Browsing by Author "Amaral, Luise Andrade"
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Item Estratégia de utilização de topsoil na restauração ambiental(UFVJM, 2013) Amaral, Luise Andrade; Pereira, Israel Marinho; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Luiz Eduardo; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Laia, Marcelo Luiz; Silva, Enilson de BarrosO objetivo deste trabalho foi avaliar dois tipos de topsoil, assim como maneiras de utilização dos mesmos, ou como fonte de propágulos, nutrientes, microorganismos, matéria orgânica etc., na recuperação de diferentes áreas degradadas. Os experimentos foram desenvolvidos em áreas pertencentes à empresa de mineração de ferro Anglo American, sediada no município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, no entanto, como a empresa ainda está em fase de instalação, as áreas cedidas não são degradadas pelo processo de extração do minério, sendo uma em pilha de estéril e a outra em pastagem degradada. O trabalho foi organizado em capítulos, em que o primeiro apresenta uma revisão bibliográfica sobre todos os temas envolvidos no estudo. O segundo capítulo apresenta a avaliação da regeneração natural e da cobertura do solo de uma pilha de estéril no período seco e chuvoso a partir da deposição a lanço de topsoil proveniente de campo rupestre ferruginoso no município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. E o terceiro capítulo apresenta abordagens para o uso de topsoil na recuperação de uma pastagem degradada. Na área do capítulo 2, foram instaladas, sistematicamente, 26 parcelas e uma parcela controle de 1 m², foram caracterizados os atributos físicos e químicos dos substratos com e sem topsoil. Para identificação florística, foram realizados dois inventários, um em julho de 2012 (início da estação seca) e o outro em novembro de 2012 (início da estação chuvosa). A cobertura do solo foi estimada, visualmente, por meio da porcentagem de cobertura viva, serrapilheira e solo exposto. Foram registrados 675 indivíduos, sendo 201 contabilizados na primeira amostragem e 474 na segunda, totalizando 24 espécies identificadas pertencentes a 11 famílias e X indeterminadas. As famílias com maior número de espécies foram: Asteraceae, com 26,92%, e Melastomataceae, com 15,38%. No entanto, as famílias que apresentaram maior o número de indivíduos foram Poaceae (33,33%) e Verbenaceae (28,85%) na estação seca e Poaceae (93,03%), Portulacaceae (68,16%) e Verbenaceae (35,82%) na estação chuvosa. Dentre os hábitos encontrados, as herbáceas se destacaram com 65,63% do total, seguidas pelas arbustivas 6,22%, subarbustivas 5,48% e arbóreas 1,18%. A cobertura viva aumentou 53%, a serrapilheira e o solo exposto diminuíram 13 e 11%, respectivamente. Já no capítulo 3, foram estabelecidos 14 tratamentos com três repetições implantados em 42 parcelas de 5 x 5 m numa área, anteriormente, ocupada por pastagem. O experimento foi realizado em delineamento em blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial (3 x 2 x 2) + 2. Os tratamentos foram compostos pela combinação das origens do topsoil (estágio inicial e estágio médio), três espessuras (10, 20 e 30 cm) e ausência ou presença de sombrite de 70% com duas testemunhas adicionais (T1 e T2). Foi realizada a caracterização física, química e microbiológica do topsoil por meio de amostras coletadas na profundidade de 0-10 cm. Determinaram-se microorganismos por meio de análise de DNA, cobertura do solo e a florística. Os resultados mostraram que o uso do topsoil melhorou, consideravelmente, a atividade microbiana através do carbono da biomassa e da amplificação de DNAs para grupos de bactérias e fungos. A cobertura vegetal desenvolvida sobre os dois tipos de topsoil apresentou um total de 2929 indivíduos de hábitos herbáceo, arbustivos e subarbustivos, identificadas 33 espécies em 11 famílias e uma morfoespécie. A família Asteraceae foi a que apresentou o maior número de espécies (9), seguida de Fabaceae (6), Convolvulaceae e Malvaceae (4) e Solanaceae (3). Já o levantamento florístico do estrato arbóreo registrou 235 indivíduos pertencentes a 21 espécies e 14 famílias e duas espécies sem identificação. A família com maior riqueza de espécies foi a Fabaceae (4), seguida da Rutaceae, Solanaceae, Myrtaceae e Asteraceae, no entanto, o maior número de indivíduos foi a Siparunaceae.