Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/425fe665-3f43-4ee7-b426-8533aac97a09
PPGCFAR - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
Browse
Search Results
Item Prontuários médico das unidades de atenção primária à saúde: segurança do medicamento na Rede de Atenção à Saúde(UFVJM, 2017) Cruz, Hellen Lilliane da; Santos, Delba Fonseca; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Costa, Magnania Cristiane Pereira da; Araújo, Lorena UlhôaA maioria das doenças crônicas são consideradas problemas de saúde pública, e são conhecidas mundialmente como as principais causas de óbitos e internações hospitalares. A hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus estão incluídos neste grupo, representando as principais causas de morte em todo o Brasil. Considerando seus múltiplos fatores, é necessário repensar os modelos assistenciais. Para isso estratégias para promover acesso ao cuidado primário, têm sido desenvolvidas, com o objetivo de garantir a segurança do paciente, no uso do medicamento. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar as características dos sistemas de informações de saúde e prontuários médicos, para analisar os sinais de segurança do pacientes com doença crônica na atenção primária de Diamantina, Minas Gerais. A pesquisa consistiu em um estudo transversal, descritivo observacional de associação e exploratório. A análise de dados mostra uma cobertura populacional de 94,1%; média consulta médica de 0,76 consultas/ano; dentre os atendimentos, 23,1% foram destinados aos usuários hipertensos e 7,30% aos diabéticos; no sistema hospitalar foi registrada 12,2% das internações por condições sensíveis a atenção primária sendo a angina responsável por 18,9% das internações. Nos prontuários médicos, a média de idade do paciente foi de 62,1 ± 14,3 anos. O número de cuidados básicos de enfermagem (95,5%) prevaleceu e as consultas médicas foram de 82,6%. A polifarmácia foi registrada em 54,0% da amostra e a revisão das listas de medicamentos revelou que 67,0% dos medicamentos incluíam pelo menos um risco. Os riscos mais comuns foram: interação medicamentosa (57,8%), risco renal (29,8%), risco de queda (12,9%) e duplicidade terapêutica (11,9%). Os fatores associados à história de erros de medicamentos foram doenças crônicas e polifarmácia, que persistiram em análises multivariadas, com doenças crônicas RP ajustadas, diabetes RP 1.55 (95% IC 1.04-1.94), diabetes / hipertensão RP 1.6 (95% IC 1.09-1.23) e polifarmácia RP 1,61 (95% IC 1,41-1,85), respectivamente. Os resultados indicam que a atenção primária como coordenadora da rede de atenção à saúde de Diamantina, para doenças crônicas, é complexa e precisa ser reestruturada. Para isso é necessário sincronizar os serviços de saúde por meio da transferência e processamento de informações, para alcançar o objetivo comum fornecer cuidado continuo e centrado no paciente.Item Desconformidades no atendimento e nos registros dos usuários diabéticos da atenção primária no município de Diamantina-MG em 2015: implicações no cuidado ao paciente(UFVJM, 2017) Almeida, Carole Gusmão de; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Ferreira Júnior, Cláudio Luiz; Xavier, Marcelo de Sousa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Araújo, Lorena Ulhôa; Santos, Antonio SousaO Diabetes Mellitus (DM) é considerado um problema de saúde pública, os principais fatores de risco para seu desenvolvimento são sedentarismo, excesso de peso, tabagismo e alimentação inadequada. A necessidade no desenvolvimento de estudos com ênfase na prevenção primária, controle da incidência e complicações do DM demonstra a importância deste estudo que teve como objetivo, traçar o perfil epidemiológico do paciente diabético usuário da rede pública no município de Diamantina- MG no decorrer do ano de 2015. Os dados foram coletados a partir de 112 prontuários armazenados nas ESFs deste município, onde se constatou que: aproximadamente 50% dos pacientes receberam cerca de 2 consultas ao ano (índice considerado baixo), a média de idade destes pacientes era de 63 anos sendo prevalente o sexo feminino e predomínio do diabetes tipo 2, cerca de 60% destes foram classificados como acima do peso. Foram consumidos em média 5 medicamentos/dia por paciente; 10,7% apresentaram relatos de automedicação, 30% dos pacientes entre 51-60 anos tiveram algum tipo de reação aos medicamentos. A politerapia foi o esquema terapêutico dominante, sendo a metformina associada com glibenclamida os hipoglicemiantes mais utilizados; aproximadamente 25% dos indivíduos tiveram alterações na dose do medicamento consumido no decorrer do estudo. Sobre as comorbidades, destacaram-se: hipertensão, acometendo cerca de 80% dos usuários e problemas oftalmológicos abrangendo 23% dos usuários. Houve elevado índice de pacientes com valor glicêmico alterado e deficiência no monitoramento através de análises laboratoriais. Ao todo 17 pacientes apresentaram diabetes de forma descompensada. Averiguou-se através dos dados deficiência na implantação de grupos de acompanhamentos coletivos assim como falhas nos registros por meio de prontuários, houve também limitação na disponibilidade da oferta de acompanhamento através de equipe multiprofissional. Tais análises trouxeram como conclusão a deficiência da equipe em fornecer atendimento integral aos usuários do SUS, com falhas na padronização de atendimento e implantação das normas preconizadas pelos protocolos fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde - Minas Gerais. Ressalta-se também a importância de se registrar os procedimentos o que propiciaria a continuidade de informações colaborando para um atendimento íntegro ao paciente.