p<0,001], alto número de pessoas na família [PR: 1,12 (95%CI: 1,04-1,38) p=0,013], presença de dor de dente [PR: 1,21 (95%CI: 1,01-1,45) p=0,003], sangramento gengival [PR: 1,53 (95%CI: 1,92-2,03) p=0,003] e cárie dentária [PR: 1,51. 95%CI: 1,29-178) p<0,001] permaneceram no modelo final e estiveram significativamente associados à percepção negativa de saúde bucal. A percepção negativa do cuidador em relação à saúde bucal do filho esteve associada com baixos níveis de capital social da criança o que suporta a hipótese da influência benéfica das conexões sociais na saúde bucal do indivíduo. Compreender os fatores que afetam a percepção dos pais sobre saúde bucal dos filhos pode contribuir com o desenvolvimento de estratégias para superar as barreiras que os pais encontram no acesso da criança aos cuidados odontológicos.Item Desempenho clínico do Cimento de Ionômero de Vidro de alta viscosidade versus Cention® N em molares decíduos: um ensaio clínico randomizado(UFVJM, 2019) Duarte, Ana Caroline Alves; Galo, Rodrigo; Silva, Thiago Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Galo, Rodrigo; Araújo, Cíntia Tereza Pimenta de; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira deO conhecimento dos processos bioquímicos relacionados à cárie proporcionou o desenvolvimento da Odontologia de Mínima Intervenção. Sua prática vem crescendo consideravelmente e tem se tornado de grande interesse para saúde publica. É importante ressaltar que dentro dessa proposta é almejado que o material restaurador apresente características antimicrobianas e favoreça a remineralização, uma vez que a higiene bucal inadequada é um fator desafiador na prática clínica diária. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi verificar o desempenho clínico do tratamento restaurador em molares decíduos com a utilização do material Cention® N (Ivoclar Vivadent) comparado ao Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) de alta viscosidade (Riva Light Cure - SDI). Crianças com idade entre 7 e 10 anos apresentando molares decíduos com lesões oclusais foram incluídos no presente estudo. Após a remoção seletiva da cárie, os dentes foram restaurados com Cention® N e CIV de alta viscosidade. Todos os procedimentos foram realizados sob isolamento relativo adotando a abordagem do ART (Atraumatic Restorative Treatment). Após três meses, a performance clínica das restaurações foram avaliadas utilizando o critério modificado do Serviço de Saúde Pública (USPHS) e critério do ART. Além disso, o tempo despendido em cada procedimento restaurador também foi coletado. Dados socioeconômicos e demográficos das crianças e suas famílias foram coletados por meio de questionários pré-estruturados. As análises estatísticas foram realizadas através do programa SPSS versão 22.0. Foram realizadas análises descritivas da amostra, e adotou-se o teste Qui-quadrado e associação de tendência linear para avaliar a associação entre cada critério de avaliação clínica entre os diferentes materiais restauradores. A diferença entre o tempo médio gasto nos procedimentos restauradores dos diferentes materiais foi avaliada através do teste Mann-Whitney. Considerou-se valor de p <0,05 como estatisticamente significativo. Concluiu-se no presente estudo que não houve diferença estatisticamente significativa entre as restaurações classe I realizadas com CIV de alta viscosidade e Cention® N após a remoção seletiva do tecido cariado dos molares decíduos. Porém, embora não significativos, o Cention® N apresentou um melhor desempenho quando comparado ao CIV de alta viscosidade nos critérios avaliados.Item Efeito da adição de nanopartículas de seda extraídas do Bombyx mori, nas propriedades mecânicas e microbiológicas da resina acrílica autopolimerizada(UFVJM, 2022) Botelho, Letícia Pena; Galo, Rodrigo; Tavano, Karine Taís Aguiar; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Galo, Rodrigo; Borsato, Maria Cristina; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de; Flecha, Olga Dumont; Oliveira, Dhelfeson Willya Douglas deO material de uso mais frequente para confecção de préteses provisórias, é o polimetilmetacrilato (PMMA) autopolimerizável. Porém, a utilização apenas desse polímero, está associada à duas principais desvantagens clínicas extremamente importantes para se prolongar o tempo de vida útil de uma prótese. Dessa forma, a estratégia para tentar fortalecer este material, é através da incorporação de reforços estruturais, como as nanopartículas de seda. Produzida pelos bichos-da-seda Bombyx mori, a seda é considerada uma das estruturas fibrilares mais versáteis da natureza, reconhecida pela associação única de propriedades mecânicas como tenacidade e resistência. O objetivo deste estudo in vitro, consistiu em verificar se as nanopartículas de seda, quando incorporadas ao polimetilmetacrilato (PMMA) autopolimerizável para confecção de próteses provisórias, aumentaram suas propriedades mecânicas e antimicrobianas. Trinta corpos de prova retangulares, com dimensões de 64,0 mm de comprimento, 10,0 mm de largura e 3,0 mm de espessura foram preparados e divididos em três grupos (N=30): G1 (controle) – PMMA autopolimerizável sem reforço; G2: PMMA autopolimerizável com adição de 0,5% de nanopartículas de seda; G3: PMMA autopolimerizável com adição de 1% de nanopartículas de seda. Os grupos foram submetidos aos testes de rugosidade superficial, resistência flexural, microdureza e teste microbiológico com microrganismo Cândica albicans. Além disso, foi realizada a microscopia eletrônica de varredura (MEV) dos corpos de prova, após a incorporação das nanopartículas de seda. Os dados foram avaliados por análise estatística de acordo com a distribuição de normalidade encontrada (paramétrico – ANOVA e não paramétrico – Mann-Whitney, para p=0,05). O teste de rugosidade superficial não apresentou diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,707) (G1= 0,4118±0,100; G2= 0,3245±0,072; G3= 0,3269±0,076), assim como o teste de microdureza (p=0,371) (G1= 12,21±0,351; G2= 12,72±0,213; G3= 12,53±0,177). O teste de resistência flexural apresentou diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,009), sendo maior nos grupos em que houve adição de nanopartículas de seda (G1= 79,142±3,202; G2= 87,089±2,756; G3= 92,412±1,963). Com base no estudo, pode-se concluir que com a incorporação das nanopartículas de seda, houve um aumento da resistência flexural sem comprometer a microdureza e a rugosidade, além de não ter havido ação antifúngica nas concentrações avaliadas.Item Fatores de risco para a piora da qualidade de vida relacionada à saúde bucal da dentadura mista para a dentição permanente: uma coorte de sete anos(UFVJM, 2021) Souza, Débora Souto de; Ramos Jorge, Maria Letícia; Ramos Jorge, Joana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos Jorge, Maria Letícia; Paiva, Saul Martins de; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de; Soares, Maria Eliza da ConsolaçãoOs objetivos foram avaliar a alteração da qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) da dentadura mista para a dentição permanente e os fatores de risco associados com sua piora após um intervalo de sete anos, levando em consideração a alteração das condições clínicas bucais. Metodologia: a coleta de dados deste estudo de coorte foi realizada nas escolas da cidade de Diamantina/MG. A avaliação do baseline foi realizada no ano de 2012, com 851 escolares. Em 2019 foi realizada a segunda avaliação (follow up) com 324 escolares entre 13 e 19 anos. A QVRSB foi avaliada em ambos os momentos, utilizando os questionários de percepção infantil (Child Perceptions Questionnaire- CPQ), apropriados para cada idade (CPQ 8-10 e CPQ 11-14). Para a avaliação longitudinal, foi realizada uma diferença dos escores totais do CPQ obtidos no baseline e no follow-up. Valores positivos indicavam uma melhora e valores negativos indicam uma piora na QVRSB. Condições clínicas bucais analisadas nos dois momentos foram a cárie e a má oclusão, seguindo os critérios da OMS pelo índice de dentes decíduos cariados, extraídos devido a cárie e obturados (ceod), índice de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) e o índice de estética dental (Dental Aesthetics Index - DAI). As variáveis clínicas foram categorizadas como: ausência da doença em ambos os momentos; presença da doença somente no baseline; presença da doença somente no follow up; e presença da doença em ambos os momentos. Características socioeconômicas, idade e sexo também foram avaliadas no follow up. O teste de Wilcoxon analisou a diferença de médias da QVRSB entre o baseline e o follow up. A análise de regressão de Poisson não ajustada e ajustada por níveis hierárquicos foi realizada para analisar a piora da QVRSB com as variáveis independentes. Apenas as variáveis com p<0.20 prosseguiram para o nível seguinte. Na regressão de Poisson ajustada, apenas as variáveis com p<0.05 foram consideradas estatisticamente significativas. Razão de prevalência (RP) e risco relativo (RR), com 95% de intervalos de confiança (IC) foram calculados. Resultados: um total de 27% dos escolares piorou sua QVRSB após sete anos. Escolares do sexo feminino (RP: 1.68; IC95%: 1.07 a 2.63; p=0.02) e na faixa etária entre 17 a 19 anos (RP: 1.82; IC95%: 1.09 a 3.04; p=0.02) tiveram uma maior prevalência da piora da QVRSB. Má oclusão presente apenas no follow up representou um risco 78% maior (RR: 1.78; IC95%: 1.01 a 3.19; p= 0.04) para a piora da QVRSB. Conclusão: Ter má oclusão apenas no follow up foi um fator de risco para uma piora na QVRSB. Ser da faixa etária entre 17 a 19 anos e do sexo feminino são fatores associados a piora da QVRSB.Item Incidência de cárie dentária severa em pré-escolares e fatores de risco maternos: uma coorte prospectiva de três anos(UFVJM, 2017) Gomes, Rafaela Lopes; Ramos-Jorge, Joana; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos-Jorge, Maria Letícia; Martins Júnior, Paulo Antônio; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira deObjetivo: Avaliar a associação entre fatores de risco maternos e a incidência de lesão severa de cárie dentária em crianças pré-escolares. Metodologia: O estudo foi realizado com 158 pares de mães e crianças de um a três anos de idade que participaram de um estudo transversal realizado no ano de 2014 na cidade de Diamantina, MG. Após três anos, as crianças foram divididas em dois grupos de acordo com a exposição e reexaminadas para verificar novos casos de lesões severas de cárie dentária. O grupo exposição foi composto por crianças filhas de mães com cárie dentária não tratada no primeiro exame (n=79) e as crianças filhas de mães livres de cárie ou com cárie tratada no primeiro exame formaram o grupo não exposto (n=79). A análise dos dados foi realizada utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 22.0 e incluiu a descrição de frequência das variáveis, teste qui-quadrado de Pearson e regressão de Poisson (análise hierárquica). Resultados: Cento e quarenta crianças e suas mães completaram o estudo. A análise de regressão de Poisson não ajustada mostrou que escolaridade materna (p=0,002), renda mensal familiar (p=0,022), placa visível na mãe (p<0,001), idade da criança aos dois (p=0,009) e aos três anos (p=0,032), placa visível na criança (p=0,001), atividade de cárie na criança (p<0,001), presença de cárie dentária no baseline (p<0,001), cárie cavitada no baseline (p<0,001) e a não adesão ao tratamento (p<0,001) foram fatores de risco para o desenvolvimento de novas lesões de cárie dentária severa. No modelo final, escolaridade materna (RR = 2,02; IC95%: 1,06-3,88; p= 0,034), placa visível na mãe (RR = 1,84; IC95%: 1,22-2,76; p = 0,004) e cárie cavitada da criança no baseline (RR = 2,26; IC95%: 1,52-3,37; p<0,001) permaneceram como fatores de risco para incidência de lesões severas de cárie dentária. Conclusão: Escolaridade materna menor do que nove anos de estudo, placa visível na mãe e lesão cavitada de cárie dentária na primeira infância foram fatores de risco para incidência de cárie severa após três anos de acompanhamento.