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Item Cadernos Diversidade & Educação do Campo Volume II: opiniões de campesinos e quilombolas(UFVJM, 2024) Castro, Carlos Henrique Silva deItem O caminhar de um povo: a Comunidade do Tatu e a colonialidade em atas da Associação para o Desenvolvimento Rural São Lázaro - ADERSAL(UFVJM, 2022) Santos, Neltinha Oliveira dos; Castro, Carlos Henrique Silva de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Castro, Carlos Henrique Silva de; Miguel, Fernanda Valim Côrtes; Freitas, Érica Fernanda Justino de; Lima, Luiz Henrique Magnani Xavier deEste trabalho discorre, de maneira mais ampla, sobre à produção de conhecimentos ligados às comunidades do campo e, de forma específica, aos contextos da Comunidade do Tatu, lugar pertencente ao município de Franciscópolis do Vale do Mucuri, em Minas Gerais. O processo de investigação desenvolveu-se na Associação para o Desenvolvimento Rural São Lázaro – (ADERSAL), criada em 1996. Esta instituição é considerada pela comunidade um espaço de luta em defesa dos interesses coletivos locais. Neste presente estudo, o objetivo geral visa analisar a formação da Comunidade do Tatu a partir das relações de linguagem e colonialidade de seus integrantes, buscando compreender as discussões através da análise das atas da ADERSAL, no período compreendido entre os anos de 2006 a 2011. Para este fim, estabeleceram-se três objetivos específicos: a) identificar nas atas da ADERSAL, de 2006 a 2011, os tensionamentos relacionados à noção de colonialidade no campo; b) relacionar os acontecimentos identificados nas atas com as políticas públicas ligadas ao campo no período citado; e c) compreender como a ADERSAL cria suas resistências a partir dos tensionamentos levantados e analisados através dos dados coletados nas atas. No que concerne à metodologia esta pesquisa é teórico-prática, com abordagem do problema qualitativa. Como estratégia de pesquisa escolheu-se o estudo de caso defendido por Yin (2001) e Prodanov e Freitas (2013). Como método de investigação dos dados escolheu-se a pesquisa bibliográfica e a análise documental, já para análise do corpus optou-se pela Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977). Associaram-se aos dados coletados algumas reflexões desta pesquisadora que foram suscitadas pelas vivências na comunidade pesquisada, fato que fez ampliar o panorama da análise. As análises dos dados revelaram que existe um atravessamento das dimensões da colonialidade na Comunidade do Tatu, apontando algumas considerações relevantes sobre a importância e o papel da ADERSAL como um espaço congregador de articulação das resistências da comunidade. Os resultados apontaram que há também, dentro do associativismo, tensionamentos e pouca participação dos associados devido a não conclusão de alguns projetos propostos cuja ação se reflete no desencorajamento quanto à participação ativa dos seus integrantes no seio da própria associação. Essa dissertação traz, portanto, à luz dados que nos permite atestar aspectos da colonialidade, que ainda atravessam a formação da Comunidade do Tatu e que transformaram o modo de vida local.Item Letramento literário: uma sequência expandida com lendas diamantinenses(UFVJM, 2019) Teixeira, Daniela Luciana Braga Santiago; Santos, Rosana Baptista dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Rosana Baptista dos; Vieira, Noemi Campos Freitas; Castro, Carlos Henrique Silva deEsta dissertação realizou-se a partir do estudo sobre o conceito de letramento literário e as lendas diamantinenses, com o objetivo de vinculá-las a uma sugestão didática denominada de sequência expandida para o ensino de literatura oral nos anos finais do ensino fundamental. Essa sugestão pretende contribuir para que o professor de Língua Portuguesa possa trabalhar com qualquer tipo de lenda diamantinense por meio de uma sequência de atividades que visam ao incentivo e à leitura de diversos gêneros literários, com o intuito de proporcionar uma melhor compreensão e interpretação dos textos. A título de exemplo, elaborou-se uma sequência das seguintes lendas: Lenda da Acayaca (1729); O Tesouro do Padre Brazão (1972); A Noiva das Mercês (1979); A Moça e a Vela (sem data); e A Gameleira (1979). As lendas selecionadas são aquelas mais conhecidas e que possuem registro escrito, publicadas em meados do século XIX e início do século XX. A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, com abordagem qualitativa, pois busca explicar o conceito de letramento literário, além de propor uma sequência expandida. A prática de leitura defendida neste trabalho, muito embora os textos trabalhados tenham origem na tradição oral, parte da premissa de que a literatura é relevante na vida do homem, em função de seu caráter humanizador e por seu potencial de construir não só leitores, mas sujeitos capazes de entender o mundo e a si mesmos. Espera-se que o trabalho com esse material possa, por intermédio do trabalho do professor, apresentar ao potencial aluno a literatura como um objeto de fruição, mediante uma imersão literária que permita a ele admirar, sensibilizar-se e explorar ao máximo as sensações propiciadas pelo texto, levando-o a se identificar com os personagens, culturas, épocas, lugares e costumes diferentes, possibilitando que se depare com outras realidades, bem como que tenha uma visão mais ampla e crítica sobre o mundo e a sociedade.Item Memórias de letramentos 3: vozes dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2023) Rocha, Marcos Roberto; Castro, Carlos Henrique Silva deA escrita dessas memórias fez parte das atividades da disciplina Prática de Leitura e Produção de Textos, ofertada preferencialmente para estudantes de primeiro período, das licenciaturas citadas no parágrafo anterior, no primeiro semestre 2023, especificamente de fevereiro a junho. A disciplina contemplou reflexões teóricas e pesquisas práticas acerca de letramentos e práticas nas áreas de formação dos graduandos – ciências da natureza e matemática – cujo conceito tem grande utilidade, que vão desde a interpretação de um texto de qualquer disciplina na sala de aula à compreensão de notícias sobre avanços tecnológicos na produção de vacinas ou impacto da mudança na alíquota de ICMS para os orçamentos de saúde e educação. A temática girou em torno da educação crítica, perpassando os ensinamentos freirianos sobre leitura de mundo, os estudos críticos dos letramentos e as práticas atuais de leitura e escrita em ambientes digitais, com luzes no fenômeno das fake news.Item Memórias de letramentos 4: vozes dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2024) Castro, Carlos Henrique Silva de"É com satisfação que apresento uma nova coletânea de narrativas, a quarta da série, que reflete diferentes experiências de vida, marcadas por práticas sociais com a leitura, a escrita, os números e as aprendizagens delas decorrentes. Trata-se de doze textos nos quais encontramos relatos genuínos que nos levam a refletir sobre a importância da educação em nossas vidas e o poder transformador da palavra escrita. Os autores e autoras são futuros pedagogos e professores de física e matemática, meus alunos de uma disciplina de nome Práticas de Leitura e Produção de Textos."Item Memórias de letramentos 5: vozes dos vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2024) Castro, Carlos Henrique Silva deEste é o quinto volume da coleção Memórias de Letramentos, iniciada em 2017 em parceria com meu compadre Luiz Henrique Magnani, também professor da nossa Universidade, a UFVJM. Neste volume, sete anos depois, trago para os leitores 10 narrativas autobiográficas de sujeitos dos nossos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Não necessariamente nesta ordem, aqui temos dois textos oriundos da Comunidade Quilombola Paiol, situada em Cristália-MG, município que conta com um terceiro texto. Quatro vêm da Comunidade Quilombola Capivari, situada no Serro-MG, e a Comunidade Quilombola do Peixe Bravo, situada em Riacho dos Machados-MG, é a origem do último dos textos quilombolas. Completam a edição um texto de Diamantina-MG e outro de Coronel Murta-MG. Temos um livro cheio de emoção, com histórias e reflexões importantes não apenas para os autores e autoras, estudantes de Licenciatura em Educação do Campo, mas também para pesquisadores e cidadãos comuns que se preocupam com reflexões sobre diversidade e educação e/ou gostam de textos autobiográficos. São novas vozes que se juntam a outras tantas eternizadas em nossa coleção, com questões antigas, como acesso à educação e à cultura, mas também com experiências lindas de superação, generosidade e criatividade.Item Memórias de letramentos 6: vozes dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2024) Castro, Carlos Henrique Silva de; Lepesqueur, Kátia Vieira Souto; Batista, Virgínia GeraldaItem Memórias de letramentos 7: vozes dos vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2024) Castro, Carlos Henrique Silva de; Silva, Daniela da Conceição Andrade e; Pacheco, Luís Felipe; Costa, Patrícia MonteiroItem Memórias de letramentos II: outras vozes do campo(UFVJM, 2020) Castro, Carlos Henrique Silva de; Mendes, Maurício Teixeira; Santos, Rosana Baptista dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mouchrek, Fabiana MartinsEste é mais um livro sobre as aprendizagens dos sujeitos do nosso campo, de um campo do nosso tempo, tempo que nem parece presente porque frustra nossas expectativas de um século melhor, mais direito, mais humano, mais democrático. Nesse sentido, trazemos aqui 24 diferentes vozes de estudantes da Licenciatura em Educação do Campo da UFVJM. Distantes das escolas, muitos caminhavam vários quilômetros para chegar à escola, enfrentando a poeira, a chuva, o frio, a fome e até a fuga de ‘vacas bravas’. Esses eram desafios diários dos estudantes do campo. Mas também se lê aqui histórias de sucesso e superação. Desenha-se, assim, um quadro educativo de extrema riqueza para a nossa formação enquanto professores e enquanto sociedade.Item Memórias de letramentos: vozes do campo(UFVJM, 2017) Castro, Carlos Henrique Silva de; Magnani, Luiz Henrique; Mouchrek, Fabiana Martins; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)“Memórias de Letramentos: vozes do campo” é um livro sobre aprendizagens. Como todo trabalho sobre esse tópico, ele é educativo e, antes de tudo, emocionante. Podemos aprender muito a partir dessa leitura permeada de várias vozes do campo, que nos trazem práticas de alfabetização e letramentos nem sempre previstas pelo olhar acadêmico, mas que contribuíram e contribuem significativamente para o processo formativo do nosso povo. Podemos aprender sobre a importância das lutas na busca pelo conhecimento, o que envolve situações desafiadoras como: correr para fugir da chuva de uma escolha destelhada e se abrigar na igreja mais próxima, caminhar por horas para chegar à escola, enfrentar falta de merenda, estudar à luz de lamparina, acordar extremamente cedo ou, ainda, passar o dia todo entre o ônibus e a escola. Podemos perceber o quanto se pode aprender com práticas cotidianas e lúdicas, feito a famosa brincadeira de ‘escolinha’, pela qual muitos passaram, bem como os causos dos mais velhos à beira do fogão de lenha. Essas experiências são trazidas por estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Há, nos relatos, a menção a livros que fazem parte dessas histórias como O diário de Anne Frank, A história sem fim, Poliana, O Fantasma do Tarrafal, O Barquinho Amarelo, O Navio Negreiro, A Bonequinha Preta, A Vida Secreta de Jonas, O Menino Maluquinho, A festa no céu, A Marca de uma Lágrima, Linéia num jardim de Monet, Minha Vida de Menina, Iracema, Lucíola, Senhora, a Bíblia, dentre vários outros, muitos conhecidos do grande público, mas a maioria sem citação dos autores. Há relatos de leituras de autores clássicos de literatura brasileiros, como Álvares de Azevedo, Aluísio de Azevedo, Machado de Assis, José de Alencar, Vinícius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade; de clássicos gregos, como Homero; o francês Charles Baudelaire; o estadunidense Edgar Allan Poe e best sellers como os de Sidney Sheldon. Uma das poucas autoras citadas é Raquel de Queiroz. Há espaço para os cartuns de Ziraldo e para os animes. Notamos, assim, que os personagens também são muitos e diversificados. Há os brasileiríssimos Jeca Tatu e Mônica, o estadunidense Bambi, o japonês Pokémon e outros já consagrados no imaginário ocidental, como Chapeuzinho Vermelho, os Três Porquinhos e João e Maria. Há também os personagens de causos contados pelo pai, como um certo hortaleiro e um príncipe, e os dos livros doados por tios e irmãos. As professoras aparecem com frequência, e muitas delas são carinhosamente chamadas de tia. Conheceremos os esforços das alfabetizadoras Cida, Raquel, Salete, Rosária, Maria do Rosário, Dilvânia, Shirly, Nardete, Mariza, Amarailda, Idalina, Dona Martinha e Dona Sirlene, dentre outras. Saberemos de uma professora que comprava livros para suprir a escassez da escola. Curiosamente – ou nem tanto, quando se conhece a realidade das salas de aula – há poucas referências a professores homens, como os citados Paulo Natalício, o Valdir e o Tutu. Os bons resultados desses professores, no contexto de pouca formação acadêmica, são uma vitória incontestável de quem toma para si a luta pela educação. Nessa luta, o papel dos familiares e da comunidade também se mostra fundamental na apresentação de novos textos e na motivação dos pequenos. É o caso do Tio Bené, da Tia Maria, do vô Levindo e de irmãos mais velhos que ora ajudavam na decoreba, ora acompanhavam a irmã no castigo ou no enfrentamento da professora. É o caso do Sebastião, o vizinho que lia histórias para as crianças, e da vizinha Estela, que habitualmente emprestava papel e lápis de cor. As práticas de escrita acontecem formal e informalmente. Há relatos de rabiscos de carvão nas paredes que eram o único suporte para as primeiras práticas com a escrita de uma criança; de diários e poemas produzidos por iniciativa própria; do Jornal Mural que foi definitivo na motivação para a leitura de uma estudante; do mural com os nomes dos melhores leitores da escola acompanhados de uma estrelinha; da curiosidade diante de textos religiosos presentes na vida familiar; da inusitada técnica de cópia de desenhos que usava querosene no papel; e até a aprendizagem autônoma de uma criança de cinco anos que assistia às aulas da mãe sem nenhum compromisso, mas um dia leu a palavra ó-le-o na lata do produto. As escolas, por sua vez, eram sobretudo públicas, como as municipais e as estaduais, ou de associações, como algumas creches e as Escolas Família Agrícola (EFA). Temos certeza que essa experiência de leitura será muito rica para todos aqueles que se interessem pelo diálogo sobre a educação.Item Política de assistência estudantil na UFVJM: um olhar para a Licenciatura em Educação do Campo(UFVJM, 2019) Andrade, Adilceia Aparecida Pacheco; Pinto, Helder de Moraes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Helder de Moraes; Ramalho, Mara Lúcia; Castro, Carlos Henrique Silva de; Pereira, Diogo NevesA educação superior, sobretudo a pública, cumpre um papel de relevância para o repertório sociocultural e econômico do indivíduo e da sociedade. Nos últimos anos, houve uma ampliação do acesso das camadas populares ao ensino superior brasileiro, visando à redução das desigualdades sociais. A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), através do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), possibilitou a ampliação de vagas no sistema educacional atendendo a população do Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Rio Doce, Norte e Nordeste de Minas Gerais. Esta pesquisa tem por objetivo analisar as contribuições da política de assistência estudantil para os estudantes do curso Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da UFVJM. Como recorte temporal, definimos o período de 2013 a 2019. Para a coletar os dados, realizamos pesquisas documentais e entrevistas semiestruturadas com estudantes do curso, contemplados pela política de assistência estudantil da UFVJM. As reflexões mostram que são inúmeros os desafios enfrentados pelos estudantes da LEC/UFVJM para permanecerem na universidade. A pesquisa nos permitiu ver que a democratização do ensino superior não se consolidará somente com o acesso à universidade gratuita e que a política de assistência estudantil é indissociável do processo de garantia de direito à educação. Dessa forma, a assistência estudantil se apresenta como possibilidade de inclusão no ensino superior por meio de suporte financeiro aos acadêmicos em situação de vulnerabilidade social, fomentando a equidade social no âmbito formativo e auxiliando na construção de uma educação justa e transformadora.Item Pós-memória e Educação do Campo: relatos sobre autoritarismo e colonialidade(UFVJM, 2020) Castro, Carlos Henrique Silva deEste livro é fruto de reflexões sobre língua, linguagem, identidades, colonialidade, autoritarismo e aprendizagens. Como sugere o título e a nuvem de palavras acima, essas temáticas são trazidas em narrativas memorialísticas e, como é próprio dos relatos, de forma leve e pessoal. Relatos um pouco atípicos, pois suas reflexões remetem a certa teorização, mas ainda assim encontram maior aconchego nos gêneros narrativos. Parece unânime o entendimento de que a história influencia diretamente os processos educativos, bem como a formação dos professores e as práticas das salas de aula. E isso aparece de diversas formas nesta coleção de relatos. Educação e doutrinação se aproximam quando se pensa na ação do estado sobre os indígenas brasileiros, desde a doutrinação jesuíta até as violências físicas que levaram diversos povos à extinção. Todo esse processo reflexivo culmina na formação do professor de línguas, sobretudo na educação do campo, contexto dos nossos estudantes-autores, onde a contextualização e os letramentos mostram-se ainda mais indispensáveis. O amadurecimento dos estudantes-autores em suas reflexões dá-nos esperanças de que certas práticas, autoritárias e colonizadoras, tendem a diminuir. Caso a expectativa se concretize em alguma medida, certamente esse já terá sido um grande passo em direção a uma educação realmente crítica, pela qual lutamos há algum tempo.Item Uma proposta de letramentos sociais no Ciclo da Alfabetização: reflexões teóricas e sequências didáticas no formato de cartilha, voltadas para a desconstrução de concepções errôneas de gênero e de raça(UFVJM, 2022) Dias, Zulmária de Souza Faustino; Castro, Carlos Henrique Silva de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Castro, Carlos Henrique Silva de; Santos, Rosana Baptista dos; Ribeiro, Vândiner; Silva, Paula CristinaEste trabalho apresenta um estudo sobre letramentos sociais e sobre práticas que contribuem para desnaturalizar e desconstruir estereótipos raciais e de gênero. Nossa proposta é apresentar, como produto, uma sequência didática, utilizando gêneros textuais a serem trabalhados nos diversos anos do Ensino Fundamental I, pois consideramos que o trabalho com tais temáticas deve ser iniciado em sala de aula desde o Ciclo dos Anos Iniciais da Alfabetização. Como professores, constatamos em nossa prática pedagógica que muitos preconceitos vivenciados pelos nossos alunos, e por nós mesmos, são frutos de construções errôneas culturalmente construídas, cujas ações provocam não só a evasão escolar, mas também a elevação do sentimento de não pertencimento ao espaço escolar. O objetivo geral deste estudo é realizar um estudo bibliográfico que fundamente o produto desta dissertação, no qual haverá proposições de práticas pedagógicas por meio de sequências didáticas com a intenção de desconstruir propondo uma reflexão sobre o tema racismo e as questões de gênero. Os objetivos específicos que nos propomos alcançar são os seguintes: produzir uma cartilha ─ a ser publicizada ─, composta por uma sequência didática dividida em quatro módulos, contendo atividades distintas e específicas para o Ciclo da Alfabetização; trazer materiais que provoquem reflexões para a sala de aula por meio da prática, através de um letramento focado nos temas centrais gênero e raça; refletir sobre a linguagem e a educação linguística, na perspectiva de uma formação crítica e ideológica. Nesta direção, compreende-se que, para o desenvolvimento desta pesquisa, os pressupostos do estudo bibliográfico e da sequência didática atenderam aos nossos propósitos; através da estratégia metodológica houve a possibilidade de uma interpretação aprofundada sobre as bibliografias citadas, proporcionando o entendimento de que os apontamentos dos teóricos impulsionam os letramentos sociais, a formação crítica e, consequentemente, a valorização da igualdade de gênero e de raça. Já na elaboração da cartilha, fez-se uso de dois gêneros textuais diversos: contos de fadas e memes, por ambos permitirem não só o engajamento, mas a oportunidade do aprofundamento de temas poucos discutidos dentro do espaço escolar. Ao final do trabalho, concluo que me debruçar sobre temas tão invisibilizados, em uma proposta de sequência didática para a educação básica, contribuirá para o aprofundamento da discussão dessas temáticas, colaborando com a visualização do racismo e do sexismo, com efetivos resultados diretos nos estudantes como a elevação da autoestima, do conhecimento e do reconhecimento de sua origem, de sua cultura. Estes tipos de letramentos têm o poder de transformar o lugar de fala, permitindo que todos façam uso da função social da linguagem escrita e oral em prol de sua autonomia e independência. Por fim, esta discussão ajuda a trazer conteúdos que, embora a Base Nacional Comum Curricular embora a Base Nacional Comum Curricular os trate ainda de forma sutil, são de extrema importância para a formação do indivíduo. Apesar de serem temas não sugeridos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para serem trabalhados em sala de aula, porém aparece no documento curricular encontrei brechas que habilita a utilizar temáticas tão relevantes no âmbito escolar.Item O sujeito gay: um estudo das colonialidades presentes em duas obras ficcionais de expressão gay no contexto brasileiro(UFVJM, 2022) Silva, Luiz Gustavo Nunes da; Castro, Carlos Henrique Silva de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Castro, Carlos Henrique Silva de; Miguel, Fernanda Valim Côrtes; Ruckert, Gustavo Henrique; Leroy, Henrique RodriguesO conceito de colonialidade, do sociólogo Aníbal Quijano, tem ganhado cada vez mais espaço para se discutirem as marcas que foram deixadas pelos colonizadores, sobretudo nos povos latino-americanos. Abordar a Colonialidade do Poder e as implicações que ela tem dentro da religiosidade, do gênero e da episteme, torna-se imprescindível para o entendimento do sistema-mundo e das relações coloniais na pós-modernidade. Assim, esta dissertação parte da necessidade do diálogo em torno da população LGBTQIA+ e dos estereótipos, advindos de um sistema colonial, que ainda se fazem presentes e são propulsores para disseminarem o preconceito. No intuito de buscar alternativas que possam combater esse problema social é que essa dissertação tem como objetivo, por meio da análise de domínio (SPRADLEY, 1980), reconhecer aspectos coloniais que movem a escrita das obras de expressão gay que foram selecionadas e, tentar estabelecer fissuras dentro desse sistema da estereotipação do sujeito gay. Desse modo, as análises adotadas partiram de uma perspectiva decolonial com inspiração etnográfica, adotando múltiplas esferas da colonialidade (Ser, Saber, Gênero, Sagrado e Autocolonialidade) como possibilidades de fissuras epistêmicas. O desenho dessa análise será pautado em uma inspiração etnográfica, sendo exemplificado dentro das esferas da colonialidade recém apresentadas e acompanhadas dos trechos literários extraídos das obras O terceiro travesseiro (1998) e Se aceita, vai (2016). Aníbal Quijano, Maria Lugones, Mignolo, Quintero, Figueira e Elizalde, serão algumas referências utilizadas para entender os vestígios da colonialidade e então constatar como eles se perpetuam dentro das obras literárias selecionadas. Embasando-se nas teorias desses pensadores apresenta-se na conclusão informações que surpreendem, uma vez que se entende a existência de um mecanismo cujo objetivo é impor e regulamentar o modo de sobrevivência dos sujeitos. Assim, tendo em vista que a literatura é uma produção artística que busca retratar as denuncias sociais, entende-se que as obras de expressão gay são atos políticos que possuem como objetivo, a busca pela equidade, o que permite uma reflexão mais ampla em diversas áreas do campo acadêmico.Item Tecnobiografias dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2023) Castro, Carlos Henrique Silva de; Mendes, Mauricio TeixeiraTemos aqui 20 relatos autênticos e cativantes, que, adicionalmente, trazem um potencial educativo no que se refere às relações interativas entre texto e autor/leitor, mediados tecnologicamente. Através dessas narrativas, é possível compreender a diversidade de experiências com as tecnologias digitais, mesmo que tardias, tendo em vista o acesso precário à internet, como se lê na maioria dos trabalhos. Muitos dos autores e autoras acessaram a rede mundial de computadores nos anos finais do ensino médio, quando não foi na universidade, no final da década de 2010. Os textos que estão aqui reunidos foram produzidos no segundo semestre de 2022, por acadêmicos da Licenciatura em Educação do Campo (LEC), habilitação Linguagens e Códigos, da UFVJM. A maioria desses graduandos iniciou seu curso em 2018, oriundos dos Vales dos Rios Jequitinhonha, Mucuri e Doce, bem como do norte e nordeste de Minas Gerais.