Potencial de espécies florestais para remediação de substrato contaminado com atrazine e 2,4-D
Date
2014
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
Em se tratando da contaminação de ecossistemas por resíduos de defensivos agrícolas, especial atenção é dada para a classe dos herbicidas, em função do volume de aplicação. Os que possuem moléculas solúveis passíveis de contaminação de lençóis hídricos subterrâneos se destacam pela abrangência dos efeitos negativos. Nesse sentido, objetivou-se selecionar espécies vegetais arbóreas interessantes na remediação de ambientes contaminados por resíduos de atrazine e 2,4-D. Foram avaliados 36 tratamentos compostos pela combinação de 12 espécies florestais [Inga marginata (ingá), Schizolobium parahyba (guapuruvu), Handroanthus serratifolius (ipê amarelo), Jacaranda puberula (carobinha), Cedrela fissilis (cedro), Calophyllum brasiliensis (landin), Psidium mirsinoides (goiabinha), Tibouchina glandulosa (quaresmeira), Caesalpinia férrea (pau-ferro), Caesalpinia pluviosa (sibipiruna), Terminalia argêntea (capitão) e Schinopsis brasiliensis (braúna)] e três soluções simulando o composto lixiviado (atrazine, 2,4-D e água – controle), com quatro repetições. Foram feitas 3 aplicações dos herbicidas atrazine e 2,4-D com intervalos de 20 dias (aos 60, 80 e 100 dias após o plantio), sendo cada aplicação correspondente à metade da dose comercial dos produtos. Para as avaliações de crescimento foram mensuradas a altura da planta, o diâmetro do caule, o número de folhas, a área foliar e o acúmulo de biomassa seca. Na estimativa do efeito visual dos herbicidas às plantas avaliadas, optou-se pela atribuição de notas em escala de intoxicação. Para verificação de capacidade remediadora das espécies arbóreas procedeu-se a semeadura da espécie indicadora para indicativo do resíduo do herbicida no solo, (Cucumis sativus (L.)). Posteriormente em amostras de solo provenientes da espécie remediadora mais promissora procedeu-se a análise de polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição terminal (T-RFLP), com intuito de caracterizar a diversidade microbiana presente. As espécies florestais sobreviveram à aplicação dos herbicidas, sendo que umas se mostram mais sensíveis do que outras. O ingá apresentou bons resultados de remediação com o bioensaio, assim como o ipê amarelo, apesar da sua sensibilidade aos herbicidas. Observou-se aumento no conteúdo relativo de macronutrientes para as plantas sob ação dos herbicidas, na maioria dos tratamentos. Os resultados de T-RFLP confirmaram a diversidade microbiana diferenciada associada à rizosfera de ingá, principalmente quando submetida à ação de atrazine.
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Citation
FIORE, Rebecca de Araújo. Potencial de espécies florestais para remediação de substrato contaminado com atrazine e 2,4-D. 2014. 55 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2014.