Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Avaliação de controle de Pteridium aquilinum (l.) Kuhn. na RPPN Fartura em Capelinha, MG
    (UFVJM, 2016) Costa, Danilo César de Abreu; Santos, José Barbosa dos; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fartura possui área de 1,5 mil ha, dos quais aproximadamente 40 se encontram dominados por Pteridium aquilinum (samambaia). Esta espécie está oferecendo grande risco a biodiversidade do local, visto que a mesma apresenta elevado potencial invasor e capacidade de competição, podendo inibir a regeneração natural e atrasar a sucessão por séculos. Diante disso, objetivou-se com este trabalho definir técnicas de controle populacional de Pteridium aquilinum e induzir a regeneração natural, assim como avaliar a resposta de algumas espécies de rápido crescimento submetidas a doses crescentes de calcário, com potencial para serem utilizadas na restauração desta área. O primeiro estudo foi desenvolvido em uma área dominada por samambaia, utilizando delineamento em blocos casualizados arranjado em esquema fatorial 3 x 2, consistindo em três técnicas de controle (roçada mecanizada, glyphosate e paraquat), removendo ou não a serrapilheira das parcelas. Foram alocadas parcelas de 10 x 10 m distribuídas em 3 blocos. Após seis meses, foram avaliados a porcentagem de cobertura de samambaia e de radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente sobre o solo, assim como o número de indivíduos regenerantes e a diversidade para cada tratamento. Os resultados indicaram que o controle químico, tanto por glyphosate quanto por paraquat, promoveu maior redução de samambaia e que a remoção da serrapilheira favoreceu o ingresso de indivíduos e o aumento da diversidade. O segundo estudo foi realizado em casa de vegetação, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, em delineamento em blocos casualizados com 3 repetições. Os tratamentos consistiram em elevar a saturação por bases do substrato a 50, 70 e 90%, além do tratamento controle (sem correção). O substrato utilizado foi coletado na área do primeiro estudo com o máximo de raízes de samambaia, corrigido com a quantidade de calcário determinada para cada tratamento e distribuído em vasos de 10 dm³, onde as mudas de quatro espécies arbóreas foram plantadas. As espécies utilizadas foram: Anadenanthera colubrina (angico), Enterolobium contortisiliquum (orelha de macaco), Inga sessilis (ingá) e platycyamus regnelii (pau pereira). As variáveis avaliadas foram diâmetro e altura das mudas e a massa seca de samambaia. As espécies angico e orelha de macaco se mostraram sensíveis à acidez do solo, sendo responsivas ao aumento da saturação por bases. Já as espécies ingá e pau pereira são mais tolerantes às condições de acidez do solo, porém, também obtiveram melhor desenvolvimento com a calagem. A samambaia apresentou aumento da massa seca com a elevação da saturação por bases, mostrando que a calagem não é uma prática adequada para o controle dessa espécie.