Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Análise florística e estrutural em bordas de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, município de Capelinha, MG
    (UFVJM, 2015) Paschoal, Elisa de Morais; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Pinto, José Roberto Rodrigues
    Diversos fatores influenciam a composição florística e os padrões estruturais das florestas tropicais, como localização geográfica, variações ambientais e distúrbios. Neste contexto, buscando medidas para conservação da biodiversidade, torna-se importante conhecer as características dos fragmentos florestais bem como os fatores que os influenciam. Assim, este estudo teve por objetivo descrever e comparar a florística e a estrutura do componente arbóreo em duas bordas florestais de um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual em contato com paisagens modificadas por atividades antrópicas. A vegetação arbórea foi amostrada em duas bordas em contato pastagem e cafeicultura, e no interior do fragmento. Comparou-se a riqueza entre os três trechos por meio do teste Kruskal-Wallis e pela confecção de curvas de rarefação. A similaridade florística foi analisada por meio do diagrama de Venn e dos índices de Jaccard e Czekanowsk. A diversidade nos trechos foi estimada pelos Índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade de Pielou (J’) e comparada pelo teste t de Hutcheson. A estrutura da vegetação nos três trechos foi caracterizada e comparada pelo teste de Kruskal-Wallis e por meio de classes diamétricas. Para o conjunto de trechos estudados foram computados 2.840 indivíduos, identificados em 56 famílias, 144 gêneros e 271 espécies (94 na borda do café, 128 na borda da pastagem, 178 no interior). As famílias com maior riqueza foram Fabaceae, Myrtaceae, Annonaceae, Lauraceae e Rubiaceae. O fragmento apresenta alta diversidade (H’ = 4,6) e entre os trechos, a maior riqueza e diversidade foi registrada, respectivamente, no interior, na borda da pastagem e na borda do café. Os trechos de borda foram caracterizads por maior densidade e menor área basal que o interior, indicando a ocorrência de distúrbios. Acredita-se que as variações na composição florística estrutura das comunidades arbóreas estudadas tenham sido influenciadas pelas variações ambientais regionais e locais, e afetadas também pelo histórico de uso da área, conforme as Teorias de Nicho e do Distúrbio Intermediário, respectivamente.
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    Regeneração natural em área de Mata Atlântica sob invasão de samambaia do campo, Capelinha, Minas Gerais
    (2018) Menezes, Eduarda Soares; Mucida, Danielle Piuzana; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; Mucida, Danielle Piuzana; Pereira, Israel Marinho; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Silva, Alessandro de Paula
    O entendimento da dinâmica da regeneração florestal implica no conhecimento sobre a manutenção das espécies e a forma com que elas têm se estabelecido no ecossistema. Este estudo teve como objetivo analisar a regeneração natural em diferentes intensidades de cobertura de Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon subsp. arachnoideum, ao longo de um gradiente altitudinal de floresta estacional semidecidual. O estudo foi realizado em uma área com invasão biológica na Reserva Particular do Patrimônio Natural Fartura, Capelinha, MG. Para análise da regeneração natural selecionou-se três ambientes sob diferentes níveis de invasão de Pteridium arachnoideum: baixa, média e alta intensidade de cobertura, além do ecossistema de referência, onde por meio da amostragem em faixas de 25x10m, foram mensurados os indivíduos regenerantes com altura (H) ≥ a 20 cm e diâmetro a altura do solo (DAS) ≤ a 5 cm. A regeneração natural foi analisada pelos parâmetros fitossociológicos, diversidade e riqueza. Foi analisada a similaridade florística utilizando o método de agrupamento por médias não ponderadas e análise de redundância para verificar a influência de fatores ambientais. Verificou-se a distribuição das espécies ao longo do gradiente altitudinal e ambientes de invasão. Os resultados evidenciaram preferências ambientais de algumas espécies ao longo do gradiente e dos ambientes, e que a ação conjunta de variáveis ambientais e vegetacionais são importantes preditoras da distribuição das espécies regenerantes na área de invasão biológica estudada. Os ambientes de invasão têm similaridade florística entre si, e se diferem do ecossistema de referência. As alterações ocorrem ao longo do gradiente altitudinal e são fortemente influenciadas pela densidade de invasão biológica.
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    Manejo de plantas invasoras na restauração em área de Mata Atlântica pós fogo
    (UFVJM, 2017) Costa, Vitor Antunes Martins da; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Santos, Edson Aparecido dos; Pereira, Israel Marinho
    O estabelecimento de espécies exóticas em áreas degradados pós fogo é recorrente na Mata Atlântica. Estas espécies modificam a estrutura e função do ecossistema resultando em significativa alteração no fornecimento dos serviços ecossistêmicos. Assim, formas de recuperação das condições nativas para desenvolver o ecossistema que existia anteriormente são aplicadas. Desta forma, em uma área de Mata Atlântica com histórico de distúrbio provocado por incêndio seguido de elevada infestação de plantas exóticas avaliou-se a sobrevivência e desenvolvimentos de espécies nativas transplantadas na área e o comportamento das plantas exóticas após a aplicação dos tratamentos, em dois experimentos. Utilizou-se as seguintes espécies: Tapirira guianenses Aubl, Platycyamus regnelli Benth, Inga sessilis (Vell.) Mart., Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong., Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, Copaifera langsdorffii Desf, Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. Ex Benth, , Hymenaea courbaril L., Melanoxylon brauna Schott VU, Joanesia princeps Vell., e Eugenia uniflora L. Avaliou-se sobrevivência, altura, diâmetro ao nível do solo, área de copa das mudas transplantadas e cobertura das espécies exóticas (Samambaia e Capim meloso). O experimento 1, que consistia de espécies Pioneiras, foi plantado nas densidades de 2000, 2500 e 4000 plantas ha-1. O experimento 2, que consistia de espécies de grupos distintos, foi implantado nas densidades de 2000, 3000 e 4000 plantas ha-1. Para os tratamentos, combinou-se formas de remoção das espécies exóticas (gradagem ou roçada) nas diferentes densidades de plantio. Entre as duas avalições realizadas, a maior sobrevivência das espécies nativas foi registrada na primeira avaliação. No entanto, para altura, diâmetro ao nível do solo e área de copa as maiores médias foram registradas na segunda avaliação. Em relação às formas de remoção, a utilização da gradagem tem promovido maior sobrevivência das mudas. As espécies exóticas estão em alta densidade na área. Em algumas parcelas, estas ocupam quase 100% do solo. O plantio sofreu aumento de mortalidade decorrente do período de estiagem entre as avaliações. A samambaia, adaptada a condições de elevado pH e baixa qualidade nutricional, pode ter alterado o ambiente e proporcionado o desenvolvimento de capim meloso. Espécies pioneiras, como Anadenanthera colubrina, pode ser uma competidora equivalente das espécies exóticas, visto seu rápido crescimento e boa adaptação às condições locais impostas. Verificou-se necessidade de controle das plantas daninhas, mesmo em parcelas onde as espécies arbóreas estão se desenvolvendo bem, em função do aumento de densidade das infestantes.
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    Comparação do estrato regenerante entre bordas e interior de uma Floresta Estacional Semidecidual em Capelinha – MG
    (UFVJM, 2016) Murta, Marco Aurélio Cardoso; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Faria Júnior, Jair Eustáquio Quintino de; Machado, Evandro Luiz Mendonça
    A Mata Atlântica é considerada um dos biomas mais importantes do mundo, um hotspot para conservação, sendo as ações antrópicas as principais fontes de distúrbios que alteram este ambiente. A regeneração natural é um processo muito importante que atua diretamente sobre a recuperação e funções do ecossistema. Este estudo teve como objetivo descrever e comparar a composição florística-estrutural da regeneração natural em uma Floresta Estacional Semidecidual localizada na RPPN Fazenda Fartura em Capelinha-MG. Para tal, foram amostrados um trecho no interior do fragmento (INT) e dois trechos de bordas, sendo uma em contato com pastagem (BP) e outra com cafeicultura (BC). Para analisar a diversidade alfa (α) foi utilizado o Índice de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J´) e beta (β) pela similaridade florística entre os trechos foi averiguada por meio de diagramas de Venn e dos índices de Jaccard e Czekanowski. Foi elaborada uma curva espécie-área para estimar a dimensão da riqueza florística de cada trecho e calculados seus estimadores ‘jackknife’. Para verificar possíveis preferências das espécies ao longo dos trechos foi realizada uma Análise de Espécies Indicadoras (ISA). Para analisar a estrutura da vegetação foram calculados os parâmetros fitossociológicos clássicos, além das distribuições de diâmetro e altura. As variáveis estruturais foram comparadas por meio do teste de Kruskal-Wallis e a posteriori um teste de Dunn. Na amostragem total foram registrados 1.561 indivíduos (230 no INT, 588 na BP e 743 na BC), identificados em 42 famílias botânicas, 87 gêneros e 162 espécies (78 no INT, 87 na BP e 89 na BC). As famílias com maior riqueza foram Myrtaceae, Fabaceae, Lauraceae, Rubiaceae, Melastomataceae e Annonaceae. Os resultados demonstraram que os trechos tem altíssima diversidade, muito acima do padrão normalmente encontrado na literatura, com uma baixa similaridade florística. De maneira geral, a estrutura da vegetação foi caracterizada por um maior número de indivíduos finos e pequenos. Os trechos apresentam ambientes distintos, cada um com diferentes históricos de uso, variabilidade ambiental e tipos de distúrbios, estes fatores possivelmente, foram os principais condicionantes que influenciaram os padrões florísticos-estruturais da regeneração natural na comunidade amostrada. As informações deste estudo evidenciaram a grande importância da RPPN Fazenda Fartura para a conservação da Mata Atlântica, assim como, da necessidade de que mais estudos sejam realizados em escala espaço-temporal.
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    Estrutura, riqueza, diversidade e grupos funcionais da comunidade arbórea em um remanescente de floresta estacional semidecidual no Espinhaço Meriodional
    (UFVJM, 2013) Santos, Laura Araujo Garcia dos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Coser, Thiago dos Santos
    Este trabalho teve como objetivo conhecer a estrutura da comunidade arbórea, diversidade, riqueza e funções ecológicas das espécies de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual. O estudo foi conduzido em uma área de Reserva Legal pertencente à empresa Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A no município de Dom Joaquim (MG), nas coordenadas 19°00'09'' S e 43°11'38'' W e com altitude média de 738m. O fragmento possui aproximadamente 105 ha e encontra-se disposto em encostas com declividades acentuadas, com pequenos cursos d’água entre as mesmas.Foram observados sinais de impactos naturais causados pela alta intensidade dos ventos, que ocasionam quedas de árvores e aberturas do dossel. Para o inventário florestal foram alocadas trinta parcelas de 20 × 20 m (400 m²) totalizando área amostral de 1,2 hectare.Nestas foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com circunferência à altura do peito (CAP) > 15,7 cm, exceto lianas e indivíduos mortos. As espécies amostradas foram classificadas em quatro sistemas de guildas (dispersão, polinização, tolerância à dessecação e densidade da madeira). Foram mensurados 2056 indivíduos distribuídos em 156 espécies, 104 gêneros e 46 famílias.A distribuição por classes diamétricas dos indivíduos da comunidade arbórea obteve uma tendência de J-invertido, comportamento esperado para florestas inequiâneas. Porém, a análise para algumas espécies isoladas não possuíram esse padrão, fato este relacionado com a ecologia populacional de cada espécie ou com limitações no recrutamento.Foi verificado um alto valor de H’, o que indica uma área com diversidade relativamente alta e uma fraca dominância ecológica de espécies verificada tanto pelo elevado valor de J’ como pela reduzida porcentagem do somatório das dez principais espécies para todos parâmetros fitossociológicos. No fragmento também foram levantadas espécies que estão inseridas na lista das espécies ameaçadas de extinção do IBAMA, sendo estas Euterpe edulis, Zeyheria tuberculosa, Apuleia leiocarpa, Dalbergia nigra, Melanoxylon braúna, Syagrus macrocarpa, Ocotea odorifera e Almeidea coerulea. Na guilda de dispersão a única síndrome considerada significativa foi a anemocórica (indivíduos foram mais frequente que o esperado nos estratos intermediário e superior), o que ocorreu devido nestes locais haver uma maior ação do vento e ausência de obstáculos. A síndrome de dispersão zoocórica, predominou em todos os estratos, porém estatisticamente não houve diferenças significativas. Este resultado parece estar fortemente relacionado ao habitat dos animais, já que são nessas áreas que a fauna encontram maior proteção contra predação. Para polinização também foi constatado uma dominância de indivíduos polinizados por animais em todos os estratos, porém também sem diferenças significativas. Esse predomínio sugere a importância do papel da fauna na garantia do fluxo gênico. Já a guilda tolerância a dessecação apresentou em todos os estratos analisados diferenças significativas entre as categorias de tolerância, onde indivíduos com sementes recalcitrantes foram mais frequente que o esperado nos estrato inferior e emergente, sugerindo que no fragmento ocorreu algum distúrbio a médio prazo de tempo e que este se encontra em pleno processo de sucessão secundária, já que há indivíduos de sementes recalcitrantes (estágio sucessional avançado) jovens que substituirão os indivíduos situados nos estratos superiores. Corroborando com a tolerância à dessecação, a densidade da madeira apresentou um predomínio de indivíduos madeira pesada (estágio sucessional mais avançado) no estrato inferior, evidenciando mais uma vez a substituição de indivíduos de estágio sucessional intermediário.
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    Sobrevivência e crescimento de mudas resgatadas em função do tempo de transplantio e níveis de sombreamento
    (UFVJM, 2014) Oliveira, Luciana Monteiro Birro; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ataíde, Glauciana da Mata; Laia, Marcelo Luiz de; Titon, Miranda
    A produção de mudas via resgate de plântulas é uma técnica pouco estudada e muito promissora, principalmente devido à manutenção da diversidade biológica e genética das comunidades existentes no ecossistema. Neste estudo avaliou-se a sobrevivência e crescimento de mudas das espécies Richeria grandis, Tapirira guianensis, Eremanthus crotonoides e Protium heptaphyllum, obtidas via resgate em áreas destinadas à supressão da vegetação em remanescentes de Mata Atlântica. O experimento foi implantado em casa de vegetação com o delineamento inteiramente casualizado num esquema de parcelas subdivididas. Foram testados quatro níveis de sombreamento (pleno sol, 30, 50 e 70% de sombra) e quatro tempos de transplantio (0, 12, 24 e 36 horas). Foram avaliadas aos 210 dias as variáveis sobrevivência, crescimento (altura, diâmetro, área da copa e número de folhas), massa seca e massa úmida e os teores de clorofila a, b e total. A espécie E. crotonoide apresentou maior sobrevivência no sombreamento de 50%, o restante das espécies o sombreamento de 70% foi o que resultou nas maiores taxas de sobrevivência. O sombreamento de 70% apresentou de maneira geral maior crescimento e níveis de clorofila para as quatro espécies, sendo, portanto o mais recomendado. O transplantio das mudas de R. grandis pode ser realizado em até 12 horas, enquanto para T. guianensis, E. crotonoides e P. heptaphyllum o mais indicado é que seja realizado em até 24 horas