PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Padrões espaciais, temporais e funcionais de populações arbóreas em duas fitofisionomias do Cerrado
    (UFVJM, 2019) Ferreira, Mateus de Souza; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Almeida, Hisaias de Souza
    O presente estudo, conduzido na Fazenda Experimental Campus do Moura, em Curvelo, MG, objetivou avaliar as populações de Astronium fraxinifolium, Magonia pubescens, e Qualea parviflora no Cerrado stricto sensu (CSS) e Cerradão (CD), sendo analisada a influência das variáveis ambientais sobre as taxas de dinâmica, assim como analisar o crescimento em circunferência correlacionando com as variáveis climáticas e compreender a relação planta-ambiente por meio de estudos relacionados aos atributos foliares, fenológicos e ecofisiológicos. Para avaliar a dinâmica populacional, em 2010 foi realizado um inventário florestal, onde foram alocadas 25 parcelas de forma sistemática sendo identificados e medidos todos os indivíduos vivos com DAP ≥ 5,0cm a 1,30m de altura. No segundo inventário, em 2015, foram adotados os mesmos critérios da amostragem anterior, sendo remedidos os sobreviventes, registrados os mortos e identificados os recrutas. Para utilizar a análise de correlação de Pearson entre as variáveis edáficas e variáveis de dinâmica, foram coletadas amostras de solo para determinação das análises química e granulométrica. Para avaliar o ritmo de crescimento cambial foram instalados nos troncos dos indivíduos faixas dendrométricas artesanais permanentes para mensuração do crescimento. As medições dos incrementos de circunferência do tronco e fenologia foram realizadas mensalmente no período de outubro/2017 a setembro/2018. Os dados mensais de temperaturas mínimas e máximas (°C) e precipitação mensal (mm) foram obtidos através da estação meteorológica do INMET. Para avaliar a influência da sazonalidade nos padrões de crescimento e fenologia, foram aplicadas correlações de Pearson. Para avaliar os atributos funcionais foram definidos grupos com bases nos dados ecofisiológicos, densidade da madeira, atributos foliares e eventos fenológicos. A partir disso, foram realizadas coletas de 10 folhas de cada indivíduo em quatro períodos: início e pico da estação chuvosa e seca. Para a determinação das variáveis ecofisiológicas utilizou-se o fluorômetro portátil posicionado no centro do limbo foliar. Para densidade da madeira foram retiradas amostras do tronco de cada árvore com auxílio do trado dendrométrico. A densidade da madeira foi determinada a partir da razão entre peso seco final e o volume saturado inicial da amostra. Para avaliar o grau de correlação entre as variáveis coletadas e as espécies em estudo, foi realizado análises de componentes principais (PCA). Os resultados da dinâmica populacional mostraram que a mortalidade foi maior que o recrutamento, mas mesmo assim houve ganho em área basal no CSS. No CD houve redução tanto no número de indivíduos, quanto em área basal, isso devido à alta taxa de mortalidade. Em ambos ambientes os resultados mostraram que as mudanças ocorreram de forma mais acelerada nas duas primeiras classes diamétricas. A análise de correlação mostrou que, as variáveis edáficas que sintetizam fertilidade e que compõem a granulometria influenciaram positivamente nas taxas de dinâmica, enquanto as que sintetizam acidez e toxicidade por alumínio influenciaram negativamente. Em relação ao incremento cambial foi observado um crescimento acentuado entre os meses de outubro a março, onde essas espécies apresentaram maiores variações. O estudo fenológico mostrou que durante os meses secos, houve um aumento na deciduidade das espécies, enquanto no período chuvoso houve um grande aumento na geração de novas folhas; quanto a frutificação as espécies produziram frutos em apenas uma época. Os resultados das correlações de Pearson, mostraram que todas as fenofases as espécies em ambos ambientes se mostraram forte e positivamente relacionadas com a temperatura máxima, média, precipitação mensal e as fenofases (brotação, queda foliar e frutificação). Os resultados dos atributos funcionais mostraram que ao analisar todas as populações de forma agrupada, o resultado da PCA foi significativo, porém não houve separação das espécies por grupos funcionais, sendo então optado por analisar as populações separadamente. Dessa forma, os resultados para as espécies analisadas individualmente, mostraram que houve um agrupamento dos indivíduos por ambiente, sendo as variáveis que mais contribuíram foram os atributos foliares e fenológicos, influenciados pelos intervalos da sazonalidade climática.
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    Vellozia ramosissima: estrutura populacional, anatomia foliar e avaliação nutricional em áreas de Complexos Rupestres, sob diferentes substratos, na Serra do Espinhaço, MG
    (UFVJM, 2016) Batista, Denise de Souza; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Francino, Dayana Maria Teodoro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Francino, Dayana Maria Teodoro; Costa, Fabiane Nepomuceno da; Gonzaga, Anne Priscila Dias
    O objetivo deste trabalho é entender os processos ecológicos que orientam a distribuição espacial e estrutura vegetacional da espécie Vellozia ramosissima e também analisar a anatomia foliar, a nutrição e a ecofisiologia, inter-relacionados com a análise do solo, para reconhecer a plasticidade desta espécie em áreas de Complexos Rupestres Quartzíticos (CRQs) e Ferruginosos (CRFs). A coleta de dados foi baseada na amostragem de uma parcela de 50x50m em quatro áreas em Complexos Rupestres: duas áreas localizadas em afloramentos quartzíticos e duas em ferruginosos. Nas parcelas, todos os indivíduos com altura maior ou igual a um metro foram mapeados, o padrão de distribuição espacial foi avaliado utilizando a função K de Ripley. O método de Sturges foi utilizado para definição do número de classes diamétricas e de altura. As análises de solos avaliaram: pH, teores de P, K+, Ca2+, Mg2+ e Al3+; acidez potencial (H+Al), CTC a pH 7,0 (T); CTC efetiva (t), soma de bases (SB), saturação por bases (V%), saturação por alumínio (m%), areia (fina e grossa), silte, argila e equivalente de umidade (EU). Para anatomia foliar foram estimados a área foliar e cortes anatômicos foliares (fotomicrografias). Para cada imagem foram mensurados os parâmetros anatômicos: espessura da cutícula, da epiderme (nas faces adaxial e abaxial), do parênquima paliçádico e lacunoso, da extensão da bainha voltada para o feixe vascular (hipoderme), da hipoderme voltada para fenda e altura da fenda estomática. O material coletado para a nutrição foliar e de raiz foi processado e determinados os nutrientes: N; P; K+; Ca2+; Mg2+; Zn2+; Fe2+; Mn2+; Cu; C; H+ e Al3+. O fluorômetro portátil modulado MINI-PAM, foi utilizado para fazer as medições pontuais das variáveis: fotorrespiração e rendimento quântico efetivo. Nas quatro áreas foram levantadas o total de 2542 indivíduos com a seguinte distribuição: 158 indivíduos na área CRQ1, 682 na área CRQ2, 39 em CRF1e 1663 em CRF2. A função K de Ripley calculada para as quatro áreas rejeitaram a hipótese de completa aletoriedade espacial, demonstrando, no geral, um padrão de distribuição agregado. A estrutura diamétrica e de altura das quatro áreas seguem um aumento gradativo da frequência de indivíduos nas quatro primeiras classes, exceto para área CRF1. As análises de solos demonstram baixa fertilidade e textura arenosa com baixa capacidade de retenção de umidade, além de toxidade por metais como: Mn2+ e Al3+, para as áreas CRF2 e CRQ2, respectivamente. Há uma similaridade na organização estrutural da anatomia foliar, nas quatro populações, com características típicas de espécies de ambientes xeromórficos, como: presença de cutícula espessa, fibras subepidérmicas, hipoderme aquífera e sistema vascular bem desenvolvidos, além de fendas estomáticas. Em termos nutricionais a espécie apresenta baixos níveis de requerimentos, foram observados altos concentrações de metais pesados (Mn2+ e Al3+) nas folhas e raízes da espécie. As variáveis ambientais: altitude, temperatura, umidade relativa do ar e radiação influenciam diretamente na atividade de fotossíntese que é complexa e sujeita a influências regulatórias, internas e ambientais. Foram observadas características funcionais como plasticidade representada pela resposta morfo-anatômica e ecofisiológica nesta espécie.