PPGCS - Doutorado em Ciências da Saúde (Teses)
Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/562bff0b-2661-4384-8e6d-6f6222723865
Browse
2 results
Search Results
Item Associação entre o comprimento telomérico em subtipos celulares, capacidade físico-funcional e síndrome da fragilidade em pessoas idosas da comunidade(UFVJM, 2024) Pereira, Fabiana Souza Máximo; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Parentoni, Adriana Netto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Guerra, Ricardo Oliveira; Leopoldino, Amanda Aparecida Oliveira; Esteves, Elizabethe AdrianaApesar da literatura atual apontar para uma associação entre telômeros encurtados e envelhecimento, doenças crônicas e síndromes geriátricas, as implicações precisas desta ligação permanecem incertas. Neste estudo observacional transversal exploratório, nosso objetivo foi investigar a associação entre o Comprimento Telomérico Relativo (CTR) dos subtipos de leucócitos do sangue periférico (células mononucleares e granulócitos), o desempenho físico usando a Short Physical Performance Battery (SPPB) e a síndrome de fragilidade em pessoas idosas. Utilizamos uma coorte de 111 participantes, homens e mulheres, (70,48 ± 5,5 anos). Os participantes foram classificados como frágeis, não frágeis e pré-frágeis, pelos critérios fenotípicos propostos por Fried et al.2001. Verificamos que o CTR das células mononucleares foi significativamente menor que o dos granulócitos (P<0,0001). Além disso, indivíduos com bom desempenho no SPPB exibiram menor CTR de células mononucleares em comparação com aqueles com desempenho moderado ou baixo. No entanto, não observamos diferenças significativas no CTR de granulócitos entre os diferentes grupos de desempenho do SPPB. O escore SPPB global apresentou correlação inversa com o CTR de células mononucleares, mas essa correlação não estava presente com o CTR de granulócitos. Da mesma forma, o domínio sentar- levantar do SPPB correlacionou-se com o CTR de células mononucleares, mas nenhuma correlação foi encontrada com o CTR de granulócitos. Nossas descobertas desafiam as expectativas convencionais, sugerindo que o CTR mais curto das células mononucleares pode estar associado à melhor capacidade funcional. Uma história de respostas imunes pode influenciar a dinâmica do CTR das células mononucleares, enquanto a atividade da telomerase pode proteger o CTR dos granulócitos de um encurtamento significativo. Em relação à fragilidade, não foram encontradas diferenças significativas entre o CTR de leucócitos do sangue total e o CTR de granulócitos. Além disso, nenhuma associação significativa foi encontrada entre grupos de classificação de fragilidade e qualquer população celular. Embora o encurtamento dos telômeros não tenha sido diretamente atribuído à síndrome da fragilidade, o CTR mais curto das células mononucleares pode estar ligado ao estado imunossenescente, que é um dos componentes da síndrome da fragilidade. A falta de relação entre CTR de células mononucleares e a síndrome de fragilidade poderia ser explicada pela característica fenotípica predominantemente física da classificação em subgrupos de fragilidade, sem avaliar objetivamente a disfunção imunológica. As associações inesperadas observadas no CTR de células mononucleares enfatizam a complexa interação entre respostas imunes, envelhecimento celular, síndrome de fragilidade e capacidade funcional em pessoas idosas.O fenotipo de fragilidade proposto por Fried et al. apesar de estar embasado em tres pilares: sarcopenia, disfunção neuroendocrina e imunologica, não avalia a complexidade da imunosenescencia.Item Determinantes sociais de saúde na população vivendo com HIV no Vale do Jequitinhonha e sua relação com o controle virológico(UFVJM, 2023) Görgens, Pollyanna Roberta Campelo; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Thomasini, Ronaldo Luis; Assis, Thamara de Souza Campos; Santos, Delba FonsecaEste estudo teve o objetivo de identificar e analisar determinantes sociais de saúde na população vivendo com HIV, em uma região do Vale do Jequitinhonha. Foi realizado um estudo observacional, retrospectivo, descritivo e exploratório, por meio de análise de 239 (81,8%) prontuários do serviço de referência para pessoas acima de 13 anos, durante o período de 01/10/2020 a 31/12/2020. Foram obtidos os seguintes dados: idade, cor, gênero, data de diagnóstico, histórico de doenças, problemas psicossociais, data da última consulta, número médio de consultas por ano, carga viral (HIV PCR quantitativo), contagem de linfócitos T CD4+, orientação sexual, uso de substâncias, sedentarismo, estado civil, rede de apoio social, vínculo com a atenção primária à saúde, escolaridade, ocupação e procedência. A abordagem dos dados foi feita de forma quali-quantitativa. Foi feito o comparativo dos fatores na população total e com diagnóstico nos últimos 3 anos por razões de prevalência (RP). Os fatores relacionados ao diagnóstico recente e a falha no tratamentoforam estimados pela análise bivariada, regressão logística simples e razão de chances (OR), considerado um nível de significância de 95%. Posteriormente foi realizada a análise multivariada para construção de uma árvore de decisão. Observou-se que 61,1% dos pacientes possuíam outras doenças crônicas e 38,49% apresentavam baixo vínculo com a atenção primária à saúde. Nos últimos 3 anos, o número de diagnósticos vem aumentando na população com ensino superior (RP 1,32; IC95%; 0,68-2,56), nos homossexuais (RP 1,09; IC95%; 0,71-1,68) e em pessoas com linfócitos T CD4+ abaixo de 350 células/mm3 (RP 2,00; IC95%; 1,41-2,84) podendo indicar o diagnóstico tardio do HIV. Indivíduos desempregados apresentaram mais chances de ter um diagnóstico recente (OR 6,21; IC95%; 1,80-26,13). A baixa contagem de CD4+ e a idade menor ou igual a 45 anos foram os fatores determinantes no modelo da árvore de decisão considerando o desfecho diagnóstico recente. As chances de adequado controle virológico reduziu em indivíduos com demandas psicossociais (OR 0,47; IC95%; 0,00-0,25). A hipertensão arterial sistêmica e a baixa contagem de linfócitos T CD4+ foram as condições mais relevantes no modelo de árvore de decisão considerando o desfecho falha terapêutica. Os achados podem contribuir com estratégias para melhor controle da epidemia e para o melhor cuidado da população infectada.