PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Projeção diamétrica com base em dados observados antes e após o desbaste em povoamentos de eucalipto
    (UFVJM, 2017) Lacerda, Talles Hudson Souza; Nogueira, Gilciano Saraiva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nogueira, Gilciano Saraiva; Araújo Junior, Carlos Alberto; Oliveira, Márcio Leles Romarco de
    O objetivo desse trabalho foi avaliar, do ponto de vista estatístico e biológico, simulações realizadas por dois modelos de distribuição diamétrica, ajustados pelos métodos de aproximação linear e máxima verossimilhança, em plantações de eucalipto submetidos a desbaste. Os dados foram provenientes de um povoamento híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, sob regime de desbaste, localizado no nordeste da Bahia, vinculados à empresa BAHIA SPECIALTY CELLULOSE. Os dados utilizados neste estudo foram obtidos nas idades 27, 40, 50, 61, 76, 87, 101, 112, 122, 137, 147, 158 e 165 meses. Esse povoamento foi submetido a tratamentos de remoção seletiva de 20%, 35% e 50%, nas idades 58 e 142 meses. Utilizou-se dois modelos de distribuição diamétrica, empregando bases de dados observadas aos 27 meses (antes do primeiro desbaste), aos 61 meses (após o primeiro desbaste) e aos 147 meses (após o segundo desbaste). Por meio dos modelos gerou-se três sistemas, os quais se diferiram no método de ajuste da função Weibull. No sistema 1 os parâmetros da função Weibull foram ajustados pelo método de aproximação linear. No sistema 2 e no sistema 3, os parâmetros foram ajustados pelo método da máxima verossimilhança. As projeções realizadas pelos sistemas foram confrontadas com as distribuições diamétricas observadas, por meio do teste de aderência Kolmogorov-Smirnov a 1% de significância, e pelo teste F de Graybill, com nível de significância de 5%. Os três sistemas proporcionaram distribuições diamétricas projetadas estatisticamente semelhantes às observadas, antes e após o desbastes. O sistema 2 apresentou um maior percentual de projeções não significativas para os dois testes estatísticos empregados. As simulações realizadas pelos modelos apresentaram realismo estatístico e tendência do crescimento da distribuição de diâmetros para diferentes porcentagens de desbaste. Houve maior eficiência dos modelos ao se utilizar distribuições diamétricas observadas em idades imediatamente antes do desbaste. As projeções das distribuições diamétricas, empregando-se como base inicial as distribuições observadas antes do primeiro desbaste e imediatamente após os desbastes (simulações 1, 2 e 3), foram mais precisas do que as projeções obtidas quando foram utilizadas somente as distribuições diamétricas observadas antes do primeiro desbaste como base inicial para as projeções e, em seguida, simulados os desbastes nas idades previstas e, por último, realizadas as projeções empregando-se a distribuição estimada remanescente do desbaste como base inicial para projetar as distribuições para idades subsequentes (simulações 4, 5 e 6).