Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Diversidade florísca, filogenéca e estrutura em fragmentos de florestas estacionais semideciduais no Espinhaço Meridional
    (UFVJM, 2020) Silva, Leovandes Soares da; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Botrel, Rejane Tavares; Costa, Fabiane Nepomuceno da; Oliveira, Paula Alves; Mendonça Filho, Carlos Victor
    A heterogeneidade ambiental e os distúrbios antrópicos são capazes de influenciar a diversidade florística e filogenética em florestas tropicais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a estrutura, diversidade florística e a diversidade filogenética em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual – FESD localizados no Planalto Diamantina, Reserva da Biosfera, Serra do Espinhaço e outras regiões do estado de Minas Gerais, com o propósito de identificar se a composição das espécies está relacionada com as variáveis edáficas, e se a diversidade filogenética varia entre regiões. Para isso, foram estudados dois fragmentos de FESD, sendo um localizado no Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), onde foram alocadas 30 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), o outro fragmento se encontra no Parque Estadual do Biribiri (PEB), onde foram alocadas 25 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), ambos distribuídas de forma sistemática. Em cada parcela foram identificados e mensurados os indivíduos vivos com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm. Foi calculada a distribuição diamétrica, índice de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J´). A diversidade filogenética foi determinada a partir da lista de espécies coletadas nos dois fragmentos (PNSV e PEB) representando o Planalto de Diamantina, e um banco de espécies regionais coletado em fragmentos de FESD, em diferentes regiões e bacias hidrográficas do estado de Minas Gerais: bacia do Rio Doce, Bacia do Rio Jequitinhonha e do Rio São Francisco. Foi encontrada alta diversidade florística, as famílias que mais se destacaram em número de espécies foram: Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae, Melastomataceae e Rubiaceae. As análises multivariadas de redundância (RDA) mostram que a composição de espécies foi pouco explicada pelo ambiente, o que reforça a ideia de que o padrão de distribuição das espécies ocorre por meio de eventos estocásticos como proposto pela Teoria Neutra. O índice de diversidade de Shannon (H’) variou entre 3,8 a 4,1 nats. Ind-1 e equabilidade de 0,85 (J). Os fragmentos do Planalto Diamantina são auto-regenerantes, onde a maioria dos indivíduos se concentram nas primeiras classes diamétricas. Nas comunidades do Planalto Diamantina, bacia do Rio Jequitinhonha e São Francisco as espécies apresentaram agregação filogenética, sendo o efeito da agregação mais pronunciado no Planalto Diamantina. No fragmento do Rio Doce as espécies tenderam a sobredispersão filogenética. No Planalto Diamantina as espécies são mais próximas, a distância média de pares padronizada (sesMPD < 0), enquanto que no fragmento da bacia do Rio Doce são distantes filogeneticamente. Por fim, a elevada diversidade florística bem como as espécies ameaçadas de extinção, tornam esses fragmentos importantes para conservação e manutenção da biodiversidade.
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    Dinâmica da comunidade arbórea em fitofisionomias de cerrado e floresta estacional semidecidual em Curvelo – MG
    (UFVJM, 2016) Silva, Leovandes Soares da; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Botezelli, Luciana; Gonzaga, Anne Priscila Dias
    Este trabalho teve como objetivo avaliar mudanças florísticas e estruturais da comunidade e populações arbóreas em fitofisionomias de Cerrado e Floresta Estacional Semidecídual. A área de estudo se encontra situada na Fazenda Experimental do Moura, em Curvelo-MG (Cerrado stricto sensu – CSS – 18,84° S e 44,39° W; Cerradão – CD – 18°82‟S e 44°25‟ W; e Floresta Estacional Semidecidual – FES – 18°45’S e 45° 25’W), o clima é do tipo Aw de Köppen e se encontra sobre substrato de Latossolos ácidos e distróficos. Um primeiro inventário foi realizado no CSS e CD em 2010, quando foram identificados, medidos todos os indivíduos vivos com diâmetro altura do solo (DAS) ≥ 5,0 cm, a 0,30 m de altura do solo. Já para a FES, o primeiro inventário ocorreu em 2011 e foram medidos diâmetros e identificados todos os indivíduos vivos com diâmetro altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm. O segundo inventário de todas as fitofisionomias foi realizado em 2015, foram adotados os mesmos critérios do inventário anterior, sendo remedidos os sobreviventes, registrados mortos e indivíduos que atingiram o diâmetro mínimo de inclusão no segundo inventário (recrutas) receberam placas com numeração e foram identificados e mensurados. Em cada parcela de cada fitofisionomia foram coletados variáveis ambientais para análises de correlação de Pearson (vegetação e ambiente). Foram realizadas análises de dinâmica florística, estrutural e das populações mais abundantes, todas as espécies foram classificadas quanto ao status de conservação, densidade da madeira e dispersão de sementes. No CSS, houve perda de uma única espécie Zeyheria montana. As famílias com mais representantes Fabaceae com 13 espécies no primeiro inventário e 13 espécies no segundo inventário respectivamente, seguidos de: Bignoniaceae (6 e 5), Vochysiaceae (5 e 5) e Malpighiaceae (4 e 4), respectivamente. Já no CD, foram contabilizados (36 e 34) famílias, (74 e 69) gêneros (100 e 90) e espécies para o primeiro e segundo inventário nessa sequência, houve perda de 11 espécies e ganho de uma. As famílias mais representativas Fabaceae (15 e 14), Rubiaceae (8 e 8), Myrtaceae (7 e 5) e Bignoniaceae (7 e 7). Houve perda de duas famílias Siparunaceae e Opiliaceae. No entanto, na FES não houve mudanças na riqueza de famílias (43), já as espécies (132 e 129) perderam cinco e ganharam duas espécies. As famílias com mais espécies eram Fabaceae (21 e 20), Myrtaceae (14 e 12), Lauraceae e Meliaceae (9 e 9) e Rubiaceae (8 e 8), respectivamente. As taxas de mortalidade foram superiores as taxas de recrutamento nas três fitofisionomias, no CSS (mortalidade de 2,13% ano-1 e recrutamento de 1,13% ano-1), seguindo essa mesma sequência para as outras fitofisionomias, no CD (8,84 e 1,18% ano-1) e FES (2,54 e 1,03% ano-1), respectivamente. Entre o primeiro e segundo inventário, houve acréscimo de área basal no somente no CSS. De maneira geral, os padrões de dinâmica foram mais acelerados nas populações do CD, onde visualmente os distúrbios foram maiores, indicando que dependendo dos intervalos entre os distúrbios, isso pode colocar em risco o estabelecimento de novos indivíduos e o futuro das espécies.