Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Dinâmica da comunidade arbórea em fitofisionomias de cerrado e floresta estacional semidecidual em Curvelo – MG
    (UFVJM, 2016) Silva, Leovandes Soares da; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Botezelli, Luciana; Gonzaga, Anne Priscila Dias
    Este trabalho teve como objetivo avaliar mudanças florísticas e estruturais da comunidade e populações arbóreas em fitofisionomias de Cerrado e Floresta Estacional Semidecídual. A área de estudo se encontra situada na Fazenda Experimental do Moura, em Curvelo-MG (Cerrado stricto sensu – CSS – 18,84° S e 44,39° W; Cerradão – CD – 18°82‟S e 44°25‟ W; e Floresta Estacional Semidecidual – FES – 18°45’S e 45° 25’W), o clima é do tipo Aw de Köppen e se encontra sobre substrato de Latossolos ácidos e distróficos. Um primeiro inventário foi realizado no CSS e CD em 2010, quando foram identificados, medidos todos os indivíduos vivos com diâmetro altura do solo (DAS) ≥ 5,0 cm, a 0,30 m de altura do solo. Já para a FES, o primeiro inventário ocorreu em 2011 e foram medidos diâmetros e identificados todos os indivíduos vivos com diâmetro altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm. O segundo inventário de todas as fitofisionomias foi realizado em 2015, foram adotados os mesmos critérios do inventário anterior, sendo remedidos os sobreviventes, registrados mortos e indivíduos que atingiram o diâmetro mínimo de inclusão no segundo inventário (recrutas) receberam placas com numeração e foram identificados e mensurados. Em cada parcela de cada fitofisionomia foram coletados variáveis ambientais para análises de correlação de Pearson (vegetação e ambiente). Foram realizadas análises de dinâmica florística, estrutural e das populações mais abundantes, todas as espécies foram classificadas quanto ao status de conservação, densidade da madeira e dispersão de sementes. No CSS, houve perda de uma única espécie Zeyheria montana. As famílias com mais representantes Fabaceae com 13 espécies no primeiro inventário e 13 espécies no segundo inventário respectivamente, seguidos de: Bignoniaceae (6 e 5), Vochysiaceae (5 e 5) e Malpighiaceae (4 e 4), respectivamente. Já no CD, foram contabilizados (36 e 34) famílias, (74 e 69) gêneros (100 e 90) e espécies para o primeiro e segundo inventário nessa sequência, houve perda de 11 espécies e ganho de uma. As famílias mais representativas Fabaceae (15 e 14), Rubiaceae (8 e 8), Myrtaceae (7 e 5) e Bignoniaceae (7 e 7). Houve perda de duas famílias Siparunaceae e Opiliaceae. No entanto, na FES não houve mudanças na riqueza de famílias (43), já as espécies (132 e 129) perderam cinco e ganharam duas espécies. As famílias com mais espécies eram Fabaceae (21 e 20), Myrtaceae (14 e 12), Lauraceae e Meliaceae (9 e 9) e Rubiaceae (8 e 8), respectivamente. As taxas de mortalidade foram superiores as taxas de recrutamento nas três fitofisionomias, no CSS (mortalidade de 2,13% ano-1 e recrutamento de 1,13% ano-1), seguindo essa mesma sequência para as outras fitofisionomias, no CD (8,84 e 1,18% ano-1) e FES (2,54 e 1,03% ano-1), respectivamente. Entre o primeiro e segundo inventário, houve acréscimo de área basal no somente no CSS. De maneira geral, os padrões de dinâmica foram mais acelerados nas populações do CD, onde visualmente os distúrbios foram maiores, indicando que dependendo dos intervalos entre os distúrbios, isso pode colocar em risco o estabelecimento de novos indivíduos e o futuro das espécies.