Pós-graduação em Ciências da Nutrição
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Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição
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Item Uso de microrganismos probióticos nas Doenças Inflamatórias Intestinais: análise de Boxplot(UFVJM, 2021) Santos, Emanuelle Natalee dos; Ramos, Cíntia Lacerda; Magalhães Guedes, Karina Teixeira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos, Cíntia Lacerda; Fernandes, Fabrício Freitas; Ferreira, Danton DiegoAs Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são distúrbios idiopáticos e reincidentes, caracterizados pela presença de inflamação crônica no trato gastrointestinal (TGI). Os principais tipos de DII são a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa (CU). Pesquisadores estão buscando opções de tratamento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DII e o uso de probióticos vem sendo bastante estudado. Os probióticos são definidos como microrganismos vivos que causam benefícios a saúde, sendo alguns capazes de prevenir e controlar diversas patologias, entre elas, as doenças gastrointestinais. Os objetivos deste estudo foram realizar uma revisão de literatura para avaliar os efeitos benéficos da ingestão de microrganismos probióticos contra a doença inflamatória intestinal e analisar as palavras-chave em relação ao número de artigos, idiomas e bases de dados utilizando diagramas de boxplot. Os boxplots são representações gráficas que fornecem uma visão geral e um resumo numérico de um conjunto de dados. Foram obtidos boxplots para três categorias, palavra-chave, repositório (base de dados) e idioma. Foram analisados o número de artigos encontrados utilizando nove diferentes palavras-chave, em nove repositórios e três idiomas. Os resultados mostraram diferenças entre o número de artigos nas diferentes palavras-chave avaliadas, e também nas diferentes bases de dados e idiomas pesquisados. As palavras-chave “intestino” e “probiótico” representam os maiores números de artigos encontrados. As duas bases de dados com maior número de artigos encontrados foram Google Scholar, seguido do Science Direct. Além disso, a língua inglesa predominou em relação ao número de artigos disponíveis. Ao avaliar o conteúdo dos artigos, foi possível observar que os probióticos atuam na redução da pontuação do Índice de Atividade da Doença (DAI), dos escores histológicos, das citocinas pró-inflamatórias, e no aumento das citocinas anti-inflamatórias, na melhora no encurtamento do cólon e na função de barreira intestinal. Os 29 estudos com modelos animais mostram resultados positivos, no entanto, ainda são necessários mais ensaios clínicos com humanos. Sendo assim, o tratamento das DIIs por meio desta terapêutica tem demonstrado efeito promissor, entretanto necessita de mais pesquisas visando a elaboração de diretrizes para direcionar o consumo dos probióticos. O boxplot mostrou-se uma ferramenta útil para demonstrar as principais bases de dados e idiomas relacionados às palavras-chave de interesse do presente estudo.Item Consumo alimentar e o diabetes tipo 2: um estudo com egressos da Coorte de Universidades Mineiras (CUME)(UFVJM, 2021) Dias, João Pedro Viana; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Pimenta, Adriano Marçal; Silva, Edson da; Esteves, Elizabethe AdrianaO Brasil ocupa o 5º lugar de maior prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em adultos no mundo. É uma doença multifatorial que envolve, dentre outras variáveis, um estilo de vida não saudável como um dos determinantes para o seu surgimento. Dentro deste contexto a presente dissertação tem três objetivos sendo eles: fazer uma revisão sistematizada para verificar o que as publicações recentes tem identificado sobre a relação entre consumo de alimentos e risco de DM2, avaliar o efeito do consumo de bebidas açucaradas (BA) na incidência de DM2 em participantes de uma coorte mineira de adultos (CUME), e verificar se o consumo de selênio tem relação com a prevalência de DM2 entre os participantes do CUME. Assim esta dissertação foi organizada em três artigos, e cada um deles responde, respectivamente, a esses objetivos. O primeiro identificou que elevado consumo de alimentos como carnes vermelhas, bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados estão associados ao aumento no risco de DM2, enquanto uma dieta rica em alimentos integrais, orgânicos, frutas, vegetais, nozes e chás estão associados a uma redução desse risco. O segundo identificou que o consumo de BA associou com aumento da incidência de DM2 (RR= 1,73; p-valor=0,03). Os consumidores de BA apresentaram mais de 70% de chance de adquirirem DM2 ao longo do tempo de seguimento da coorte. Cerca de 9,0% do efeito das BA na indicência de DM2 é mediado pelo excesso de peso (p-valor=0,041). Cerca de 45% do efeito das BA na incidência de DM2 é mediada pela interação entre excesso de peso e consumo de BA (p-valor= <0,001). E em relação ao consumo de selênio e prevalência de DM2, foi identificado que a ingestão dietética de Se não foi associada à prevalência de DM2, apesar da elevada ingestão desse micronutriente pelos participantes do CUME. Esses achados indicam a necessidade de mais pesquisas para confirmar a relação entre DM2 e consumo extremos de selênio, e confirmam a importância de uma alimentação saudável para a prevenção do DM2.Item Informações nutricionais em rótulos de preparados sólidos para refresco artificial e sua relação com as ingestões diárias recomendadas para menores de 13 anos(UFVJM, 2021) Costa, Lauriany Lívia; Morais, Harriman Aley; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Harriman Aley; Silva, Daniele Ferreira da; Silva, Mauro RamalhoInformações nutricionais em rótulos de alimentos embalados muitas vezes estão em divergência com as recomendações nutricionais para menores de 13 anos, principalmente aquelas relacionadas às ingestões diárias dos macro e micronutrientes. A falta de padronização nas embalagens, especificamente de preparados sólidos para refrescos, chama atenção para o quanto o consumo destes produtos influenciaria no fornecimento indevido e/ou em excesso de nutrientes para este grupo populacional. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi comparar os valores de nutrientes indicados nas informações nutricionais dos rótulos dos preparados sólidos para refresco artificial obtido no varejo de Diamantina/MG com a ingestão diária recomendada para menores de 13 anos. Foi um estudo quantitativo, de caráter descritivo, com análise da rotulagem por meio de checklists elaborados em conformidade com as legislações vigentes. Também foram visitados os sítios eletrônicos das empresas/indústrias responsáveis pela fabricação dos produtos, catalogando-se os sabores, bem como copilando-se as informações nutricionais declaradas para esses alimentos. Constatou-se que todos os produtos apresentavam os itens obrigatórios da rotulagem geral de acordo com as legislações vigentes. Foi identificada a falta de padronização dos produtos, no que tange ao tamanho das embalagens. Com relação ao valor energético, verificou-se a equivalência de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ). A quantidade de carboidratos era superior ao declarado na informação nutricional das embalagens, com destaque para as diferenças nos produtos da marca I. Também foi detectado que, para alguns produtos, a quantidade de sódio era ligeiramente distinta do valor declarado. Concluiu-se que o consumo destes produtos por crianças, ao longo do tempo, pode provocar problemas de saúde à longo prazo. Dessa forma, esse estudo contribuirá com o acesso às informações corretas referidas nos rótulos dos alimentos estudados, possibilitando à população a escolha consciente dos alimentos que serão adquiridos, propiciando a segurança alimentar e nutricional, assim, permitindo a adoção de práticas alimentares e estilo de vida saudável.Item Elaboração e validação de um e-book educativo sobre diabetes mellitus tipo 1(UFVJM, 2021) Silva, Rosiane Rosa; Silva, Edson da; Reis, Janice Sepúlveda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Edson da; Ramos, Cíntia Lacerda; Nunes, Ana Paula Nogueira; Mourão, Denise MachadoO número de pessoas com diabetes mellitus (DM) vem aumentando com o passar dos anos, incluindo os jovens com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). O Brasil é o 3º país do mundo em número de crianças e adolescentes de 0 a14 anos com DM1. O apoio familiar é uma peça central no manejo do diabetes. Além disso, uma equipe interdisciplinar, em diferentes espaços sociais como a escola, pode fornecer apoio no desenvolvimento de habilidades para o reconhecimento e a resolução de problemas relacionados manejo do DM em crianças e adolescentes escolares com DM1. Neste contexto, a educação em diabetes é a principal ferramenta para a garantia do autocuidado, permitindo o autocontrole por parte do paciente, e deve se estender aos familiares e cuidadores. Mas, a efetividade de intervenções educativas em saúde é influenciada por diversas variáveis, dentre elas a disponibilidade de materiais validados que possam ser utilizados como recurso didático. Portanto, o objetivo dessa dissertação foi elaborar e validar um e-book educativo sobre diabetes mellitus tipo 1 para pais e/ou responsáveis por crianças e adolescentes escolares com diabetes. Trata-se de uma pesquisa metodológica em 9 etapas. A validação foi realizada por 10 juízes especialistas, 3 juízes de design e 11 mães de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Na coleta de dados foram utilizados questionários eletrônicos. Para os juízes especialistas foi considerado um Índice de Validade de Conteúdo mínimo de 0,90, para os designers um índice de concordância mínimo de 40% e para o público-alvo de 75% para que o material fosse validado. Como resultado, o e-book “Diabetes nas Escolas: Conhecendo o Diabetes Tipo 1” foi validado pelos juízes especialistas com Índice de Validade de Conteúdo de 0,90, um índice de concordância mínimo de 89 % para os designers e de 98,53% pelo público-alvo. O e-book foi considerado claro e adequado à sua finalidade pelo público-alvo. Em conclusão, o e-book foi elaborado e validado para familiares de crianças e adolescentes escolares com diabetes mellitus tipo 1. O material poderá ser utilizado de forma complementar em programas de educação em diabetes nas escolas e corrobora com a promoção da educação em saúde com informações cientificamente reconhecidas e atualizadas para quem busca orientações sobre o tema na internet.Item Avaliação do grau de implantação de bancos de alimentos públicos de Minas Gerais(UFVJM, 2022) Barros, Thaís Pereira; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Recine, Elisabetta Gioconda Iole Giovanna; Sousa, Rômulo Paes de; Lessa, Angelina do CarmoObjetivo: Este estudo objetiva avaliar o Grau de Implantação (GI) de bancos de alimentos públicos de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, com tipologia de análise da implantação de estrutura e processos e fatores contextuais (tipo 1b). A descrição da intervenção foi demonstrada por um modelo lógico, que delineou os indicadores e critérios da Matriz de Análise e Julgamento para assim mensurar o grau de implantação (GI) por meio da estrutura e processo. O GI foi estratificado em quartis e classificado como ‘Implantado’ de 90,0 a 100,0%; ‘Parcialmente Implantado’ de 70,0 a < 90,0%; ‘Incipiente’ de 50,0 a <70,0% e ‘Implantação Crítica’ de < 50,0%. Resultados: O GI de bancos de alimentos (BA) públicos municipais de Minas Gerais revelou-se parcialmente implantados e críticos, variando de 36,6% a 89,9%. Avaliando cada componente Estrutura e Processo individualmente, observou-se que no GI Estrutura, apenas um dos BA (9,1%) obteve o GI do componente Estrutura analisados como implantado, oito BA (72,7%) eram parcialmente implantados e dois BA (18,2%) tinham implantação crítica. Quanto ao GI do componente Processo percebe-se uma situação diferente em relação ao componente Estrutura, pois as pontuações foram em geral mais baixas, à exceção dos bancos parcialmente implantados e implantados. O item de maior impacto no grau de implantação foi no componente Processo com a ausência de realização de atividades de educação alimentar e nutricional, nas três subdimensões: parceiro doador, BA e instituições socioassistenciais. Fatores como falta de profissionais nutricionistas e assistente social, deficiência de equipamentos e falta de recurso financeiro próprio, também contribuíram negativamente à implantação. Os contextos interno e externo dos municípios avaliados não exerceram influência nos resultados. Conclusão: Os BA públicos municipais avaliados apresentou-se na grande maioria como parcialmente implantados, fazendo-se necessário maior mobilização de recursos para a estrutura, recursos financeiros, contratação de mais profissionais de atuação técnica e social, ampliação da estrutura física e aquisição de materiais e insumos para as atividades operacionais. Além disso, é importante investir em atividades de educação alimentar e nutricional, tornado as instituições beneficiárias mais autônomas e empoderadas e mais divulgação sobre os BA no município para que novas instituições e/ou famílias saibam da existência e do trabalho do banco de alimentos no município. Há também escassez de estudos sobre Bancos de Alimentos de maneira geral, reforçando a importância de aprofundamento em pesquisas na área da Segurança Alimentar e Nutricional.Item Práticas alimentares segundo o Guia Alimentar na pandemia da COVID-19 e fatores associados entre professores da educação básica de Minas Gerais(UFVJM, 2022) Lopes, Amanda Palma; Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Miranda, Aline Elizabeth da Silva; Pinho, Lucinéia deNos dois primeiros anos da pandemia da COVID-19, devido à elevada contaminação do vírus, o distanciamento social foi indispensável. Nesse período ocorreram diversas modificações comportamentais nas pessoas. Para os professores, foi um período desafiador, visto o ensino presencial ter sido substituído pelo ensino remoto, e muitas vezes, sem o devido preparo para esta mudança. Assim, nesse período foi deflagrado novos comportamentos ou exacerbando outros pré-existentes, especialmente os que oferecem risco à saúde, como alterações psicológicas, sedentarismo e hábitos alimentares não saudáveis. Os hábitos alimentares não saudáveis estão em desacordo com o recomendado pelo Guia Alimentar para a população brasileira. Considerando esses aspectos, o presente estudo objetivou avaliar as práticas alimentares segundo o Guia Alimentar para a população brasileira em professores do ensino básico de Minas Gerais no segundo ano da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal do tipo Web Survey realizado com professores que atuam na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) da rede pública de ensino do estado de Minas Gerais. Este estudo é um recorte do Projeto ProfsMoc Etapa Minas Covid “Condições de saúde e trabalho entre professores (as) da rede estadual de ensino de Minas Gerais”. A pesquisa ocorreu entre outubro a dezembro do ano de 2021 e seguiu todos os preceitos éticos determinados pela Resolução nº466, com a aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual de Montes Claros, mediante parecer consubstanciado nº 4.200.389/2020 e foi conduzido com autorização da secretaria estadual de ensino de Minas Gerais. Para o estudo foi utilizado questionário autoaplicável online no qual foi avaliado, dentre os aspectos, variáveis sociodemográficas, condições de trabalho, de saúde mental e de saúde e comportamento e práticas alimentares (24 itens; escore 0-72), baseada nas recomendações do Guia Alimentar brasileiro. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para determinar os fatores associados às práticas alimentares. Participaram do estudo 1.907 professores, dentre eles a maioria são mulheres (77,2%), vivem com companheiro/a (60,8%), tem pós-graduação (60,2%) e trabalhavam mais de 40 horas por semana (45,1%). Sobre as práticas alimentares, 50,9% apresentaram práticas alimentares saudáveis, 38,7% com necessidade de modificação e 10,4% inadequadas. Práticas alimentares não saudáveis mostraram-se associadas ao sexo masculino (RP=1,14; p- valor=0,016), a menor idade (RP=0,87; p-valor=0,004), ter jornada de trabalho superior a 40 horas semanais (RP=1,15; p-valor=0,042), apresentar transtornos mentais comuns (RP=1,52; p-valor=0,000), ter qualidade de sono ruim (RP=1,23; p-valor= 0,000) e ser sedentário ou irregularmente ativo (RP=1,30; p-valor=0,000). Metade dos professores relataram práticas alimentares com necessidade de modificação ou inadequada, e estas associaram a variáveis importantes e modificáveis. Em relação à saúde mental, satisfação com trabalho e qualidade do sono, apesar da maioria não ter relatado problemas quanto a estas questões, um percentual elevado de professores apresentou escores alterados nos questionários, que sinaliza quadros indicativos de depressão, ansiedade, transtornos mentais comuns e qualidade de sono ruim. Esse resultado indica necessidade de um olhar mais cuidadoso com esses professores, especialmente nesse período de pandemia que exigiu resiliência dos professores diante de todas as adequações necessárias para o ensino remoto e híbrido.Item Estudo longitudinal sobre a relação entre hábitos alimentares e metabolismo lipídico numa coorte de adultos brasileiros(UFVJM, 2022) Moraes Nunes, Déborah Jaqueline Miranda de; Ramos, Cíntia Lacerda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos, Cíntia Lacerda; Máximo, Geovane da Conceição; Santos, Carina de SousaEstudo de coorte é um estudo longitudinal, com caráter observacional, que permite avaliar a presença de fatores de riscos no desenvolvimento de enfermidades, em grupos da população. O projeto Coorte de Universidades Mineiras (CUME) é um estudo de coorte aberta, realizado em adultos com idade ≥18 anos, graduados e pós-graduados com o objetivo de suprir a carência de estudos longitudinais no Brasil que avaliam o impacto do padrão alimentar brasileiro, de grupos de alimentos, de nutrientes e de fatores dietéticos específicos no desenvolvimento de doenças. Um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas é a dislipidemia. O desenvolvimento deste estudo teve por objetivo avaliar o impacto do consumo de alimentos dos grupos de acordo com a classificação NOVA e o risco de dislipidemia, que notadamente tem sido associada ao desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e mortalidade. O instrumento utilizado para avaliação de consumo de alimentos foi um Questionário de Frequência Alimentar (QFA), aplicado no primeiro contato com o participante e um questionário com questões sócio-demográficas e condições de saúde, aplicado a cada dois anos. Os resultados apontam um aumento da incidência de alterações das lipoproteínas no decorrer dos anos, e ainda associação dessas alterações quanto ao consumo de alimentos ultraprocessados e in natura. Concluiu-se que um maior consumo de alimentos saudáveis e naturais protege quanto ao desenvolvimento de dislipidemia, e consequentemente de outras doenças crônicas das quais está associada, como doenças cérebro e cardiovasculares. Por outro lado, o consumo de alimentos ultraprocessados está fortemente associado à desregulação do metabolismo lipídico.Item Ansiedade e prontidão para mudança de comportamento em indivíduos com obesidade, usuários da Atenção Primária no interior de Minas Gerais(UFVJM, 2022) Soares, Waldirene Rodrigues de Souza; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Guimarães, Fábio Tadeu Lourenço; Macedo, Mariana de Souza; Alves, Paula Aryane BritoIntrodução: A obesidade como parte do grupo de doenças crônicas e determinante para outros agravos é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. No Brasil, esse agravo apresenta alta taxa de morbimortalidade e elevado custo para o Sistema Único de Saúde. Considerando que mudança de comportamento é um fator prioritário para adesão ao controle da obesidade, tendo o transtorno da ansiedade um papel fundamental nessa meta, avaliar os fatores associados a essas duas condições é essencial na intervenção. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre ansiedade e os estágios de prontidão para mudança de comportamento em pessoas com obesidade, bem como fatores socioeconômicos, culturais e de saúde associados a essas duas características. Metodologia: Foram estudados indivíduos com obesidade de ambos os sexos, com idade compreendida entre 20 e 59 anos, com IMC maior ou igual a 30 kg/m2, atendidos na Atenção Primária de Curvelo-MG. Para isso foram utilizados o Inventário de Sintomas da Escala Beck para identificar sintomas de ansiedade e a SOC Scale do Modelo Transteórico para identificar o estágio de prontidão para mudança de comportamento. Para análise estatística utilizou-se a Regressão de Poisson Resultados: Observou-se que indivíduos com obesidade nos estágios iniciais de mudança de comportamento, possuem o hábito de realizar as refeições em frente às telas e não praticam exercícios físicos, quando comparados àqueles nos estágios finais da prontidão para mudança de comportamento. Além disso, foi observado que esses indivíduos apresentaram pouco interesse em fazer as coisas, quase todos os dias ou em mais da metade dos dias. Houve maior prevalência de sintomas de ansiedade grave em indivíduos com obesidade grau III e com outras comorbidades, e entre aqueles com problemas conjugais e com parentes. Já os indivíduos com sintomas de ansiedade grave tinham mais problemas com álcool que aqueles com sintomas de ansiedade leve ou sem sintomas. Verificou-se associação entre ansiedade grave e estar nos estágios iniciais da mudança de comportamento. Conclusão: Diante dos resultados, conclui-se que os indivíduos com obesidade, podem se encontrar em estágios diferentes de mudança comportamento e, que na presença de sintomas de ansiedade apresentam menor prontidão para mudança. Dessa forma torna-se premente adequar os protocolos que considerem tais fatores no processo de abordagem da obesidade.Item Avaliação química e efeitos da farinha de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata) em ratos submetidos a dieta hiperlipídica(UFVJM, 2023) Pereira, Jeovana Thayse; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Nobre, Luciana Neri; Araújo, Clinascia Rodrigues RochaA Pereskia aculeata é uma cactácea encontrada e consumida como alimento na região de Diamantina. Além de sua importância como alimento regional, a literatura relata que esta possui elevados teores de proteínas, fibras dietéticas e minerais. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos da farinha de Pereskia aculeata em ratos Wistar tratados com dieta hiperlipídica sobre os parâmetros nutricionais e metabólicos. Foram utilizados 48 ratos machos da linhagem Wistar com 21 dias de idade (recém desmamados). Os animais foram aleatoriamente distribuídos em 2 fases e em 4 grupos: grupo C (Controle): ração comercial durante 126 dias (n = 12); grupo CO (Controle + Pereskia aculeata): ração comercial durante 63 dias e ração acrescida de farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12); grupo O (Obeso/dieta hiperlipídica): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 126 dias (n = 12); grupo OO (Obeso/dieta hiperlipídica + Pereskia aculeata): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 63 dias e ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) mais farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12). Foram realizadas avaliações nutricionais, químicas e (sangue, fígado e fezes), e os dados submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Newman-Keuls quando necessário (p<0,05). Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata (CO e OO) no 126°dia, apresentaram menor peso corporal, ingestão de ração, calorias, circunferência naso-anal (CNA), índice de massa corporal (IMC), razão abdômen /tórax (RAT), gordura abdominal e menor peso do fígado. Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata apresentaram maior coeficiente de eficiência energética (CEE), uma redução da glicose sérica, colesterol total e aumento dos triglicerídeos e lipoproteínas de alta densidade (HDL). Conclui-se que, a farinha de Pereskia aculeata apresentou efeito positivo nos parâmetros avaliados, demonstrando ser um alimento com potencial no controle e tratamento da obesidade.Item Efeitos do jejum intermitente e restrição protéico calórica materna durante a lactação nos aspectos nutricionais e comportamentais da prole de ratos Wistar no desmame e adolescência(UFVJM, 2023) Gonçalves, Jéssica Sena; Riul, Tania Regina; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Riul, Tania Regina; Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Rocha Gomes, ArthurO estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do jejum intermitente, restrição proteico-calórica aplicados durante a fase de lactação na prole de ratas Wistar, após o desmame e adolescência. Foram utilizadas 24 ninhadas composta por 1 rata-mãe e 8 filhotes (6 machos e 2 fêmeas) de ratos da linhagem Wistar recém-nascidos, distribuídos aleatoriamente em três grupos: Controle (C) – as mães receberam dieta comercial e água ad libitum (n=8); Jejum Intermitente (J) – as mães receberam dieta comercial ad libitum nas primeiras 24 horas após o parto e ficaram sem acesso ao alimento pelas próximas 24 horas, alternando os períodos de oferta e restrição de dieta a cada 24 horas durante toda a lactação e água ad libitum (n=8); Restrição Proteico- Calórica (R) – as mães receberam 50% da dieta comercial consumida pelas ratas C e água ad libitum (n=8). Após o desmame 2 filhotes machos de cada grupo foram anestesiados para avaliação do comprimento naso-anal (CNA) e eutanasiados por exsanguinação. Os demais filhotes machos e 2 fêmeas de cada grupo receberam ração comercial e água ad libitum e testados a partir do 49°dia no Labirinto em Cruz Elevado, Campo Aberto, Reconhecimento de objetos, Transição Claro-Escuro. No 53º dia foi medido CNA dos animais, que foram eutanasiados por decapitação para retirada de 5 mL de sangue para análise bioquímica do colesterol total, triacilglicerol, High Density lipoprotein (HDL), glicose, alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), creatinina e bilirrubina, retirada dos órgãos (baço, coração, fígado, rins, suprarrenais, e testículos), ossos (fêmur, tíbia) e gordura abdominal (mesentérica, retroperitoneal, visceral e dos órgãos reprodutivos de machos e fêmeas) para pesagem/medida e avaliação do estado redox na amígdala e hipotálamo. Os dados foram submetidos à ANOVA, seguido do teste de Newman-Keuls quando apropriado (p <0,05). J e R apresentaram no 21°dia menor peso corporal, CNA e IMC. No 53°dia, apresentaram menor ingestão de ração, calorias, água, peso inicial e final, CNA, peso do coração, fígado, gordura abdominal e rins, maior coeficiente de eficiência energética. O J reduziu a glicose sérica e aumentou triglicerídeos e o R reduziu o teor de minerais totais; R entraram e permaneceram menos tempo no centro do CA. O R aumentou a enzima superóxido dismutase na amígdala e hipotálamo. Os animais J apresentaram maior percentual de entradas e de tempo, frequência de falsas entradas e frequência de idas a ponta dos braços abertos comparado ao C e R. Não foram encontradas diferenças estatísticas no TRO. O Jejum intermitente e a Restrição Proteico-Calórica materna na lactação causaram desnutrição, prejuízo no crescimento e desenvolvimento. A R aumentou a ansiedade e os J reduziu a ansiedade e/ou aumentou a impulsividade.Item Elaboração e avaliação de questionário para aferir o conhecimento de farmacêuticos sobre aleitamento materno e Norma Brasileira de comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras(UFVJM, 2023) Rocha, Luziane dos Santos; Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Macedo, Mariana de Souza; Campese, Marcelo; Espinosa, Mariano MartinezO aleitamento materno promove diversos benefícios para mãe e o lactente, entre esses, contribui para o desenvolvimento fisiológico normal da criança. Apesar de todos os benefícios conhecidos, a literatura aponta fatores que podem interferir em sua prática. A atuação do farmacêutico nas farmácias e drogarias assume posição especial para cumprimento da NBCAL, e consequentemente, a proteção do aleitamento materno. Portanto, é essencial que estes profissionais tenham conhecimento das legislações que regulamentam a comercialização de fórmulas e produtos voltados para lactentes e crianças de primeira infância. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi elaborar e avaliar as propriedades psicométricas de um questionário para aferir o conhecimento dos farmacêuticos sobre o aleitamento materno e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras. Trata-se de um estudo metodológico de elaboração de instrumento e análise de suas propriedades psicométricas. Para construção do instrumento foi realizado um levantamento de temas relevantes na literatura e elaboração dos itens que foram submetidos a um comitê de juízes para validação de conteúdo, utilizando técnica Delphi em dois rounds, e posteriormente aplicação do cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Para avaliação das propriedades psicométricas do instrumento, o mesmo foi aplicado a 205 farmacêuticos via google forms. A confiabilidade e consistência interna foi avaliada por meio do coeficiente alfa de Cronbach, e a estabilidade a partir do cálculo de coeficiente intra-classe (CCI) por meio do teste-reteste. Foi elaborado um instrumento contendo 37 itens, após o primeiro round de avaliação entre os juízes de conteúdo, o instrumento foi reformulado, permanecendo com 33 itens que alcançaram uma avaliação satisfatória (IVC > 0,81 e < 1). A análise de confiabilidade verificada pelo alfa de Cronbach apontou um total de 0,83 para a dimensão 1 e 0,93 para dimensão 2, considerando o somatório de itens que compõe cada dimensão. As análises demonstraram CCI positivo, ou seja, concordante no teste-reteste, com significância estatística em 32 itens que compõem o instrumento (p < 0,05). O CCI variou de 0,5 a 0,8. O instrumento demonstrou-se válido, consistente internamente e concordante entre os dois momentos de aplicação, sendo, portanto, considerado confiável para aferir o conhecimento dos farmacêuticos sobre o aleitamento materno e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras.Item Ultra-processed foods are associated with overweight and poor eating practices in nutrition students during the COVID-19 pandemic(UFVJM, 2023) Silva, Kamilla Alexsandra; Esteves, Elizabethe Adriana; Santos, Carina de Sousa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Santos, Carina de Sousa; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane GomesO consumo de alimentos ultraprocessados (UP) tem sido associado ao aumento do risco de doenças. Embora estudantes de nutrição possam se beneficiar dos conhecimentos adquiridos em sua formação, ainda são poucos os estudos sobre o consumo de UP neste grupo. Portanto, investigamos neste estudo associações entre o consumo de UP e indicadores de saúde de estudantes de nutrição um ano após o início da pandemia CoVid-19. Também descrevemos o consumo de itens alimentares de acordo com a classificação NOVA. Este foi um estudo transversal com estudantes de Nutrição de uma universidade pública brasileira. Dados sociodemográficos, antropométricos, de atividade física, qualidade do sono, práticas alimentares e percepção da imagem corporal foram coletados por meio de questionários autorrespondidos em plataforma online. Os alimentos consumidos foram obtidos por meio de dois registros de 24 horas e agrupados em (1) in natura/minimamente processados, (2) ingredientes culinários processados, (3) processados e, (4) ultraprocessados. Embora quase 50% dos alimentos relatados foram classificados como in natura/minimamente processados, 40% dos participantes consumiam menos da metade do total de itens relatados (37 ao todo) para este grupo. Quase 15% de todos os alimentos relatados eram UP, e o número de itens deste grupo para mais de 85% foi de até 4,5. O consumo de UP foi maior em estudantes com práticas alimentares de risco ou inadequadas, com excesso de peso corporal, do sexo masculino, mais jovens e cursando a primeira metade do curso. Verificamos que quanto maior o consumo de itens do grupo dos UP, maior a prevalência de excesso de peso (≥1 = 35%; ≥2=44%; ≥3=66%) ou práticas alimentares inadequadas (≥1 = 32%; ≥2=40%; ≥ 3=52%). Assim, a participação de apenas um item UP na dieta associou-se ao aumento da prevalência de excesso de peso ou má alimentação, sendo que quanto maior a participação de itens do grupo dos UP, maiores as prevalências.Item Tendência temporal do baixo peso ao nascer, no Brasil, entre 2001 a 2020(UFVJM, 2023) Guimarães Alves, Lidiane Angélica; Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Teixeira, Romero Alves; Pinho, Lucinéia de; Cordeiro, Priscilla MendesO peso do nascimento é o indicador mais importante para avaliar as condições de saúde e sobrevida do recém-nascido (RN). O recém-nascido com peso inferior a 2.500 gramas apresenta maior morbimortalidade, estando mais susceptível a infecções e desnutrição no primeiro ano de vida, além disso, problemas no desenvolvimento infantil e predisposição a doenças quando adulto. A etiologia do baixo peso ao nascer (BPN) é multifatorial, incluindo fatores como: idade, escolaridade materna e estado nutricional da gestante, paridade, tempo de gestação, tipo de parto e tabagismo. No Brasil, as maiores taxas de BPN estão concentradas nas regiões mais desenvolvidas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a tendência temporal do BPN no Brasil no período de 2001 a 2020. Trata-se de um estudo de séries temporais, realizado com dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2001 a 2020. A população de estudo foi constituída por recém-nascidos com peso inferior a 2.500 gramas. Foram analisadas as variáveis, além do ano, idade materna, escolaridade materna, tipo de parto e idade gestacional. Para a análise da tendência de BPN, foi utilizado o modelo de Prais-Winsten e calculada a taxa de incremento anual (TIA) para analisar as variações temporais do baixo peso ao nascer. Foram incluídos no estudo 4.907.338 recém nascidos com peso inferior a 2.500 gramas. As proporções de BPN variaram de 7,95% a 8,58% ao longo da série, com tendência crescente e incremento anual de 0,3% (p<0,05). A proporção de BPN foi maior entre gestantes com < 8 anos de estudo, apresentando uma TIA de 0,9% (p<0,05). Em relação a idade materna, mães com idade superior a 35 anos, apresentaram uma proporção de BPN acima de 10% ao longo da série e com tendência estacionária (p<0,05). A proporção de BPN entre os partos cesáreos variou de 8,10% a 9,06% e com uma tendência crescente e taxa de incremento anual de 0,4% (p<0,05). Em relação, ao tempo de gestação a proporção de BPN reduziu de 60 a 39% entre gestações com menos de 37 semanas, apresentando redução anual de 1,1% (p<0,05). Isto permitiu identificar que ao longo dos 20 anos da série, o Brasil manteve uma alta proporção de BPN, sendo possível verificar a proporção do BPN em relação as variáveis, além de contribuir na análise mais ampla do BPN no Brasil e ajudar no fortalecimento às ações de vigilância de saúde materno-infantil, por meio de políticas públicas em saúde e ações intersetoriais, que contribuam para melhoria da qualidade de vida da gestante e assistência de pré-natal.Item Análise da qualidade e da confiabilidade da informação sobre contagem de carboidratos para pessoas com diabetes nos vídeos do YouTube Brasil(UFVJM, 2023) Guedes, Ana Luísa Simões; Silva, Edson da; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Edson da; Oliveira Filho, Paulo Messias de; Silva, Daniele Ferreira daIntrodução: As pessoas com condições crônicas de saúde estão usando cada vez mais os vídeos do YouTubeTM para se educarem sobre o manejo de suas enfermidades. Embora os vídeos relacionados à contagem de carboidratos no YouTubeTM sejam abundantes, ainda há escassez de pesquisas sobre análises da qualidade e da confiabilidade de seus conteúdos. Objetivo: Avaliar a qualidade e a confiabilidade dos vídeos mais populares sobre contagem de carboidratos para pessoas com diabetes no YouTubeTM. Método: Estudo exploratório, transversal, de abordagem qualiquantitativa conduzido em vídeos relacionados à contagem de carboidratos no YouTubeTM. Foram selecionados os 200 vídeos mais vistos usando o termo “contagem de carboidratos e diabetes”. Foram excluídos os vídeos com mais de 60 minutos, em idioma estrangeiro sem legenda em português do Brasil, duplicados (total ou parcialmente) e aqueles que não abordavam o tema. A busca ocorreu no dia 01/09/2022 e os vídeos foram avaliados, individualmente, por dois revisores treinados. A qualidade das informações dos vídeos foi avaliada por meio dos instrumentos DISCERN modificado e Global Quality Scale (GQS). O coeficiente Kappa de Cohen foi utilizado para medir a confiabilidade inter-examinador e os resultados foram apresentados como mediana e desvio padrão, quando apropriado. Resultados: 96 vídeos foram incluídos após aplicação dos critérios de exclusão. A mediana dos instrumentos DISCERN modificado e GQS foram, respectivamente, 13 (5-25) e 1 (1-5). Os vídeos têm medianas de 6,6 min. de duração, 307 visualizações, 26 reações positivas gostei e 2 comentários. A maioria é de caráter informativo e foi produzida por nutricionistas e médicos. No entanto, em geral os vídeos avaliados foram considerados de baixa qualidade e confiabilidade. Conclusão: Os vídeos do YouTubeTM sobre contagem de carboidratos e diabetes são populares no Brasil e tem baixa qualidade. Portanto, a utilização destes como ferramenta de educação em diabetes para leigos pode representar risco à saúde. Ademais, é incipiente a participação de profissionais de saúde na produção de vídeos com alta qualidade. Dessa forma, a educação da pessoa com DM deve incluir a conscientização de que essa mídia social pode não ser considerada uma fonte confiável de informações e gerenciamento do DM.