Browsing by Author "Oliveira, Vinicius Cunha"
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Item Dor lombar em hospitais financiados pelo Sistema Único de Saúde brasileiro entre 2013 e 2018: custos diretos, prevalência e perfil dos pacientes notificados(UFVJM, 2020) Mendonça, Alysson Geraldo; Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinicius Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Bastone, Alessandra de Carvalho; Nunes, Ana Paula NogueiraIntrodução: A dor lombar é um sintoma altamente incapacitante, que leva a desfechos negativos nas atividades laborais e de vida diária, nos aspectos psicossociais para os pacientes e econômicos para os sistemas de saúde dos países. Devido ao impacto econômico e social que a dor lombar tem ocasionado em vários países, o interesse em estudos observacionais aumentou, buscando auxiliar no estabelecimento de diretrizes e políticas públicas futuras. O objeto deste estudo foi analisar dados secundários sobre a dor lombar em hospitais públicos brasileiros, entre 2013 e 2018, estabelecendo: o número e a prevalência de notificações; o número de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados; as características sociodemográficas dos pacientes notificados; e os custos diretos investidos para o tratamento da dor lombar no Brasil e nas suas cinco regiões. Metodologia: Os dados foram extraídos do website do Departamento de Informática do SUS, na sessão de Sistema de Informações Hospitalares, utilizando para busca os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) referentes aos seguintes termos: lombalgia com ciática, dor lombar baixa, dorsalgias e outras dorsalgias. Após a extração, os dados foram analisados no software TABWIN (que permite a análise exploratória de informações de saúde que foram financiados pelo Ministério da Saúde brasileiro) e em seguida foi realizada a estatística descritiva, os cálculos de prevalência, média e porcentagem, e os cálculos dos custos diretos de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados. Resultados: Dos 59.954 casos de dor lombar foram notificados nos seis anos analisados, sendo a maior prevalência para o sexo feminino (média de 4,5 notificações para cada 100.000 mulheres no país), e para os idosos (média de 10.3 notificações para cada 100.000 idosos no país). A maioria dos pacientes notificados procuraram serviços de urgência hospitalar (média nos seis anos de 92%) e permaneceram poucos dias (0-2 dias) internados pelo sintoma (média nos seis anos de 45,7%). Os custos diretos dos seis anos somaram US$5,857,851 e houve um aumento gradual no número de cirurgias realizadas (passou de 2 em 2013 para 642 cirurgias em 2018). Os custos diretos totais e de cada cirurgia realizada aumentaram de forma substancial (aumentos nos custos totais com cirurgias passou de US$479 em 2013 para US$441.552 em 2018). A região Sudeste brasileira foi a que mais notificou casos e gastou recursos financeiros para tratamento da dor lombar. Foi observado ainda que as regiões com maior índice de desenvolvimento humano do país tiveram mais casos notificados. Conclusão: Os dados apresentados mostram características das notificações para pacientes com dor lombar em hospitais públicos brasileiros diferentes das preconizadas na literatura, tais como: aumento no número de cirurgias para a condição e apresentação dos pacientes aos serviços de emergência hospitalar para tratamento. Desta forma, em uma perspectiva de saúde pública, este estudo pode ser útil no auxílio de políticas futuras para o tratamento do sintoma.Item Eficácia de tratamentos para fibromialgia(UFVJM, 2021) Souza, Mateus Bastos de; Oliveira, Vinicius Cunha; Mascarenhas, Rodrigo Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinicius Cunha; Costa, Leonardo Oliveira Pena; Bastone, Alessandra de CarvalhoContexto: A Fibromialgia (FM) é uma condição de saúde caracterizada por dor crônica generalizada, fadiga, distúrbios do sono e disfunções cognitivas, afetando de várias formas a vida dos pacientes. Muitas intervenções têm sido testadas para tratar essa condição clínica, mas não sabemos até o momento se alguma é melhor para diminuir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Investigar a eficácia dos tratamentos para FM. Métodos: Foram conduzidas uma revisão sistemática com meta-análise para investigar a eficácia dos tratamentos para FM e uma network meta-análise (NMA) para investigar, através de comparações diretas e/ou indiretas, a superioridade de algum desses tratamentos. As bases de dados MEDLINE, Cochrane Library, EMBASE, AMED, PsycINFO e PEDro foram pesquisadas desde o seu início até maio de 2020 e sem restrição de idioma. Na primeira revisão sistemática, incluímos ensaios clínicos randomizados (ECRs) ou quasi-randomizados que investigaram qualquer terapia para indivíduos com FM. Já na segunda revisão, (NMA), incluímos ECRs comparando duas ou mais intervenções não farmacológicas para o tratamento de FM. Nas duas revisões, a população foi composta por adultos com FM, diagnosticados pelos critérios do Colégio Americano de Reumatologia de 1990, 2010 ou 2016. Os desfechos clínicos de interesse nas duas revisões foram a intensidade da dor e a qualidade de vida. Na NMA, a aceitabilidade também foi investigada. Na primeira revisão, foi conduzida uma meta-análise usando um modelo de efeitos aleatórios (método DerSimonian e Laird), enquanto na segunda revisão, diferenças das médias (MDs) e intervalos de confiança (IC) de 95% foram estimados usando NMA frequentista com modelo de efeitos aleatórios. Resultados: Na primeira revisão, para intensidade da dor, evidências de alta qualidade foram encontradas a favor da terapia cognitivo comportamental no curto prazo (intervenções com até três meses de duração após processo de randomização) e a favor de depressores do sistema nervoso central e antidepressivos no médio prazo (intervenções com duração acima de três meses e menores do que 12 meses). Para qualidade de vida, foram encontradas evidências de alta qualidade a favor de antidepressivos no curto prazo e em favor de depressores do sistema nervoso central e antidepressivos no médio prazo. Os efeitos estimados foram pequenos e não alcançaram relevância clínica. Há ausência de investigação no longo prazo (intervenções com duração de pelo menos 12 meses depois da randomização). Na segunda revisão (NMA), para a intensidade da dor e qualidade de vida no prazo imediato (intervenções de até duas semanas de duração após o processo de randomização), a maioria das intervenções eficazes em comparação com o nó de controle (Con; lista de espera, sem intervenção, placebo e sham) eram evidências de baixa qualidade. Para intensidade da dor no curto prazo (intervenções durando mais de duas semanas e menos de três meses), evidências de qualidade moderada mostraram que acupuntura (Acu), exercícios aeróbicos (AeET), exercícios aquáticos (AqET), balneoterapia (Bal), agulhamento seco (DryN), eletroterapia (Elec), terapia de campo magnético (MfT), terapia manual (MnT), terapia de fotobiomodulação (PbT), exercícios de resistência (ReET), vibração de corpo inteiro (WBV) e estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) foram eficazes quando comparado ao Con. Para qualidade de vida no curto prazo, evidências de qualidade moderada mostraram que Acu, AeET, AqET, Bal, DryN, terapia multicomponente (McT), MfT, ReET e WBV foram eficazes quando comparados com Con. Para a intensidade da dor no longo prazo (intervenções com duração de pelo menos três meses após a randomização), evidências de qualidade moderada sugerem que AeET, AqET e ReET foram eficazes quando comparados com Con. Para qualidade de vida no longo prazo, evidências de qualidade moderada sugerem que AeET, AqET, McT e exercícios mistos (MiET) foram eficazes quando comparados com Con. Para aceitabilidade nos prazos imediato, curto e longo, foram encontradas evidências de que nenhuma intervenção ativa teve maior aceitabilidade quando comparada a Con ou outra intervenção ativa. Conclusões: A maioria das terapias atualmente disponíveis para o tratamento da FM não são apoiadas por evidências de alta qualidade, principalmente nos prazos imediato e longo. Algumas terapias podem reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida no curto e no médio prazo, tais como DryN e diferentes modalidades de exercícios, embora o tamanho do efeito possa não ser clinicamente importante. Assim, para tomada de decisão, alternativas de terapias oferecidas aos pacientes com essa condição clínica devem ser discutidas levando em consideração a melhor evidência, as preferências dos pacientes e a expertise do clínico. Futuras investigações na FM devem esclarecer efeito de terapias combinadas, realizar avaliação econômica e testar ensaios clínicos de implementação.Item Eficácia do treino de força da musculatura rotadora lateral do quadril sobre a rigidez passiva e cinemática do quadril: um estudo clínico randomizado(UFVJM, 2019) Silva, Hytalo de Jesus; Mendonça, Luciana de Michellis; Oliveira, Vinicius Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Luciana de Michellis; Trede Filho, Renato Guilherme; Baroni, Bruno ManfrediniINTRODUÇÃO - A força dos músculos rotadores laterais (RL) do quadril é frequentemente investigada por interferir em tarefas funcionais, como marcha, corrida e aterrissagem do salto. No entanto além da ação muscular, outras propriedades da articulação do quadril como sua rigidez articular passiva merecem atenção, pelo fato de contribuírem durante a realização dessas tarefas. Uma rigidez passiva adequada pode resistir ao movimento articular reduzindo a necessidade de contração muscular, e consequentemente o gasto energético para promoção da estabilidade funcional. Além disso, uma rigidez passiva adequada pode limitar a ocorrência de padrões de movimento rotação medial do membro inferior e pronação excessiva da subtalar, além diversas lesões nos membros inferiores, como, dor patelofemoral, lesão de ligamento cruzado anterior e síndrome do estresse tibial medial. OBJETIVO - Verificar a viabilidade de um estudo sobre o efeito do fortalecimento dos rotadores laterais na rigidez passiva, cinética e cinemática do quadril. MÉTODOS - Foram realizados os seguintes testes: Teste isométrico de rotadores laterais do quadril; amplitude de movimento passiva de rotação medial do quadril; Cinética e cinemática do quadril durante agachamento unipodal. Os participantes foram aleatoriamente distribuídos entre dois grupos. Grupo 1 - intervenção, grupo 2 - controle. O programa de fortalecimento muscular foi realizado 3 vezes a semana durante 8 semanas com carga de 80% de 1RM. A alocação dos participantes para cada grupo aleatorizada utilizando envelope pardo. Três artigos compõem esse estudo 1) Protocolo de Viabilidade de Estudo Clínico Aleatorizado; 2) Viabilidade de Estudo Clínico Aleatorizado; 3) Protocolo de Estudo Clínico Aleatorizado. RESULTADOS – Três dos cinco critérios de viabilidade previamente estabelecidos foram alcançados, não houve diferença significativas entre os grupos quanto aos desfechos de interesse para o estudo final. CONCLUSÃO - O Estudo Clínico Aleatorizado é viável na população sedentária.