PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)
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Item Plantas indicadoras de resíduos atmosféricos do clomazone(UFVJM, 2016) Silva, Márcio Marques da; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Santos, Edson Aparecido dos; Ferreira, Evander Alves; Santos, Márcia VitóriaO clomazone é um herbicida inibidor da síntese de carotenoides. Esse herbicida é facilmente solubilizado e volatilizado e por consequência, pode causar danos ao ambiente. Em vista do problema, objetivou-se com esta pesquisa: avaliar a sensibilidade de espécies forrageiras e daninhas a resíduos atmosféricos do clomazone e determinar a campo o efeito do resíduo atmosférico do clomazone sobre a fisiologia de plantas forrageiras e daninhas. Foram realizados dois experimentos. O primeiro foi conduzido em câmaras experimentais de 500 dm³ em ambiente monitorado, delineado inteiramente casualizado com 5 repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 6x5, sendo, seis espécies vegetais: triticale, milho, sorgo, braquiarão, beldroega e campim braquiaria e o segundo cinco doses de clomazone 0, 90, 180, 270 e 360 g ha-1 (equivalentes às concentrações atmosféricas de 0,0; 0,05; 0,10; 0,15 e 0,20 mg L-1, considerado o volume). As espécies ficaram expostas ao herbicida no interior das câmaras por período de 96 horas em atmosfera controlada. Após esse intervalo, as câmaras foram abertas, procedendo-se à primeira avaliação, repetida aos 7 e 14 dias após a abertura. Avaliou-se a intoxicação e o teor de clorofila. Com exceção do milho, todas as espécies testadas mostraram-se sensíveis às concentrações residuais de clomazone na atmosfera, podendo ser utilizadas no monitoramento da qualidade do ar. O segundo experimento foi conduzido a campo. Delineado em blocos causalizados com quatro repetições, em esquema fatorial 6x4, sendo seis espécies vegetais [quatro plantas forrageiras: lab lab, sorgo, braquiárão e java, e duas plantas daninhas: beldroega e sida] e quatro soluções de aplicação do clomazone (0, 360, 720 e 1.080 g ha-1, equivalentes a 0; 0,05; 0,10 e 0,20 mg L-1, considerado o volume). As plantas forrageiras e daninhas ficaram expostas ao clomazone, em tuneis cobertos por filme de polietileno de baixa densidade (150 m) de volume de 12m³, por período de 72 horas. Após esse tempo, os túneis foram abertos, procedendo-se às seguintes avaliações: intoxicação das plantas, fluorescência inicial, fluorescência máxima, a razão entre a fluorescência variável e fluorescência máxima, quenching fotoquímico e quenching não-fotoquímico, taxa de transporte de elétrons e do teor de clorofila. Mesmo em concentrações que não promovem efeito visual, o clomazone é capaz de causar danos significativos na atividade fotossintética das espécies. As variáveis fisiológicas, clorofila total, rendimento quântico máximo do PSII e fluorescência inicial da clorofila podem ser utilizadas de forma eficiente no monitoramento de resíduos do clomazone na atmosfera.Item Influência do glyphosate na anatomia e fisiologia de cultivares de café arábica(UFVJM, 2013) Reis, Lilian Alves Carvalho; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Leonardo David Tuffi; Francino, Dayana Maria TeodoroO manejo das plantas daninhas possui grande importância para a manutenção dos níveis produtivos da cultura do café. O herbicida mais utilizado mundialmente na cultura do café é o glyphosate, por possuir alta eficiência e ser mais barato. Ele atua inibindo a enzima 5-enolpiruvilshiquimato, responsável pela produção de três aminoácidos tirosina, fenilalanina, tryptofano. Influenciando assim a produção de metabolitos secundários, inclusive os relacionados a formação das estruturas anatômicas, metabolitos de defesa e fotossíntese. Objetivou-se no presente trabalho avaliar os efeitos da deriva simulada de glyphosate sobre a anatomia e fisiologia de cultivares de café arabica. Para isso, fez-se três avaliações diferenciadas visando avaliar modificações primeiramente morfoanatômicas, depois concentrações de fenóis totais, flavonóides, cafeína e por ultimo, florescência, concentrações de clorofilas e quantificações de estômatos. O experimento foi instalado em esquema fatorial (3 x 5), com três cultivares de café MGS Travessia, Oeiras MG 6851 e Catuaí IAC 144, e cinco doses de glyphosate (0,0; 57,6; 115,2; 230,4 e 460,8 g ha-1), em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Trinta dias após a aplicação, foram coletadas doze folhas recém-expandidas do último ramo plagiotrópico do cafeeiro, quatro folhas para as analises anatômicas, quatro para as analises de concentrações de fenóis, flavonoides, cafeína e as quatro ultimas para a quantificação estomática. Nas analises morfoanatômicas observou-se os seguintes resultados: ocorreram sintomas de intoxicação como estreitamento foliar e clorose nas folhas mais jovens das plantas. Com o aumento da dose de glyphosate, a cultivar Catuaí sofreu redução na espessura foliar total, enquanto, que para as demais ocorreu incremento nesta característica. Para as variáveis epiderme adaxial, epiderme abaxial e parênquima lacunoso, ocorreu decréscimo de espessura, contudo ocorreu aumento da espessura do parênquima lacunoso com aumento das doses de glyphosate. Pode-se concluir que as três cultivares quando submetidas à deriva de glyphosate sofrem modificações morfoanatômicas. Com a redução do parênquima paliçádico ocorre redução da taxa fotossintética e consequente redução do crescimento e produção do café. Para as analises de concentrações de fenóis, flavonóides e cafeína, observou-se os seguintes resultados: com aumento das doses de glyphosate houve aumento na concentração de fenóis totais foliares até a dose de 115,2 g ha-1 de glyphosate, para as três cultivares, acima dessa dose as concentrações de fenóis foram reduzidas. No entanto, com aumento das doses de glyphosate a concentração de flavonóides diminuiu até a dose de 115,2 g ha-1 de glyphosate, para as cultivares Travessia e Oeiras, acima dessa dose a concentração de flavonóides para essas duas cultivares aumentaram. Ocorreu aumento da concentração de flavonóides para a cultivar Catuaí quando aplicado a dose de 115,2 g ha-1 de glyphosate, para doses mais altas ocorreu diminuição da concentração de flavonóides totais. Com aumento das doses de glyphosate, as concentrações de cafeína apresentaram comportamento similar entre as cultivares Oeiras e Catuaí, ocorrendo diminuição da concentração de cafeína até a dose de 115,2 g ha-1 de glyphosate e aumento a concentração de cafeína para doses superiores. Observou-se que houve aumento na concentração de cafeína para cultivar Travessia a partir de 115,2 g ha-1 de glyphosate. De acordo com o teste histoquímico todas as três cultivares estudadas apresentaram maiores concentração de fenóis no parênquima paliçádico após a aplicação da deriva de glyphosate. Conclui-se que, quando submetidas a subdoses de glyphosate, as cultivares analisadas apresentaram modificações bioquímicas para as concentrações de fenóis totais, flavonóides totais e cafeína. Com baixas doses 57,6 e 115,2 g/ ha⁻¹ de glyphosate, ocorreu aumento da concentração de fenóis totais aumentando assim a capacidade de defesa das cultivares, entretanto com o aumento das doses de glyphosate ocorreu redução da concentração de fenóis totais. A produção de flavonóides e cafeína possuem efeitos variados para as doses de glyphosate podendo aumentar e diminuir a concentração de forma independente, pois os metabolitos são supridos por outras rotas. Nas analises fisiológicas, observou-se os seguintes resultados: os valores da variável fluorescência máxima (Fm) decresceram de acordo com o aumento das doses de glyphosate, a cultivar Travessia apresentou maior decréscimo que as demais cultivares. Para eficiência fotoquímica máxima (Fv/Fm) ocorreu com o aumento do estresse de acordoo com o aumento das doses aplicadas do glyphosate. As concentrações de clorofila a, b e total sofreram decréscimo de acordo com o aumento das doses aplicadas de glyphosate. Para as variáveis, índice estomático e densidade estomática ocorreram um decréscimo de valores de acordo com o aumento da dose aplicada de glyphosate. A cultivar Travessia apresentou maior queda de valor para o índice estomático e densidade estomática. Conclui-se que as subdoses de glyphosate provocaram danos na fotossíntese de forma direta, pois, ocorreu diminuição das concentrações das clorofilas e da intensidade da fluorescência máxima, promovendo, assim, maior estresse nas cultivares de café. A diminuição do número de estômatos é mais uma das prováveis explicações para a influência na fotossíntese promovida pelo glyphosate