Browsing by Author "Serrano, Alessandra de Campos Fortes Fagundes"
Now showing 1 - 1 of 1
- Results Per Page
- Sort Options
Item Percepção da equipe multiprofissional sobre segurança do paciente: análise sistêmica dos riscos na assistência advindos dos eventos adversos não infecciosos(UFVJM, 2015) Serrano, Alessandra de Campos Fortes Fagundes; Lessa, Angelina do Carmo; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Murta, Nadja Maria Gomes; Matos, Selme Silqueira de; Stuchi, Rosamary Aparecida GarciaA segurança do paciente, importante tema que se tornou mais evidente desde a década de 90, constitui atualmente tema de relevância crescente entre pesquisadores do todo o mundo. Os eventos adversos ocorrem em qualquer local onde se prestam cuidados de saúde e na maioria das situações são passíveis de medidas preventivas. O objetivo foi analisar as percepções dos profissionais que atuam em um hospital filantrópico do Vale do Jequitinhonha acerca da cultura de segurança do paciente e as possíveis associações com as variáveis sociodemográficas e laborais do estudo. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, observacional, com delineamento de corte transversal realizado em um hospital de médio porte, natureza filantrópica e privada do tipo geral localizada no interior de Minas Gerais. A amostra foi constituída por todos profissionais que atenderam aos critérios de inclusão. Os dados foram coletados no período de fevereiro a julho de 2015, por meio de um instrumento autoaplicável, o Hospital Survey On Patient Safety Culture. Os dados foram analisados pelo Programa Stata, versão 13.0. Participaram do estudo 209 profissionais, sendo eles, 139 técnicos de enfermagem (66,51%), 29 enfermeiros (13,88%), 8 técnicos de radiologia (3,83%), 6 instrumentadores cirúrgicos (2,87%), 6 médicos (2,87%), 5 fisioterapeutas (2,39%), 5 auxiliares de enfermagem (2,39%), 3 nutricionistas (1,44%), 3 psicólogos (1,44%), 2 farmacêuticos (0,96%), 2 assistentes sociais (0,96%) e 1 fonoaudiólogo (0,48%). Em uma análise geral, referente a concordância em relação as dimensões da cultura de segurança, pode-se notar, que as predominâncias foram de profissionais com mais de 36 anos de idade (71,23%), do sexo feminino (69,46%), cujo tempo de trabalho na instituição era mais de 06 anos (72,84%) e que trabalham em setores críticos (72,59%). Não houve diferença significativa entre o grau de instrução. Referente à carga horária semanal, 86,12% dos participantes relataram trabalhar entre 40 a 59 horas por semana e 95,22% indicaram ter contato direto com o paciente. Os profissionais do estudo atuavam em diversas unidades do hospital, sendo 64,12% em áreas críticas e 35,88% em áreas semicríticas e não críticas, respectivamente. Considerando-se as respostas positivas, as dimensões com maiores percentuais de avaliação positiva foram: expectativas e ações de promoção da segurança do paciente do supervisor / gerente (73,68%), aprendizado organizacional, melhoria contínua (72,25%) e trabalho em equipe no âmbito das unidades (71,77%). Por outro lado, as dimensões com menores percentuais de respostas positivas foram: respostas não punitivas aos erros (18,66%), profissionais (36,36%) e percepção geral de segurança do paciente (42,58%). As variáveis que se mantiveram associadas após a análise multivariada foram: as dimensões Trabalho em equipe no âmbito das unidades - D1, Expectativas e ações de promoção da segurança do paciente do supervisor / gerente - D2, Profissionais - D6 e o número de eventos notificados nos últimos 12 meses em relação ao tempo de trabalho no hospital, grau de instrução e unidade. Conclusão: Esses achados revelaram uma cultura de segurança com potencial de melhoria para todas as dimensões, possibilitando traçar um modelo de qualidade e segurança mais específico para cada setor.