PPGES - Mestrado Profissional Interdisciplinar em Ensino em Saúde (Dissertações)

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    O enfermeiro e a formação pedagógica na área da saúde: construindo uma identidade docente
    (UFVJM, 2019) Pereira, Juliana Andrade; Oliveira, Wellington de; Barbosa, Henrique Andrade; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Miranda, João Luiz de; Barbosa, Henrique Andrade; Pereira, Diogo Neves; Soares, Wellington Danilo
    Objetivo: Compreender o processo de formação profissional de enfermeiros do campo da docência. Matérias e Métodos: Este estudo se caracteriza como uma pesquisa descritiva, exploratória, qualitativa e com abordagem em história oral. Foi desenvolvida durante o primeiro semestre do ano de 2019. Para o processo de análise de dados foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin. Foram incluídos enfermeiros docentes, atuantes nas seguintes áreas: curso de graduação em Enfermagem; curso técnico; e nos programas de Mestrado e Doutorado em Ciência da Saúde. A amostra foi por cotas, sendo composta por 14 enfermeiros docentes que foram divididos por especialidades sendo: uma graduada, três especialistas, três residentes, três mestres, três doutores e uma pós-doutora. Utilizou-se um roteiro semiestruturado para coleta de dados, realizada na Universidade Pública, durante o turno matutino, nos meses de janeiro e fevereiro de 2019. Os depoimentos foram gravados e transcritos na íntegra. O projeto de pesquisa foi aprovado com parecer 3.085.605/2018. O estudo está organizado em revisão de literatura, no qual se buscou traçar o que é história da enfermagem, história da enfermagem moderna, história da enfermagem no Brasil, Ana Neri, formação do enfermeiro (a), bacharelado, licenciatura, ser professor (a), ser professor na enfermagem, competência do enfermeiro docente e profissional, enfermeiro docente e seu processo de formação. Resultados e Discussão: Os discursos dos entrevistados retratam aspectos únicos, singulares que revelaram as percepções variadas acerca da temática do estudo. Nesta perspectiva, é relevante ressaltar que existem algumas diferenças na formação dos enfermeiros na área da docência. A maioria dos entrevistados afirma que não tinha a enfermagem como à primeira escolha em relação ao curso de graduação, alguns queriam medicina, odontologia ou algum curso na área da saúde, e que a identificação com a profissão surgiu com o passar dos períodos. E em relação à formação pedagógicos os entrevistados relatam que não tiveram disciplinas na graduação volta para a docência que a formação deles eram para atuar como enfermeiro assistencial. Os enfermeiros docentes entram nesta nova profissão por diversos motivos e ao longo do tempo vão criando os seus próprios métodos de ensino e buscam capacitações, especializações, mestrado e doutorado. Considerações Finais: Salienta-se com este estudo que a identidade do enfermeiro assistencial ou do enfermeiro docente está em processo de transformação constante, que a identidade profissional é algo que a cada dia se modifica por este motivo torna-se necessários novos estudos com outras abordagens metodológicas.
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    Perfil de estudantes de Enfermagem e suas percepções sobre o uso de metodologias ativas em seu processo formativo
    (UFVJM, 2019) Colares, Karla Taísa Pereira; Oliveira, Wellington de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Wellington de; Miranda, João Luiz de; Cambraia, Rosana Passos
    Diante das transformações na sociedade contemporânea, especialmente, no que tange a evolução tecnológica e ao volume crescente de informações, as discussões acerca dos processos de ensino e aprendizagem na formação dos profissionais de saúde, têm sido ampliadas. Em um cenário, em que o perfil do estudante e a realidade educacional mudaram, há novas expectativas de desempenho para estes profissionais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos da saúde apontam para a necessidade de um ensino crítico-reflexivo e implementação de estratégias metodológicas que estimulem o estudante a refletir sobre a realidade social e aprenda a aprender. Neste contexto, vários estudos têm discutido sobre o uso das metodologias ativas no âmbito da formação profissional em saúde. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo é descrever o perfil dos estudantes de Enfermagem da Faculdade Vale do Gorutuba e suas percepções sobre o uso de metodologias ativas em seu processo formativo. Esta instituição de ensino superior localiza-se no município de Nova Porteirinha, no Norte de Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e de abordagem quantitativa, na qual os dados foram coletados a partir da aplicação de um questionário estruturado, com auxílio de uma ferramenta online. Responderam ao questionário 111 estudantes que atenderam aos critérios de inclusão e consentiram sua participação por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise e interpretação dos dados foram realizadas com o auxílio do aplicativo de informática Excel 2010 e posterior articulação com a literatura consultada. Os resultados demonstram uma população predominantemente constituída por jovens do sexo feminino, solteiros, trabalhadores, com renda familiar de até três salários mínimos, oriundos de escola pública e residentes no munícipio de Janaúba. Observou-se uma percepção positiva em relação ao uso das metodologias ativas, o que desmistifica a ideia de que os estudantes tenham resistência ao uso de novas metodologias. As metodologias ativas têm demonstrado contribuir para a inovação no ensino em saúde e para a formação de profissionais com o perfil delineado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. No entanto, sua adoção consiste ainda em um desafio que envolve o enfrentamento de obstáculos que vão desde aspectos estruturais até concepções pedagógicas. É possível sugerir que o conjunto de informações aqui apresentado possa subsidiar algumas reflexões e decisões institucionais. Por fim, salienta-se que o uso das metodologias ativas não excluem as contribuições da metodologia tradicional.
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    O ser preceptor na enfermagem: do entendimento às contribuições
    (UFVJM, 2016) Almeida, Herlon Fernandes de; Cury, Geraldo Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cury, Geraldo Cunha; Ferreira, Paulo Henrique da Cruz; Campos, Luciana de Freitas
    O estágio supervisionado é disciplina obrigatória no currículo do curso de enfermagem em atendimento às normas constantes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Diretrizes Curriculares Nacionais de Enfermagem, dentre outras normatizações de âmbito nacional, estadual e institucional. A efetivação desta prática de estágio é feita a partir de convênios celebrados entre a instituição de ensino superior e as de saúde, que recebem os estagiários em processo de formação nos dois últimos semestres do curso de enfermagem. Neste processo os profissionais que atuam na instituição de saúde assumem a função de preceptor, responsáveis por acompanhar, orientar e avaliar os discentes na práxis cotidiana do profissional de enfermagem. A contribuição desses profissionais na construção do conhecimento teórico/prático dos estagiários vai também ao encontro dos preceitos contidos no artigo 6º da lei nº 8080/90 do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o processo de estágio, o docente, titular da disciplina é o corresponsável pelo acompanhamento, avaliação e orientação das ações desenvolvidas pelos alunos, conforme plano de ensino e projeto de estágio. Com base na experiência adquirida quando na função de professor substituto do curso de enfermagem atuando em campos de estágio, portanto, conhecedor da proposta institucional de ensino e das situações vivenciadas pelos enfermeiros preceptores no momento de realização da prática, é que foi proposta a realização desta pesquisa, que teve como objetivo principal estudar a compreensão dos enfermeiros que atuam como preceptores de estágio sobre o ser preceptor e suas contribuições para a formação dos discentes deste curso. Trata-se de um estudo exploratório/descritivo, de abordagem qualitativa, utilizando como instrumento de coleta entrevistas semiestruturadas. O quantitativo dos entrevistados foi limitado conforme os critérios de inclusão e de saturação e os dados analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin. Como resultados, foram identificadas três categorias de análise: estágio supervisionado e suas contribuições, o ser preceptor na formação acadêmica e integração academia e serviço de saúde. Foi possível com o estudo entender a compreensão dos enfermeiros sobre o ser preceptor, a relação entre os profissionais das instituições - a proponente e a parceira no desenvolvimento do estágio supervisionado e revelar processos que podem ser alterados para que haja uma melhora no desenvolvimento do estágio supervisionado.
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    Análise da construção de objetos de aprendizagem para ensino de enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
    (UFVJM, 2016) Fróes, Karine Alencar; Vieira, Flávio César Freitas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Flávio César Freitas; Almeida, Rosiney Rocha; Salvador, Lucimar Daniel Simões
    A contínua e acelerada evolução dos conhecimentos na atualidade tem gerado a necessidade de atualização e aprendizado contínuo do homem, além da exigência do mercado por profissionais com mais qualificação, novas competências e habilidades. Diante desse cenário, na educação, tem se construído novas concepções pedagógicas a partir do uso dos novos recursos tecnológicos. A Enfermagem acompanha o contexto apresentado. Percebeu-se o aumento na produção de tecnologias pela Enfermagem, nas áreas educacionais, assistenciais e gerenciais. Recursos tecnológicos, como os objetos de aprendizagem (OA), tornam-se importantes estratégias à medida que possibilitam superar as barreiras para a realização das experiências práticas, permitindo ao estudante uma aproximação com a realidade. A Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apresenta experiência na elaboração de OA para o ensino de enfermagem. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo compreender o processo de elaboração de objetos de aprendizagem no ensino de enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul durante o período de 2010 a 2014. Para a realização do estudo optou-se pela pesquisa básica, exploratória, descritiva, cujos procedimentos técnicos incluem a pesquisa bibliográfica, documental, a abordagem qualitativa e o estudo de caso. A amostra foi constituída por um total de cinco docentes de enfermagem da UFRGS. Para a realização da coleta dos dados optou-se, como instrumento, a entrevista estruturada. A análise documental da pesquisa foi constituída por projetos de desenvolvimento de OA, além de documentos referentes à implantação do núcleo de informática na referida escola. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo. Ficou evidente que o desenvolvimento de um OA é complexo e está relacionado com diversos fatores, como paradigmas educacionais, ferramentas tecnológicas, equipe multidisciplinar, metodologias de elaboração e teorias e métodos de ensino/aprendizagem. Evidenciou-se, também, que fatores como orçamento, infraestrutura, a falta de conhecimento técnico e teórico sobre OA e o acúmulo de atividades por parte dos docentes de enfermagem interferem na implementação de projetos de desenvolvimento de OA. No estudo, ficou perceptível a necessidade de uma opção consciente e reflexiva por parte dos docentes de enfermagem em relação aos aspectos que envolvem o desenvolvimento de um OA, como a concepção e características dos objetos, enfoques pedagógicos e metodologia de desenvolvimento. Foi possível observar concordância e discordâncias relacionadas a enfoques pedagógicos, além da determinação de “etapas” de metodologia de produção, mesmo que de forma intuitiva. A partir da análise dos discursos dos entrevistados e das diferentes metodologias abordadas, o presente estudo propõe um novo “Processo de Desenvolvimento de Objeto de Aprendizagem”, com o intuito de reunir em um único método os principais elementos destacados pelos diferentes autores citados na pesquisa que propõem metodologias de construção de objetos.
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    Ensino em enfermagem: dimensão política, pedagógica e perfil docente na formação profissionalizante
    (UFVJM, 2015) Ornelas, Haline Falcão de; Alves, Thamar Kalil de Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alves, Thamar Kalil de Campos; Santos, Geraldo Márcio Alves dos; Oliveira, Wellington de
    Esse estudo teve como objetivo compreender a formação técnica profissional em enfermagem no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Câmpus Januária, tanto em relação à dimensão política, ao assumir a intencionalidade e compromisso com a formação pretendida, quanto à dimensão pedagógica, ao adotar uma organização curricular e metodológica coerentes com os propósitos estabelecidos e analisar o perfil docente em relação à formação e à trajetória profissional. Nesse sentido o estudo foi exploratório, descritivo, de enfoque qualitativo, adotando o delineamento de pesquisa bibliográfica e documental, com análise do Projeto Político Pedagógico (PPP), Matriz Curricular, Planos de Ensino e Currículo Lattes dos docentes do curso supracitado. Ao analisar a dimensão política observou-se a intencionalidade de formar um cidadão que, orientado pelo paradigma político social do SUS, atue de forma integral, reflexiva, humana, ética, critica e transformadora. Em relação à dimensão pedagógica, evidenciou-se uma relação teórica e prática dicotômica, matriz curricular organizada por disciplinas, maior carga horária disponível às disciplinas essencialmente técnicas, opção por conteúdos tecnicistas, centrados em tarefas, com foco no individuo doente, numa perspectiva reducionista e fragmentada da assistência, evidenciando, assim, a persistência do modelo biomédico. Assim sendo, conclui-se que a dimensão pedagógica não apresenta coerência com a dimensão política estabelecida no PPP, ou seja, há uma discrepância entre a intencionalidade de formação e a organização curricular e metodológica. Quanto ao perfil docente, concluiu-se que são enfermeiras, especializadas, com tempo breve de exercício profissional na área da saúde, iniciando a trajetória na área da educação, exercendo a docência em dedicação exclusiva, a maioria sem formação pedagógica e inserida na pós-graduação stricto sensu. Pondera-se que a ausência de formação pedagógica das docentes se constituiu como limitador para o processo de desenvolvimento de uma dimensão pedagógica coerente com a dimensão política. Pensa-se o contexto atual, com a inserção da maioria das docentes na pós-graduação stricto sensu, como propício a superação desses desafios, em que a reflexão e análise da práxis possam nortear um processo de desconstrução de conceitos, significados, construção e (re) configuração de saberes, de interlocução com questões sociais, políticas de diferentes ordens, rompendo com o caráter instrumentalista e tecnicista, conduzindo à estruturação de uma identidade docente comprometida com uma formação integral, que assegure um cuidado em saúde voltado para o ser humano em sua subjetividade e que assuma o compromisso ético e político de refletir, (re) conhecer a realidade em que se insere. Assim, é necessário que se estabeleçam tempos e espaços dereflexão coletiva, considerando a realidade e fundamentando-se na mesma os caminhos a serem percorridos, no permanente processo de reinvenção do trabalho e das formas de aprender, ensinar e de cuidar.
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    Avaliação dos clientes externos de um hospital sobre a qualidade dos serviços de enfermagem
    (UFVJM, 2015) Ferreira, Paulo Henrique da Cruz; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Guedes, Helisamara Mota; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Guedes, Helisamara Mota; Alves, Marilia; Araújo, Alisson
    RESUMO Estudo de caráter quantitativo e descritivo, que objetivou avaliar a qualidade da assistência de enfermagem e a satisfação do cliente externo de um hospital pólo, referência para a região ampliada de saúde. Para coleta de dados utilizou-se o instrumento adaptado e validado no Brasil, intitulado de Instrumento de Satisfação do Paciente (ISP). Análises descritiva e univariada foram conduzidas. Dentre os clientes 53,4% era do sexo masculino, 43% com ensino fundamental incompleto, 52,9% casados, média de idade de 53,3 anos, média de internação hospitalar de 6,4 dias, 51,1% era a primeira internação na instituição. Os resultados apontaram que na avaliação dos três domínios, percebemos que os clientes externos relataram satisfação com o cuidado de enfermagem recebido uma vez que obtivemos uma média total de 3,7%, sendo que o domínio profissional foi o melhor avaliado seguido respectivamente pelos domínios de confiança e educacional. Esperamos que tais resultados forneçam ferramentas para subsidiar a gestão do serviço de enfermagem da instituição e forneça subsídios para a melhoria no processo de trabalho.
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    Ensino em enfermagem: dimensão política, pedagógica e perfil docente na formação profissionalizante
    (UFVJM, 2015) Ornelas, Haline Falcão de; Alves, Thamar Kalil de Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Geraldo Márcio Alves dos; Oliveira, Wellington de; Alves, Thamar Kalil de Campos
    RESUMO Esse estudo teve como objetivo compreender a formação técnica profissional em enfermagem no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Câmpus Januária, tanto em relação à dimensão política, ao assumir a intencionalidade e compromisso com a formação pretendida, quanto à dimensão pedagógica, ao adotar uma organização curricular e metodológica coerentes com os propósitos estabelecidos e analisar o perfil docente em relação à formação e à trajetória profissional. Nesse sentido o estudo foi exploratório, descritivo, de enfoque qualitativo, adotando o delineamento de pesquisa bibliográfica e documental, com análise do Projeto Político Pedagógico (PPP), Matriz Curricular, Planos de Ensino e Currículo Lattes dos docentes do curso supracitado. Ao analisar a dimensão política observou-se a intencionalidade de formar um cidadão que, orientado pelo paradigma político social do SUS, atue de forma integral, reflexiva, humana, ética, critica e transformadora. Em relação à dimensão pedagógica, evidenciou-se uma relação teórica e prática dicotômica, matriz curricular organizada por disciplinas, maior carga horária disponível às disciplinas essencialmente técnicas, opção por conteúdos tecnicistas, centrados em tarefas, com foco no individuo doente, numa perspectiva reducionista e fragmentada da assistência, evidenciando, assim, a persistência do modelo biomédico. Assim sendo, conclui-se que a dimensão pedagógica não apresenta coerência com a dimensão política estabelecida no PPP, ou seja, há uma discrepância entre a intencionalidade de formação e a organização curricular e metodológica. Quanto ao perfil docente, concluiu-se que são enfermeiras, especializadas, com tempo breve de exercício profissional na área da saúde, iniciando a trajetória na área da educação, exercendo a docência em dedicação exclusiva, a maioria sem formação pedagógica e inserida na pós-graduação stricto sensu. Pondera-se que a ausência de formação pedagógica das docentes se constituiu como limitador para o processo de desenvolvimento de uma dimensão pedagógica coerente com a dimensão política. Pensa-se o contexto atual, com a inserção da maioria das docentes na pós-graduação stricto sensu, como propício a superação desses desafios, em que a reflexão e análise da práxis possam nortear um processo de desconstrução de conceitos, significados, construção e (re) configuração de saberes, de interlocução com questões sociais, políticas de diferentes ordens, rompendo com o caráter instrumentalista e tecnicista, conduzindo à estruturação de uma identidade docente comprometida com uma formação integral, que assegure um cuidado em saúde voltado para o ser humano em sua subjetividade e que assuma o compromisso ético e político de refletir, (re) conhecer a realidade em que se insere. Assim, é necessário que se estabeleçam tempos e espaços de reflexão coletiva, considerando a realidade e fundamentando-se na mesma os caminhos a serem percorridos, no permanente processo de reinvenção do trabalho e das formas de aprender, ensinar e de cuidar.