Browsing by Author "Abreu, Filipe Vieira Santos de"
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Item Análise da presença do SARS-CoV-2 em águas residuais, superficiais e ictiofauna em 8 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha(UFVJM, 2023) Macedo, Mariana Chayene Viana; Oliveira, Danilo Bretas de; Abreu, Filipe Vieira Santos de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Coronaviridae é uma grande família de vírus de RNA que podem provocar doenças em seres humanos e animais. Em humanos, os coronavírus causam infecções respiratórias, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). No final do ano de 2019 foi descoberto um novo coronavírus, causador da COVID-19. É pacificado na literatura que o SARS-CoV-2 disseminase predominantemente por meio de aerossóis, porém há possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente. É de amplo conhecimento que indivíduos contaminados pelo SARS-CoV-2 eliminam o vírus em suas fezes, podendo o RNA viral ser detectado no esgoto. A Epidemiologia do Esgoto vem sendo explorada fortemente em todo o mundo para monitorar o esgoto urbano a fim de detectar a presença do vírus da COVID-19. Com essa ferramenta, é possível monitorar a presença ou não do RNA viral em determinada população através de análises moleculares. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar a presença de SARS-CoV-2 em esgotos sanitários, em amostras de água e de peixes coletadas em rios que compõem a área da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha ao longo do tempo. As coletas foram feitas mensalmente em 8 municípios da bacia do Jequitinhonha - Minas Gerais, sendo eles: Almenara, Araçuaí, Francisco Badaró, Grão Mogol, Jequitinhonha, Minas Novas, Padre Carvalho e Salinas, de dezembro 2020 a fevereiro de 2022. Em cada cidade foram coletados 3 litros de água de rio e 3 litros de esgoto bruto através de amostragem composta (1 litro a cada 30 minutos) que em seguida foram filtrados e armazenados em criotubos com RNAlater no freezer -80°. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. Ao total foram analisadas 109 amostras de esgoto, 128 amostras de água de rio e 444 amostras de muco de peixes. Todas as amostras de água de rio e peixes apresentaram resultados negativos para a detecção do RNA viral do SARS-CoV-2 por meio da técnica de PCR em tempo real. O RNA viral do SARS-CoV-2 foi detectado em 63,3% das amostras de esgoto. As maiores frequências de detecção no esgoto foram identificadas entre os meses de maio a setembro de 2021 (86,2%) e dezembro de 2021 a março de 2022 (77,8%). Esses achados evidenciam o grande potencial do uso de detecção do RNA viral no esgoto para monitorização ambiental do SARS-COV-2 em cidades. Além disso, nosso estudo evidencia que a técnica de epidemiologia baseada em águas residuais, pode ser fundamental para esse monitoramento em pequenas cidades distantes dos grandes centros urbanos, onde o acesso das pessoas ao diagnóstico individual é muito restrito. Outro fator que nosso estudo salienta é que apesar do vírus estar frequentemente presente no esgoto ele não é detectado nos rios e nem nos peixes da região, demonstrando uma restrição na disseminação ambiental.Item Vigilância de SARS-CoV-2 em águas residuais e a inter-relação com indicadores epidemiológicos da COVID-19 em Diamantina-MG(UFVJM, 2023) Silva, Thamires Gabriele Macedo; Oliveira, Danilo Bretas de; Ottone, Vinicius de Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Schetino, Marco Antônio Alves; Abreu, Filipe Vieira Santos deO vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), responsável pela doença COVID-19, infectou mais de 27 milhões de pessoas em todo o mundo rapidamente em meses. Embora a literatura sobre SARS-CoV-2 indique que sua transmissão pode ocorrer predominantemente por aerossolização de gotículas carregadas pelo ar, a possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente requer atenção científica considerável. O RNA do SARS-CoV-2 pode ser detectado em amostras de fezes e urina, sendo assim o monitoramento em águas residuais é de suma importância para investigar a circulação do vírus em uma população. O estudo teve como objetivo monitorar, detectar e correlacionar com dados epidemiológicos a presença do SARS-CoV-2 em desejos de águas residuais da cidade de Diamantina-MG. As coletas foram realizadas durante o período de junho a novembro de 2021 foram realizadas 6 coletas ao total sendo 1 a cada mês, contemplando duas microbacias ao entorno da região urbana de Diamantina, 10 pontos no decorrer das duas microbacias foram utilizados para a investigar a presença do SARS-CoV-2. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. A presença do genoma do SARS-CoV-2 nos esgotos foi correlacionado com o percentual de número de casos novos de COVID-19 (percentual da soma da população infectada 14 dias antecedentes a coleta mensal) e número de imunizados 1° dose SARS-CoV- 2 (percentual da população total de diamantina estimada 2021) durante o período de monitoramento. As análises foram realizadas no software GraphPad Prism v.8.0 e SPSS v.20. A correlação linear de Pearson e regressão multiparamétrica foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Tendo como resultado a detecção do RNA viral em alta frequência no primeiro mês de coleta, em junho, sendo detectado em 70% das amostras. Reduzindo a detecção no decorrer dos outros meses; julho (20%), agosto (30%), setembro (20%), outubro (20%) e novembro (0%). A detecção do RNA do SARS-CoV-2 nas microbacias de Diamantina foi concomitante com a redução acentuada no número de casos novos de COVID-19; junho (50%), julho (17%), agosto (15%), setembro (9%), outubro (6%) e novembro (3%), tendo uma correlação positiva (r=0,9380 e p=0,005). Além disso, a detecção do RNA viral nas microbacias é inversamente proporcional ao aumento do número de imunizados 1° dose SARS-CoV-2; junho (26,1%), julho (41,56%), agosto (49,2%), setembro (67,4%), outubro (74,5%) e novembro (82%), demonstrando uma correlação negativa (r=-0,8167 e p=0,04). E por fim, o número de casos novos de SARS-CoV-2 é correlacionado com 88% das ocorrências de amostras positivas nas microbacias em torno da região urbana de Diamantina (R²=0,88 P=0,006 e β= 0,938). O estudo conclui que os dados obtidos mostraram um alinhamento básico entre a detecção quantitativa de SARS-CoV-2 em águas residuais contaminadas e o número de novos casos relatados na cidade. A presença do RNA do SARS-CoV-2 em efluentes urbanos é uma prática de destacada importância na atualidade pela possibilidade de monitoramento do vírus na população urbana, o que ajuda na tomada de decisões e direcionamento de políticas públicas de controle e prevenção.