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Item Adequação da adubação fosfatada em mudas de eucalipto ectomicorrizadas(UFVJM, 2016) Carneiro, João Paulo; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Fernandez, Luiz Arnaldo; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi GomesAs ectomicorrizas promovem melhor absorção de P (fósforo) e podem reduzir a demanda das reservas naturais desse nutriente, mas são influenciadas pelas adubações fosfatadas. Foram avaliados os clones AEC2034 e AEC2233 em experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 4x5+1. Estacas foram colocadas para enraizar em substrato com quantidades e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta, fornecendo 1; 2; 2,3 e 6 mg de P por planta e inoculado com 16 esferas de gel de alginato com micélio dos isolados D5, D17, D95 e D216 de Pisolithus sp. e não inoculado (Controle). O tratamento adicional foi adubado com 36 mg de P por planta no substrato de produção das mudas e sem inoculação (Comercial). Para os dois clones, a sobrevivência, diâmetro do coleto, altura, MSPA (massa seca da parte aérea), MSR (massa seca das raízes), R/PA (razão MSR/MSPA) e porcentagem de pontas de raízes colonizadas foram influenciados pelos isolados, mas foi dependente da adubação utilizada. A inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a sobrevivência das mudas do clone AEC 2034 em alguns níveis de adubação em relação as mudas do Comercial. No AEC 2233 a inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a altura das mudas em relação as do Controle e as mudas que tiveram sua altura iguais às do Comercial foram: inoculadas com o D17 e crescidas em substrato adubado com 1 e 2 mg de P por planta, inoculadas com o D216 no substrato adubado com 2 mg de P e inoculadas com D95 em substrato com todos os níveis de adubação fosfatada. O D17 foi o único isolado que aumentou a MSPA e a MSR e isto ocorreu apenas no AEC 2034 e crescidas em substrato contendo 6 mg de P por muda. Em relação ao Comercial, a R/PA foi maior nas mudas do AEC 2034 inoculadas com o D17 e D216 crescendo em substrato adubado 1 mg de P por planta e com o D5 e crescidas em substrato adubado com 6 mg de P por planta. A porcentagem de pontas colonizadas dos dois clones aumentou com a inoculação de todos os isolados e na maioria dos níveis de adubação fosfatada em relação ao Controle e Comercial. As doses e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta influenciam a colonização, sobrevivência, crescimento e nutrição de mudas clonais de eucalipto inoculadas com isolados de Pisolithus sp. Os efeitos das doses e das fontes de fertilizantes fosfatados sobre a simbiose são dependentes do isolado fúngico e do clone de eucalipto. A adição de 2 mg de P planta fornecida pelo N19-P06-K10 de liberação lenta permite a obtenção de maiores benefícios da inoculação de Pisolithus sp. nos dois clones. Os isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. são mais indicados para inoculação de mudas clonais de eucalipto em viveiro comercial. O clone AEC2034 é o mais responsivo a inoculação por fungos ectomicorrízicos obtendo maiores benefícios.Item Adequação da adubação fosfatada em mudas de eucalipto ectomicorrizadas(UFVJM, 2016) Carneiro, João Paulo; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Luiz Arnaldo; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi Gomes; Grazziotti, Paulo HenriqueAs ectomicorrizas promovem melhor absorção de P (fósforo) e podem reduzir a demanda das reservas naturais desse nutriente, mas são influenciadas pelas adubações fosfatadas. Foram avaliados os clones AEC2034 e AEC2233 em experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 4x5+1. Estacas foram colocadas para enraizar em substrato com quantidades e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta, fornecendo 1; 2; 2,3 e 6 mg de P por planta e inoculado com 16 esferas de gel de alginato com micélio dos isolados D5, D17, D95 e D216 de Pisolithus sp. e não inoculado (Controle). O tratamento adicional foi adubado com 36 mg de P por planta no substrato de produção das mudas e sem inoculação (Comercial). Para os dois clones, a sobrevivência, diâmetro do coleto, altura, MSPA (massa seca da parte aérea), MSR (massa seca das raízes), R/PA (razão MSR/MSPA) e porcentagem de pontas de raízes colonizadas foram influenciados pelos isolados, mas foi dependente da adubação utilizada. A inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a sobrevivência das mudas do clone AEC 2034 em alguns níveis de adubação em relação as mudas do Comercial. No AEC 2233 a inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a altura das mudas em relação as do Controle e as mudas que tiveram sua altura iguais às do Comercial foram: inoculadas com o D17 e crescidas em substrato adubado com 1 e 2 mg de P por planta, inoculadas com o D216 no substrato adubado com 2 mg de P e inoculadas com D95 em substrato com todos os níveis de adubação fosfatada. O D17 foi o único isolado que aumentou a MSPA e a MSR e isto ocorreu apenas no AEC 2034 e crescidas em substrato contendo 6 mg de P por muda. Em relação ao Comercial, a R/PA foi maior nas mudas do AEC 2034 inoculadas com o D17 e D216 crescendo em substrato adubado 1 mg de P por planta e com o D5 e crescidas em substrato adubado com 6 mg de P por planta. A porcentagem de pontas colonizadas dos dois clones aumentou com a inoculação de todos os isolados e na maioria dos níveis de adubação fosfatada em relação ao Controle e Comercial. As doses e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta influenciam a colonização, sobrevivência, crescimento e nutrição de mudas clonais de eucalipto inoculadas com isolados de Pisolithus sp. Os efeitos das doses e das fontes de fertilizantes fosfatados sobre a simbiose são dependentes do isolado fúngico e do clone de eucalipto. A adição de 2 mg de P planta fornecida pelo N19-P06-K10 de liberação lenta permite a obtenção de maiores benefícios da inoculação de Pisolithus sp. nos dois clones. Os isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. são mais indicados para inoculação de mudas clonais de eucalipto em viveiro comercial. O clone AEC2034 é o mais responsivo a inoculação por fungos ectomicorrízicos obtendo maiores benefícios.Item Adubação NPK na produção de minestacas de eucalipto em solução nutritiva.(2010) Carvalho Neto, José Pereira de; Santana, Reynaldo Campos; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Santana, Reynaldo Campos; Silva, Enilson de BarrosO sucesso da propagação vegetativa depende do estado nutricional da planta-matriz. Entretanto, padrões ideais das concentrações dos nutrientes não estão ainda bem estabelecidos para a miniestaquia. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da adubação NPK na produção de miniestacas de eucalipto em solução nutritiva. O trabalho foi realizado de novembro de 2008 a janeiro de 2009, em casa de vegetação. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial fracionado (4x4x4)½, perfazendo 32 tratamentos com três repetições. Os tratamentos se constituíram de quatro doses dos nutrientes de N (50; 100; 200 e 400 mg L-1) na forma de uréia, P (7,5; 15; 30 e 60 mg L-1) na forma de ácido fosfórico e K (50; 100; 200 e 400 mg L-1) na forma de cloreto de potássio em solução nutritiva. Houve apenas efeito significativo para as doses de N isoladamente. Observou-se efeito linear decrescente com o aumento das doses de N para as variáveis como número de miniestacas, massa seca das miniestacas, massa seca da raiz e parte aérea da minicepa de eucalipto. O número de miniestacas e os teores de nutrientes foliares das miniestacas se apresentaram adequados à literatura existente. A distribuição percentual da massa seca e dos nutrientes variou em função do aumento das doses de N. O maior acúmulo percentual de nutrientes e de massa seca ocorreu na parte aérea das minicepas e nas miniestacas. A dose recomendada para o material genético em estudo foi de 50, 7,5 e 50 mg L-1 para NPK, com produtividade de 12 miniestacas por minicepas num período de 30 dias de coleta, com acúmulo de nutrientes na miniestaca de 6,0 cm de eucalipto de: 86% do N, 56% do P, 42% do K, 42% do Ca, 36% do Mg, 84% do S, 26% do B, 04% do Cu, 15% do Fe, 23% do Mn e 12% do Zn.Item Adubação NPK no crescimento e produção de pinhão manso.(2010) Souza, Patrícia Teixeira de; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Luiz Arnaldo; Grazziotti, Paulo HenriqueA grande demanda de óleos vegetais no Brasil, gerada pelo Programa Brasileiro de Biodiesel, fez com que o pinhão manso, uma espécie até então desvalorizada, se tornasse alternativa para fornecimento de matéria-prima. Porém, muitos são os estudos que devem ser realizados, antes que se inicie o plantio comercial em larga escala. O manejo correto da adubação eleva o lucro do produtor de duas formas. Primeiro, evita o gasto de fertilizantes em quantidades erradas e, depois, favorece o melhor desempenho da planta, proporcionando maior produtividade. Este trabalho objetivou avaliar a resposta do pinhão manso (Jatropha curcas L.) a doses de NPK no crescimento de plantas e, no crescimento de plantas, produção de sementes e de óleo em duas condições edafoclimáticas. Para tanto, foram montados dois experimentos: o primeiro, em condições de casa de vegetação, teve os tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado, no esquema de fatorial fracionado (4x4x4)1/2, perfazendo 32 tratamentos com três repetições, totalizando 96 parcelas experimentais, sendo as doses de N: 0, 75, 150 e 300 mg dm-3, na forma de uréia; doses de P: 0, 45, 90 e 180 mg dm-3, na forma de superfosfato triplo e doses de K: 0, 50, 100 e 200 mg dm-3, na forma de cloreto de potássio. Após 120 dias, foram avaliadas as seguintes variáveis: altura das plantas, diâmetro do caule, massa seca da parte aérea e de raízes; análise química do solo após a colheita das plantas e teor de macro e micronutrientes na parte aérea das plantas. O segundo foi conduzido em campo, em duas condições edafoclimáticas, em Diamantina e Governador Valadares, Minas Gerais. Ambos foram conduzidos da mesma forma: o delineamento utilizado foi o delineamento em blocos casualizados no esquema de fatorial fracionado (4x4x4)1/2, perfazendo 32 tratamentos. Foram aplicadas doses de N: 0, 25, 50 e 100 kg ha-1, na forma de uréia; doses de P2O5: 0, 75, 150 e 300 kg ha-1, na forma de superfosfato triplo e as doses de K: 0, 50, 100 e 200 kg ha-1, na forma de cloreto de potássio. Foram avaliados o crescimento das plantas pela medição da altura de plantas e diâmetro na altura do colo do caule a cada 30 dias; produção de sementes e de óleo com uma colheita em Diamantina, em 2009, e duas colheitas em Governador Valadares, em 2008 e 2009. As plantas responderam negativamente à adição de N e positivamente ao P e K , mostrando que o pinhão manso é eficiente na absorção de N, que foi suprido pela matéria orgânica do solo. Já em campo, o pinhão manso apresentou comportamentos distintos nas duas condições edafoclimáticas. Em Governador Valadares, houve resposta positiva à aplicação de N e, em Diamantina, resposta negativa a N e positiva a P. Não houve resposta a K em campo, indicando que o teor do solo foi suficiente para suprir a planta em todas as fases. No experimento de vaso, as doses de P e K recomendadas foram 25 e 67 mg dm-3, respectivamente. Os níveis críticos, correspondentes às doses recomendadas, foram de 10,6 para P e 74,0 mg dm-3 para K no solo (Mehlich-1). Para os teores na massa seca da parte aérea do pinhão manso foram de 3,74; 0,18 e 3,57 dag kg-1 para N, P e K, respectivamente. As doses recomendadas de P para o crescimento, a produção de sementes e de óleo de pinhão manso em Diamantina foram de 87, 72 e 72 kg de P2O5 por ha, respectivamente. Em Governador Valadares, não houve recomendação de adubação nitrogenada para a fase de crescimento das plantas; para a produção de sementes e de óleo, a dose recomendada foi de 36 e 31 kg ha-1 de N, respectivamente.Item Adubação NPK para cultivo de Moringa oleifera Lam.(UFVJM, 2022) Fontan, Ivan da Costa Ilhéu; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Cruz, Maria do Céu Monteiro da; Grazziotti, Paulo Henrique; Paula, José Roberto deMoringa oleifera Lam. (Moringaceae) é uma espécie arbórea de médio porte, com origem no sopé da cordilheira do Himalaia e milenarmente conhecida e cultivada por suas propriedades nutricionais e medicinais. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar doses de NPK para M. oleifera, bem como níveis críticos de N, P e K na parte aérea das plantas e de P e K no solo. O experimento foi conduzido a campo em LATOSSOLO VERMELHO distrófico em São João Evangelista – Minas Gerais e organizado em um delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial fracionado (4x4x4)¹/² com quatro blocos de oito unidades. As doses de nutrientes aplicadas foram: N (0; 40; 80 e 160 kg ha-¹ de N), P (0; 45; 90 e 180 kg ha-¹ de P2O5) e K (0; 20; 40 e 80 kg ha-¹ de K2O). Adotou-se o espaçamento de 1,0 m x 6,0 m (16.666 plantas ha-¹) em cultivo não irrigado com colheitas da parte aérea das plantas a cada 60 dias a partir do plantio das mudas. Os dados de incremento em diâmetro do caule, produtividade de matéria fresca e seca da parte aérea, teor, conteúdo e coeficiente de utilização biológica de N, P e K foram agrupados em três períodos (1º semestre: 0-6 meses; 2º semestre: 7-12 meses; e ano 1: 0-12 meses) e submetidos à análise de regressão. Aos 6 e 12 meses de cultivo foi realizada uma amostragem de solo (0-0,20 m) para determinação dos teores de P e K (Mehlich-1). Nestas ocasiões uma amostra composta da matéria seca da parte aérea foi utilizada para determinação dos teores de N, P e K no tecido vegetal. A produtividade da matéria seca da parte aérea acumulada de plantas de M. oleifera foi influenciada apenas pelas doses de N. A produtividade de máxima eficiência econômica após um ano de cultivo foi de 9.324,3 kg ha-¹ para matéria fresca e 1.875,6 kg ha-¹ para matéria seca, obtidas respectivamente com as doses de 37,6 e 36,3 kg ha-¹ de N. Os níveis críticos de N, P e K nas folhas de M. oleifera para o primeiro ano de cultivo foram de 3,44 dag kg-¹ para N, 0,45 dag kg-¹ para P e 2,40 dag kg-¹ para K. A ordem de acúmulo nutricional na parte aérea de M. oleifera após o primeiro ano de cultivo foi N > K > P, sendo verificada uma extração anual de 65,24 kg ha-¹ para N, 7,87 kg ha-¹ para P e 42,66 kg ha-¹ para K. Os níveis críticos de P e K no solo pelo extrator Mehlich-¹ no primeiro ano de cultivo da M. oleifera foram 15,25 mg dm-³ para P e 59,65 mg dm-³ para K.Item Adubação verde com leguminosas herbáceas perenes no Médio Vale do Jequitinhonha.(2012) Silva, Diego Mathias Natal da; Fávero, Claudenir; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Fávero, Claudenir; Oliveira, Fábio Luiz deO médio vale do Jequitinhonha apresenta condições climáticas adversas, tendendo para a semiaridez, com precipitações anuais abaixo de 1.000 mm, demandando estratégias de convivência com essas condições. Os solos agrícolas nessas regiões tropicais, por estarem expostos aos fenômenos climáticos, térmicos e hídricos, necessitam de proteção contínua, alcançada através da cobertura, viva ou morta, proporcionada principalmente por leguminosas herbáceas perenes utilizadas na adubação verde. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o comportamento e as potencialidades de leguminosas herbáceas perenes para uso como adubação verde, em recuperação ao período de seca, e avaliar a produção do quiabeiro em cultivo sobre a cobertura viva dessas leguminosas, sob manejo orgânico, na região do médio vale do Jequitinhonha/MG. Dois experimentos foram conduzidos: o primeiro com as leguminosas cudzu tropical (Pueraria phaseoloides), calopogônio (Calopogonium mucunoides), amendoim forrageiro (Arachis pintoi), soja perene (Glycine wightii), estilosantes campo grande (Stylosanthes capitata, Stylosanthes macrocephala) e com plantas espontâneas (controle); e o segundo com o quiabeiro cultivado em consórcio com essas leguminosas. O delineamento experimental utilizado nos dois experimentos foi o de blocos, nesse caso com quatro repetições. Observou-se que no primeiro experimento o cudzu e a soja perene restabeleceram-se na área, mais influenciados pela rebrota do que pelo ressemeio; o amendoim forrageiro e o estilosantes restabeleceram-se pelos dois métodos propagativos citados; e o calopogônio se restabeleceu praticamente por ressemeio. As espécies cudzu tropical, calopogônio, amendoim forrageiro e soja perene se destacaram para a cobertura do solo. O uso das leguminosas como cobertura permanente promoveu inibição e mudanças na composição das espécies de plantas espontâneas ao longo do tempo, com destaque para o cudzu. Todas as leguminosas proporcionaram menor temperatura do solo em relação ao controle, com destaque para o cudzu e amendoim forrageiro. O calopogônio se destacou entre as leguminosas com maior capacidade de retenção da umidade do solo. O uso de leguminosas perenes como calopogônio, cuduz tropical e soja perene, pode contribuir para o incremento de N, e a ciclagem dos macronutrientes, além do aumento da matéria orgânica sobre o solo, por meio do material senescente. Independentemente do tratamento, foram encontrados maiores valores de P, K, Mg, SB, pH e matéria orgânica nos primeiros 5 cm de profundidade. Os tratamentos calopogônio, cudzu e soja perene se destacaram, para o teor de K, Mg, SB, H+Al e T em todas as profundidades do solo, com o controle também se destacando para o teor de K. Em todas as profundidades, o solo sob cudzu revelou o menor valor de pH. Amendoim forrageiro, calopogônio e soja perene se destacaram para o teor de P na camada de 10 a 20 cm de profundidade do solo. O calopogônio apresentou os maiores teores de matéria orgânica em todas as profundidades, e independentemente do tratamento, na medida em que se aumenta a profundidade do solo, observam-se valores decrescentes para o teor de matéria orgânica. O controle, calopogônio, cudzu e estilosantes apresentaram o maior valor de carbono da matéria orgânica leve. No segundo experimento observou-se que após estiagem, com início do restabelecimento, cudzu tropical, soja perene e amendoim forrageiro, demonstraram considerável potencial de acúmulo de matéria seca na parte aérea. Após o corte, o calopogônio e o amendoim forrageiro restabeleceram-se bem, principalmente através de germinação, proporcionada pelo banco de sementes depositado no solo e também por rebrota, no caso do amendoim forrageiro. O cudzu e a soja perene promoveram menor presença de plantas espontâneas. Amendoim forrageiro e calopogônio se destacaram em proporcionar menor temperatura do solo e todas as leguminosas promoveram maior retenção de umidade do solo, com exceção do estilosantes, quando comparados com o controle. O quiabeiro cultivado sobre soja perene e cudzu tropical apresentou maiores alturas. A adubação verde com soja perene, estilosantes e cudzu tropical, proporcionou aumento no número e produtividade de frutos de quiabeiro por colheita, por somatório de colheitas, e por classe.Item Avaliação do composto orgânico acidificado com enxofre elementar ou sulfato de amônio no crescimento de plantas de milho(UFVJM, 2022) Bispo, Nicarla da Silva; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de Barros; Grazziotti, Danielle Cristina Fonseca SantosO composto orgânico é um fertilizante orgânico que pode melhorar a qualidade do solo e reduz o uso de fertilizantes químicos. No entanto, a liberação de hidroxilas durante o processo de compostagem eleva o pH do composto e consequentemente do solo, o que pode limitar as quantidades a serem aplicadas no solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar se a adição prévia de enxofre elementar ou sulfato de amônio ao composto orgânico permite a aplicação de maiores doses de composto ao solo, e assim aumentar a fertilidade do solo e o crescimento e nutrição das plantas de milho. Experimentos independentes e idênticos foram realizados em vasos em casa de vegetação com amostras de um Latossolo Vermelho distrófico (LVd) e de um Neossolo Quartzarênico Órtico típico (NQ). Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 4 x 3 e um tratamento adicional, sendo a adubação das plantas de milho com as doses 4, 8, 6 e 32 kg m-3 do composto previamente acidificado com 16 g dm-3 enxofre elementar (CO+S0), e 8 g dm-3 sulfato de amônio (CO+SA) e, do composto sem acidificação (CO), mais o tratamento controle sem adição de adubação (controle). O pH máximo no LVd foi de 6,7 na dose 26 kg m-3 de CO, 2,2 unidades maior do que o pH do solo controle (pH = 4,5). No NQ, os três adubos, em média, aumentaram o pH de 5,0 para 5,8 na dose 20 kg m-3. A adubação dos dois solos com quantidades crescentes dos três adubos aumentou os teores de nutrientes no solo (P, K, Ca, Mg, Fe, Zn e Mn). Os adubos orgânicos proporcionaram maiores teores de Ca e Mg nos dois solos, maiores disponibilidades de K no NQ e maiores disponibilidades de Zn, Mn e Fe no LVd. Em relação ao crescimento das plantas de milho adubadas com os adubos orgânicos, a altura, diâmetro de colmo, massa seca da parte aérea e das raízes foram maiores no LVd adubado com CO+S0 e no NQ adubado com CO+SA. Nos dois solos, em geral, em relação ao controle, o uso dos adubos orgânicos aumentou os conteúdos foliares de P, K, Ca e Mg e não influenciou os conteúdos de Mn e Zn. A adição de S0 ou SA foi mais eficiente para reduzir a elevação do pH no LVd e que no NQ. A adição de S0 ou SA ao composto não permitiu a aplicação de maiores doses de compostos nos dois solos.Item Bioestimulante Florestal: caracterização de microrganismos promotores de crescimento e seu uso na produção de mudas de eucalipto(UFVJM, 2023) Abreu, Caique Menezes de; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O uso de microrganismos simbiontes, como fungos ectomicorrízicos e bactérias, tem sido uma alternativa promissora na produção vegetal e na ciclagem de nutrientes. Para o desenvolvimento de propriedade industrial, patentes e de dispersão de possíveis bioinsumos é necessário que haja caracterização genética destes microrganismos e estudo de dispersão geográfica, bem como a otimização do processo tecnológico por meio da experimentação dos bioinsumos em diferentes genótipos. Um dos desafios na implementação de biotecnologias microbianas na produção de bioenergia a partir de florestas é a inadequada compreensão dos mecanismos e modo de ação dos micro-organismos simbiontes. Para superar essa dificuldade, objetivou identificar as espécies de fungos ectomicorrízicos e bactérias, determinar o potencial de dispersão geográfico e a interação entre bactéria, fungo e planta para a promoção de crescimento de estacas de eucalipto na formação de mudas comerciais. Neste trabalho, o material genético de 28 fungos e 17 estirpes bacterianas isolados em cultivos comerciais de eucalipto no cerrado da Biosfera da Serra do Espinhaço Meridional foram submetidos a sequenciamento de regiões conservadas de 28S rRNA e 16S rRNA, para identificação e diversidade do acervo microbiano. Para criação de um modelo probabilístico de dispersão geográfica dos isolados fúngicos foi utilizado o algoritmo CLIMEX para projeções de 2020 a 2080, prospectando o cenário de bioinsumo com base nas plataformas de propriedade industriais no período de 1982 a 2023. Para formulação de inoculante, foram realizadas analises de atividade enzimática bacteriana, e as possibilidades de co-inoculação via compatibilidade entre bactérias e fungos, para filtrar as espécies com máximo potencial biotecnológico para inoculação em estacas de eucalipto. A produção de inoculantes bacterianos a partir de estirpes de Enterobacter hormaechei, Enterobacter asburiae, Paraburkholderia tropica e Paraburkholderia phenazinium, foi adicionada ao veículo carboximetilcelulose:amido e o inoculante contendo Pisolithus microcarpus foi preparado a partir de esferas de alginato de cálcio. A co-inoculação desses organismos foi utilizada para avaliar a promoção do crescimento de mudas de híbridos de eucalipto. O experimento foi instalado em blocos casualizados, em esquema fatorial 6 x 2 (+1), incluindo inoculação bacteriana de cada espécie, mix bacteriano (contendo as quatro estirpes), veículo (CMC:amido), com e sem inoculação da mistura de três isolados de Pisolithus microcarpus (D5, D17 e D63), com adubação reduzida (quanto de redução) de P-N em híbrido espontâneo de Eucalyptus cloeziana e E. urophylla x E. grandis, além de um tratamento adicional de alta dose de P-N (colocar a dose). Para determinação da promoção do crescimento, foram analisados aos 45 e 90 dias aspectos ecofisiológicos, nutricionais e microbiológicos das mudas. Os fungos ectomicorrízicos foram identificados como P. microcarpus com padrão morfológico variável conforme o seu habitat, com período de frutificação no outono-inverno brasileiro, em solos distróficos no Bioma de Cerrado. A diversidade genética atribui-se às diferenciações nucleotídicas existentes entre os isolados e não em relação à distância geográfica dos isolados. Podendo ser distribuídos em regiões Tropicais e Temperadas em todo o mundo, podendo sofrer deslocamento das áreas potencialmente de distribuição do nicho ecológico no Brasil e no mundo até o ano de 2080. Possuem interação intraespecífica com 100,0 % de compatibilidade e interação interespecífica de 80,0 % com as estirpes bacterianas, indicando um grande potencial para co-inoculação. A E. huaxiensis inibiu os cinco isolados fúngicos, possivelmente por produção de substância antifúngico. A estirpe P. phenazinium inoculada com o isolado D17 proporcionou o maior crescimento micelial, 24,0 % em relação ao controle, demonstrando a melhor interação de compatibilidade observada. O comportamento ecofisiológicos das plantas foram moduladas pelo tipo de co-inoculação em baixa dose de fertilização, promovendo mudas com alta qualidade fisiológica e padrão de comercialização igual ou superior ao padrão de produção de mudas com altas doses de fertilização. As estirpes E. hormaechei, E. asburiae, P. tropica e P. phenazinium e o Pisolithus microcarpus são potenciais recursos microbianos na formulação de novos inoculantes para reduzir o uso de fertilizantes fosfatados e nitrogenados. A replicabilidade e validação em épocas diferentes aos executados serão necessárias para determinar o potencial de crescimento das plantas de eucalipto.Item Calagem para o cultivo da pitaia(UFVJM, 2018) Reis, Letícia Alves Carvalho; Cruz, Maria do Céu Monteiro da; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Moreira, Rodrigo Amato; Cruz, Maria do Céu Monteiro daO cultivo das espécies de pitaia no Brasil teve aumento na última década e, em função disso, têm-se buscado informações relacionadas ao manejo dos pomares, para que seja possível alcançar altas produtividadese frutas com qualidade comercial. Para isso, a prática da calagem é fundamental, considerando os tipos de solo cultivados no Brasil, que são ácidos, em sua maioria. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de avaliar a necessidade de calagem para determinar a saturação de alumínio tolerada, a saturação por bases desejada e o requerimento de cálcio e magnésio para o cultivo das espécies de pitaia Hylocereus undatus e H. polyrhizus. A pesquisa foi realizada em dois tipos de solo diferentes, o Neossolo Quartzarênico e o Latossolo Vermelho Amarelo distrófico, estudados em dois experimentos. Os experimentos foram conduzidos casa de vegetação, organizados em esquema fatorial 2 x 4, sendo duas espécies de pitaia, H. undatus e H. polyrhizus e quatro necessidades de calagem, 0; 0,8; 1,2 e 1,7 t ha-1, para Neossolo e 0; 1,3; 2,0 e 2,8 t ha-1, para Latossolo, distribuídos em blocos casualizados, com cinco repetições. A calagem foi realizada com calcário dolomítico para elevar a saturação por bases desejada a partir da saturação de bases inicial dos solos. A calagem elevou o pH, aumentou os teores de K, Ca e Mg, a saturação de Ca, a saturação de Mg e a saturação por bases nos solos. Os teores de P, Ca e Mg aumentaram e os teores de N, K, Zn, Mn e Fe diminuíram, nas brotações das duas espécies de pitaia, com o aumento da quantidade de calcário aplicada. As necessidades de calagem para a maior produção de matéria seca nas duas espécies de pitaia foi de 1,7 t ha-1, no Neossolo e de 1,9 t ha-1, para a espécie H. polyrhizus e de 2,8 t ha-1 para a espécie H. undatus cultivadas em Latossolo. A calagem é uma prática que deve ser realizada para o cultivo das espécies de pitaia em solos ácidos para elevar o pH, a saturação por bases, reduzir a saturação de alumínio e adequar o requerimento de cálcio e de magnésio. As espécies H. undatus e H. polyrhizus cultivadas em Latossolo Vermelho Amarelo distrófico apresentam maior crescimento quando a saturação de alumínio no solo está entre 1% e 4%, saturação por de bases entre 55% e 70% e requerimento de cálcio e magnésio em 3,0 cmolcdm-3. As espécies de pitaia cultivadas em Neossolo Quartzarênico apresentam maior crescimento quando a saturação de alumínio no solo está entre 13% e 16%, a saturação por bases em 70% e o requerimento de cálcio e magnésio em 2,5 cmolc dm-3. A acidez do solo interfere no crescimento das espécies de pitaia, que preferem solos com pH entre 6,6 e 7,0. A calagem para atender às exigências das espécies de pitaia deve ser realizada de acordo com os atributos químicos de cada tipo de solo.Item Calagem, fertilização e polinização no cultivo de pitaia(UFVJM, 2023) Alves, Deilson de Almeida; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Maria do Céu Monteiro; Fialho, Cíntia Maria Teixeira; Rufini, José Carlos Moraes; Grazziotti, Paulo HenriqueInformações relacionadas à calagem, fertilização e polinização no cultivo de espécies de pitaia contribuem para o aumento da produtividade, da qualidade das frutas e da rentabilidade dos pomares. Assim, este trabalho foi desenvolvido para contribuir com essas informações, que são relevantes para os produtores e pesquisadores e os resultados da pesquisa apresentados em três artigos científicos. No primeiro artigo, o objetivo foi avaliar a calagem e a fertilização NPK na produtividade, os teores de P, K, Ca e Mg no solo e de N, P e K nos cladódios de Hylocereus polyrhizus, em duas safras consecutivas. No primeiro ciclo de produção o incremento foi de 312% e, no segundo ciclo, de 185% na produtividade, com calagem e fertilizações de 303 e 166 kg ha-¹ de N, 106 e 96 kg ha-¹ de P2O5 e 237 e 175 kg ha-¹ de K2O, alcançando produtividade de 10,8 e 16,1 Mg ha-¹. Com o manejo da calagem e fertilizações NPK foi possível a correção de pH do solo (6,5), elevação da saturação por bases a 65%, o requerimento de Ca e Mg para 3,1 cmolc dm-³ e aumentar os teores de P para 64 a 165 mg dm-³ e de K para 646 a 623 mg dm-³, no solo e para 10 a 12 g kg-¹ o N, 1,32 a 2,35 g kg-¹ o P e 40 a 52 g kg-¹ o K, nos cladódios. A realização de calagem em solos ácidos adéqua as características químicas do solo para o cultivo de espécies de pitaia. A fertilização NPK em solo com baixos teores de nutrientes e matéria orgânica aumenta a produtividade de pomar de pitaia. No segundo artigo, o objetivo foi avaliar a exportação de nutrientes e a qualidade das frutas de H. polyrhizus em função da fertilização NPK e da calagem no solo. As quantidades de nutrientes exportados por tonelada de frutas de H. polyrhizus foram: de K, 12,65 kg; de N, 3,24 kg; de Ca, 1,53 kg; de P, 0,54 kg; de Mg, 0,33 kg; de Mn, 166,0 g; de Fe, 12,67 g e de Zn 3,49 g, com a realização de calagem no solo. A ordem de exportação de nutrientes pelas pitaias difere na casca e polpa, sendo, na casca, K>N>Ca>Mn>P>Mg>Fe>Zn e, na polpa, K>N>Ca>P>Mg>Mn>Fe>Zn. A calagem aumenta a quantidade de nutrientes exportados para as frutas, principalmente Ca, P e Mg na casca. A fertilização com K2O melhora a qualidade das frutas nos pomares de pitaia. A calagem e a fertilização NPK devem ser realizadas no cultivo de pitaia para adequar os teores de nutrientes no solo visando repor os nutrientes exportados pelas colheitas das frutas. No terceiro artigo, o objetivo foi comparar a rentabilidade do pomar de pitaia com o manejo da polinização cruzada manual e a polinização natural em espécies autocompatíveis e autoincompatíveis. O manejo da polinização cruzada manual no pomar de pitaia incrementou a produtividade em mais de 150%, desde o primeiro ciclo de produção. A polinização cruzada manual possibilitou o retorno do capital investido em 1,0 hectare de pitaia, no segundo ciclo produtivo do pomar, com rentabilidade de 76%. Com a polinização natural, o retorno do investimento inicial ocorreu no terceiro ciclo produtivo, com rentabilidade de 72%. A rentabilidade do pomar de pitaia é maior com a polinização cruzada manual em espécies autocompatíveis e autoincompatíveis em relação à polinização natural. O cultivo de espécies de pitaia em áreas que apresentam solo ácido e baixos teores de nutrientes, é necessário o manejo da calagem, aliado a fertilização adequada com NPK, para a produção de pitaias com qualidade comercial e o aumento de produtividade dos pomares. Espécies de pitaia autocompatíveis e autoincompatíveis alcançam maior produtividade quando polinizadas manualmente e, mesmo que o custo de produção seja maior com esse manejo, a rentabilidade é maior em relação a pomares com polinização natural, devido a produção de frutas com maior tamanho e uniformidade, além de mais frutas por planta.Item Caracterização, mapeamento, volume de água e estoque de carbono da turfeira da área de proteção ambiental Pau-de-Fruta em Diamantina – MG.(2009) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Grazziotti, Paulo Henrique; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Guilherme, Luiz Roberto GuimarãesA turfeira é formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Em Diamantina, esse pedoambiente é encontrado na Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, situada a 6 km da sede do município, a uma altitude média de 1366 m. A APA está inserida na Serra do Espinhaço Meridional, sua litologia é predominantemente quartzítica e a vegetação é típica de campo rupestre, com pequenas ilhas de cerrado denominadas capões, que se adaptaram ao ambiente hidromórfico. O ambiente é oligotrófico e apresenta elevados teores de Al3+ e valores de saturação por alumínio. As turfeiras formadas nessa área apresentam verticalmente uma estrutura bem definida, sendo que as camadas mais superficiais foram classificadas, de acordo com seu estágio de decomposição, como fíbricas, as intermediárias como hêmicas e as camadas mais profundas, como sápricas. A turfeira, por ser um ambiente de acúmulo de matéria orgânica em condições de baixa atividade de O2, favorece a formação e a manutenção de substâncias húmicas, sobretudo as frações menos solúveis, de forma que o teor de humina é maior que os teores de ácidos húmicos que, por sua vez, são maiores que o teor de ácidos fúlvicos. A turfeira, devido ao seu comportamento tipo esponja, apresenta grande importância na dinâmica da água nessa região, de forma que, nos períodos chuvosos, ela armazena água em seus poros e a libera de forma gradativa com o passar do tempo. A turfeira da APA Pau-de-Fruta ocupa 81,75 ha, armazena cerca de 629.782 m3 de água e estoca em torno de 33.129 toneladas de carbono. Dessa forma, a turfeira da APA Pau-de-Fruta representa um considerável reservatório natural de água, bem como o importante ambiente de sequestro de carbono e é fundamental para o abastecimento de água da cidade de Diamantina.Item Cenário brasileiro de inoculantes e aplicações de bactérias endofíticas em Corymbia(UFVJM, 2023) Oliveira, Augusto Matias de; Costa, Márcia Regina da; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Grazziotti, Paulo Henrique; Zuffo, Alan Mario; Marriel, Ivanildo Evódio; Reis, Lílian Alves CarvalhoAs espécies de Corymbia têm sido colocadas como recalcitrantes ao enraizamento, e muitos plantios acabam sendo estabelecidos via seminal, no entanto o plantio clonal tem ganhado espaço cada vez mais, da mesma maneira que a busca por inoculantes e a inoculação de espécies florestais com bactérias promotoras do crescimento de plantas. Mas antes do desenvolvimento de uma tecnologia, é preciso realizar busca de anterioridade e estudo de mercado. Assim, objetivou-se avaliar o cenário brasileiro da produção de inoculantes e o efeito da inoculação com bactérias endofíticas em sementes de C. citriodora e de miniestacas de um híbrido de C. citriodora x C. torelliana na produção de mudas. Os inoculantes foram produzidos com Pantoea vagans estirpes 7URP1-6 (B07) e 45URP4-1 (B45), Priestia megaterium (B11), Exiguobacterium sibiricum (B19) e Bacillus sp. (B58). No Brasil, nas últimas quatro décadas, aumentou de sete para trinta e sete o número de depósito de patentes para formulações inoculantes, principalmente para leguminosas, inicialmente com uso de bactérias do gênero Rhizobium, e posteriormente com a aplicação de outros gêneros de fungos e bactérias. As bactérias endofíticas têm ganhado destaque nesse cenário de crescimento. A qualidade fisiológica das sementes de C. citriodora não é afetada pela inoculação com as bactérias individualmente. Na produção de mudas por sementes, a inoculação com as bactérias B07, B11 e B19 formou mudas mais altas, com maior diâmetro de coleto e massa seca de raízes, parte aérea e total, em especial as inoculadas com a B19, pois tiveram médias mais altas para altura, teor de clorofila b e massa seca da parte aérea e total, e maior capacidade de colonizar as raízes e rizosfera de C. citriodora, produzindo mudas de melhor qualidade. Na produção clonal de mudas de C. citriodora x C. torelliana, as miniestacas inoculadas com as bactérias B07, B11, B19 e B58 em relação às tratadas com 2.000 mg kg-¹ de ácido indolbutírico (AIB) tiveram tempo de produção das mudas diminuído; apresentaram sobrevivência semelhante; tiveram a porcentagem de enraizamento aumentada entre 29 e 36 %, e entre 27 e 34 % a altura das plantas; produziu mudas com maiores diâmetros de coleto, massa seca de raízes, parte aérea e total, e número de unidades formadoras de colônias por grama de tecido na rizosfera, raízes e parte aérea. O AIB na concentração de 2.000 mg kg-¹ inibe a colonização dos tecidos vegetais por bactérias endofíticas; já na concentração de 1.000 mg kg-¹, favorece a colonização. A inoculação das miniestacas de um híbrido de C. citriodora x C. torelliana com B07, B11, B19 ou B58 seguidas de imersão em 1.000 mg kg-¹ de AIB melhora o desenvolvimento das mudas.Item "Clones de Eucalyptus responsivos à inoculação de fungos ectomicorrízicos"(UFVJM, 2022) Silva, Diana Marques; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Costa, Márcia Regina da; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi GomesAtualmente, tem crescido o interesse no setor florestal por estratégias que aumentem a produtividade dos plantios de Eucalyptus de forma sustentável. Os fungos ectomicorrízicos desempenham papel fundamental nos ciclos de carbono e nutrientes nos ecossistemas. Esses microrganismos conferem diversos benefícios ao hospedeiro como melhora do estado nutricional e maior resistência a estresses bióticos e abióticos. Os objetivos deste trabalho foram realizar uma revisão enfatizando a importância e os benefícios proporcionados pelos fungos ectomicorrízicos e seu potencial biotecnológico para o Eucalyptus e avaliar os benefícios da inoculação desses fungos na sobrevivência e crescimento de mudas de clones de Eucalyptus. Na revisão foram abordados principalmente os resultados já obtidos com o uso desses microrganismos no setor florestal e o seu potencial biotecnológico. Na segunda etapa deste estudo, os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 5x5, sendo: cinco clones crescidos em substrato com baixa adubação de P inoculados com micélio vegetativo dos isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. em separado e em conjunto (D5+D17) e dois tratamentos não inoculados, um em substrato com baixo teor de P (Controle Baixo P) e outro em substrato com alto teor de P (Controle Alto P). A inoculação das mudas promoveu aumento na qualidade e nas características de crescimento das mudas dos clones AEC2, AEC3 e AEC5. Os clones AEC1 e AC4 não foram beneficiados e nem prejudicados pela inoculação. O isolado D17 de Pisolithus sp. é o mais promissor para inoculação em estacas de Eucalyptus em viveiros comerciais. Os clones AEC2, AEC3 e AEC5 foram responsivos a inoculação por fungos ectomicorrízicos e os clones AEC1 e AEC4 foram pouco responsivos a adubação fosfatada e não responsivos a inoculação. Os benefícios da inoculação foram dependentes do isolado fúngico e do clone de Eucalyptus.Item Colonização e crescimento de mudas de café inoculadas com fungo micorrízico arbuscular em solos com doses de P e umidades controladas(UFVJM, 2014) Moreira, Samuel Dias; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Reis, Marcelo Rodrigues dos; Grazziotti, Paulo Henrique; Rocha, Wellington WillianOs fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são capazes de estimular o crescimento das plantas, sobre tudo pelo efeito na nutrição mineral e hidratação, onde possibilita maior absorção de água e nutrientes. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a colonização e o crescimento de plantas de café inoculadas com FMA em solos com doses de fósforo (P) e diferentes umidades. Foram produzidas mudas de café (Coffea arabica) micorrizadas utilizando inóculos contendo esporos de Glomus calrum, Glomus etunicatum e Scutellospora heterogma. O período de muda durou 160 dias e posteriormente, conduzidas em dois experimentos, foram plantadas em vasos plásticos e crescidas por 150 dias em casa de vegetação. Para avaliar o efeito de P o experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial 4 x 4 sendo, as doses de 0,00; 0,74; 1,48 e 2,96 g kg-1 de P2O5 por planta e os três FMA mais o controle não inoculado. E para avaliar o efeito da umidade do solo o delineamento experimental utilizado foi o mesmo do P e o fatorial também foi 4 x 4 sendo, a umidade do solo 40, 60, 80 e 100% da capacidade de campo e os mesmos tratamentos fúngicos. Os resultados para incremento na altura, área foliar, massa seca das raízes, massa seca do caule e porcentagem de colonização mostraram efeito significativo da interação entre os fatores FMA x doses de fósforo. E para interação dos fatores FMA x umidade do solo, os resultados mostraram efeito significativo somente para incremento na área foliar, massa seca das raízes e relação parte aérea/raízes. A colonização dos fungos Glomus clarum, Glomus etunicatum e Scutellospora heterogma tiveram resultados distintos, com comportamentos semelhantes, para as doses de P diminuindo linearmente e para a umidade tipo quadrático. A inoculação de FMA, a adição de P e o aumento da umidade do solo aumentam o crescimento do cafeeiro.Item Crescimento e atividade enzimática em mudas de cedro australiano (Toona ciliata M. roem. var. australis) inoculadas com fungos micorrízicos(UFVJM, 2019) Costa, Eliane Cristine Soares da; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; França, André Cabral; Gandini, Andrezza Mara MartinsO cedro australiano (Toona ciliata) tem se destacado em povoamentos florestais comerciais devido à qualidade da sua madeira, rápido crescimento, adaptação a climas tropicais e subtropicais e resistência ao ataque da Hipsiphyla grandella. Sabe-se que em viveiros florestais, a inoculação com fungos micorrízicos tem contribuído para o vigor das plantas e pode representar uma economia considerável da adubação química, principalmente a fosfatada, tornando, portanto, o cultivo mais sustentável. No entanto, são poucas as informações existentes sobre o efeito da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) em mudas clonais de cedro australiano. Desta maneira, este estudo teve por objetivo avaliar a eficiência da inoculação de FMA no crescimento de mudas clonais de cedro australiano. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2x4, sendo os clones BV1120 e BV1321 inoculados com inoculante comercial à base de FMA, Rootella BR®, com a mistura dos inóculos de FMA Claroideoglomus etunicatum e Acaulospora morrowiae, crescidos em substrato com redução da adubação fosfatada e dois controles não inoculados com e sem redução da adubação fosfatada. Para as mudas com redução da adubação fosfatada, a massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca total (MST) foram maiores nas inoculadas com Rootella BR®. Apesar de a colonização micorrízica ter sido maior nas mudas inoculadas com C. etunicatum + A. morrowiae. Independente do inoculante, a inoculação aumentou as atividades de superóxido dismutase e catalase nas folhas das mudas em relação às não inoculadas. A inoculação ou redução da adubação fosfatada influenciou os teores de P, N e Mn na parte aérea das mudas. Os clones se comportaram de maneira distinta em relação ao crescimento, as mudas exibiram maior diâmetro do coleto, MSPA, massa seca de raízes, MST, razão raiz parte aérea e Índice de Qualidade de Dickson no clone BV1321 do que no clone BV1120. A inoculação com fungos micorrízicos arbusculares aumenta o crescimento da parte aérea, os teores de P e a atividade das enzimas CAT e SOD de mudas de cedro australiano (Toona ciliata) em viveiro comercial, mas este efeito é dependente do clone.Item Crescimento e nutrição de mudas de copaíba em dois volumes de substratos e níveis de sombreamento.(2010) Dutra, Tiago Reis; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Soares, Cláudio Roberto Fonsêca SousaA copaíba (Copaifera langsdorffii) é uma espécie arbórea, da família Leguminosae (Caesalpinioideae) encontrada no cerrado, mata atlântica e matas de galeria. Assim como outras diversas espécies florestais, começaram a receber em meados da década de 70 maior importância na produção de suas mudas em viveiros florestais para uso em diversos projetos. O volume e tipo de substrato são os primeiros aspectos que devem ser investigados para se garantir a produção de mudas de boa qualidade em viveiros florestais. A luminosidade é outro fator de enorme importância na produção de mudas, sendo que variações na qualidade e quantidade, presença ou ausência de luz irá influenciar o desenvolvimento da planta. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de dois volumes de diferentes tipos de substratos e níveis de sombreamento crescentes no crescimento e teores de nutrientes em mudas de copaíba. O experimento foi conduzido por 130 dias em DBC casualizados no esquema fatorial 2 x 5, sendo avaliado dois volumes dos substratos Bioplant®, 70% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada, 40% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada + 30% fibra de côco, 50% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada + 20% areia, 70% vermiculita + 15% casca de arroz carbonizada + 15% vermicomposto. Estas dez combinações foram distribuídas aleatoriamente em quatro blocos com diferentes intensidades luminosas: 0, 30, 50 e 70% de sombreamento. As mudas de copaíba podem ser produzidas satisfatoriamente nos dois volumes (180 e 280 cm³) dos diferentes substratos estudados e em níveis de sombreamentos mais elevados, demonstrando grande plasticidade. O uso de 180 cm³ de substrato foi suficiente para produzir mudas com bom desenvolvimento, índice de qualidade e teores nutricionais. Os substratos 70% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada, 40% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada + 30% fibra de côco, 50% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada + 20% areia, 70% vermiculita + 15% casca de arroz carbonizada + 15% vermicomposto apresentaram ligeira superioridade em relação ao Bioplant para as características morfológicas das mudas, entretanto as plantas crescidas nesse substrato apresentaram maiores teores de P, K, Ca, S e Zn.Item Crescimento e respostas fisiológicas de Coffea arabica inoculado com fungos micorrízicos arbusculares e adubado com fosfato de liberação lenta(UFVJM, 2019) Cruz, Rafaele de Sousa; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); França, André Cabral; Grazziotti, Paulo Henrique; Ferreira, Evander Alves; Gandini, Andrezza Mara MartinsFungos micorrízicos arbusculares (FMA) aumentam o crescimento, a absorção de nutrientes e promovem alterações fisiológicas como, maior taxa fotossintética líquida, condutância estomática e taxa transpiratória ao cafeeiro. Contudo, a simbiose depende da compatibilidade funcional entre os simbiontes, e do correto manejo da fertilidade do solo para manter ou aumentar a ação benéfica e simbiótica dos FMA. Objetivou-se avaliar o crescimento, distribuição do sistema radicular e aspectos fisiológicos do cafeeiro inoculado com fungos micorrízicos arbusculares e fertilizado com fontes de fósforo. Para isso, experimentos independentes foram conduzidos em casa de vegetação da UFVJM em delineamento de blocos casualisados. No primeiro experimento os tratamentos foram estabelecidos pelo esquema fatorial 2 x 9, em que mudas de café inoculadas com o fungo Acaulospora colombiana e não inoculadas foram crescidas em solo fertilizado com doses de 100 e 50% de P2O5 recomendado para o plantio do cafeeiro que é de 50 g por cova, usando MAP, MAP revestido com polímero, organomineral peletizado ou granulado e sem adubação (controle). No segundo experimento os tratamentos foram estabelecidos pelo esquema fatorial 3 x 4, em que as plântulas das cultivares Rubi MG 1192, Mundo Novo 379-19 e Catuaí vermelho IAC 144 foram inoculadas com Rhizophagus clarus, A. colombiana, R. clarus + A. colombiana ou não inoculadas (controle) e crescidas em mistura de Latossolo Vermelho-Amarelo e substrato Bioplant® na proporção de 1:1. As plantas de café (Rubi MG 1192) com maior crescimento foram aquelas previamente inoculadas com A. colombiana e crescidas em solo adubado com a dose de 100% de P2O5, utilizando como fonte os fertilizantes organomineral peletizado e granulado e MAP revestido. As maiores taxas fotossintéticas e eficiência do uso da água foram observadas nas plantas inoculadas e adubadas independente da fonte de P ou da dose. Para o segundo experimento, as cultivares de café inoculadas com FMAs apresentaram maior crescimento, melhor distribuição do sistema radicular em profundidade e maiores taxas fotossintéticas, sendo a cultivar Rubi MG 1192 mais responsiva e os inóculos R. clarus de forma isolada ou em mistura com A. colombiana mais efetivos.Item Crescimento, teores, acúmulo e disponibilidade de níquel em gramíneas forrageiras(UFVJM, 2014) Souza, Francisco Vagner Pereira de; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Fernandes, Luiz ArnaldoO objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, teores, acúmulo e disponibilidade de níquel em cinco gramíneas forrageiras. Os experimentos foram instalados em condições de casa de vegetação do Departamento de Agronomia da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG, Brasil. Panicum maximum cv. Aruana e cv. Tanzânia e Brachiaria decumbens cv. Basilisk, Brachiaria brizantha cv. Xaraés e cv. Marandu foram crescidas em solução nutritiva e em solo e adicionadas de 0, 20, 40, e 100 mg L-1 e 0, 20, 40 e 120 mg kg-1 de cloreto de níquel, constituindo ensaios independentes em delineamento experimental inteiramente casualizados com quatro repetições. O período experimental foi de 90 dias. Determinou-se a massa seca e os teores de Ni na parte aérea, coleto e raízes das gramíneas forrageiras. Os conteúdos de Ni foram calculados com base nos teores e nas produções de massa seca em cada parte da planta. O teor de níquel no solo foi determinado pelos extratores Mehlich-1, DTPA pH 7,3, teor semitotal - USEPA 3051 e teor total - USEPA 3052. O crescimento das gramíneas forrageiras reduziu linearmente em solução nutritiva com a adição de níquel, mas no solo aumentou até a dose de 40 mg kg-1. Apesar da fitotoxidade do Ni, as plantas responderam positivamente quando o metal foi aplicado em baixas doses no solo. A suscetibilidade ao Ni foi diferenciada para os experimentos, devido às variadas interações que ocorrem no sistema solo-planta. O teor de Ni nas gramíneas forrageiras aumentou em função das doses crescentes de Ni nos diferentes experimentos. Os métodos de extração analisados na aferição do Ni no solo apresentaram boa correlação com os teores de Ni encontrados nas plantas, sendo o DTPA mais eficiente. As gramíneas forrageiras avaliadas nestes experimentos não podem ser consideradas acumuladoras de Ni.Item Diagnose nutricional de enxofre em eucalipto por análise não destrutiva(UFVJM, 2017) Chaves, Carolina Mata Machado Barbosa; Silva, Enilson de Barros; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Santana, Reynaldo Campos; Grazziotti, Paulo HenriqueO enxofre (S) é um nutriente essencial para crescimento e metabolismo das plantas, e sua deficiência pode limitar a produtividade de muitas culturas. A adaptação de técnicas específicas de análise espectral para a determinação do estresse nutricional causado por este nutriente pode permitir a detecção precoce da sua deficiência e suplementação de precisão na adubação corretiva das plantas. Esse experimento foi conduzido com o objetivo de determinar se a reflectância foliar obtida através do mini espectrômetro pode ser utilizada para detectar a deficiência de S em mudas de Eucalyptus urophylla. Durante 90 dias as mudas foram cultivadas em solução nutritiva de Clark modificada completa (sem omissão de S) e com omissão de S. Os sintomas visuais de deficiência de S foram observados e fotografados semanalmente. A cada 15 dias foram avaliados altura e diâmetro das plantas e leituras nas folhas diagnósticos, com o mini espectrômetro. Ao final de cada avaliação, amostras de folhas diagnósticos foram preparadas e submetidas às análises químicas do material vegetal dos teores de nutrientes, posteriormente as mudas foram separadas em raízes, caule e folhas para obtenção da massa seca total e dos seus componentes. Após calcular a primeira derivada das reflectâncias obtidas nas leituras com o mini espectrômetro, obteve-se a posição dos pontos de inflexão. Foi realizado ainda um estudo de regressão linear múltipla entre os teores de nutrientes das folhas diagnósticos como variáveis dependentes, e a produção de massa seca da parte aérea e valores obtidos para o IPP como variáveis independentes. A deficiência de S causou alterações nas propriedades morfológicas e fisiológicas das plantas de Eucalyptus, o que refletiu nas mudanças das propriedades espectrais foliares da espécie em questão. Os sintomas visuais de deficiência de S iniciaram-se aos 28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), intensificando-se ao longo do experimento. Foi observado clorose nas folhas novas, caule mais delgado e redução no crescimento das mudas quando comparados ao tratamento completo. A análise nutricional detectou redução nas concentrações de S foliar e deficiência do nutriente nas plantas aos 45 DAT. Contudo, somente aos 75 dias a deficiência de S alterou a reflectância das mudas com omissão de S, deslocando o ponto de inflexão para comprimentos de ondas mais curtos (± 700 m), ou seja, quando o aparelho (mini espectrômetro) conseguiu detectar deficiência nutricional de S nas plantas de Eucalyptus. A deficiência de S também reduziu a altura, diâmetro e produção de massa seca total e dos seus componentes aos 75 DAT. A posição do ponto de inflexão e a massa seca da parte aérea apresentaram alta correlação com a concentração de S foliar. As análises de regressão linear múltipla e de correlação simples indicaram que os valores de reflectância foliar estimados pelo mini espectrômetro e pela massa seca da parte aérea estavam estreitamente correlacionados com as concentrações de S nas folhas das mudas de Eucalyptus (r2=0,99). Os resultados obtidos sugerem que a reflectância espectral demonstra alto potencial como ferramenta diagnóstico para estimar a concentração de S foliar em Eucalyptus por meio do mini espectrômetro.Item Diagnose nutricional do cafeeiro para produção e qualidade da bebida na região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG.(2008) Farnezi, Múcio Mágno de Melo; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de BarrosO Alto Vale do Jequitinhonha tem apresentado como ascendente pólo cafeeiro do estado de Minas Gerais. No entanto, pouca importância tem sido dada ao diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro que proporcione maior produtividade e, melhor qualidade da bebida.As normas DRIS ainda não foram estabelecidas para cafeeiros do Alto Vale do Jequitinhonha,assim, a inexistência dessas impede que o DRIS seja aplicado nesta cultura nessa região. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de faixas críticas de nutrientes de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem diagnosticar eficientemente o estado nutricional das plantas. Os objetivos deste trabalho foram (a) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas para teores foliares de nutrientes e diagnose nutricional dos cafeeiros (Coffea arabica L.) do Alto Vale do Jequitinhonha; (b) realizar o levantamento da qualidade da bebida do café e (c) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas de nutrientes e avaliar o estado nutricional dos cafeeiros para maior produtividade. O Alto Vale do Jequitinhonha tem apresentado como ascendente pólo cafeeiro do estado de Minas Gerais. No entanto, pouca importância tem sido dada ao diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro que proporcione maior produtividade e, melhor qualidade da bebida.As normas DRIS ainda não foram estabelecidas para cafeeiros do Alto Vale do Jequitinhonha,assim, a inexistência dessas impede que o DRIS seja aplicado nesta cultura nessa região. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de faixas críticas de nutrientes de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem diagnosticar eficientemente o estado nutricional das plantas. Os objetivos deste trabalho foram (a) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas para teores foliares de nutrientes e diagnose nutricional dos cafeeiros (Coffea arabica L.) do Alto Vale do Jequitinhonha; (b) realizar o levantamento da qualidade da bebida do café e (c) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas de nutrientes e avaliar o estado nutricional dos cafeeiros para maior produtividade e melhor qualidade da bebida. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir: (1) maiores porcentuais de lavouras em desequilíbrios nutricionais foram observados para os nutrientes P, K, S, B, Cu, Mn e Zn em deficiência, sendo o Mg e Fe os excessivos; (2) as normas DRIS para diagnose nutricional foram estabelecidas para cafeeiros da região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG e utilizadas para propor faixas críticas para N (2,25 - 2,79 dag kg-1), P (0,18 - 0,22 dag kg-1), K (1,72 - 2,10 dag kg-1), Ca (1,26 - 1,51 dag kg-1), Mg (0,29 - 0,35 dag kg-1), S (0,13 - 0,32 dag kg-1), B (83,8 - 96,3 mg kg-1), Cu (5,7 – 9,3 mg kg-1), Fe (67,5 - 116,2 mg kg-1), Mn (219 - 422 mg kg 1) e Zn (17,4 - 30,0 mg kg 1); (3) pelo levantamento da qualidade da bebida do café verificou-se que a maior parte das lavouras avaliadas da região apresentou qualidade da bebida classificada como “dura”, porém a região apresenta aptidão para produzir cafés de melhor qualidade (bebida “mole”, “apenas mole” e “estritamente mole”); (4) as normas DRIS para o estado nutricional juntamente com a qualidade da bebida do café foram estabelecidas para cafeeiros da região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG e a partir destas normas, foram propostas as faixas críticas de nutrientes N (2,20 - 2,48 dag kg-1), P (0,20 - 0,24 dag kg-1), K (1,49 - 1,79 dag kg-1), Ca (1,30 - 1,61 dag kg-1), Mg (0,32 - 0,38 dag kg-1), S (0,10 - 0,13 dag kg-1), B (77,3 - 89,1 mg kg-1), Cu (3,1 – 3,8 mg kg-1), Fe (174,0 - 242,4 mg kg-1), Mn (197,5 - 341,8 mg kg-1) e Zn (19,8 - 31,0 mg kg-1) e (5) a manutenção do equilíbrio do estado nutricional das lavouras cafeeiras proporciona elevada produtividade e qualidade da bebida do café.
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