Browsing by Author "Sant’ana, Luís Paulo"
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Item Padrão de escavação de túneis em Cortaritermes silvestrii (Termitidae: Nasutitermitinae)(UFVJM, 2017) Sant’ana, Luís Paulo; Santos, Thiago; Santos, Conceição Aparecida dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Thiago; Schetino, Marco Antônio Alves; Haifig, Ives; Santos, Conceição Aparecida dosMuitos fatores têm sido pautados como atributos que podem ajudar a entender melhor o padrão de escavação de túneis em cupins. Dentre estes destacam-se o comportamento auto-organizado, fatores ambientais, características morfológicas dos operários, comunicação química e física, a escavação por “escavadores de topo”, e a teoria do forrageamento ótimo. Desta forma, através do presente trabalho objetivou-se investigar se o número de operários influencia no padrão de escavação de túneis em Cortaritermes silvestrii. Para as observações do comportamento de escavação foram utilizadas arenas bidimensionais preenchidas por areia com diferentes números de indivíduos em cada bateria, variando de 20 a 200 operários. Uma vez registrada a atividade de escavação, após 24 horas de experimento, foram medidos a área escavada, a taxa de escavação, o número total de túneis, o tempo para início da escavação (TIE), o tempo para início da bifurcação (TIB) e os ângulos entre as bifurcações observadas. Além disso, também foi feita uma simulação, utilizando dados empíricos, para estimar a eficiência de forrageio em C. silvestrii com diferentes números de operários e diferentes tipos de distribuição do recurso no substrato. Em relação aos resultados obtidos, observou-se que existe uma relação entre a área escavada (β= 0,4959, p < 0.001), a taxa de escavação, o número total de túneis escavados (β = 0,3917, p < 0.001), o TIE (β = -0,2935, p < 0,001), TIB (β = - 0,0729, p <0,001), e o número de operários em cada arena. Ao analisar os ângulos, observou-se uma frequência maior de ângulos menos redundantes (muito pequenos ou muito maiores). Os resultados obtidos na simulação indicam que o número de operários não influencia no retorno energético obtido durante a escavação, e que provavelmente C. silvestrii explora recursos distribuídos de forma aglomerada ou aleatória, muito mais eficiente do que recursos distribuídos uniformemente no substrato. Portanto, concluiu-se que o número de operários está relacionado ao padrão de escavação de túneis em C. silvestrii e que este padrão observado possivelmente está ligado à forma com que esta espécie explora seus recursos.