Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
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PPGCFAR - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
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Item Levantamento de plantas medicinais citadas por naturalistas do século XIX com registro de exsicatas recentes depositadas no Herbário Dendrológico Jeanine Felfili (HDJF-UFVJM)(UFVJM, 2022) Guimarães, Mônica Maciel; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Kato, Kelly Cristina; Machado, Evandro Luiz MendonçaNo século XIX, o Brasil foi visitado por naturalistas europeus, atraídos pelas riquezas naturais do país. Nesse período eram feitas expedições para explorar o “novo mundo”. Muitos dos que por aqui passaram eram grandes estudiosos que em meio a suas pesquisas botânicas deixaram um acervo enorme sobre dados etnobotânica em seus diários e anotações. Seguindo a perspectiva de estudar as plantas (muitas delas descritas por esses naturalistas), os Herbários são fontes importantes que contribuem com o registro e documentação das plantas, onde são depositadas em forma de exsicatas. Os objetivos deste trabalho foram: o levantamento das plantas medicinais citadas por naturalistas do século XIX e que tem exsicatas depositadas no Herbário Dendrológico Jeanine Felfili – HDJF; verificar se essas espécies vegetais têm sido estudadas sob os aspectos químico e farmacológico, além de observar se têm sido avaliadas quanto a outras atividades biológicas; fornecer os dados obtidos ao HDJF, que poderá disponibilizá-los para usuários e para eventuais pesquisadores que buscarem informações no herbário visando futuras pesquisas na área de produtos naturais. O levantamento bibliográfico delimitou publicações do período de 2015-2021 nas bases de dados Pubmed, Scielo e Periódicos Capes e Google acadêmico. Pode-se concluir que em meio a tantas plantas medicinais, muitas possuem atividade comprovada já citada pelos naturalistas, para outras há indicações de usos diferentes ou ainda faltam estudos acerca de suas atividades biológicas e fitoquímicas; sendo assim, o estudo dessas plantas é uma fonte promissora para novas descobertas e os herbários se mostram ferramentas que contribuem com esses estudos uma vez que são fontes para depósitos de espécies medicinais e/ou úteis à humanidade.Item Fitoquímica e atividades biológicas de Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae)(UFVJM, 2015) Barroso, Poliana Ribeiro; Gregório, Luiz Elídio; Martins, Helen Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gregório, Luiz Elídio; Martins, Helen Rodrigues; Santana, Marcos Aurélio; Grael, Cristiane Fernanda FuzerAs plantas medicinais são fontes promissoras de novas drogas, em que a região do Cerrado se destaca pela sua vasta biodiversidade. Dentre as plantas medicinais utilizadas nesta região se encontra a espécie Miconia ferruginata DC. que é conhecida como pixirica-do-campo ou babatenão. Esta espécie é utilizada no tratamento de doenças de pele, e outras de origens inflamatórias, parasitárias e infecciosas, porém os estudos químicos são escassos. Assim, os objetivos deste trabalho foram avaliar o perfil químico e o potencial biológico da M. ferruginata (Melastomataceae). A espécie foi coletada no município de Diamantina, MG do qual foram preparados os extratos aquosos e etanólicos das folhas/flores e do caule. Por meio da triagem fitoquímica e das análises de CLAE-DAD-EM obteve-se um perfil químico rico em compostos fenólicos. Foi possível a identificação da presença de taninos, ácidos fenólicos, flavonoides, e derivados glicosilados da quercetina. Pela análise dos constituintes voláteis por CG-EM foi possível identificar a presença de quatorze compostos, sendo eles pertencentes as classes dos sesquiterpenos, hidrocarbonetos, monoterpenos, fenilpropanoides e alcoóis. No qual os sesquiterpenos β-cariofileno e α-humuleno foram os compostos majoritários, os quais são associados na literatura a diversas atividades biológicas, em especial a ações anti-inflamatórias, antifúngicas e antitumorais. A análise das frações por CG-EM e CLAE-DAD foi possível identificar catequinas, ácido gálico e flavonóis nos extratos aquosos e ésteres graxos e as subclasses das flavonas e flavonóis nos extratos etanólicos. Nas avaliações biológicas os extratos etanólicos e aquosos apresentaram baixa toxicidade em células de mamíferos, em que a concentração selecionada para a avaliação das demais atividades biológicas foi de até 500 μg/mL. Para a atividade antitumoral, os extratos apresentaram um grande potencial concentração dependente, com valores de IC50 variando de 56,44 a 180,4 μg/mL. Bem como o tempo de exposição aumentou a potência de todos os extratos. Também foi observado que os extratos aquosos promoveram a inibição da proliferação de linfócitos estimulados por mitógenos, apresentando uma eficácia em relação à dexametasona, de 39,94% para o extrato das folhas a 45 μg/mL, e de 57,3%, 137,4% e 251,8% para os extratos do caule a 15, 20 e 30 μg/mL, respectivamente. Este efeito proliferativo pode estar relacionado ao potencial anti-inflamatório da M. ferruginata, relatada na medicina popular. Possivelmente, as atividades biológicas estão relacionadas ao rico perfil químico desta espécie, principalmente em compostos fenólicos. Para as atividades antimicrobianas, tripanocida 9 e leishmanicida não foram observadas a inibição do crescimento ou toxicidade frentes as cepas avaliadas. Desta forma este trabalho contribuiu para o conhecimento químico e biológico da M. ferruginata. Porém ensaios futuros utilizando as frações e substâncias isoladas, se fazem necessários para fortalecer os dados aqui apresentados e para demonstrar quais os mecanismos moleculares envolvidos nas atividades biológicas investigadas.