Pós-graduação em Ciência Florestal
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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
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Item Uso de sistema agroflorestal na implantação de reserva legal(UFVJM, 2017) Chauvet, Xavier Dominique Marie; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Guimarães, João Carlos Costa; Santos, José Barbosa dos; Titon, MirandaEstimativas indicam que 33% das terras agrícolas no mundo se encontram em algum estágio de degradação, afetando principalmente a qualidade dos solos, a biodiversidade e a disponibilidade de água. O Brasil concentra 140 milhões de hectares de áreas degradadas, dos quais 30 milhões são pastagens com baixíssima produtividade de alimento para os animais. A degradação do solo e dos ecossistemas nativos, bem como a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. Em grande parte do país o proprietário de um imóvel rural tem a obrigação de registrar 20% da sua superfície como área de Reserva Legal. Apesar da obrigatoriedade, em muitas propriedades ainda se verifica a sua inexistência. Dentro do contexto da necessidade de implementação de Reserva Legal e da indisponibilidade de áreas preservadas com vegetação nativa foi realizado um experimento em uma área de pastagem degradada na qual se comparou o plantio isolado da aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão) com dois arranjos de sistema agroflorestal onde além da aroeira utilizaram-se como culturas anuais ou semi-perenes o feijão guandu (Cajanus cajan (L) Hunth) e a mandioca (Manihot esculenta Crantz). O experimento foi implantado em área de domínio do Bioma Cerrado. O delineamento estatístico obedeceu ao modelo “tipo leque” proposto por Nelder, (1962), onde analisou-se três arranjos de plantio (aroeira a pleno sol, aroeira + feijão guandu e aroeira + feijão guandu + mandioca) em dez espaçamentos (555 a 3333 plantas de aroeira ha-1) completando 30 tratamentos. Após 26 meses de implantação do experimento a sobrevivência da aroeira foi de 100%, o crescimento da aroeira em altura, diâmetro e cobertura de copa não foi influenciado pelos tratamentos e demostrou o caráter calcífila da espécie. A regeneração arbórea-arbustiva não foi favorecida pelo arranjo que continha aroeira, feijão guandu e mandioca. A grande maioria da regeneração arbórea-arbustiva foi originada de brotações de raízes pré-existentes à implantação do experimento. A regeneração herbácea foi influenciada pelo tipo de arranjo. O arranjo da aroeira a pleno sol permitiu a invasão de Urochloa decumbens. O arranjo da aroeira, do feijão guandu e da mandioca permitiu um excelente controle de herbáceas invasoras, porém limitou nesta fase inicial o desenvolvimento da regeneração arbustiva-arbórea. O arranjo com aroeira e feijão guandu controlou a invasão de Urochloa decumbens.